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Aula 4 - GINECO - Incontinência urinária

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Essa aula de hoje está muito interligada com a aula passada de prolapso genital. Como vocês 
podem se lembrar podemos tem o prolapso genital isoladamente, sem incontinência urinária, 
podemos ter também a incontinência urinária isoladamente, mas frequentemente temos a 
associação entre as duas condições. É importante saber reconhecer essas 3 possibilidades, porque a 
investigação complementar é diferente, mas principalmente o tratamento é diferente. No 
prolapso a avaliação é predominantemente clínica, e não é necessário recorrer a exames 
complementares quando ele é isolado, mas quando ele é associado a incontinência urinária ou 
quando a incontinência urinária existe isoladamente é necessário exames complementares, e 
principalmente o estudo urodinâmico. 
Introdução:
Para que a gente se mantenha continente em repouso a Pressão vesical precisa ser menor 
que a Pressão uretral - para que tenha micção esse gradiente precisa mudar;
•
Pressão vesical = pressão abdominal + pressão do músculo detrusor - existem várias 
condições voluntárias ou não que podem aumentar a pressão abdominal. O músculo detrusor 
compõe toda a parede da bexiga, e esse músculo está sujeito a contrações, ele é inervado 
pelo sistema nervoso autônomo, tanto as fibras simpáticas adrenérgicas, quanto as 
parassimpáticas colinérgicas participam do mecanismo de contratilidade e de relaxamento 
desse músculo, não à toa que ele é um dos mais envolvidos no surgimento da incontinência 
urinária e o estudo urodinâmico faz o registro da pressão do detrusor;
•
Complacência vesical - a bexiga é um órgão distensível, ela tem uma capacidade de 
repleção distensível progressiva até um certo limite. Então complacência vesical é a 
capacidade que a bexiga tem de ser preenchida por líquido dentro de um certo limite, 
que não ocorra o desencadeamento de contrações; 
○
O outro fator, é que eu consigo fazer até um certo ponto a Inibição voluntária do 
detrusor devido as conexões nervosas entre o sistema nervoso autônomo com o sistema 
nervoso central. Muitas vezes na base da incontinência urinária estão contrações não 
inibidas do detrusor que o estudo urodinâmico demonstra, ele faz o registro gráfico, e 
com isso é possivel fazer o tratamento mais específico da causa base. 
○
Manutenção da pressão vesical: para que eu mantenha a pressão vesical em níveis fisiológicos, 
eu preciso de dois fatores: 
•
Musculatura lisa da parede - a musculatura lisa também é inervada pelo sistema 
nervoso autônomo e seu Tônus é mantido pelas fibras alfa-adrenérgicas, e daí muitos 
medicamentos para o tratamento de diversas condições (hipertensão arterial, doenças 
○
Manutenção da pressão uretral: Para que a pressão uretral seja mantida maior que a vesical, 
inúmeros fatores contribuem, e por isso esse compartimento é uma importante origem de 
incontinência urinária. Alguns desses fatores causam incapacidade da uretra em manter esse 
nível pressórico superior ao nível pressórico da beixaga
•
Continência: em repouso para que eu me mantenha continente, existem algumas variáveis, alguns 
gradientes de pressão que precisam ser mantidos e respeitados, para que não tenha perda 
involuntária de urina. 
-
Raissa Novelli T.67 Aula 4
Incontinência urinária
terça-feira, 18 de maio de 2021 10:29
 Página 1 de GINECOLOGIA 
medicamentos para o tratamento de diversas condições (hipertensão arterial, doenças 
psiquiátricas, doenças neurodegenerativas, doenças neuromusculares) podem interferir na 
manutenção do tônus da musculatura lisa uretral, e com isso o efeito colateral de 
muitos desses medicamentos é perda involuntária de urina; além dessa musculatura lisa 
trófica e tônica, eu preciso também ter uma Mucosa trófica e integra; a uretra é
vascularizada (plexo de Klutke) como todo órgão; e ela é sustentada pelo Tecido 
conjuntivo de suporte, por isso também na base do mecanismo de incontinência urinária 
estão doenças vasculares ou que comprometam a vascularização (como DM, doenças do 
colágeno); e ainda uma musculatura não lisa, mas uma Musculatura estriada esquelética 
periuretral, os músculos esfíncter externo da uretra e elevador do ânus (o mesmo 
mencionado na aula passada, que é importante na estática pélvica). Então todas essas 
estruturas integras, tônicas e tróficas, inervadas adequadamente e vascularizadas, é que 
contribuem para que a pressão uretral se mantenha persistentemente maior do que a 
pressão vesical, evitando o extravasamento e perda involuntária de urina. 
Quando se faz alguma manobra que aumenta a pressão intra abdominal o Colo vesical tem 
que se manter em posição superior à borda inferior da sínfise púbica - o colo vesical é a 
região de transição entre a bexiga e a uretra. O US bem feito, quando a paciente faz a 
manobra de valsava é possível avaliar a mobilidade do colo vesical em relação a sínfise púbica; 
E ainda ele tem que ter a capacidade de suportar/Transmitir do aumento da pressão 
abdominal para o colo vesical, ele tem que ter a capacidade de resistir, de não se deslocar, 
de não ficar a baixo da sínfise púbica quando se faz algum esforço.

