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[Digite aqui] FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MACHADO DE ASSIS – FEMA CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM FUNDAMENTOS EM Profª Enfª: Fabiane da Silveira Dani COREN/RS: 136.136 Fabianedani.tche@hotmail.com.br MÓDULO I SANTA ROSA/RS – 2021 [Digite aqui] APRESENTAÇÃO As terminologias científicas aplicadas à Enfermagem, e demais conceitos e técnicas enfocados no presente módulo são essenciais ao bom desenvolvimento das demais disciplinas profissionalizantes, representando uma introdução à prática da Enfermagem e um dos seus alicerces. Seu conteúdo foi elaborado com a finalidade de proporcionar para os alunos do Técnico em Enfermagem conhecimentos técnico-científicos que exigem na aula prática em laboratório e no campo de estágio, ressaltando a importância da habilidade do saber-fazer em Enfermagem - ação que sempre e concomitantemente conjuga-se com a competência profissional e humana necessária para CUIDAR do ser humano, expressa através da comunicação, da ética e do respeito aos seus direitos e valores. “A grande caminhada da vida começa pelo primeiro passo. Pelo primeiro emprego, o grande sonho profissional põe os pés no chão. Reúne tudo: Felicidade e angústia, preparo e espontaneidade, apreensão e cuidado, ousadia e carinho, construção e solidariedade, raciocínio e amor, progresso e conhecimento, competição e humanidade. O primeiro emprego pode durar a vida toda, se cada passo seguinte for empreendido como o primeiro”. Içami Tiba [Digite aqui] 1 ACOLHIMENTO Acolhimento é “receber bem, ouvir a demanda, buscar formas de compreendê- la e solidarizar-se, (Paidéia 2001). Deve ser realizado por toda a equipe de saúde, em toda a relação profissional de saúde – pessoa em cuidado” #Objetivos: Utilizar uma escuta ampliada do motivo da procura ao serviço, levando em consideração o contexto em que o usuário está inserido. Identificar as necessidades de saúde do usuário. Dar andamento aos problemas apresentados pelos usuários, mesmo que seja necessário atendimento por outros profissionais. Qualificar a relação trabalhador de saúde/usuário, que visa dar parâmetros humanitários de solidariedade e cidadania. Oferecer soluções possíveis, com segurança para o paciente, buscando agilidade no serviço e uso racional dos recursos disponíveis. # Princípios 1. Será prestado por todos os funcionários de saúde, de acordo com seu cargo e função, atendimento imediato de suporte a todos os casos de emergência e urgência; 2. Nos casos de aparente urgência e emergência é fundamental manter a calma e obter do paciente e dos seus acompanhantes o maior número de informações possíveis; [Digite aqui] 2 3. Preocupar-se, em primeiro lugar, em acolher, acomodar um paciente que chega em sofrimento agudo, isso tranquiliza os acompanhantes, dá segurança e facilita o trabalho; 4. Quando o paciente ficar em observação, preocupar-se com seu bem-estar, comodidade e privacidade; 5. O paciente agressivo deve ser abordado com competência profissional por toda a equipe, utilizando-se escuta reservada em local com privacidade. O profissional deve demonstrar calma, interesse e segurança no atendimento; 6. Todos os funcionários de saúde devem ser conhecedores das normas de funcionamento, bem como, os encaminhamentos a serem realizados para prestar os atendimentos com segurança e eficiência; 7. Todo indivíduo que procurar atendimento em um serviço de saúde ser acolhido e orientado quanto à satisfação de suas necessidades e anseios; 8. Todo o usuário requer respeito, cordialidade e humanismo; 9. Todo usuário deverá ser orientado quanto à organização e funcionamento do serviço de saúde; 10. Todo usuário deve ser orientado quanto às rotinas nos atendimentos prestados pelos diferentes profissionais; 11. Todo indivíduo deve ter acesso a informação oral e escrita (se for o caso) das normas estabelecidas; 12. Todos os funcionários devem ser tratados com cordialidade e respeito; 13. Todos os funcionários dos diferentes serviços de saúde, nos limites legais e administrativos, devem procurar em seus atendimentos a busca de resolutividade. [Digite aqui] 3 TERMINOLOGIA CIENTÍFICA Terminologia técnica aplicada ao ramo da saúde: São coleções de termos, organizadas segundo uma metodologia na qual é possível especificar as relações entre os conceitos com o propósito de facilitar o acesso à informação. Algia = Sufixo Indicativo de dor. Astenia = Cansaço. Apatia = estado de indiferença. Assepsia = Situação livre de germes, estéril. Adiposo = Gorduroso. Anemia = Diminuição do número de hemácias. Atresia = Ausência ou imperfuração de um orifício natural. Alopecia = Queda geral ou parcial dos cabelos. Amenorreia = Falta ou ausência da menstruação. Atrofia = Diminuição do tamanho natural de um órgão, músculo, célula, etc... Biópsia = Remoção de um fragmento de tecidos para exames. Analgesia = ausência da sensação normal de dor. [Digite aqui] 4 Calafrios = Contrações involuntárias da musculatura esquelética, com tremores e bater de dentes. Cateterismo = Introdução de um cateter no canal natural do organismo (uretra, esôfago, vasos). Caquexia = Desnutrição adiantada, emagrecimento severo. Congênito = Algo presente no nascimento (manchas, lábio leporino...) Cefaleia = Dor de cabeça. COREN = Conselho Regional de Enfermagem. Dismenorreia = Menstruação difícil e dolorosa. Decúbito = Posição de quem está deitado. Drenagem = retirar líquidos de uma cavidade. Dispepsia = digestão difícil. Deambular = Ato de caminhar. Edema = Excesso de líquido em determinado tecido orgânico. Esclerose = Endurecimento (dos vasos sanguíneos). Espasmo = Contração involuntária, violenta. Epistaxe = Perda de sangue pelo nariz. Expurgo = Setor responsável por receber, conferir, lavar, secar materiais utilizados, tanto em unidades de internação como em Centro Cirúrgicos. Enxaqueca = Dor de cabeça unilateral. Evasão = Ação ou efeito de evadir; fuga, subterfúgio. Flácido = Tecido frouxo, mole. [Digite aqui] 5 Gangrena = Morte total dos tecidos. Glicosúria = Presença de açúcar na urina. Hipertrofia = Aumento anormal de algo (ex. de uma glândula). Histerectomia = Remoção cirúrgica do útero. Icterícia = Coloração amarela da pele e mucosas. Incontinência = Impossibilidade de reter (segurar) fezes e urina. Imunização = Ação pela qual confere imunidade, seja exposição a antígenos, soro ou anticorpos específicos (ex: vacinas). Necrose = Morte localizada dos tecidos. Menarca = Primeira menstruação. Metrorragia = Menstruação fora do período normal. Obeso = Gordo. Oligomenorreia = Menstruação insuficiente. (pouco fluxo). Ptose = Queda de um órgão (ex. pálpebra). Prolapso = Saída de órgãos ou vísceras (útero, intestino,...). Prostração = Exaustão. Prurido = Coceira intensa. Secreção = Produto natural de uma glândula. Sudorese = eliminação excessiva de suor Supuração = Formação e eliminação de pús. Vertigem = Sensaçãosubjetiva de que os objetos giram em torno de si e vice-versa; Tontura (comum em pacientes com Labirintite). [Digite aqui] 6 Terminologia Própria de Cada Sistema do Organismo: Sistema Respiratório: Apneia = Parada ou ausência dos movimentos respiratórios (temporária). Asfixia = Sufocação, dificuldade da passagem de ar. Aerofagia = Deglutição anormal de ar, provocando eructações frequentes. Anóxia = Redução do suprimento de oxigênio nos tecidos. Bradipneia = Movimentos respiratórios abaixo do normal - lentos. Cianose = Coloração azulada da pele e mucosas por falta de oxigênio. Dispneia = Dificuldade respiratória. Eupneia = Respiração normal, regular, sem esforço. Expectoração = Expelir secreção bronco - pulmonar (escarro). Hemoptise = Hemorragia de origem pulmonar, eliminada pela boca. Ortopneia = Acentuada falta de ar em decúbito dorsal. Taquipneia = Movimentos respiratórios acelerados. Sistema Circulatório: Bradicardia = Número de batimentos cardíacos abaixo do normal. Taquicardia = Número de batimentos cardíacos acima do normal. Hipotensão = A pressão sistólica abaixo do normal. Hipertensão = A pressão diastólica acima do normal. [Digite aqui] 7 Hemorragia = Saída de sangue para fora do vaso sanguíneo. Hemostasia = Meio utilizado para cessar a hemorragia. Isquemia = Obstrução localizada no fluxo de sangue. Palpitações = Sístoles internas, percebidas pelo indivíduo. Percepção dos batimentos cardíacos, normalmente com desconforto e sensação de que estes batimentos estão irregulares. Pulso = É uma palpação de batimento de uma artéria sobre uma saliência. Sistema Digestivo: Anorexia = Perda de apetite. Afagia = Impossibilidade de deglutir. Azia = Sensação de queimação na região do esôfago e estômago. Bulemia = Fome