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Andressa Hellen – Turma 10 Transmissão Sináptica Introdução: O sistema nervoso é composto por Sistema Nervoso Periférico (SNP) e Sistema Nervoso Central (SNC). O Sistema nervoso periférico é subdividido em uma divisão sensorial que vai enviar informações ao sistema nervoso central através de neurônios sensoriais aferentes e uma divisão eferente que vai levar a informação do sistema nervoso central para células-alvo por meio de neurônios eferentes. Então, por meio de um sinal, os receptores sensoriais eles monitoram as condições do meio interno e externo e enviam informação do neurônio sensorial para o sistema nervoso central, que é o centro integrador dos reflexos neurais. Os neurônios do sistema nervoso central integram informações da divisão sensorial do sistema nervoso periférico e determinam se uma resposta é necessária ou não. Se essa resposta for necessária, o sistema nervoso central vai enviar sinais de saída pelos neurônios eferentes até as células-alvo que são músculos ou glândulas. Os neurônios eferentes tem uma divisão motora somática que controla músculo esquelético e uma divisão autônoma que controla o músculo liso e músculo cardíaco. O sistema nervoso é composto por neurônios e células da Glia. Neurônios: São a unidade funcional do sistema nervoso que conduzem os sinais elétricos rapidamente e por longas distâncias por meio de potencial de ação ou impulso nervoso e também liberam sinais químicos que são denominados de neurotransmissores. Eles têm a função de receber, conduzir e transmitir estímulos (impulso nervoso) ao SNC e à Medula Espinal. São compostos por: Dendritos: Vão receber sinais de entrada e promover a informação de células vizinhas. Corpo celular: É o centro de controle que contém o DNA molde para a síntese proteica, é onde fica o núcleo. Axônio: Vão conduzir sinais químicos e elétricos, que são chamados de impulso nervoso. São divididos em: Pseudounipolar: Esse tem um único processo chamado de axônio, durante o desenvolvimento o dendrito fundiu-se ao axônio. Bipolar: Esses têm duas fibras relativamente iguais, se estendendo a parte do corpo celular central. Anaxônicos: Interneurônios do SNC, não possuem nenhum axônio aparente Multipolar: São os interneurônios multipolares que participam do SNC e são muito ramificados, mas não têm extensões longas. Um neurônio eferente multipolar típico tem de 5 a 7 dendritos, cada um se ramificando de 4 a 6 vezes. Um único axônio longo pode se ramificar diversas vezes e terminar nos terminais axônais alongados. Divisão funcional dos neurônios: Neurônios sensoriais: Vão conduzir informações sobre temperatura, pressão, luz e outros estímulos dos receptores sensoriais para o SNC, ou seja, vai atuar nos sentidos somáticos. Interneurônios do SNC: Estes possuem diversas formas e ramificações complexas, possibilitando uma comunicação com vários neurônios. Neurônios Eferentes: Possuem terminações espessas, chamadas de terminações axônais e regiões espessas chamadas de varicosidades, que vão armazenar e liberar neurotransmissores. Células da glia: São células auxiliares que vão dar suporte ao funcionamento do sistema nervoso central e são subdivididas em: Oligodendrócitos; Micróglia; Células Ependimárias; Astrócitos; Células de Schwann. Oligodendrócitos: Servem como isolantes térmicos, produzem a bainha de mielina no SNC Células de Schwann: Tem a mesma função dos oligodendrócitos, entretanto, a produção de bainha de mielina ocorre no SNP e irão secretar fatores neutrotróficos. A bainha de mielina é rica em lipídeos, revestem os axônios e atuam como isolantes térmicos que vai permitir a condução do impulso nervoso de modo mais rápido e eficiente. Micróglia: Promove a fagocitose e atuam nos processos de inflamação e reparação do SNC, além de atuarem também nos processos imunes. Astrócitos: Promovem o controle da composição iônica e molecular e são associados às sinapses, por meio da captura (íons e neurotransmissores) e liberação de substâncias químicas (secretam fatores neutrotróficos e fornecem substrato para a produção de ATP). São fonte de células- tronco e servem de barreira hemantoencefálica Células Ependimarias: Criar barreiras entre compartimentos e ser fonte de células-tronco também Sinapse: É a comunicação entre dois neurônios por meio de um terminal axonal pré-sináptico