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LIVRO DE AUDITORIA UNICESUMAR

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ORIGEM DA AUDITORIA 
Para que se de na a origem da auditoria, é necessário e primordial definirmos o alicerce da 
fundamentação que sustenta a técnica de auditoria, em que a contabilidade, enquanto geradora 
de relatórios e de possíveis informações para os mais diversos tipos de usuários, torna-se o 
principal foco do auditor independente ou externo. É evidente que ela é utilizada, também, pelo 
auditor interno, mas isso será estudado de forma específica. 
 
Contabilidade 
A contabilidade foi desenvolvida com objetivo de gerar informações aos seus diversos tipos de 
usuários, por meio dos seus relatórios contábeis, para o controle interno e administrativo 
organizacional e para o auxílio na tomada de decisões pelos seus diferentes usuários. 
Relacionada a isso, ela transforma dados em relatórios e, respectivamente, em informações 
gerenciais e contábeis, direcionada de acordo com a necessidade de cada usuário interno ou 
externo, destacando a sua utilização pelos próprios funcionários das empresas que têm cargos 
que requerem as tomadas de decisões internas e aos usuários externos. Entre eles, destacam-se 
aqueles que não têm ligação direta com a empresa, mas que necessitam das informações para 
execuções ou tomada de decisões de suas atividades. Exemplos disso são os fornecedores, 
órgãos governamentais, investidores e entre outros. 
Segundo Favero et al. (2009, p.3), “a complexidade de geração da informação contábil é 
resultado das características dos usuários combinada com os propósitos para quais as 
informações são utilizadas”. Tal afirmação ressalta a necessidade da geração de relatório 
específico para atender as diferentes necessidades de cada usuário ou da organização. Dessa 
forma, cabe à contabilidade identificar o que cada um necessita e providenciar as informações 
que vão ao encontro do propósito da decisão esperada. 
Para alcançar a sua finalidade, a contabilidade utiliza várias técnicas, como Escrituração, 
Elaboração das Demonstrações Contábeis e a Análise das Demonstrações e da Auditoria, que é 
nosso foco neste material. Como já descrito, a contabilidade surgiu para a geração das 
informações, atendendo as necessidades dos diferentes usuários das organizações, sendo, a 
auditoria, uma de suas técnicas, a qual consiste na análise, na confrontação e nas confirmações 
dessas informações geradas contabilmente. 
Segundo Attie (2011, p.5), “a auditoria é uma especialização (técnica) contábil voltada a testar a 
e ciência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião 
sobre determinado dado”. Não se pode confirmar corretamente quando ocorreu, de fato, o 
surgimento da Auditoria. Pinho (2007, p.5) relata que os imperadores romanos solicitavam a 
alguns funcionários nomeados de confiança que verificassem as ações financeiras de seus 
administradores provinciais e que esses resultados fossem demonstrados por meio da prestação 
de contas pessoalmente. Já Pereira (2011) comenta que, na França, eram realizadas leituras das 
contas de domínio dos barões diante de funcionários da coroa que dariam confiabilidade ao que 
estava sendo dito. Isto significa que a auditoria ocorria de forma a garantir, aos imperadores e 
aos reis, que os registros identificavam valores e quantidades corretos. 
 
Attie (2011, p. 7) comenta que: 
[...] segundo se tem notícias, a atividade de auditoria é originária da Inglaterra que, como 
dominadora dos mares e do comércio em épocas passadas, teria iniciado a disseminação de 
investimentos em diversos locais e países e, por consequência, o exame dos investimentos 
mantidos naqueles locais. 
Portanto, constata-se que existem várias informações referentes ao início dos serviços de 
execução de auditoria. Isso demonstra que, desde o provável início da auditoria, já havia uma 
preocupação em confrontar e con rmar as informações contábeis com a opinião ou confirmação 
de uma pessoa apta e qualificada para constatação da dedignidade contábil. 
 
Com desenvolvimento do sistema capitalista e a busca de investimentos no mercado de capitais 
em ações, os futuros investidores e proprietários das empresas viram-se necessitados de 
informações contábeis que lhes garantissem a escolha de qual organização aplicar os seus 
investimentos. Por outro lado, as organizações se depararam com a necessidade de elaborar e 
demonstrar todos os seus relatórios/ demonstrações contábeis. 
A publicação e elaboração das demonstrações contábeis devem ser realizadas da forma mais 
correta e segura possível, cumprindo totalmente as legislações fiscais e trabalhistas, a m de 
cativarem novos investidores para que eles apliquem seus recursos monetários no mercado de 
capitais das empresas, o que ca mais seguro com a opinião de um terceiro profissional, não 
ligado internamente às organizações, dando origem ao auditor independente ou externo. É ele 
que emite o relatório de opinião sobre as demonstrações contábeis dessas empresas, para que 
elas possam se expandir, conquistar novos mercados e gerar recursos financeiros a serem pagos 
como dividendos aos novos acionistas. 
Attie (2011, p. 7) explica que: 
[...] a veracidade das informações, o correto cumprimento das metas, a aplicação do capital 
investido de forma lícita e o retorno do investimento foram algumas das preocupações que 
exigiram a opinião de alguém não ligado aos negócios e que confirmasse, de forma 
independente, a qualidade e precisão das informações prestadas, dando, dessa forma, o ensejo 
ao aparecimento do auditor. 
Assim, após essa inicialização, os auditores externos nos Estados Unidos, a partir do ano de 
1934, tiveram o real reconhecimento da sua importância, passando, a auditoria, a vigorar como 
uma norma para as empresas que efetuassem transações na Bolsa de Valores em ações, as quais 
foram obrigadas a dar maior credibilidade para as suas Demonstrações Contábeis por meio dos 
exames de auditoria externa e emissão do relatório de opinião. 
 