exagerada, patológica (com indução ao vômito após comer). Cólica = Dor espasmódica - Contração involuntária violenta (geralmente sentida em órgãos ocos, como útero, intestino, estômago...). Colostomia = Exteriorização artificial (cirúrgica) do colo para a saída de fezes. Desidratação = Perda exagerada de líquidos. Disfagia = Dificuldade para deglutir. Diarreia = Evacuações frequentes de fezes líquidas. Distensão = Intumescimento ou expansão do abdome (presença de ar). Flatulência = Eliminação de gases, pelo seu acúmulo. Halitose = Mau hálito. [Digite aqui] 8 Hematêmese = Vômito com sangue de origem digestiva. Melena = Fezes escuras e brilhantes, com odor fétido, presença de sangue nas fezes. Náuseas = Desconforto gástrico com o impulso de vomitar. Polidipsia = Sede excessiva. Regurgitação = Volta da comida do estômago à boca - vômito. Sialorreia = Salivação excessiva. Sialosquiese = Salivação deficiente (boca seca). Pirose = Sensação de queimadura no esôfago e estômago. Êmese = Ato de vomitar. Hiperêmese = Vômitos excessivos. Gastralgia = Dor de estômago. Plenitude gástrica = Sensação de estufamento. Evacuação = Eliminação de fezes por via normal. Sistema Urinário: Anúria = Ausência da eliminação urinária por supressão ou retenção. Diurese = Secreção urinária das 24 horas, ou de um determinado período. Enurese = Incontinência urinária à noite. Hematúria = Presença de sangue na urina. Micção = Ato de urinar. Nictúria = Micção frequente à noite e de pouca quantidade. [Digite aqui] 9 Oligúria = Deficiente eliminação do volume de urina (baixo). Piúria = Presença de pus na urina. Polaciúria = Micções mais frequentes que o normal. Retenção urinária = Acúmulo de urina na bexiga sem poder urinar (retenção). Colúria = Presença de bilirrubina na urina (urina de ictérico). Poliúria = Aumento exagerado do volume urinário. Sistema Nervoso: Coma = Estado de inconsciência. Convulsão = Agitação violenta e desordenada, de origem neurológica. Paralisia = Desaparecimento da sensibilidade e movimentos. Hemiplegia = Paralisia de um lado do corpo (esquerdo ou direito). Paraplegia = Paralisia dos membros inferiores (ou de uma metade). Paresia = Paralisia incompleta (diminuição de força). Reflexo = Resposta involuntária a um estímulo. Sistema Tegumentar: Acromia = Falta de pigmentação (ex.: Albinismo). Equimose = Extravasamento de sangue nos tecidos (subcutâneo). Erupção = Lesões visíveis na pele. Eritema = Vermelhidão na pele. [Digite aqui] 10 Escoriação = Perda superficial de tecido. Fissura = Sulco ou fresta. Flictena = Pequenas bolhas. Mácula = Mancha na pele sem elevação. Pústula = Vesículas cheias de pus. Petequeias = Manchas puntiformes sanguíneas. Úlcera = Ruptura da solução de continuidade da pele. Urticária = Erupção eritematosa (avermelhada) da pele com prurido. Vesícula = Bolhas. Pápula = Mancha na pele com elevação da mesma. Órgãos dos Tecidos: Ouvidos: Surdez = Privação total ou parcial do sentido de audição. Cerume = Secreção grossa e untosa que se forma nos ouvidos. Boca: Afasia = Impossibilidade de falar e entender a palavra falada. Afonia = Perda total da voz. Dentes: Prótese = Dentadura artificial. [Digite aqui] 11 Olhos: Ambliopia = Diminuição da acuidade visual. Diplopia = Visão dupla. Miose = Contração da pupila. Midríase = Dilatação da pupila. Isocoria =Pupilas com tamanhos iguais. Anisocoria = Pupilas com tamanhos diferentes. Sistema Locomotor: Agrafia = Impossibilidade de escrever. Ambidestro = Habilidade em usar as duas mãos. Sinistro = Uso da mão esquerda. Destro = Uso da mão direita. Outras Conceituações: Patologia: Ramo da medicina que se ocupa das moléstias em geral e em particular. Usa-se também com sinônimo de doença. Diagnóstico: Determinação de uma doença com base nos sintomas apresentados. Prognóstico: Previsão do médico a respeito da evolução da moléstia. É de vital importância que todos os profissionais de Enfermagem saibam observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas do paciente. Para que isso [Digite aqui] 12 aconteça, ele terá que desenvolver-se de tal maneira, que diferencie o sinal do sintoma, sabendo reconhecê-los e transmiti-los corretamente. Entende-se por Sintoma, a manifestação clínica de alterações orgânicas ou funcionais. O Sinal - é uma manifestação que o cliente apresenta e que outra pessoa pode observar diretamente, de forma objetiva. Ex.: Tornozelo edemaciado, vômito, diarreia, miose, sialorreia. Já no caso dos Sintomas Subjetivos, ocorre uma manifestação que a pessoa sente ou percebe, mas que não pode ser constatada diretamente por outra pessoa. É aquilo que é sentido e referido pelo paciente. Caracterizando assim um SINTOMA. Ex.: Cefaleia, prurido, tonturas, diplopia, pirose. É importante reconhecer o que é Síndrome, ou seja, o conjunto de sinais e sintomas que caracterizam determinado quadro patológico. Ex.: Síndrome de Down (Mongolismo). IMPORTÂNCIA DA LAVAGEM DAS MÃOS LAVAGEM DAS MÃOS: As mãos devem ser lavadas antes e após todo e qualquer procedimento. É a lavagem das mãos que evita infecção cruzada, ou seja, a veiculação de microrganismos de um paciente para outro; de um paciente para o profissional; de utensílios permanentes para o profissional ou para o paciente. [Digite aqui] 13 A lavagem das mãos é a ação mais importante para prevenção e controle de infecções cruzadas. O uso das luvas não dispensa a lavagem das mãos antes e após contatosque envolvem mucosas, sangue ou outros fluidos corpóreos, secreções ou excreções; A lavagem das mãos deve ser realizada tantas vezes quantas necessária, durante a assistência a um único paciente, sempre que envolver contato com diversos sítios corporais em cada uma das atividades. Antes de procedimentos de maior complexidade, torna-se necessário a remoção da flora residente e da flora transitória. Flora Residente: Composta por microrganismos que vivem e se multiplicam nas camadas mais profundas da pele, glândulas sebáceas, folículos pilosos, feridas ou trajetos fistulosos. Flora Transitória: Compreende microrganismos adquiridos por contato direto com o meio ambiente, contaminam a pele temporariamente e não são considerados colonizantes. Estes microrganismos são facilmente removidos com água e sabão. Lavagem Simples das Mãos É o simples ato de lavar as mãos com água corrente e sabão, visando a remoção de bactérias transitórias e algumas residentes, como também células descamativas, pêlos, suor, sujidades e oleosidade da pele. MEDIDAS IMPORTANTES PARA ADESÃO DOS PROFISSIONAIS, À LAVAGEM DAS MÃOS: [Digite aqui] 14 Estrutura física e infraestrutura adequada para realização da técnica; Programa de educação continuada; Pesquisar causas de baixa adesão e colher sugestões para melhorias; Reconhecimento dos profissionais com o hábito adquirido; Pesquisa tecnológica para melhoria dos produtos antissépticos, que não agridam a pele sem afetar a qualidade e o poder de antissepsia preconizados. Material: Sabão líquido comum: Não degermante, auxilia a ação mecânica da lavagem das mãos, remove sujidade e flora transitória. Sabão líquido degermante: Antimicrobiano, com ação de destruição ou inibição da reprodução de microrganismos. Papel toalha de material não reciclado. Limpeza das saboneteiras (conforme Rotina de Limpeza das Unidades Básicas de Saúde). Técnica de lavagem simples das mãos: Abrir a torneira com a mão não dominante e molhar as mãos, sem encostar na pia; Ensaboar as mãos, friccionando-as por aproximadamente 15 a 30 segundos, atingindo: Palma; dorso da mão, espaços interdigitais, polegar, articulações; unhas e extremidades dos dedos; punhos. [Digite aqui] 15 Enxaguar as mãos, retirando totalmente o resíduo de sabão; Secar com papel toalha; Fechar a torneira utilizando o papel toalha. Lave as mãos conforme a técnica abaixo pois, se lavando as mãos você perde tempo não lavando você perde vidas! . [Digite aqui] 16 Lave ainda com movimentos rotativos os punhos, e ao término enxágue as mãos, retirando totalmente o resíduo de sabão. Seque as mãos com papel toalha. Feche a torneira utilizando o papel toalha. Ao término da lavagem, após secar as mãos, use álcool glicerinado para a antissepsia das mesmas. Comparação de duas culturas: Antes da lavagem simples das mãos: Após lavagem simples das mãos: Higienização das mãos com álcool-gel: [Digite aqui] 17 • Aplicar o produto na palma de uma das mãos e friccionar uma contra a outra, cobrindo todas as superfícies. • Após o uso repetido (+ 4 vezes), lavar as mãos com água e sabão. FRICCIONAR AS PALMAS FRICCIONAR O DORSO FRICCIONAR ENTRE OS DEDOS FRICCIONAR AS POLPAS FRICCIONAR O POLEGAR FRICCIONAR AS UNHAS DIGITAIS [Digite aqui] 18 TÉCNICA DE CALÇAR LUVAS ESTÉREIS E DE