e um dendrito pós sináptico, ou seja, é a região onde um terminal axonal se comunica com a célula- alvo pós sináptica. Para que haja a sinapse, esses neurônios necessitam ser relativamente grandes, alguns neurônios contêm axônios com menos de 1mm e outros com mais de 1 metro de comprimento. Esse tamanho vai promover a melhora da propagação do impulso nervoso e a promoção da sinapse. Dano aos neurônios: Primeiramente, quando um axônio é rompido, a porção ligada ao corpo celular pode sobreviver e a porção localizada distalmente ao local onde ocorreu o rompimento lentamente vai começar a se desintegrar. Sob algumas circunstâncias o coto proximal pode começar a se desenvolver por meio da bainha de mielina existentes das células de Schwann e assim reformar a sinapse com seu alvo adequado. As células de Schwann vão secretar fatores que vão manter o corpo celular vivo e vão estimular o crescimento do axônio, formando, assim, uma nova sinapse com a célula-alvo Transporte de proteínas e Organelas: O citoplasma do axônio contém fibras e filamentos, mas ele não contém ribossomos e retículos endoplasmáticos que são necessários para a síntese proteica, então qualquer proteína que seja destinada ao axônio deve ser sintetizada no retículo endoplasmático rugoso do corpo celular. As proteínas vão ser transportados por meio do axônio por um processo chamado processo axonal, esse transporte pode ser lento e rápido. O processo lento vai transporta proteínas através do fluxo citoplasmático do corpo celular para o terminal axonal, esse terminal contém mitocôndrias e vesículas membranosas que armazenam moléculas. O transporte axonal rápido, ele transporta vesículas e mitocôndrias ao longo da rede de microtúbulos e ocorre em duas direções: Anterógrado (corpo celular ao terminal axonal) e Retrógrado (reciclagem – terminal axonal ao corpo celular). Primeiramente, os peptídeos irão ser sintetizados no retículo endoplasmático rugoso e envelopados no aparelho de Golgi, o transporte axonal rápido vai mover vesículas e mitocôndrias ao longo da rede de microtúbulos, o conteúdo das vesículas vai ser liberado por exocitose, a vesícula sináptica vai ser reciclada, em seguida acontecerá o transporte axonal retrógado rápido onde os componentes velhos da membrana vão ser digeridos nos lisossomos. Potencial de Ação – Impulso Nervoso: A membrana estará polarizada devido a atuação da bomba de Na+ e K+, ou seja, em potencial de repouso. A partir de um estímulo vai sofrer despolarização e vai haver a entrada de sódio, ou seja, vai haver a conformação da mudança do potencial de repouso partindo para um potencial de membrana de ação. A propagação desse potencial de ação é chamado de impulso nervoso que vai ocorrer a partir do momento que vai acontecer uma repolarização da membrana por meio da saída de potássio Tipos de Sinapse: Sinapse Elétrica: As células pré-sináptica e as pós- sinápticas estão ligadas por meio de junções comunicantes. Essas junções vão permitir que a célula vá diretamente de uma célula a outra. Na sinapse elétrica não tem mediadores químicos e não tem modulação e é de resposta rápida. Sinapse Química: Tipo de sinapse maiscomum, nela, células pré-sinápticas vão liberar sinais químicos que se difundem pela fenda sináptica e se ligam a um receptor localizado na célula pós-sináptica. Há presença de mediadores químicos e existe um controle e modulação da transmissão lenta. Transferência de Informação na Sinapse: Para iniciar essa transferência, um potencial de ação despolariza o terminal axônico, em seguida a despolarização abre canais de Ca ²+ controlados por voltagem e o Cálcio entra na célula, a entrada de cálcio inicia a exocitose do conteúdo das vesículas sinápticas. O neurotransmissor se difunde através da fenda sináptica e se liga aos receptores na célula pós- sináptica, e em seguida a ligação do neurotransmissor inicia uma resposta na célula pós-sináptica. Inibição Sináptica: Um potencial inibidor pós-sináptico (PIPS) soma-se a dois potenciais excitatórios pós- sinápticos (PEPS) para evitar um potencial de Ação na célula pós-sináptica. Pós-Sináptica Global: Todos os alvos do neurônio pós-sináptico são inibidos igualmente. Pré-Sináptica Seletiva: Um neurônio inibidor faz uma sinapse no colateral do neurônio pré- sinapse e seletivamente inibe um alvo.
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