Ainda, segundo Franco e Marra (2009, p39): 
As mesmas causas responsáveis pelo surgimento da auditoria são hoje determinantes de sua 
extraordinária evolução. A grandeza econômica e comercial da Inglaterra e da Holanda, em fins 
do século passado, bem como dos Estados Unidos, onde hoje a profissão é mais desenvolvida, 
determinou a evolução da auditoria, como consequência do crescimento das empresas, do 
aumento da sua complexidade e do envolvimento do interesse da economia popular nos grandes 
empreendimentos. 
Todo esse desenvolvimento e o avanço da tecnologia e da informatização zeram e ainda 
continuam fazendo que a auditoria externa se torne cada vez mais importante, junto da evolução 
da ciência contábil, tornando-se uma técnica dinâmica enquanto instrumento de identificação, 
de orientação, de interpretação, de previsão e de prevenção de erros ou de fraudes nas 
organizações. 
A prática de auditoria iniciou-se no Brasil devido à necessidade ligada às empresas estrangeiras. 
Isso, porque essas empresas possuíam instalações no Brasil e precisavam que suas 
Demonstrações Contábeis fossem devidamente auditadas, assim como era em seus países de 
origem, para que fossem garantidas e mantidas suas operações, conforme estabelecido pela 
Bolsa de Valores. 
Confirma esse fato, Attie (2011, p. 8): 
As principais influências que determinaram o desenvolvimento de auditoria no Brasil foram: 
 
Filiais e subsidiaria de firmas estrangeira. 
Financiamentos das empresas brasileiras através de entidades internacionais. 
 
Crescimento das empresas brasileiras e necessidade de descentralização e diversificação de suas 
atividades econômicas. 
Evoluçãodo mercado de capitais. 
Criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil em 1972. 
 
Criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei N° 6.404/76 das Sociedades por Ações. 
Houve a criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Lei 6.404/76 das Sociedades 
por Ações. Essa lei determinou que todas as companhias de Capital Aberto S/A teriam, agora, a 
obrigatoriedade de serem auditadas por auditores independentes ou externos, assim como com 
registrado na CVM vinculando as negociações de ações dessas empresas na Bolsa de Valores 
Mobiliários ao cumprimento da Lei. 
Conforme pode ser de nido por Attie (2011, p. 9): 
 
Na quarta-feira, 17 de dezembro de 2014, o CFC divulgou a nova norma para o Programa de 
Educação Profissional Continuada, a NBC PG 12. 
A nova norma, além de ser aplicada aos auditores externos, agora se, estende- se para os 
profissionais das empresas de grande porte que são obrigadas a contratar auditoria 
independente. Não só, mas a Norma abrange toda a equipe de preparadores das demonstrações 
contábeis, inclusive os que as assinam. 
O CFC informou que, em 2015, serão aplicadas apenas algumas atualizações formais da Norma. 
Já a inclusão de mais profissionais no PEPC deve entrar em vigor apenas em 2016. 
 
Segundo a Norma, as disposições não se aplicam aos profissionais técnicos da firma de 
auditoria que exercem a função de especialista da empresa e que detenha habilidades, 
conhecimento e experiência em áreas específicas não relacionadas à contabilidade ou à auditoria 
das demonstrações contábeis, exceto os sócios da firma de auditoria. 
 
Fonte: adaptado de IBRACON (2012, on-line)1. 
 
 
O Conceito de Auditor 
O auditor é um profissional que possui competência profissional de contador e deve estar 
devidamente legalizado no órgão regulamentador da classe CRC - Conselho Regional de 
Contabilidade, CFC - Conselho Federal de Contabilidade, CVM - Comissão de Valores 
Mobiliários e demais específicos à atividade do exercício da auditoria independente. 
O auditor externo deve possuir conhecimento nas áreas de tributos, de contabilidade, das 
modernas técnicas empresariais que envolvem os conhecimentos, análise de documentos, 
domínio das Normas Brasileiras de Contabilidade e de auditorias, procedimentos de auditoria e 
testes de amostragens. Tudo isso, para que possa fundamentar o seu relatório de opinião sobre 
as Demonstrações Contábeis ou Sistemas de Controles Internos. 
 