Continência no Esforço: quando nos executamos algum tipo de esforço físico que aumente a 
pressão intra abdominal, ainda assim é necessário que esses gradientes sejam mantidos e que a 
pessoa se mantenha continente. Uma das manifestações da incontinência urinária é justamente no 
momento de esforço, pode acontecer só no repouso também. Porque são comprometidos alguns 
fatores da estática e da dinâmica dos órgãos urinários. 
-
Processo fisiológico da micção: a primeira coisa que tem que ocorrer é a Cessação voluntária 
da inibição do detrusor e isso vai levar ao Relaxamento da musculatura do assoalho pélvico, 
e isso vai fazer então com que o colo vesical desça. Permitindo então, que o Aumento da 
pressão abdominal não seja transmitido para o colo vesical e isso vai fazer então uma 
inversão do gradiente, fazendo com que a pressão vesical supere a pressão uretral (PV > 
PU) e permitindo consequentemente a eliminação de urina. 

Micção:-
A pressão uretral é superior a vesical, tanto 
no repouso quanto no esforço. 
 Página 2 de GINECOLOGIA 
PU) e permitindo consequentemente a eliminação de urina. 
Incontinência Urinária - Definição (ICS):
Perda involuntária de urina, clinicamente demonstrável (por relato da paciente, por observação ao 
exame físico, por determinação de exame complementar), que cause problema social ou higiênico -
embora tanto o prolapso quanto a incontinência urinária não serem condições que ameaçam a vida 
da paciente, eles precisam de tratamento porque eles comprometem muito a qualidade de vida;
-
Perda de urina através do meato uretral externo, quando a pressão vesical excede a pressão 
uretral, na ausência de contração do músculo detrusor - para demonstrar a contração do 
músculo detrusor eu dependo da avaliação do estudo urodinâmico. Por isso que eu falei que 
a propedêutica complementar define/diferencia algumas causas e nos permite um tratamento 
melhor.

Incontinência urinária de esforço genuína:-
Fisiopatologia: A fisiopatologia do problema vem de vários desses sítios/topografias/estruras que 
falei anteriormente. Problemas: principalmente da própria uretra, da própria bexiga, na 
musculatura, da inervação, da vascularização, do trofismo, de medicamentos que interferem na 
neurofisiologia do TU, em vários pontos que teremos que identificar na investigação etiológica. 
Problema na manutenção da pressão uretral - Um grande problema é o que chamamos de 
dificuldade de manutenção da pressão uretral, que tem que se manter superior a pressão vesical 
durante a continência, seja no repouso ou no esforço, e ela tem que trocar de lado no ato da 
micção;
-
Lesão do assoalho pélvico (m. elevador do ânus, fáscia vésico-vaginal, ligamento pubo-
uretral) causada por: trauma obstétrico (gestações sucessivas, partos distócicos, fatos 
macrossômicos), cirurgias pélvicas,e mais raramente deficiências do colágeno.