PROCEDIMENTOS Outra barreira utilizada para o controle da disseminação de microrganismos no ambiente hospitalar são as luvas, esterilizadas ou não, indicadas para proteger o paciente e o profissional de contaminação. As luvas de procedimento são limpas, porém não esterilizadas, e seu uso é indicado para proteger o profissional durante a manipulação de material, quando do contato com superfícies contaminadas ou durante a execução de procedimentos com risco de exposição a sangue, fluidos corpóreos e secreções. Não há nenhum cuidado especial para calçá-las, porém devem ser removidas da mesma maneira que a luva estéril, para evitar que o profissional se contamine Objetivo: O objetivo de calçar Luvas estéreis, totalmente livres de qualquer agente patogênico, é preservar e proteger o paciente de possíveis contaminações. São utilizadas em cirurgias, suturas, procedimentos invasivos, aspiração de secreções traqueobrônquicas... Técnica: Lavar as mãos; Segurar, com o polegar e o indicador da mão direita, a dobra do punho da luva esquerda, expondo a abertura da mesma. Exposição da abertura da luva: Unir os dedos da mão esquerda com a palma da mão voltada para cima; introduzir a mão esquerda na abertura, tracionando a luva com a mão direita, até calcá-la. Colocar o dedo indicador, médio, anular e mínimo, da mão esquerda na dobra do punho da luva direita, expondo a abertura da mesma; unir os dedos da mão direita, com a palma da mão direita, com a palma da mão voltada para cima; introduzir a mão direita na abertura apresentada, tracionando a luva com a mão [Digite aqui] 19 esquerda, até calcá-la totalmente, inclusive o punho; unir os dedos (indicador, médio, anular e mínimo) da mão direita, introduzindo-os na dobra do punho da luva esquerda, desfazendo a dobra totalmente; ajustar as luvas. [Digite aqui] 20 HISTÓRIA DA ENFERMAGEM O estudo da história é importante para descobrirmos e entendermos os caminhos trilhados por nossos pais e antepassados, responsáveis pela atual realidade. Da mesma forma, o futuro será uma consequência ou reflexo da situação presente. Para compreendermos melhor os caminhos que, na sociedade brasileira levam à construção da categoria profissional “Técnico em Enfermagem”, precisaremos conhecer um pouco sobre o curso dos acontecimentos históricos. Florence Nightingale “a dama do lampião” foi a grande precursora do ato de cuidar do próximo – e a que estabeleceu as bases da enfermagem moderna, pois além do cuidado ao paciente, observou a importância da assepsia, nutrição, recreação e higiene. Revolucionou as práticas na área da saúde com sua teoria ambientalista. Nascida em 12 de maio de 1820, em Florença (Itália), de família nobre, Florence Nightingale recebeu boa educação. Instruída por seu pai (William Nightingale), aprendeu história, filosofia, matemática, latim, francês, grego, italiano e alemão. No desejo de realizar – se como [Digite aqui] 21 enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando as atividades das Irmandades Católicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e decide – se a servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha entre as diaconisas. A mesma declarou a seus familiares sua recusa ao casamento e a vocação pela enfermagem, os mesmos não aprovaram sua decisão. A sociedade considerava a enfermagem indigna, pois era realizada por mulheres criminosas e prostitutas. Independente da aprovação de seus familiares e o preconceito com a profissão, ela optou por iniciar os estudos na área da saúde. Não se sentia satisfeita com o padrão feminino estipulado, pois, as mulheres da época deveriam se casar, ter filhos e ser submissa a seu marido. Uma vez, recusou a um pedido de casamento feito por seu pretendente Richard Milnes (Barão Houghton) e considerou ter perdido um amor para ganhar sua liberdade. Nota-se sua coragem em priorizar seus objetivos, se posicionou e enfrentou todo o preconceitoda sociedade em uma época que não havia abertura. Decidida a seguir a sua vocação, procura completar seus conhecimentos que julga ainda insuficientes. Visita o hospital de Dublin dirigidos pelas irmãs de Misericórdia, ordem Católica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as irmãs de Caridade São Vicente de Paulo, na Maison de La Providence em Paris. Aos poucos vai se preparando para sua grande missão. Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declaram Guerra à Rússia: é a Guerra da Crimeia – conflito que visava as cidades sagradas. Em Scutari (distrito de Istambul), Florence observou a negligência no cuidado dos soldados britânicos que encontravam – se no maior abandono, com sua equipe, enfrentou a resistência de autoridades militares. Constatou que a principal incidência de mortes era por infecção hospitalar e não por ferimentos em batalha. A mortalidade entre os hospitalizados era de 40%, na qual conseguiu reduzir estes números para 2% em pouco tempo. [Digite aqui] 22 Neste momento teve a oportunidade de aplicar suas ideias inovadoras: Introduziu um trabalho de organização de infraestrutura hospitalar, assistência com padrões de higiene, tratamento nutritivo adequado e conforto aos enfermos. Percorreu as enfermarias durante o período noturno com uma lanterna, levando assistência, conforto, afeto e segurança para seus pacientes à noite, e ficou conhecida como “a dama da lâmpada”. A lâmpada para a nossa profissão de enfermagem significa: sentinela, vigília constante e cuidado contínuo. A pedra símbolo da enfermagem: Esmeralda, sendo a cor que representa a nossa profissão – verde esmeralda. Segundo a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (Resolução COFEN-218/1999), os significados atribuídos ao símbolo da enfermagem são: Cobra: magia, alquimia, uma vez que representa o renascimento ou a cicatrização; Cobra + cruz: ciência; Lâmpada: caminho, ambiente; Seringa: técnica. O símbolo do Técnico e Auxiliar em Enfermagem segue esse modelo. Ele também é representado por uma lamparina, contudo, a cobra e a cruz são substituídas por uma seringa. Mulher persistente, determinada, que independente do contexto continuou o seu legado e, mesmo doente – foi acometida pela febre tifoide durante a guerra da Criméia, criou escolas de enfermagens e escreveu diversos livros e artigos. Alguns trechos de suas escritas:= “Escolhi os plantões, porque sei que o escuro da noite amedronta os enfermos. Escolhi estar presente na dor porque já estive perto de muito sofrimento. Escolhi servir ao próximo porque sei que todos nós um dia precisamos de ajuda. Escolhi o branco porque quero transmitir paz…” (Florence Nightingale). “A Enfermagem é uma arte; e para realiza – lá como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, como a obra de qualquer pintor ou escultor, pois o que é tratar de uma tela morta ou do frio mármore comparado a tratar do corpo vivo – o templo do espírito de Deus. É uma das artes; pode –se –ia dizer, a mais bela das artes” (Florence Nightingale). https://www.dicionariodesimbolos.com.br/cobra/ [Digite aqui] 23 ENFERMAGEM NO BRASIL ANA NERY – conhecida como “MÃES DOS BRASILEIROS” Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana Justina Ferreira, na Cidade de Cachoeira, na Província da Bahia. Casou-se com Isidoro Antonio Nery, enviuvando aos 30 anos. Seus dois filhos, um médico militar e um oficial do exército, são convocados a servir a Pátria durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), sob a presidência de Solano Lopes. O mais jovem, aluno do 6º ano de Medicina, oferece seus serviços médicos em prol dos brasileiros. Anna Nery não resiste à separação da família e escreve ao Presidente da Província, colocando-se à disposição de sua Pátria. Em 15 de agosto parte para os campos de batalha, onde dois de seus irmãos também lutavam. Improvisa hospitais e não mede esforços no atendimento aos feridos. Após cinco anos, retorna ao Brasil, é acolhida com carinho e louvor, recebe uma coroa de louros e Victor Meireles pinta sua imagem, que é colocada no edifício do Paço Municipal. O governo imperial lhe concede uma pensão, além de medalhas humanitárias e de campanha. Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880. A primeira Escola de Enfermagem fundada no Brasil recebeu o seu nome de Anna Nery, após: 1890 – Criação da escola de Enfermagem Alfredo Pinto, no Rio de Janeiro. 1914 – Com a primeira Guerra Mundial houve a participação da Cruz Vermelha Brasileira, onde se inicia o preparo de voluntários para trabalhar na enfermagem. 1923 – Primeira escola de enfermagem baseada na adaptação do modelo Nightingaleano – Escola Ana Nery – redimensionando todo modelo de Enfermagem no Brasil. 