A origem da palavra auditor, segundo Attie (2011, p. 7), “[...] na realidade provém da palavra 
inglesa to audit (examinar, ajustar, corrigir, certificar)”. O autor conceitua, também, como 
auditor “aquele que ouve”, “ouvinte”, que pode ser definida, em sua execução, como o 
levantamento de documentos, o exame documental, a análise de documentos, livros e registros 
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.v7be7u7gctt
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.v7be7u7gctt
das movimentações e transações financeiras da empresa e, no caso do auditor externo, para 
emissão de opinião sobre as informações contábeis auditadas aos seus usuários ou ao 
contratante do serviço de auditoria. 
O desempenho da função de auditor externo, atualmente, é muito mais abrangente do que o 
tradicional conhecimento que a maioria das pessoas tem de fiscal ou atividade de fiscalização. O 
auditor externo se adapta à modernidade e à excelência da qualificação profissional, na qual 
identifica, constata a veracidade dos fatos e das transações comerciais e contábeis, bem como 
procura identificar a segurança do sistema de controle interno organizacional, os processos 
informatizados, novas tecnologias utilizadas pela empresa auditada e os fatores motivacionais 
que a organização proporciona. Tudo isso é observado levando em consideração a possibilidade 
de ocorrências de erros ou fraudes na empresa. 
Oliveira e Filho (2001) ressaltam as inovações nas áreas em que o auditor deve-se ater, tais 
como: processos informatizados da produção de bens e serviços, tecnologia de produção, 
automatização e robotização, práticas comerciais e de negócios, fatores motivacionais etc. 
 
O que pode ser compreendido é a ideia de que o auditor vem demonstrando a sua preocupação 
de forma preventiva e que há a existência do aprimoramento dos controles da empresa auditada, 
a qual fundamenta a emissão do relatório não obrigatório por lei chamado de relatório 
comentado, referente a todas as observações relevantes que encontraram no decorrer dos 
serviços de auditoria na empresa auditada. 
 
 
 
EVOLUÇÃO DA 
AUDITORIA 
A contabilidade fornece informações para auxiliar os administradores na tomada de decisão 
interna ou externa. Com a sua evolução e o avanço do mercado competitivo, ela foi se tornando 
obrigatória para a maioria das empresas, pois o governo também começou a utilizá-la para 
arrecadação de impostos. 
No entanto, a contabilidade não deve ser feita basicamente para atender as exigências do 
governo, e sim para auxiliar seus usuários nas tomadas de decisões, procurando atender a 
evolução do mercado mercantilista mundial. 
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.90u05oj53nni
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.90u05oj53nni
Attie (2011, p. 7) comenta que: 
[...] em essência, a causa da evolução da auditoria, que é decorrente da evolução da 
contabilidade, foi a do desenvolvimento econômico dos países, síntese do crescimento das 
empresas e da expansão das atividades produtoras, gerando crescente complexidade na 
administração dos negócios e das práticas financeiras como uma força motriz para o 
desenvolvimento da economia de mercado. 
Concernente a essa evolução da contabilidade, a auditoria externa também evoluiu, pois, com o 
desenvolvimento econômico dos países, a complexidade nos negócios e na sua administração 
também aumentou, surgindo, assim, a necessidade da auditoria externa para analisar a 
veracidade e a qualidade das informações geradas e repassadas. 
Auditoria Interna 
A auditoria interna ou gerencial expandiu-se juntamente com o desenvolvimento das empresas, 
as quais possuíam necessidade de delegar atribuições e compartilhar a responsabilidade com 
seus funcionários para auxiliarem na administração. Ela também foi impulsionada pelo o avanço 
do mercado informatizado, tecnológico e da concorrência globalizada, tornando-se necessária 
uma desconcentração de domínio e melhor aproveitamento das competências de seus 
funcionários nas grandes organizações. 
Relacionado a todos esses fatores, a auditoria interna tornou-se um meio para verificar o 
acompanhamento e a confrontação das normas e dos procedimentos internos a serem executados 
por todos os funcionários de uma organização ou para cada uma das atividades desenvolvidas 
por um departamento da empresa, tendo, como primazia, a e ciência, eficácia operacional e 
cumprimento das políticas da organização. 
Segundo a Resolução CFC 1.135/2008, que aprovou a NBC T 16.8, o controle in“terno, sob o 
enfoque contábil, deve compreender: 
[...] o conjunto de recursos, métodos, procedimentos e processos adotados pela entidade do setor 
público, com a finalidade de: 
(a) Salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes patrimoniais. 
(b) Dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente. (c) Propiciar a 
obtenção de informação oportuna e adequada. 
(d) Estimular adesão às normas e às diretrizes fixadas. 
(e) Contribuir para a promoção da e ciência operacional da entidade. 
(f ) Auxiliar na prevenção de práticas ine cientes e antieconômicas,erros, fraudes, 
malversação, abusos, desvios e outras inadequações. (CFC, 2008, s.p.) 
Essa verificação é realizada pelo auditor interno e da forma mais independente possível. Esse é 
um funcionário da empresa com vínculo empregatício, mas não deve deixar se influenciar pela 
alta administração. Segundo Franco e Marra (2009, p. 219): 
Suas funções, entretanto, devem ser exercidas com a mais absoluta independência, sem 
interferência da administração, que apesar da sua função superiormente hierárquica, deve 
sujeitar-se também ao seu controle e submeter a seu exame todos os atos por ele praticados. 
A relevância da independência de um auditor interno é de suma importância para que a auditoria 
executada seja conduzida de forma e ciente e eficaz. A independência é obtida, 
primordialmente, pelo posicionamento do auditor interno na estrutura organizacional. 
 