Hipermobilidade uretral: que tem a ver com uma diferença na posição do colo vesical em relação 
ao suporte uretral. Essa condição pode ser determinada por diversos fatores, dentre eles a lesão 
do assoalho pélvico. Não à toa que fatores etiológicos causadores de prolapso genital são os 
mesmos causadores de incontinência urinária, e por isso muitas vezes elas estão associadas.
-
Cirurgias prévias (especialmente para IUE) - então a cirurgia ao invés de ser curativa, ela 
pode ser iatrogênica, e por isso a indicação da técnica cirúrgica deve ser adequada. Cirurgias 
urológicas ou ginecológicas também podem ser causa, caso alterem o funcionamento do 
esfíncter;

Hipoestrogenismo - pacientes menopausadas, mais idosas. Quem mantem o tônus e o 
trofismo da mucosa e da musculatura lisa é o estrogênio. Então, não obrigatoriamente, mas 
frequentemente a incontinência urinária (assim como o prolapso) é um problema associado a 
idade e a queda dos níveis de estrogênio. Não se trata incontinência urinária com a 
administração de estrogênio, mas ele é um tratamento adjuvante em algumas situações para 
mulheres menopausadas, seja por via tópica ou sistêmica; 

Insuficiência esfincteriana uretral intrínseca: o esfíncter é uma estrutura neuromuscular, uma 
estrutura muscular inervada, que tem a propriedade de contração e de relaxamento pelas fibras 
nervosas do sistema nervoso autônomo. Para esse esfíncter ser considerado íntegro todos os 
elementos que o compõe tem que estar funcionando bem -> a mucosa tem que estar trófica, a 
musculatura lisa tem que estar trófica e tônica, a vascularização tem que estar adequada, e o
tecido conjuntivo de suporte tem que estar presente. Nesse item os principais fatores 
interferentes no funcionamento do esfíncter são: 
-
 Página 3 de GINECOLOGIA 
mulheres menopausadas, seja por via tópica ou sistêmica; 
Irradiação - pacientes submetidas a radioterapia devido a tumores pélvicos;
Trauma - principalmente relacionado as questões obstétricas que podem lesar o esfíncter 
externo da uretral (partos muito distócicos, instrumentalizados, com período expulsivo 
prolongado, fetos macrossômicos, bacia óssea desfavorável), nesses casos o que faz diferença 
é a assistência ao parto. 

Fatores de risco: Quando eu falei dos mecanismos causais eu falei de todos esses fatores de risco
Gravidez e parto transpélvico;-
Idade - não só pelo hipoestrogenismo, mas também pelo comprometimento da maior ocorrência 
de doenças vasculares e doenças neurodegenerativas;
-
Obesidade - fator de risco independente, pelo aumento da pressão intra abdominal. Não adianta 
indicar um tratamento cirúrgico para uma paciente obesa sem abordar a base do problema, 
porque vai haver recorrência;
-
Comprometimento funcional e cognitivo - doenças neurodegenerativas e doenças psiquiátricas (pela 
doença em si e os fármacos utilizados no tratamento, uma vez que eles interferem com os 
neurotransmissores do sistema nervoso autônomo); 
-
Diabetes (pelo comprometimento vascular e nervoso), AVC e lesões medulares. -
Diagnóstico Diferencial: Depende de uma anamnese bem feita, exame físico bem feito e 
propedêutica complementar direcionada aquilo que estou procurando. É preciso incialmente fazer o 
diagnóstico diferencial entre essas 5 possibilidades
Hiperatividade idiopática do detrusor (antiga instabilidade vesical) - que é eletrofiologicamente 
demonstrado pelo estudo urodinâmico. Aqui não é a incontinência urinária de esforço genuína, 
aqui é idiopática a hiperatividade do detrusor. Aqui ocorre uma contração não inibida do detrusor 
de causa desconhecida;
-
Causa neurológica identificável (antiga incontinência reflexa). 
Hiperatividade neurogênica do detrusor:-
Delírio - incontinência urinária como manifestação de doenças psiquiátricas, psicoses, 
esquizofrenia;

Infecção - incontinência urinária na vigência de infecção urinária;
Uretrite e vaginite Atróficas isoladamente - o correto aqui é falar atrofia genital, quando 
existe isoladamente. Esses casos são muitas vezes reversíveis com a reposição tópica ou 
sistêmica de estrogênio;

Causas Psicológicas - como em situações de estresse;
Produção Excessiva de urina - isso pode acontecer na vigência de uso de diuréticos, diurese 
osmótica de um diabetes descompensado;