1926 – Fundação da Associação de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras, atual Associação Brasileira de Enfermagem – ABEN. [Digite aqui] 24 1949 – Pelo projeto de Lei 775 segue-se a exigência da educação em enfermagem centralizada em núcleos universitários. 1961 – Pela Lei 2995/56 passa-se a exigir de todas as escolas o nível secundário completo. 1962 –Criação da Enfermagem como Ensino Superior. 1973 – Criação do Conselho Federal de Enfermagem – órgão disciplinador do exercício profissional (COFEN) e Conselho Regional de Enfermagem (COREN). Junto com a ABEN, completam-se no que diz respeito à assistência, educação e defesa dos Enfermeiros brasileiros. 1975 – Reconhecimento do curso de Auxiliar de Enfermagem. 1981 -Regularização do curso de Mestrado em Enfermagem. 1986 – Criação do Sistema único de saúde (SUS). Aprovação da nova lei do exercício profissional. 1997 – Criação da Comissão de Ética de Enfermagem (CEE), órgão representativo do COREN, nas entidades hospitalares. 1999- Decisão do COREN da obrigatoriedade da Sistematização da Assistência da Enfermagem em SP. 2003 – Resolução COFEN Nº 276/2003 que regulariza a Concessão de Inscrição Provisória ao Auxiliar de Enfermagem. Técnico em enfermagem, no Brasil, é um profissional com formação de nível médio, regulado pela Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986. [Digite aqui] 25 O HOSPITAL A palavra hospital vem do latim Hospes, que significa hóspede. Os documentos da Organização Mundial da Saúde assim definem Hospital: O hospital é parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar à comunidade completa assistência médica, preventiva e curativa, incluindo serviços extensivos à família em seu domicílio e ainda um cento de formação dos que trabalham no campo da saúde e para as pesquisas biossociais. Histórico dos Hospitais: Inicialmente, os hospitais surgiram com a qualificação apenas de albergue, de hospedaria, onde os desprotegidos da sorte eram recolhidos, cuidados e alimentados. As pessoas eram recebidas não por estarem doentes e necessitarem de tratamentos: os que requeressem cuidados médicos permaneciam em suas casas, onde eram visitados pelos profissionais da época e onde eram tratados, tanto clínica quanto cirurgicamente. Não se conhecia, na época, nada sobre esterilização, desinfecção ou antissepsia. Posteriormente, com o aparecimento das moléstias repelentes, das doenças deformantes, iniciou-se a exigência do isolamento desses pacientes como defesa da sociedade. Hoje, o hospital ampliou a sua atuação, desempenhando diversas funções, destacando-se as funções definidas pela Organização Mundial da Saúde. Funções do Hospital a- Função restaurativa: Diagnóstico: em serviço de ambulatória e internação; Tratamento das doenças: atividades médicas, cirúrgicas; Reabilitação física, mental e social; Tratamento de emergências: acidentes e doenças; b- Função preventiva: [Digite aqui] 26 Supervisão da gravidez normal e do parto; Supervisão do crescimento normal e do desenvolvimento da criança e do adolescente; Controle de doenças contagiosas; Prevenção das doenças de longa duração; Prevenção da invalidez física e mental; Educação sanitária; Saúde ocupacional; c- Função educativa: Estudantes de medicina, enfermagem, fisioterapia, nutrição, etc.; Formação de pós-graduados e residentes; d- Função pesquisadora: Aspectos físicos, psicológicos e sociais da saúde e da doença; Atividades hospitalares, técnicas e administrativas; Classificações Gerais: são os capacitados a receberem pacientes de várias especialidades clínicas e cirúrgicas, podendo ser limitados a um grupo etário. (hospital infantil, geriátrico) Especializados: são os capacitados a receberem pacientes predominantemente de uma especialidade, como psiquiatria, oncologia, etc. Unidade sanitária: associa as funções de saúde pública às de internação Local: destina-se a servir uma população restrita a um município (+ 20.000 hab) Regional: destina-se a servir de referência para vários municípios, oferecendo especialidades que o local não possui. Ensino: hospital de base utilizado por escola médica, visando a formação de profissionais da área da saúde. Governamental: pertence ao governo federal, estadual ou municipal. Particular: pertença a uma pessoa jurídica de direito privado como irmandade, fundação, sociedade, grupo de acionistas ou a um indivíduo. [Digite aqui] 27 Filantrópico: é uma instituição que não visa lucro Pequeno porte: é o que tem capacidade normal para 50 leitos Médio porte: é o que tem capacidade normal para 51 a 150 leitos Grande porte: é o que tem capacidade normal para 151 a 500 leitos Porte especial ou extra: é o que tem capacidade superior a 500 leitos Corpo clínico aberto: é o que, tendo ou não médicos efetivos, permite a outros médicos a internação e o cuidado de seus pacientes. Corpo clínico fechado: possui corpo clínico efetivo, sendo o exercício de profissionais estranhos facultado apenas em caráter eventual e mediante permissão especial. Hospital-dia: os serviços da instituição ocorrem durante o dia para tratamento ou reabilitação Estrutura organizacional Para atingir os seus objetivos, o hospital necessita de equipe multiprofissional especializada, capaz de oferecer assistência qualificada. Apesar de possuir materiais e equipamentos de alta resolutividade, a equipe de saúde necessita conscientizar-se de que o paciente deve ser visto como um ser humano, pois seu tratamento depende muito da interação entre as pessoas responsáveis pelo seu cuidado. O serviço de enfermagem inter-relaciona-se, praticamente com todos os serviços hospitalares, devendo ser lembrado o grande valor que desempenham as reuniões administrativas periódicas das chefias de serviços, para que consiga manter o máximo de harmonia interna e externa do hospital. Divisão médica: formada pelo corpo clínico do hospital e é mais ou menos desenvolvida de acordo com as finalidades da instituição e com as possibilidades da comunidade. Fazem parte da divisão médica: clínicas cirúrgicas, clínicas especializadas, serviços complementares de diagnóstico e tratamento, anestesiologia, patologia. [Digite aqui] 28 Divisão técnica: composta pelo serviço de enfermagem, nutrição, serviço social, arquivo médico e estatística, psicologia, farmácia e odontologia. Divisão administrativa: composta pelo protocolo, setor de pessoal, contabilidade, tesouraria, almoxarifado, zeladoria, lavanderia e serviços gerais. Serviços de enfermagem Um dos objetivos do serviço de enfermagem é prestar assistência ao paciente, à família e à comunidade, utilizando-se de recursos e procedimentos adequados. Geralmente a organização do serviço de enfermagem apresenta-se sob dois aspectos: a organização formal e informal. A organização formal é aquela que é planejada, escrita e aprovada pela instituição, contém cargos e funções e pode ser visualizada através do organograma, das normas e rotinas divulgadas em manuais. A organização informal é aquela que não é planejada e decorre do relacionamento e interação entre a equipe de enfermagem. A assistência de enfermagem envolve atividades desde as mais simples até mais complexas, exigindo profissionais com diferentes níveis de conhecimento e habilidades para sua execução. As atribuições de cada nível profissional consta na Lei 7.498/1986, regulamentada pelo Decreto 94.406/1987. Unidades de enfermagem O serviço de enfermagem de um hospital é constituído pelas unidades de internação, que englobam as unidades de: clínica médica, cirúrgicas, pediátrica, obstetrícia, berçário, ortopedia e traumatologia, emergência, centro cirúrgico e centro obstétrico, centro de material, ambulatório, tratamento intensivo, e internação especial. Para que um serviço de enfermagem seja composto por todas estas unidades, é preciso que o mesmo seja de grande porte. Nos hospitais de menor porte as unidades são reduzidas ou agrupadas. [Digite aqui] 29 Para seu perfeito funcionamento, todas as unidades de enfermagem devem obedecer ao Regimento do Serviço de Enfermagem, devem conter normas e rotinas e recursos humanos suficientes para seu funcionamento. ADMISSÃO,TRANSFERÊNCIA E ALTA O PACIENTE E O HOSPITAL: Paciente: É uma pessoa sadia ou doente que necessita receber assistência dos profissionais da área de saúde. Admissão do Paciente na Unidade: É o processo que ocorre quando uma pessoa entra em uma instituição de saúde, por um período superior de 24 horas para receber tratamento e cuidados de saúde. Deve-se levar em consideração que o ser humano, apesar de ter as mesmas características anátomo fisiológicas, é diferente em suas maneiras de sentir e agir frente a determinadas situações. Os pacientes esperam receber explicações sobre os seus cuidados e