O auditor interno deve ocupar uma posição na estrutura organizacional da empresa de forma que 
se reporte a um executivo com autoridade para tomar uma ação sobre todos os pontos 
identificados na auditoria, fazendo que suas recomendações sejam cumpridas. 
A auditoria interna, assim como a externa, na aplicação dos procedimentos técnicos, possui, por 
objetivo, analisar a qualidade e a eficácia dos controles internos e das informações da 
organização, sendo elas financeiras, contábeis e operacionais e demais categorias. 
 
Segundo a Resolução CFC 1.135/2008, que aprovou a NBC T 16.8: 
[...] o controle interno é classificado nas seguintes categorias: 
 
(a) Operacional: relacionado às ações que propiciam o alcance dos objetivos da entidade; 
(b) Contábil: relacionado à veracidade e à dedignidade dos registros e das demonstrações 
contábeis; 
(c) Normativo: relacionado à observância da regulamentação pertinente. (CFC, 2008, s.p.) 
Ele serve como um auxílio aos administradores com suas informações técnicas, pois esses 
profissionais não conseguem acompanhar todos esses controles diretamente, havendo assim, a 
necessidade de deixar evidenciado o fato de que o auditor terá toda a liberdade e autoridade para 
auditar qualquer área dentro da organização. 
Conforme ressalta Almeida (2012, p. 5), “[...] o auditor interno não deve desenvolver atividades 
que possam vir um dia a examinar (como, por exemplo, elaborar lançamentos contábeis), para 
que não inter ra em sua independência”. 
A auditoria interna tem, como função principal, auxiliar a administração da organização, 
fornecendo análises, recomendações, sugestões e aprimoramento para um desempenho efetivo 
de suas responsabilidades e funções, na busca de prevenção de fraudes, erros e ineficiências. 
 
A técnica de auditoria, seja interna ou externa, leva-nos a reflexão e a análise de todo o 
conhecimento pessoal e profissional adquirido no percurso de nossa vida, capacitando-nos com 
excelência profissional. 
Fonte: o autor 
 
 
Auditoria Externa 
A auditoria externa é o conjunto de procedimentos técnicos que têm, como objetivo, a emissão 
do relatório de opinião sobre a adequacidade das demonstrações contábeis, com base na 
amostragem auditada, apontando se ele está em conformidade com as Normas Brasileiras de 
Auditoria e de Contabilidade e dos Princípios de Contabilidade. Almeida (2012, p24) conceitua 
que “o objetivo do auditor externo ou independente é emitir sua opinião sobre as demonstrações 
financeiras examinadas”. 
A auditoria externa deve ser realizada por um profissional independente, sem vínculo 
empregatício com a empresa que será auditada. “A independência do auditor externo deve ser 
absoluta e jamais poderá aceitar imposições da empresa quanto ao procedimento que deverá 
adotar para a realização da auditoria, nem quanto às conclusões a que deve chegar” (FRANCO; 
MARRA, 2009, p. 218). 
A auditoria externa ou independente surgiu proveniente da evolução do mercado capitalista. 
Com o crescimento e a expansão do mercado, as organizações passaram a ser competitivas e 
aumentaram as suas estruturas operacionais de produção e de serviços, o que exigiu a 
necessidade de adequações em investimento em tecnologia e, consequentemente, nos seus 
sistemas de controles e de procedimentos internos, com foco na redução de custos e na 
competitividade dos produtos comercializados. Assim, foi necessário abrir o capital de suas 
empresas ao mercado de ações, com o objetivo de captar recursos, pois os financiamentos e os 
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.9cnv1ov1x8c5
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.9cnv1ov1x8c5
empréstimos bancários se tornaram uma fonte de recurso muito mais cara em relação aos 
acionistas. 
Esses novos investidores, já habituados a esse tipo de investimento, precisariam, primeiro, saber 
como estava a situação financeira e patrimonial das empresas que buscam esses recursos. Não 
só, mas, a sua capacidade de honrar seus compromissos e de gerar lucros para possíveis 
pagamentos de dividendos e, principalmente, como estavam sendo administradas internamente, 
evitando fraudes e erros. 
De posse de documentos e de relatórios contábeis com essas informações e o relatório de 
opinião do auditor externo, aumentaria a segurança- e o retorno sobre o capital investido. 
 