Restrição da mobilidade - pacientes acamados porque ele não podia se levantar ou não tinha 
ninguém para ajudar naquele momento;

Impactação fecal (Stool) - os grandes fecalomas, mais raramente.
Incontinência funcional: DIAPPERS - geralmente são situações geralmente transitórias de 
incontinência urinária. Acontece em situações de:
-
Incontinência transitória; -
Fístulas (trajeto comunicante anormal entre duas estruturas que não deveriam se 
comunicar) - pode ser consequência de um toco traumatismo; tumores (de bexiga, de colo, 

Incontinência extra-uretral: -
 Página 4 de GINECOLOGIA 
comunicar) - pode ser consequência de um toco traumatismo; tumores (de bexiga, de colo, 
mais raramente de vagina), pós radioterapia. 
Diagnóstico:
Perda durante os esforços - Perguntar como é a perda, se é só no esforço, se acontece em 
repouso ou se é nos dois; se a Perda persiste após o esforço cessar; se tem Urgência 
miccional; 

Quais são os medicamentos que a paciente usa (beta-bloqueadores, colinérgicos, alfa-
bloqueadores, diuréticos) - porque isso pode interferir com a neurofisiologia do trato 
urinário (o tônus da uretra é alfa adrenérgico). Nesses casos é interessante conversar com o 
médico que prescreveu para ver se existe a possibilidade de mudar o medicamento; 

Evolução do quadro - a quanto tempo está presente (exemplo: depois do parto, ou a 
muitos anos); 

Noctúria - se ela levanta a noite para urinar; Disúria - se dói para urinar; 
Doenças (DPOC -> cursa com aumento da pressão intra abdominal, AVC, diabetes) - se a 
paciente é portadora de doenças crônicas; 

Status hormonal - se é menopausada ou não; História obstétrica (GxPxAx, se houve partos 
distócicos, instrumentalização); 

Cirurgias pélvicas em geral; 
Interferência com as atividades laborais, sociais, recreativas e sexuais - o tanto que isso 
interfere na qualidade de vida da paciente;

Diário urinário: ingestão líquida, micção, perdas, fatores desencadeantes -> (Diário 
Miccional): relaciona também a atividade do momento com o momento da perda 

Anamnese:-
Obesidade - pesar a paciente;
Avaliar o Trofismo genital - que é diferente de acordo com a faixa etária;
Exame físico:-
 Página 5 de GINECOLOGIA 
Avaliar o Trofismo genital - que é diferente de acordo com a faixa etária;
Ver se tem Prolapsos, se ocorre em repouso e/ou esforço;
Sensibilidade cutânea perianal; Reflexo cutâneo-anal e bulbocavernoso - passar um algodão ou 
cotonete;

Teste de esforço e/ou “Pad test” - é a diferença no peso de um absorvente seco e no final 
do tempo de uso dele. A diferença entre eles de 7 gramas já é considerada significativa; 

Tônus do assoalho pélvico;
Exame especular - fístulas;
Teste de Booney - pede para paciente para fazer a manobra de valsava e quando você 
introduz o dedo na cavidade vaginal para fazer o toque e reposiciona o colo da bexiga e da 
uretra, a incontinência cessa (quando ela faz a manobra ela demonstra que tem perda de 
urina, quando se introduz o dedo e suspende o colo vesical e o colo da uretra a perda 
cessa);

Teste do cotonete (“Q-tip test”): coloca o cotonete na uretra, se observa a angulação do 
cotonete em relação ao púbis

Urinálise e urocultura - para descartar inicialmente infecção uriniária, e segundo porque o 
próximo passo da investigação vai ser feito instrumentalização do trato urinário (no estudo 
urodinâmico) tem que assegurar que a urina está estéril para não causa iatrogênia na 
paciente. Nesse caso mesmo que seja bacteriúria assintomática é necessário tratar;

Ultrassom do colo vesical - consegueavaliar a mudança de posição do colo vesical em relação 
a sínfise púbica