esperam obter respostas às suas perguntas e dúvidas. Temos que levar em consideração que o paciente está inseguro, em um ambiente desconhecido, longe da segurança do lar e da família, angustiado pela incerteza do futuro em relação a sua doença. Dentre as reações mais comuns a uma internação hospitalar, aparece a ansiedade, solidão, redução de privacidade e perda da identidade. A admissão de um paciente em uma unidade de internação, deveria ser feita sempre por um enfermeiro. Mas, dependendo das condições e rotinas da instituição, esta tarefa pode e deve ser feita pela equipe de enfermagem. [Digite aqui] 30 Orientações Básicas: Mostrar as dependências da unidade, explicando ao paciente as rotinas, como: horário de refeições, visitas médicas e visitas de familiares; determinadas rotinas da instituição ou unidade de internação; solicitar objetos de higiene que pessoal; orientações sobre cuidados específicos em relação a alimentação; apoio religioso : como funciona e como consegui-lo; se existe local de recreação, explicando a localização e horário de funcionamento; banheiros e sanitários: onde se situam na unidade e seu funcionamento; campainha: onde se localiza e como funciona; mostrar onde guardar seus pertences, armário, mesa de cabeceira, etc.. Esclarecer dúvidas, não esquecer de se apresentar. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA: (Mensuração de peso, altura...) Objetivo: A mensuração de altura e peso em alguns hospitais é rotina durante a admissão do paciente e/ou quando existe solicitação médica. Em certas condições patológicas, como um edema, o controle de peso é fundamental para se traçar uma conduta terapêutica. E a altura é necessária para calcular o índice de massa corporal (IMC). TRANSFERÊNCIA: As transferências podem ser: de leito; de quarto; de unidade. Para qualquer uma dessas transferências o leito deverá estar pronto para receber o paciente. O paciente deverá ser comunicado com antecedência das razõese o local para onde vai ser transferido, pois o desconhecido gera angústia. Devem ser avisados: administração; SND, Central de Diluição de Medicamentos e familiares, para evitar angústias ao não encontrar o paciente. Devem ser transferidos junto com o paciente: Prontuário; medicações; pertences pessoais do paciente. [Digite aqui] 31 O paciente deve ser transportado conforme seu estado de saúde (a enfermeira avalia) :Deambulando(caminhando); de cadeira de rodas; de maca. Obs.: Após a saída do paciente, o leito deve ser limpo e preparado para receber novo paciente. ALTA HOSPITALAR: É a saída do paciente do hospital. Consiste em: Obtenção de uma ordem médica escrita de alta, cumprimento de instruções de alta, principalmente se o paciente continua necessitando de cuidados específicos no pós alta, notificação ao setor de contabilidade, auxílio ao paciente para sair da instituição de saúde, resumo das condições do paciente no momento da alta em registro de enfermagem, recolhimento de todos os utensílios utilizados pelo paciente( bacias, copos, comadre, papagaio, cubas, frascos de soro...), solicitação de limpeza do quarto. Motivo da Alta: Quando não necessita mais de atendimento médico e de enfermagem, ou alta a pedido do paciente ou familiar. Cuidados de Enfermagem: Observar sempre que a prescrição de alta hospitalar esteja assinada pelo médico responsável; dar apoio para o paciente aceitar a alta; ajudá-lo a preparar-se para sair; providenciar os avisos de alta para: SND; Serviço social (se for necessário), Central de Diluição de Medicamentos (CDM) Serviço de informação; Serviço de internação. Obs.: Desmontar o prontuário encaminhando os documentos ao SAME (Serviço de Arquivo e Estatística). [Digite aqui] 32 UNIDADES DE INTERNAÇÃO: É a área destinada a acomodar e servir um determinado número de pacientes, possuindo além de quartos e enfermarias, outras dependências necessárias ao serviço, tais como: posto de enfermagem, sala de serviço, sala de curativo, rouparia, copa, sanitários, etc. Estas diferem de hospital para hospital e são classificadas de acordo com as diferentes especialidades (unidade cirúrgica, pediátrica, clínica médica, oncológica...). UNIDADE DO PACIENTE: Consiste no espaço físico e mobiliário necessário a cada paciente, com: Cama com colchão; mesa de cabeceira; cadeira; mesa de refeição; escadinha; válvula ou torpedo de oxigênio; campainha, entre outros. A unidade do paciente, seja ambiente individualizado (quarto) ou espaço coletivo (enfermaria), deve proporcionar-lhe completa segurança e bem-estar. Nesse sentido, lembramos que o estado de conservação do teto, piso e paredes, instalação elétrica e hidráulica, disposição do mobiliário e os espaços para a movimentação do paciente, da equipe e dos equipamentos são aspectos importantes a ser considerados. Outra questão é a influência do ambiente e dos fatores estéticos sobre o estado emocional e o humor das pessoas. Decoração atraente, cores de paredes e tetos agradáveis, iluminação adequada, ambiente arejado, calmo e silencioso, proporcionam maior aconchego às pessoas, especialmente quando doentes. Além das questões estéticas que ocasionam no paciente, familiares e profissionais uma sensação mais agradável, a prática da assistência humanizada pressupõe a preservação dos direitos dos pacientes e uma maior aproximação no [Digite aqui] 33 campo das relações humanas. Pressupõe, ainda, tratar das atividades cotidianas de forma a melhor atender às necessidades do paciente. Por exemplo: ampliação do horário de visitas, facilitação do uso de meios de comunicação com o exterior, conservação de objetos pessoais e possibilidade do recebimento de cartas. Isto permite que a pessoa, ao ser internada, possa considerar a unidade que lhe foi destinada como seu espaço, um local privativo e sob seu controle, onde lhe é possível expressar sentimentos e valores, dispondo de objetos relacionados ao seu mundo e que lhe despertam recordações, como fotografias, objetos religiosos, etc. A enfermagem deve zelar pela unidade do paciente sem, contudo, desrespeitar a privacidade que lhe cabe por direito. LIMPEZA DA UNIDADE DO PACIENTE 1. LIMPEZA GERAL DA UNIDADE DO PACIENTE OU LIMPEZA TERMINAL: Finalidades: Preparar o leito seguro e confortável; evitar a propagação de infecção; manter a Unidade com aparência ordenada; conduzir o paciente ao repouso e sono. Indicações: Quando o paciente falece; quando é transferido para outra Unidade; quando o cliente recebe alta; de 15 em 15 dias, para pacientes acamados, e outras situações especiais avaliadas pela equipe de enfermagem. LEMBRETE: A pele de cada indivíduo possui germes diversos que muitas vezes não causam doenças em si, mas podem ser transmitidos à outras pessoas. Logo, a limpeza terminal tem a finalidade de fazer a desinfecção para evitar a propagação de infecção. [Digite aqui] 34 Procedimentos: preparar o ambiente e providenciar todo o material necessário; juntar toda a roupa, colocando-a no hamper (saco onde é colocada a roupa suja); limpar a mesa de cabeceira, mesa auxiliar e armários, inclusive gavetas; limpar toda cama com solução desinfetante, inclusive o colchão e travesseiros dos dois lados (se forem forrados com impermeáveis), caso não sejam forrados, colocá-los ao sol, que é um excelente desinfetante; levar papagaio, comadre, cubas e escarradeiras para a sala de expurgo, para serem lavados e desinfetados; verificar o funcionamento dos móveis, sobretudo das manivelas da cama, campainha, luzes, chaves dos armários, devendo tomar providências necessárias para o conserto, se for o caso. OBS.: A limpeza terminal não é realizada pelos profissionais de enfermagem, porém, estes devem saber como a mesma precisa ser realizada, e supervisionar, se necessário, a sua execução. 