Attie (2011, p. 12) define que: 
[...] o objetivo do exame normal de auditoria das demonstrações contábeis é expressar uma 
opinião sobre a propriedade das mesmas, e assegurar que elas representem em seu conjunto 
adequadamente a posição patrimonial e financeira, o resultado de suas operações, as mutações 
do seu patrimônio líquido e os demais demonstrativos correspondentes aos períodos em exame, 
de acordo com as práticas contábeis no Brasil. 
Portanto, a auditoria externa tem, como objetivo principal e exclusivo, emitir uma opinião sobre 
a adequacidade das Demonstrações Contábeis de uma organização, com base na Legislação 
vigente, podendo contar com o apoio do auditor interno. Almeida (2012, p.5) relata que: “[...] 
portanto, surgiu o auditor interno como uma rami cação da profissão de auditor externo e, 
consequentemente, do contador”. 
O auditor externo pode, se quiser, até utilizar os papéis de trabalho de um auditor interno, pois a 
auditoria interna é considerada uma rami cação da auditoria externa A necessidade de auditoria 
interna surgiu devido à necessidade da evolução do mercado de capitais na Bolsa de Valores e 
da exigência de publicação das demonstrações contábeis por essas empresas de capital aberto. 
 
Auditoria como Técnica Contábil 
A técnica de auditoria serve para validar a contabilidade, pois confronta e analisa as transações 
contábeis ocorridas em determinado período a ser auditado, para convalida-la, ou seja, 
confirmar sua confiabilidade e os meios que a elaboraram. 
 
A técnica de auditoria é realizada com a finalidade de constatar se foram seguidas todas as 
Normas Brasileiras de Auditoria, de Contabilidade e dos Princípios da Contabilidade, e se foram 
cumpridas as obrigações legais, fiscais e patrimoniais da empresa. Ao se tratar da auditoria 
externa, para que ela possa emitir um relatório de opinião válido, confiável e pronto a ser 
publicado aos acionistas ou aos investidores. 
Franco e Marra (2009, p.39) argumentam que: 
Já, ao se tratar da técnica de auditoria interna, o auditor interno não emite um relatório de 
opinião publicável, somente de sugestões e de recomendações internas, que chamamos de 
relatório comentado ou de comentários. 
 
Comenta-se que, nas pequenas empresas, os procedimentos operacionais e as rotinas 
administrativas são mais passíveis de falhas. Exemplos disso, são: falha no registro das 
operações contábeis, desqualificação dosfuncionários, a utilização de um sistema de controle 
informatizado etc. O que os pequenos empresários não sabem é que muitas técnicas de auditoria 
interna podem ser utilizadas e gerenciadas pelo próprio proprietário ou administrador. Um 
exemplo disso são as rotinas que permitem a conferência de saldos, simplesmente para 
confrontar se tudo que vendeu, menos os pagamentos, confere com o saldo diário ou semanal e 
onde está o valor financeiro físico, estoques. Não só, mas se tudo que foi produzido, menos o 
vendido, confere com o estoque a ser vendido e pagamentos, verificando a forma de pagamento 
e os documentos de origem de compras. O maior problema está em não fazer uso da 
contabilidade como ferramenta de controle interno, já que um funcionário pode se apoderar de 
uma mercadoria ou até mesmo colocar uma mercadoria velha ou defeituosa em lugar de uma 
nova. Quando se utiliza a contabilidade somente para satisfazer a legislação fiscal, não há 
controle dos processos utilizados pela organização e perde-se a oportunidade de lidar com um 
lado ainda pouco explorado do contador: o de auditor interno. A contabilidade utilizada 
corretamente gera dados e informações e garante o registro de toda a movimentação do 
patrimônio da organização. Esse ambiente de informação cria oportunidades únicas para o 
planejamento de um sistema de controle interno, evitando fraudes e erros. 
 Fonte: adaptado de Lorenzoni e Vieira (2013)..
 
 
 
ÓRGÃOS 
RELACIONADOS COM A 
AUDITORIA 
Para que o auditor possa desenvolver os serviços de auditoria externa, ele deve observar e 
obedecer às Leis e Normas Pro ssionais determinadas e aprovadas pelos órgãos 
regulamentadores e fiscalizadores da profissão de auditor. 
 
Pinho (2007, p. 9) comenta sobre alguns organismos reguladores: 
[...] a atividade de auditoria, no Brasil, caracteriza-se pela regulamentação governamental. Em 
decorrência da abrangência das atividades subordinadas a estes organismos e pelo poder de 
fiscalização que lhes é conferido, é possível classificar como principais reguladores os 
seguintes: CFC, IBRACON, CVM e BACEN. 
No Brasil, ainda estamos muito longe de conquistarmos a emancipação e, como auditores e 
demais profissionais envolvidos com a contabilidade, de desenvolvermos normas e 
regulamentos específicos de contabilidade, com o objetivo de autorregulamentarmos a pro ssão 
de auditoria, assim como já ocorrem em outros países, em que os profissionais de auditoria 
criam as suas próprias regras de atividade, nas quais podem contar com o acompanhamento da 
execução dessas normas e regulamentos por meio das entidades governamentais. Pinho (2007, 
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.j83mddshwm7b
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.j83mddshwm7b
p. 10) comenta que “[...] no nível internacional, destacam-se: USA, Reino Unidos, Canadá, 
Alemanha, França, Japão e Itália”. Dentre as mais importantes do Brasil, destacam-se a seguir: 
 
 
CVM - Comissão de Valores Mobiliários 
A Comissão de Valores Mobiliários é um órgão que tem a função de fiscalizar as operações de 
transações comerciais no mercado de capitais no Brasil. O auditor independente, que exerce 
auditoria externa e, principalmente, audita as empresas que exercem as atividades ligadas ao 
mercado de valores mobiliários, tais como instituições financeiras, empresas de capital aberto, 
corretoras etc., deve se registrar para exercer a função de auditor independente. Isso se deve, 
pois a CVM tem a função de fiscalizar o mercado de capitais no Brasil e exige que essas 
entidades ou empresas citadas contratem o auditor externo anualmente para que apresentem seu 
relatório de opinião juntamente com a publicação de suas demonstrações contábeis. 
 