Descartar tumores, cálculos, cistite intersticial (leva a contratilidade do detrusor), 
divertículos, fístulas vesicais;
○
Dinâmica – avalia o colo vesical durante o enchimento.○
Uretrocistoscopia: eventualmente. É uma endoscopia urinária
Faz o Registro das pressões: vesical, abdominal (indiretamente) e uretral; Tempos do 
exame: Urofluxometria (tempo 1); Medida do volume residual (tempo 2 - que pode 
ser feita de outras maneiras); Cistometria (tempo 3); Perfil pressórico uretral 
(tempo 4); 
○
Incerteza diagnóstica - quando só pela anamnese e exame físico não foi possível 
determinar uma causa; Nas situações que possa existir Aumento do volume 
residual; Distúrbio neurológico (ex. esclerose múltipla) - doenças 
→
Indicações: são ampliadas, praticamente quase todos os casos ○
Estudo urodinâmico: padrão ouro. 
Exames complementares:-
Normal de 10 a 15 graus;○
Fibrose peri-uretral < 10 graus - uretra 
fixa;
○
Hipermobilidade uretral > 15 graus - uretra 
muito móvel.
○
 Página 6 de GINECOLOGIA 
residual; Distúrbio neurológico (ex. esclerose múltipla) - doenças 
neurodegenerativas; Prolapsos acentuados; Pacientes que já foram submetidas à
Cirurgias para incontinência ou prolapso prévias.
É uma medida do Volume urinado em relação ao tempo (volume 
urinado/tempo) - x mL em x segundos;
→
Isso avalia alguns Distúrbios do esvaziamento, especialmente, obstrutivos (valor 
nas hipertrofias prostáticas);
→
E ela pode identificar o que chamamos de Padrão de alto fluxo: que é uma baixa 
pressão uretral ou a urgência miccional - aí é o relato da paciente durante o 
exame.
→
Urofluxometria: tempo 1○
Normal: até 50 ml, em jovens; até 100 ml, em idosos; até 10-20% do volume 
urinado - para avaliar só esse parâmetro nem seria necessário o estudo 
urodinâmico, a ultrassonografia faz isso muito bem; 
→
Estará Aumentado nos casos de: Cistocele acentuada (prolapso - tem estase de 
urina, é uma das manifestações do prolapso); Bexiga neurogênica - que é 
exatamente as condições que cursam com dificuldade de esvaziamento adequado.
→
Medida do volume residual: tempo 2○
Mede a atividade do detrusor, durante o enchimento; a capacidade vesical; a 
sensibilidade vesical e a complacência vesical - mede a atividade do detrusor tanto 
durante o enchimento quanto depois no esvaziamento, ele avalia então a 
→
Cistometria: tempo 3 ○
Frasco de água ou soro que está conectado a um cateter que foi introduzido na uretra, esse 
cateter serve para infundir líquido dentro da bexiga. Tem também um transdutor de pressão que 
está conectado também via transuretral à bexiga, que é chamado de cateter de pressão vesical. 
Para medir a pressão abdominal o ideal seria colocar um cateter lá dentro, mas isso é muito 
invasivo, então mede-se indiretamente, introduz-se um cateter no reto, a pressão retal dá uma 
medida indireta da pressão abdominal. E ai é se avalia todos esses parâmetros: volume, pressão 
vesical total (Pves), pressão retal (Pabd), Pressão vesical intrínseca (Pdel). A urodinâmico foi 