2. LIMPEZA DIÁRIA OU CONCORRENTE: É feita diariamente, antes da arrumação da cama, ou sempre que necessário. Consiste na limpeza de parte de mobiliário, como cabeceira da cama, colchão, pés da cama, mesa de cabeceira, cadeira, banheiro e piso. Quando uma Unidade é ocupada por um paciente, essa se torna sua residência durante o período de internação. O ambiente agradável e sem odores desagradáveis, também ajudam a melhorar o bem estar do paciente. O paciente e sua família devem ser orientados para manter os alimentos que trazem de casa em recipientes fechados, para evitar o aparecimento de insetos; a roupa de cama deve ser trocada sempre que necessário, sendo que cada hospital tem sua própria rotina; sempre que o papagaio e a comadre forem utilizados, devem ser imediatamente limpos para evitar odores desagradáveis; o chão e o banheiro devem ser limpos diariamente, ou sempre que necessário. [Digite aqui] 35 ARRUMAÇÃO DO LEITO/CAMA HOSPITALAR: A técnica empregada na arrumação do leito tem o objetivo de proporcionar conforto e segurança ao paciente, bem como tornar mais rápido e menos cansativo o trabalho da enfermagem. Cama Fechada: É aquela que está desocupada, aguardando um novo paciente. Material necessário: dois lençóis (1 lençol envelope + 1 sobre lençol), um lençol móvel, uma colcha, uma fronha, toalha de rosto e banho (?), se necessário, colocar impermeável sob o lençol móvel (travessa), um cobertor, se necessário. Método: Lavar as mãos; colocar a cadeira nos pés da cama e sob o travesseiro; dispor as roupas no espaldar da cadeira em ordem de uso: fronha, colcha, cobertor, lençol protetor do paciente (sobre lençol), lençol móvel, impermeável e lençol protetor do colchão. Estas peças são dobradas em quatro partes, em sentido longitudinal, e depois em duas partes, no sentido transversal. Estender o lençol protetor do colchão, esticando-obem, e prendê-lo por baixo do colchão; colocar o impermeável no terço médio da cama e, sobre este, o lençol móvel, prendendo ambos sobre o colchão; estender o lençol protetor do paciente, trazendo- o até a cabeceira da cama e prendê-lo sob o colchão, aos pés da cama; estender a colcha, fazer o canto e prender junto aos pés da cama; colocar a fronha no travesseiro e colocá-lo na cabeceira da cama, com a abertura da fronha para o lado oposto da porta do quarto; passar para o outro lado da cama e esticar peça por peça; colocar as toalhas na cabeceira da cama; colocar a cadeira no lugar, deixando a Unidade em ordem. Cama coberta, com o paciente ambulante: É aquela ocupada pelo paciente, que pode deambular. O material é o mesmo que é usado para a cama [Digite aqui] 36 fechada, seguindo-se também o mesmo método de arrumação, deixando o lençol protetor do paciente virado sobre o cobertor e a colcha na parte da cabeceira. Fazer a limpeza diária, antes de colocar a roupa na cama. Cama Aberta com o Paciente Acamado: Colocar o paciente para o lado oposto à cadeira com as roupas dobradas; dobrar, sob o paciente, o lençol protetor do colchão, deixando exposta a metade do colchão; limpar a metade do colchão; estender as roupas limpas seguindo a sequência; virar o paciente para o lado limpo, retirando as roupas sujas, colocando-as no hamper; esticar os lençóis seguindo a sequência e fazer os cantos; limpar a mesa de cabeceira e a cadeira; lavar e guardar o material; lavar as mãos. Cama de Paciente Cirúrgico: É preparada para pacientes que retornam da sala de cirurgia. Proceder da mesma maneira. O lençol protetor do paciente, a colcha e o cobertor são colocados na parte da cabeceira e dos pés; enrolar ou dobrar tudo para o lado que facilita a colocação do paciente no leito. [Digite aqui] 37 SINAIS VITAIS O mecanismo que regula as funções do organismo se reflete na temperatura corporal, pulso, respiração e pressão sanguínea. Este conjunto [Digite aqui] 38 de dados é conhecido como sinais vitais. Estes sinais são importantíssimos porque nos mostram as condições de vida do paciente; se alterados é necessário que o paciente seja observado rigorosamente. A verificação destes sinais é feita pela equipe de enfermagem; devem ser verificados corretamente e as anotações devem ser reais, pois muitas decisões terapêuticas partem destes dados. Conceito: São sinais que caracterizam a vida, que dão vida ao ser animal (homem). TEMPERATURA: É o nível de calor que chega a um determinado corpo; é o equilíbrio entre o calor produzido e o calor eliminado pelo corpo, sendo que no organismo humano, o calor é distribuído pelo sangue circulante, através dos vasos sanguíneos e controlado pelo centro nervoso de regulação térmica. Locais de Verificação de Temperatura: Oral ou bucal; axilar; retal; inguinal; vaginal. Fatores Que Alteram a Temperatura : a) Fisiológicos :Depende do local da verificação; da hora em que é verificada :Mais baixa de manhã, ao levantar; mais alta à noitinha; ligeiramente mais elevada pela atividade muscular e pelo processo digestivo. [Digite aqui] 39 Idade: Mais alta em crianças, mais variável em velhos. Mais elevada nas emoções, preocupações, nervosismo e durante a ovulação. Mais baixa durante o sono e repouso e indivídus subnutridos. Patológicos: Aumentam a temperatura: Processos inflamatórios; doenças nervosas; doenças cardíacas. Diminuem a temperatura: Tumor no cérebro; hemorragia; depressão mental. Locais de Verificação de Temperatura: Oral ou bucal; axilar; retal; inguinal; vaginal. Fatores Que Alteram a Temperatura : a) Fisiológicos :Depende do local da verificação; da hora em que é verificada :Mais baixa de manhã, ao levantar; mais alta à noitinha; ligeiramente mais elevada pela atividade muscular e pelo processo digestivo. Idade: Mais alta em crianças, mais variável em velhos. Mais elevada nas emoções, preocupações, nervosismo e durante a ovulação. Mais baixa durante o sono e repouso e nos indivíduos subnutridos. Patológicos: Aumentam a temperatura: Processos inflamatórios; doenças nervosas; doenças cardíacas. Diminuem a temperatura: Tumor no cérebro; hemorragia; depressão mental. [Digite aqui] 40 VARIAÇÕES DE TEMPERATURA: Temperatura Normal: 36º a 37º C. Acima do Normal: Estado febril – 37, 1º a 38º C.; Febre - 38, 1º a 39º C; Hipertermia ou Hiperpirexia- 39, 1º C a 42º C. Abaixo do Normal: 35,9º a 34º C. – Hipotermia Colapso: abaixo de 34 graus centígrados; 1.2 FEBRE: É a modificação patológica da temperatura. É uma reação do organismo, geralmente quando o indivíduo sofre uma agressão qualquer, podendo ser de origem: Infecciosa - agente de infecção; neurogênica - lesão nervosa; desidratação - redução da água no organismo. 1.4 MÉTODOS USADOS PARA VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA: a) Oral ou Bucal: Mais eficiente do que a axilar e menos que a retal; mais baixa que a retal de 2 a 2,5 décimos de grau; só é usada quando é possível ter termômetro individual e quando não há contra indicação. O termômetro deve permanecer na boca de 5 a 7 minutos. É Contra Indicada: intervenções cirúrgicas da boca; inflamações da boca (estomatite); após a ingestão de líquidos quentes ou muito frios; em doentes inconscientes; em crianças. Material Necessário: Bandeja contendo: termômetro; algodão com solução [Digite aqui] 41 desinfetante; algodão seco; caneta, papel e relógio. Fases da Execução Técnica: Preparar psicologicamente o paciente; proceder a assepsia das mãos; lavar o termômetro com água, removendo a solução desinfetante; secar o termômetro com algodão, observando os princípios da assepsia; baixar a coluna do mercúrio; colocar o termômetro sob a língua do paciente, recomendando que o mesmo conserve em posição, mantendo a boca fechada, firmando a haste ao mesmo canto da boca; retirar o termômetro, passados 5 ou sete minutos; enxaguar a porção que ficou em contato com a boca do paciente, com uma bola de algodão, observando os princípios de assepsia; ler a temperatura e anotá-la no papel, escrevendo a letra “B” (bucal) para indicar o local da verificação; descer a coluna de mercúrio, lavar o termômetro com água e sabão; recolocar o mesmo na solução desinfetante; anotar a temperatura no gráfico ou conforme a rotina do hospital. Ex.: TB = 37,6ºC. b. Axilar: É menos eficiente que a bucal e retal; mais baixa que a retal 4 a 5 décimos de graus, porém é o método mais utilizado. É Contra Indicada: Nas queimaduras do tórax; fraturas dos membros superiores; furunculoses; lesões axilares. Material Necessário :O material é o mesmo da Verificação de temperatura bucal. Fases da Execução Técnica: Preparar psicologicamente o paciente; proceder a [Digite aqui] 42 assepsia das mãos; trazer o material; enxugar a axila , sem friccioná-la; enxugar o termômetro com algodão; baixar a coluna do mercúrio; colocar o termômetro na axila, cuidando que o reservatório de mercúrio fique em contato direto com a pele; pedir ao paciente para comprimir o braço contra o corpo, colocando a mão sobre o ombro oposto; manter o termômetro em torno de 5 minutos, ao retirar o termômetro , observar os princípios de assepsia; ler a temperatura e anotá-la no papel; descer a coluna do mercúrio; recolocar o termômetro na solução desinfetante; anotar a temperatura no gráfico, ou conforme rotina hospitalar. Ex.: = 38º C. c. Retal: É o mais eficiente dos três métodos, pois a temperatura tem menos possibilidades de ser afetada por condições externas.