A CVM também estabelece deveres e responsabilidades para os auditores externos e para as 
empresas de auditoria. Almeida (2012, p. 7) comenta sobre as exigências para o registro de 
auditor independente: 
 Estar registrado em Conselho Regional de Contabilidade, na categoria de contador. 
 Haver exercido atividade de auditoria de demonstrações contábeis, dentro do território 
nacional, por período não inferior a cinco anos, consecutivos ou não, contados a partir da 
data do registro em Conselho Regional de Contabilidade, na categoria contador. 
 Estar exercendo atividade de auditoria independente, mantendo escritório profissional 
legalizado, em nome próprio, com instalações compatíveis com o exercício da atividade, em 
condições que garantam a guarda e o sigilo dos documentos e informações decorrentes dessa 
atividade, bem como a privacidade no relacionamento com seus clientes. 
 Possuir conhecimento permanente atualizado sobre o ramo de atividade, os negócios e 
as práticas contábeis e operacionais de seus clientes, bem como possuir estrutura operacional 
adequada ao seu número e porte dos seus clientes. 
 Ter sido aprovado em exame de qualificação técnica. 
 
Além disso, destaca-se que o exame de qualificação técnica e registro no CNAI - Cadastro 
Nacional de Auditores Independentes do CFC é elaborado por meio de uma prova escrita 
que é formada por questões com respostas objetivas e dissertativas, em que o auditor, caso 
aprovado, está apto a desenvolver atividades de auditoria, podendo solicitar seu registro no 
Conselho federal de Contabilidade. 
 
O exame de qualificação técnica pode ser classificado em três tipos de provas, conforme a 
NBC-PA 13 (R1), item 13: 
 
O Exame de Quali cação Técnica é composto de 3 (três) provas: 
(a) prova de Qualificação Técnica Geral para os contadores que pretendam atuar em 
auditoria de instituições reguladas pela CVM. 
(b) Prova Específica para Atuação em Auditoria nas instituições autorizadas a funcionar pelo 
Banco Central do Brasil. 
(c) Prova Específica para Atuação em Auditoria nas sociedades supervisionadas pela 
SUSEP-Superintendência de Seguros Privados. (CFC, 2014, s.p.) 
 
Como os serviços de auditoria independente podem ser prestados por pessoa física ou jurídica, o 
Conselho Federal de Contabilidade também definiu exigências a serem cumpridas pelas pessoas 
jurídicas que exercem as atividades de auditoria. 
Almeida (2012, p. 7) define como as seguintes: 
 Estar inscrita no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, sob a forma de sociedade civil, 
constituída exclusivamente para a prestação de serviços pro ssionais de auditoria e demais 
serviços inerentes à profissão de contador. 
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.jcpehbl6md1i
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.jcpehbl6md1i
 Que todos os sócios sejam contadores e que pelo menos a metade desses seja cadastrada 
como responsável técnico. 
 Constar no contrato social, ou ato constitutivo equivalente, cláusula dispondo que a 
sociedade responsabilizar-se-á pela reparação de dano que causar a terceiros, por culpa ou 
dolo, no exercício da atividade profissional e que os sócios responderão solidária e 
ilimitadamente pelas obrigações sociais, depois de esgotados os bens da sociedade. 
 Estar regularmente inscrita, bem como seus sócios e demais responsáveis técnicos 
regularmente registrados, em Conselho Regional de Contabilidade. 
 Estarem todos os responsáveis técnicos autorizados a emitir relatório de opinião de 
auditoria em nome da sociedade, exercida atividade de auditoria de demonstrações 
contábeis, dentro do território nacional por período não inferior a cinco anos, consecutivos 
ou não, contados a partir da data do registro em Conselho Regional de Contabilidade, na 
categoria de contador. 
 Terem sido todos os responsáveis técnicos aprovados em exame de qualificação técnica. 
 Manter escritório profissional legalizado,em nome da sociedade, com instalações 
compatíveis com o exercício da atividade, de auditoria independente, em condições que 
garantam a guarda, a segurança e o sigilo dos documentos e informações decorrentes dessa 
atividade, bem como a privacidade no relacionamento com seus clientes. 
 Manter quadro permanente de pessoal técnico adequado ao número e porte dos seus 
clientes, com conhecimento atualizado sobre o ramo de atividade, os negócios e as práticas 
contábeis e operacionais. 
A Comissão de Valores Mobiliários ainda exige dos responsáveis por auditorias externas que 
eles verifiquem a publicação das demonstrações contábeis auditadas, assim como a 
publicação do relatório de opinião emitido pelos auditores em jornais ou revistas que as 
empresas são obrigadas a divulgarem suas demonstrações contábeis. Além da parte contábil, 
a CVM ainda exige que os auditores verifiquem se as destinações dos resultados apurados no 
exercício social foram devidamente destinadas, conforme constavam do contrato social da 
empresa ou do estatuto da organização. 
A Comissão de Valores Mobiliários proíbe, ao auditor independente, a prestação dos seus 
serviços para as empresas que eles não possuam grau de independência total ou nas que ele 
possa ser considerado alguém que exerça atividade incompatível com a função de auditor. 
 