inicialmente desenvolvida para patologias masculinas, como hipertrofia de próstata. 
 Página 7 de GINECOLOGIA 
durante o enchimento quanto depois no esvaziamento, ele avalia então a 
capacidade vesical, a sensibilidade e a complacência vesical;
É o principal tempo do estudo urodinâmico;→
Diferencia a incontinência urinária de esforço genuína da instabilidade vesical (hoje 
em dia chamada de Hiperatividade idiopática do detrusor) e da incontinência 
mista;
→
Como ela é feita: Procede-se o enchimento e verifica-se: Primeira vontade de 
micção (isso acontece em torno de 150 ml); a bexiga é um órgão distensível até 
um limite, com a Capacidade vesical máxima de 400-550ml; Aumentos da 
pressão do detrusor em repouso e após manobras provocativas (pede para 
paciente tossir, esforço prolongado, valsava); e identifica se está tendo Perdas 
urinárias; Momento das perdas em relação aos aumentos da pressão do detrusor. 
O tempo principal do estudo urodinâmico é a Cistometria.
→
Pressão de perda < 60cm H2O: Insuficiência esfincteriana uretral.>
Avalia também a Pressão de Perda: Com cerca de 200 a 300 ml de repleção 
vesical; e pede para a paciente a realizar aumento progressivo da pressão 
abdominal (pede para fazer esforço de novo);
→
○ Perfil Pressórico Uretral: tempo 4 - Vem sendo substituído pela pressão de perda -
que faz parte da Cistometria; Representação gráfica da pressão uretral em toda a 
extensão da uretra; Pressão uretral máxima (> 20 cm H2O); Pressão máxima de 
fechamento uretral (PUM – PV); Comprimento funcional da uretra (extensão da 
uretra em que a pressão uretral excede a pressão vesical); Índice de transmissão 
Imagem 1: Cistometria na incontinência urinária de esforço genuíno: que é aquela em que não 
acontece contrações do detrusor. A imagem ficou toda preta na hora que ele passou o slide, ai 
ele não conseguiu explicar a imagem. Ele apenas descreveu a imagem: a pressão vesical tem 
aumentos e a pressão do detrusor se mantem estável, por isso que é incontinência urinária de 
esforço genuína (não há variação do registro da pressão do detrusor). Imagem 2: Instabilidade 
vesical. Quando se pede para paciente fazer a manobra de valsava aumenta o primeiro gradiente 
(pressão vesical). A pressão do detrusor surge ao mesmo tempo do aumento da pressão vesical, e 
a pressão abdominal aumenta também.
 Página 8 de GINECOLOGIA 
uretra em que a pressão uretral excede a pressão vesical); Índice de transmissão 
(transmissão do aumento da PA para a uretra).
Tratamento - Clínico: pode ser feito a associação entre o tratamento clínico e cirúrgico
Recusa ao tratamento cirúrgico;
 Adjuvante ao tratamento cirúrgico;
Incontinência mista, como tratamento inicial, embora vai precisar da cirurgia depois;
Risco cirúrgico aumentado - impossibilitando a cirurgia;
Instabilidade vesical;
IUEG (aquela que não tem contração do detrusor) leve a moderada.
Indicações:-
Atenuação dos fatores de agravamento - perda de peso, controlar o DPOC, otimizar o 
tratamento farmacológico, substituir drogas. Vamos interferir nos os fatores de 
agravamento;