É mais elevada que a bucal de 2 a 2,5 décimos de grau; usado de preferência quando há termômetro individual e quando há contra indicações da bucal. O termômetro deve permanecer no reto durante 5 minutos. É Indicada: Em doentes inconscientes; suspeitas de inflamação do Apêndice Vermiforme. É Contra Indicada: intervenções cirúrgicas; perineorrafias; inflamações do reto e do anus; criança; pode causar trauma psicológico. Material Necessário: O material é o mesmo que para temperatura oral e axilar, mais gazes, termômetro individual e o lubrificante (vaselina). Fases de Execução Técnica: Preparar psicologicamente o paciente; proceder a assepsia das mãos; trazer o material; colocar o paciente em posição de SIMS esquerda, DLE; cercar a cama de biombos; baixar a coluna de mercúrio, afastar a prega Inter glúteo; lubrificar o termômetro e introduzi-lo no ânus; retirar o termômetro e limpá-lo com algodão, observando os princípios de assepsia; proceder a leitura e [Digite aqui] 43 anotar no papel, escrevendo a letra “R” (retal) para indicar o local da verificação. PULSO: Principais Artérias: Aorta: É uma artéria do corpo, nasce do ventrículo esquerdo e dela se originam as outras artérias. Ao sair do ventrículo, descreve uma curva para cima, depois desce, através do tórax e toma o nome de Aorta Torácica; atravessa o diafragma e penetra no abdômen, chamando-se então Aorta Abdominal; se bifurca na altura do ilíaco em artérias ilíacas primitivas [Digite aqui] 44 Principais Ramos da Aorta no Tórax: Coronárias: nutrem o coração; Tronco Braquiocefálico: que dá ramos para a cabeça e braços; Mesentéricas: para os intestinos; Renais: para os rins; Ilíacas Primitivas: direita e esquerda; que dão um ramo interno para os órgãos da bacia e um ramo externo para os membros inferiores. Artérias Pulmonares: Levam o sangue do ventrículo direito para o pulmão. Principais Veias: Veia Cava Superior: Coleta o sangue de várias veias que saem da cabeça, braços e tórax; Veia Cava Inferior: Coleta sangue de várias veias que saem do abdômen e membros inferiores; Veias Pulmonares: Trazem sangue arterializado do pulmão para a aurícula esquerda. CONCEITO de PULSO: É a palpação de batimento de uma artéria sobre uma saliência óssea. Quando o ventrículo esquerdo se contrai, uma corrente sanguínea é enviada às artérias, sendo essa onda de sangue tida como pulso. [Digite aqui] 45 PRINCIPAIS LOCAIS DE VERIFICAÇÃO DE PULSO Locais de Verificação: Pulso Radial: – É o local mais usado para verificação de pulso, localizando-se na face central do punho, no local onde a artéria radial passa sobre o rádio (osso) . Pulso Femoral: Localiza-se na região inguinal, onde a artéria femural passa sobre o osso da pelve. Pulso Umeral e Braquial: Verifica-se na face anterior do braço, logo abaixo da dobra do cotovelo, onde a artéria umeral passa. Pulso Pedial: Verifica-se na face interna do tornozelo ou logo acima da inserção do1º e 2º artelhos. Serve para avaliar condições de circulação do pé. [Digite aqui] 46 Pulso Temporal: Pode ser verificado anteriormente ao pavilhão da orelha, sobre a articulação da mandíbula ou ainda na fronte entre a sobrancelha e a linha do couro cabeludo. Carotídeo: Verificado na região lateral do pescoço, na artéria carótida. Poplíteo: Se localiza aparte posterior da perna na altura do joelho. É mais difícil de apalpar, pois esta artéria se encontra muito profunda. Fatores a observar: a) Frequência ou número de pulsações por minuto, considerados normais: Adulto: Homem = 60 a 80bat/min Mulher: 65 a 80 bat/min . Crianças:120 a 125 bat/min . Feto:130 a 160 bat/min. Recém Nascido:120 a 149 bat/min. Lactente = 120 a 130 bat/min 2.1 Regularidade: * Rítmico: Quando seu ritmo é regular, isto é, o período entre os batimentos se mantém constante. [Digite aqui] 47 b Arrítmico: Quando o ritmo é irregular, ou seja, os batimentos se fazem a intervalos diferentes. 2.2 Volume: É a quantidade de sangue que chega nas artérias (pela sístole): Cheio: a artéria de sangue; Filiforme: a artéria está fina; Imperceptível: não há percepção do pulso. a) Tipos de Pulso: Lento: Bradicárdico Acelerado: Taquicárdico Alterações do Pulso: Fisiológicas: Aumentam a frequência: emoções, digestão, banhos frios. Diminuem a frequência: banhos quentes, principalmente de imersão. Patológicas: Aumentam a frequência: febre, doenças agudas, algumas cardiopatias. Diminuem a frequência: choque e colapso. 2.2 Técnica de Verificação: Material Necessário: Relógio com ponteiros de segundos; caneta e papel. [Digite aqui] 48 Fases da Execução Técnica :Lavar as mãos; comunicar ao paciente o que será feito; Colocar o paciente deitado ou sentado; colocar o dedo médio e indicador sobre a artéria, comprimindo-a levemente; evitar esforços do paciente: se fez exercícios deve aguardar um pouco; constatar o ritmo procedendo a contagem; anotar corretamente no relatório, em caso de qualquer alteração, registrar e comunicar o médico. Ex.: 50 bat/min pulso radial filiforme ,bradicárdico. No caso de gráfico de sinais vitais, anotar em linha cheia, com caneta vermelha. 3. TENSÃO ARTERIAL OU PRESSÃO ARTERIAL: É a pressão que o sangue exerce contra a parede das artérias. Com a contração do ventrículo esquerdo, o sangue é jogado para as artérias de maior calibre e destas para as artérias menores, até os capilares. Para que o sangue possa circular pelo corpo é necessário que uma bomba (o coração), faça força (pressão), para empurrar este sangue por dentro das [Digite aqui] 49 artérias. Ao passar dentro das artérias o sangue encontra uma resistência(pressão) provocada pelo atrito. Quanto mais estreita é uma artéria, maior a resistência(pressão) à passagem de sangue. A força que o coração necessita fazer para empurrar o sangue se chama de pressão máxima ou sistólica. A resistência que a artéria oferece à passagem de sangue é chamada de pressão mínima ou diastólica. A Pressão Arterial depende da largura(calibre) da artéria. Artérias com calibre normal permitem que as pressões máxima e mínima sejam também normais. Se o calibre da artéria estreitar, aumenta o atrito do sangue e a pressão mínima. Qualquer condição que afeta a capacidade contrátil do coração, impedirá que este envie para as artérias, com força necessária, todo o sangue trazido pelas veias. O fluxo venoso é também muito importante na determinação da pressão arterial. Uma hemorragia copiosa ou dilatação generalizada dos capilares; condições que diminuem o afluxo venoso para o coração, provocam uma diminuição da carga sistólica e, por conseguinte, uma queda da tensão arterial. Uma transfusão de sangue, ao contrário, aumenta o fluxo venoso, provocando um aumento da descarga sistólica e da tensão arterial. Tensão Arterial Sistólica ou Máxima: É a mais elevada e resulta da contração ventricular, representa o ponto em que o sangue se torna capaz de formar sua passagem pela artéria braquial, vencendo a pressão exercida pelo manguito. É a força que o coração precisa fazer para enviar o sangue para dentro das artérias. É a pressão (força) máxima que as artérias sofrem quando o ventrículo esquerdo entra em contração. [Digite aqui] 50 Tensão Arterial Diastólica Mínima: É a pressão mais baixa e representa a pressão constante do vaso. É a resistência que as artérias oferecem à passagem do sangue. É a menor pressão no esfingomanômetro, que permite com que seja ouvido o pulso pelo ciclo cardíaco. É a pressão arterial durante o repouso do ventrículo. Valores Considerados Normais: Sistólica ou Máxima= 100 a 140 mmhg Diastólica ou Mínima = 50 a 90 mmhg 3.1VARIAÇÕES DA TENSÃO ARTERIAL: Hipertensão Arterial ou Tensão Arterial Elevada: Considera-se hipertensão, sempre que o indivíduo apresentar tensão diastólica igual ou acima de 100 mmhg. Ex.: 180/110 mmhg. Hipotensão ou Tensão Arterial Baixa: Considera-se hipotensão, quando a sistólica estiver abaixo de 90mmhg. Ex.: 80/40mmhg. Tensão Convergente: Quando a tensão sistólica e diastólica se aproximam. Ex.: 120 /100 mmhg. A pressão arterial é convergente quando a diferença entre a pressão arterial sistólica e a pressão arterial diastólica (Pressão diferencial) é menor que 30mmHg. Assim, podemos encontrar valores de pressão de: 140/120mmHg (pressão diferencial de: 20mmHg = 140-120); 120/100mmhg (pressão diferencial de: 20mmHg). Tensão Divergente: Quando a tensão máxima e a mínima se distanciam. Ex.:140/40 mmhg. A pressão arterial é divergente quando a diferença entre a pressão arterial sistólica e a pressão arterial diastólica (Pressão diferencial) ultrapassa o valor de 60mmHg. Assim, podemos encontrar valores de pressão de: 160/30mmHg (pressão diferencial de: 130mmHg = 160-30); 170/40mmhg (pressão diferencial de: 130mmHg); [Digite aqui] 51 140/20mmHg ((pressão diferencial de: 120mmHg). A causa mais comum é a Insuficiência aórtica – quanto maior a pressão diferencial, maior a gravidade da doença (podemos encontrar valores de 150/10mmHg) e quando a pressão diastólica é menor que 40mmHg, normalmente há indicação de troca da válvula aórtica. 