Almeida (2012, p. 9) define como atividades incompatíveis: 
 Adquirir ou manter títulos ou valores mobiliários de emissão da entidade, suas 
controladas, controladoras ou integrantes de um mesmo grupo econômico. 
 Prestar serviços de consultoria que possam caracterizar a perda da sua objetividade e 
independência (assessoria à reestruturação organizacional, avaliação de empresas). 
 Determinação de valores para efeito de constituição de provisões ou reservas técnicas e 
de provisões para contingências. 
 Planejamento tributário. 
 Remodelamento dos sistemas contábil, de informações e de controle interno. 
 Qualquer outro produto ou serviço que influencie ou que possa vir a influenciar as 
decisões tomadas pela administração da instituição auditada. 
 O auditor Independente Pessoa Física e o Auditor Independente Pessoa Jurídica não 
podem prestar serviços para um mesmo cliente, por prazo superior a cinco anos 
consecutivos, contados a partir da data desta instrução, exigindo-se um intervalo mínimo de 
três anos para a recontratação.Os auditores independentes deverão manter uma política de 
educação continuada de todo o seu quadro funcional e de si próprio, conforme o caso, 
segundo as diretrizes aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade e pelo Instituto dos 
Auditores Independentes do Brasil, com vistas a garantir a qualidade e o pleno atendimento 
das normas que regem o exercício da atividade de auditoria de demonstrações contábeis. 
 
A Comissão de Valores Mobiliários também edita e esclarece as normas para o 
desenvolvimento da contabilidade relacionadas com as empresas que realizam a avaliação dos 
seus bens pelo método da equivalência patrimonial, as que são obrigadas a fazerem a 
consolidação das demonstrações contábeis e as que praticam a reavaliação dos seus ativos. 
 
 
 
CRC – Conselho Regional de Contabilidade e 
CFC Conselho Federal de Contabilidade 
Esses conselhos fazem parte do conselho de classe dos contadores. Eles servem de ajuda sobre 
as dúvidas e sobre os procedimentos para o melhor desenvolvimento das técnicas de 
contabilidade. Também, o acadêmico, depois da conclusão do curso em Ciências Contábeis e 
sua aprovação no exame de su ciência, realizado pelo CFC, deve se registrar na categoria de 
contador no conselho de sua região, para poder desempenhar a função de contador. No caso de 
auditor, deve registrar-se também no CFC, assim como fora estudado no tópico anterior. 
Almeida (2012, p. 10) define que “[...] a finalidade principal desses conselhos é o registro e a 
fiscalização do exercício da profissão de contabilista”. 
O CFC também constitui a Comissão de Educação Profissional Continuada (CEPC- CFC) com 
as atribuições específicas para elaborar e acompanhar o cumprimento da Educação Profissional 
Continuada (EPC), que é a atividade formal e reconhecida, com a finalidade de manter, atualizar 
e expandir os conhecimentos técnicos e profissionais, indispensáveis para a execução dos 
serviços do auditor independente. 
Aplica-se a Educação Profissional Continuada aos contadores com registro no Cadastro 
Nacional de Auditores Independentes (CNAI), exercendo, ou não, a atividade de auditoria 
independente, cujo CRC tem a responsabilidade de incentivar a implementação de atividades de 
capacitação que permitam o cumprimento dessa Norma. 
Os contadores auditores devem cumprir 40 pontos de Educação Profissional Continuada por 
ano-calendário, conforme tabelas de pontuações constantes no Anexo da Norma NBC PG 12, a 
partir de 2014. A título de exemplo, apresentamos a tabela II e sua devida pontuação (a tabela 
completa e atualizada pode ser encontrada no link: 
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCPG12(R3).pdf ): 
Tabela 1 - Docência 
 
Fonte: CFC (2014, s.p.). 
 