Melhora da capacidade da musculatura do assoalho pélvico e do mecanismo esfincteriano 
intrínseco - é aqui que entra a fisioterapia;

Drogas;
Dispositivos mecânicos - mesmos da aula passada.
Princípios:-
Desestímulo ao tabagismo;
Controle de DPOC, insuficiência vascular;
Troca de drogas que interferem com o mecanismo de continência;
Ingestão hídrica controlada;
Micção programada;
Treinamento vesical.
Atenuação dos fatores agravantes:-
Melhora do trofismo da mucosa uretral;○
Melhora da vascularização local;○
Atua no tecido conjuntivo.○
Estrogenioterapia (tópica ou sistêmica): como tratamento adjuvante, respeitando as 
contraindicações

Melhora do mecanismo esfincteriano intrínseco:-
-
Exercícios de Kegel;
Cones vaginais;
Eletroestimulação;
Biofeedback (monitorização eletromiográfica).
Melhora da capacidade do assoalho pélvico: Técnicas fisioterapêuticas faladas na aula passada
-
Intravaginais (pessários);•
Intrauretrais;•
Tampão adesivo;•
Esfíncteres artificial.•
Dispositivos mecânicos:
•
Parassimpático: que utiliza o neurotransmissor acetilcolina
Farmacologia do TU:
- Drogas:
 Página 9 de GINECOLOGIA 
○
→ Promove: Contração do detrusor e Relaxamento da musculatura lisa da uretra.
Parassimpático: que utiliza o neurotransmissor acetilcolina
○
→ Bexiga: predomínio de receptores beta -> relaxamento do detrusor;
→ Uretra: predomínio de receptores alfa -> contração do colo vesical.
Simpático: que utiliza o neurotransmissor adrenalina
○ Incontinência de urgência; 
○ Exemplos de fármacos: Imipramina; Propantelina; Brometo de emeprônio;
○ Efeitos colaterais: boca seca, visão borrada por causa da acomodação do cristalino, 
constipação porqueinterfere com o tônus da musculatura do tubo digestrório, 
taquicardia.
• Anticolinérgicos: Relaxam o detrusor
•
○ Exemplos de fármacos: Oxibutinina (muito utilizado); Tolterodina; Escopolamina; 
Diclomina.
Antiespasmódicos/anticolinérgicos:
•
○ Terodilina (parada cardíaca), efeito anticolinérgico.
Bloqueadores dos canais de cálcio: em estudo
•
○ Exemplos de fármacos: Efedrina; Pseudoefedrina; Fenilefrina; Fenilpropanolamina; 
Imipramina; Duloxetina - IRSSN (inibidor seletivo da recaptação da serotonina. É um 
medicamento que tem mais segurança).
Alfa-adrenérgicos: aumentam o tônus da musculatura lisa uretral
Obs.: Acontece que esses medicamentos têm ação sistêmica e podem ter efeitos tóxicos e 
sistêmicos que podem ser até pior do que o próprio problema. Então o uso deve ser criterioso, 
ainda mais que estamos falando de pacientes mais velhas, com comorbidades.
Tratamento - Cirúrgico:
• IUEG - incontinência urinária de esforço genuína (aquela que não tem contração do 
detrusor);
Incontinência mista após controle da instabilidade vesical.
Indicações:-
Suporte da uretra média posterior, sem tensão.
Princípio:-
Prolapsos genitais associados - as vezes a correção cirúrgica também tem que ser voltada 
para correção do prolapso; 

Patologias uterinas e anexiais - se existe alguma outra doença associada, alguma doença de 
útero ou de ovário;

Cirurgias prévias - porque insistir em uma técnica cirúrgica que não deu certo;
Experiência do cirurgião com a técnica;
Elasticidade vaginal;
Risco cirúrgico;
Mobilidade uretral;
Pressão de perda.
Fatores de influência na escolha da cirurgia:-
Reposicionar o colo uretral (suspender);
Colpossuspensão à Burch (82% de taxa de cura em 5 anos) - o índice de sucesso na 
Hipermobilidade uretral + Função uretral preservada:-
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Colpossuspensão à Burch (82% de taxa de cura em 5 anos) - o índice de sucesso na 
literatura é até maior do que esse na literatura, chega a 90% em 5 anos;

Resultados inferiores uretropexia retro-púbica;○
Via vaginal (ou combinada).○
Suspensões endoscópicas (Pereyra, Raz, Stamey) – em desuso;
Slings autólogos e sintéticos.
Colpossuspensão à Burch: esses três pontos ficam a bexiga aos ligamentos retropúbicos
Sling: é uma ortese, é uma faixa de material sintético, ele circunda a uretra dando suporte. É 
também chamado de TVT
Imagem 1: TVT: tension free vaginal tape, dá suporte da uretra sem tensão. Imagem 2: Sling 
transobturatório: aqui a técnica cirúrgica utilizada, com o passador
TOT para cistocele; imagem 2: as várias posições que ele pode ser colocado
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Sling supra-púbico (a) X Transobturatório (b):
Mini-sling:
-
Menor taxa de cura;○
Menor taxa de auto-cateterismo.○
Colpossuspensão à Burch:
Maior taxa de cura;○
Maior taxa de auto-cateterismo.○
Slings:
Slings sintéticos (supra-púbico melhor que transobturatórios).
Hipermobilidade uretral + Função uretral comprometida: a grande indicação dos slings é nesses 
casos
Injeção peri-uretral (colágeno, gordura autóloga, silicone). São, em geral, necessárias novas 
injeções futuras;

Esfíncteres artificiais - novidade. São poucos urologistas que fazem, e o preço é muito alto 
(em média de 70 mil reais a prótese).

Uretra fixa: aqui existem outras técnicas cirúrgicas-
Obs.: as vantagens: são tratamentos menos invasivos; desvantagens: costumam ser mais caros, e 
costumam ter que fazer novas injeções. Se existir Hipermobilidade uretral não adianta fazer.
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costumam ter que fazer novas injeções. Se existir Hipermobilidade uretral não adianta fazer.
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