3.2 FATORES QUE MODIFICAM A TENSÃO ARTERIAL: Qualquer perturbação patológica no aparelho circulatório causa alteração da tensão arterial. Aumentam a Tensão Arterial: Esclerose, ureia na gravidez anormal, enfermidades renais, acidentes vasculares cerebrais. Diminuem a Tensão Arterial: Tuberculose, doença de Adisson (cujo fator determinante é a insuficiência das glândulas suprarrenais), durante a convalescença das enfermidades de origem bacteriana, hemorragia, choque e febre. Fatores Fisiológicos: A tensão arterial se modifica por uma série de condições fisiológicas: a idade, sexo, exercício muscular, emoções, digestão, sono e posição do corpo. A troca de posição de decúbito para a posição vertical, provoca aumento um pouco sensível da tensão diastólica. Durante o sono tranquilo, a tensão sistólica diminui, porém no sono agitado ou nos pesadelos, a tensão sistólica aumenta. Preparo Psicológico do Paciente: A emoção, que é uma atitude do indivíduo diante de uma situação, desempenha papel muito importante em nossa vida física e psíquica, podendo ocasionar um desequilíbrio brusco, uma ruptura inesperada e violenta das forças, que constituem a nossa sensibilidade. A presença do aparelho de verificação da tensão arterial, pode excitar o paciente; este deve ser preparado devidamente com uma explicação compatível com seus conhecimentos, proporcionando-lhe , assim, um ambiente de [Digite aqui] 52 tranquilidade. A verificação deverá ser efetuada com segurança; somente em casos especiais, o paciente será informado do valor de sua tensão, isto se o médico permitir. Esfigmomanômetro Estetoscópio Equipamento Usado Para a Verificação: Esfigmomanômetro ou Tensiômetro que consta do seguinte: Coluna de Mercúrio ou manômetro, em conexão com a bolsa de ar (manguito); manguito em conexão com a pêra de borracha munida de parafuso por onde penetra e sai o ar; estetoscópio clínico. Técnica de Verificação: Expor o braço do paciente, que deve permanecer na altura do tórax do paciente quando ele estiver sentado, colocar a faixa de compressão (manguito) ao redor do braço, 3 cm mais ou menos, acima da prega do cotovelo; prender a faixa no braço do paciente enrolando e inserindo sua parte terminal em uma das voltas anteriores; localizar a artéria braquial e colocar o diafragma do estetoscópio sobre a mesma; fechar a saída de ar que se comunica com o depósito de mercúrio ou com o manômetro, palpar o pulso braquial, comprimir a pêra até que a artéria pare de pulsar, esvaziar e esperar 15 segundos, posicionar a olivas do estetoscópio nos ouvidos e a campânula levemente sobre a artéria braquial; inflar o manguito a uma pressão de até 30mmHg a mais que o ponto onde anteriormente o pulso desapareceu. Soltar a válvula e controlar a saída de ar a uma taxa de 2 a 3 mmHg por segundo; auscultar o começo de mudanças nos sons de Korotkoff : o primeiro som que se ouve é a batida pré-sistólica, para após se ouvir um som claro regular; é o som sistólico que será anotado como tensão máxima; continuar diminuindo a pressão da faixa até que haja uma mudança definida de som. Do som claro passa rapidamente a um som surdo (última batida da [Digite aqui] 53 ausculta). É a tensão arterial diastólica, a qual será anotada como a tensão mínima; tirar a faixa do braço do paciente e colocá-la na caixa do tensiômetro; deixar o paciente confortável; guardar o material; proceder os registros. OBSERVAÇÕES:O paciente deve estar em repouso, pelo menos de 10 a 15 minutos, antes da verificação, os pés devem estar descruzados e a bexiga esvaziada antes da verificação da pressão arterial, e não ter fumado, pelo menos, a 10 minutos. Frequência de Verificação: Doentes: Até o terceiro dia de 4/4 horas, podendo, em casos especiais, ser de hora em hora, ou de 15/15 minutos, conforme as condições do paciente. Gestantes: Mensal - até os 7 meses e quinzenal do 7º ao 9º mês. Pacientes com Medicação Hipertensiva: De 30/30 minutos ou de 15/15 min, de acordo com as condições do paciente. Sempre avaliar as condições gerais. 3. RESPIRAÇÃO: A respiração consiste na inspiração ou entrada de ar nos pulmões e na expiração ou saída de ar dos pulmões. É também a troca de gases entre o organismo e o meio exterior e consiste na absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico. Tanto o ritmo quanto a intensidade dos atos respiratórios, são regulados por um mecanismo complexo, no qual entram fatores nervosos centrais e periféricos, mecânicos e humorais, ligados intimamente entre si. A sobrevivência humana depende do oxigênio em alcançar as células do corpo e da remoção do dióxido de carbono, dessas células. O profissional pode avaliar a respiração, frequência, amplitude e ritmo dos movimentos ventilatórios, que indicam a qualidade e eficiência do processo respiratório. A respiração pode ser afetada por vários fatores: Doenças ou indisposição, estresse, idade, sexo, posição corpórea, drogas, exercícios. Tipos de Respiração: Externa: Nos pulmões; Interna - No interior das células. Causas e Fatores Que Regulam a Respiração: [Digite aqui] 54 Fatores Nervosos: Fibras Sensoriais vindas do vago, da laringe e dos pulmões. Fatores Químicos: Composição química do sangue, C02 e 02. Condições Que Afetam a Respiração: Fisiológicas: Aceleram a respiração: Exercícios, emoções, banho frio. Diminuem a respiração: Sono, banho quente. Patológicas: Aumentam: pneumonia, difteria, doenças nervosas, doenças cardíacas, afecções cerebrais, aumento da tensão intra-craneal. Diminuem: Coma diabético, coma urêmico. Pontos a Observar: Frequência: Homem:15 a 20 movimentos/min (15 a 20 mpm) Mulher: 18 a 20 mpm Criança: 20 a 25 mpm Lactente: 30 a 40 mpm [Digite aqui] 55 Características da Respiração: Eupneia - Respiração normal; Dispneia - Dificuldade em respirar; Bradipneia - Respiração lenta (10 mpm ); Taquipneia - Respiração acelerada; Hiperpneia - 30 mpm; Apneia - Parada de respiração; Ortopneia: a falta de ar é mais acentuada na posição deitada, do que na sentada (decúbito dorsal ). Cheyne Stokes - É o tipo de respiração periódica com ritmo respiratório desigual.No início das excursões são pequenas e lentas, porém aumentam gradualmente, em profundidade e frequência, até um grau máximo, para logo regredir novamente e cessar por fim. As fases da taquipneia duram em média 30 segundos. Técnica de Verificação :Material necessário: Relógio de segundeiros; caneta; papel. Fases da Execução Técnica: Lavar as mãos; colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado. Se fez exercícios, esperar um pouco; colocar os dedos médios e indicadores sobre o pulso do paciente observando os movimentos torácicos: na mulher, na região superior e no homem na inferior, cuidando para que o paciente não perceba, para evitar alterações na respiração; contar durante um minuto, os movimentos de inspiração e expiração que perfazem um movimento respiratório, usando relógio com ponteiro de segundos; anotar no gráfico ou conforme rotina do hospital, no relatório de enfermagem, o número de movimentos respiratórios e suas alterações. Ex.: 20 mov ou 20 mpm. [Digite aqui] 56 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ATKINSON, Leslie D., MURRAY, Mary Ellen. Fundamentos de enfermagem. 1ª. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989. 618 p. 616-083 Atlas de anatomia. 1ª. Rio de Janeiro: Melhoramentos, 1967. 32 p. 6111. Atlas de anatomia. 1ª. São Paulo: Vergana Brasil, 2004. 112 p. 611.1/98 2 GARCEZ, Regina Machado, HOOD, GailHarkness, DINCHER, Judith R.. Fundamentos e prática da enfermagem1ª. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 769 ,616-083 GEOVANINI, Telma et al. História da enfermagem. 1ª. Rio de Janeiro: Revinter, 1995. 205 p.616-083(091) GARCEZ, Regina Machado, HOOD, GailHarkness, DINCHER, Judith R. Fundamentos e prática da enfermagem 1ª. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 769616-083 KOPF, Eloiza Cavalheiro, PERLIN, Nara Marilene Girardon. Procedimentos Básicos Enfermagem. 1ª.Ijuí: Unijuí, 1995. 52 p.616-083. LOPEZ, José Manoel Cortiñaset al. Cuidando em Enfermagem. 1ª. Santa Maria: EDUNIFRA, 2003. 315. P 61 MUSSI, Nair Miyamotoet al. Técnicas fundamentais de enfermagem. 1ª. São Paulo: Atheneu, 1998.161 p.616-083 1 OLSCHOWSKY, Agnes et al. Técnico de enfermagem. 1ª. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1999. 142 p.616-083 TIMBY, Bárbara K. Conceitos e Habilidades Fundamentais ao Atendimento de Enfermagem, 6º edição,Porto Alegre, Ed, ARTMED,2000 VOLPATO, Andréia Cistina Bressane e PASSOS, Vanda Cristina. Técnicas Básicas de Enfermagem. 3ª edição_ São Paulo: Ed. Martinari, 2009. 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