 
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.8yffcigoc25t
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.8yffcigoc25t
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.5fdmlqp4a68m
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.5fdmlqp4a68m
A criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis surgiu da necessidade de se criar normas 
compatíveis e norteadoras, provenientes das mudanças contábeis refletidas das normas 
internacionais de contabilidade, concernentes com a redução dos custos de emissão de relatórios 
contábeis, redução dos riscos de análises contábeis, uniformidade de utilização pelas empresas 
brasileiras dessas normas e geração de relatórios aos diversos usuários das informações 
contábeis. 
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis, segundo Almeida (2012, p. 11): 
[...] tem por objetivo, o estudo o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre 
procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a 
emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização 
do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade 
Brasileira aos padrões internacionais. 
Os Pronunciamentos Técnicos possuem validade e são aceitos por toda a classe contábil, como 
força de Lei. Eles são submetidos, obrigatoriamente, a audiências públicas que envolvem 
profissionais ligados à contabilidade. 
 
 
BACEN – Banco Central do Brasil 
Tratando-se de auditoria independente, o Banco Central do Brasil é responsável pela 
regulamentação e fiscalização das Instituições Financeiras e demais instituições envolvidas ao 
Sistema Financeiro no Brasil. Todas essas organizações necessitam, anualmente, dos serviços 
prestados de auditoria independente. 
Segundo as Resoluções 3.198 e 4.329 do Banco Central do Brasil: 
RESOLUÇÃO No 3.198 
DA OBRIGATORIEDADE 
Art. 1o Devem ser auditados por auditores independentes registrados na Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM) e que atendam aos requisitos mínimos a serem fixados pelo Banco Central 
do Brasil: 
I – As demonstrações contábeis, inclusive notas explicativas: 
 
a) Das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco 
Central do Brasil, exceto as sociedades de crédito ao microempreendedor. 
 
b) Das câmaras e prestadores de serviços de compensação e de liquidação. 
 
II - As demonstrações contábeis previstas nosarts. 3o e 10o da Resolução 2.723, de 31 de maio 
de 2000. 
III – O documento Informações Financeiras Trimestrais (IFT), de que trata o art. 1o da Circular 
2.990, de 28 de junho de 2000, na forma de revisão especial. 
 
Art. 2o O auditor independente pode ser pessoa física ou pessoa jurídica. 
 
Art. 9o As instituições, câmaras e prestadores de serviços referidos no art. 1o devem proceder à 
substituição do responsável técnico, diretor, gerente, supervisor e qualquer outro integrante, 
com função de gerência, da equipe envolvida nos trabalhos de auditoria, após emitidos 
pareceres relativos a, no máximo, cinco exercícios sociais completos. (BANCO CENTRAL DO 
BRASIL, 2004, s.p.). 
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.ofx3lk4yr3cp
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.ofx3lk4yr3cp
Assim como fora estudado, o Banco Central do Brasil dita as suas resoluções concernentes às 
normas brasileiras de auditoria e contabilidade, principalmente em relação a independência e o 
tempo dos serviços prestados de auditoria. 
 
 
 
FUNDAMENTOS DA 
AUDITORIA 
 
 
Objetivo da Auditoria Interna 
O objetivo da auditoria interna é o de realizar um acompanhamento e uma revisão de todo o 
sistema que envolve transações contábeis, administrativas, operacionais, financeiras e 
patrimoniais e, principalmente, seus controles internos, ou seja, audita 100% das transações 
ocorridas. Esse objetivo visa a proteção dos Bens e dos Direitos de uma organização contra 
fraudes e erros, buscando um índice zero de ocorrência de fraudes e ou desvios financeiros e 
patrimoniais. 
O objetivo da auditoria interna é o controle administrativo, por meio da constatação e da 
verificação dos sistemas de controles internos, quanto à e ciência e a eficácia das transações 
operacionais ocorridas na empresa, focando nas de ciências e nos riscos possíveis de 
acontecerem. Oliveira e Filho (2001, p16) descrevem que a auditoria interna objetiva: 
 À proteção dos bens e direitos da empresa contra fraudes, desvios ou desfalques. 
 À constatação de possíveis irregularidades e usos indevidos dos bens e direitos da 
empresa, que comprometam seu desempenho. 
 Ao aprimoramento contínuo da e ciência eficácia operacional, contribuindo com 
soluções que possibilitem e facilitem o atingimento das metas e dos planos estabelecidos. 
Pode-se concluir que o objetivo da auditoria interna se constitui como um conjunto de 
procedimentos realizados, a m de se obter um exame da integridade dos controles internos e das 
informações físicas, contábeis e operacionais da empresa. 
 
 
Processamento Eletrônico de Dados – PED 
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.vxdrpt773htm
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.vxdrpt773htm
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.t0d2o3hjucau
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.t0d2o3hjucau
Quando uma empresa auditada utiliza o processamento eletrônico de dados, é necessário que, na 
equipe de desenvolvimento da Auditoria Interna, tenha um profissional qualificado em 
tecnologia da informação e nos sistemas de controles utilizados. 
 
Essa necessidade é decorrente do fato de que as informações são totalmente informatizadas e 
compiladas em relatórios os quais o profissional ajudará a implementar os procedimentos a 
serem aplicados, além de orientar e supervisionar os controles da empresa. Mais informações na 
NBC TI 01 – Da Auditoria Interna. 
Fonte: o autor. 
 
 
Objetivo da Auditoria Externa 
O objetivo principal e exclusivo da auditoria externa é a emissão do relatório de opinião sobre a 
adequacidade e confiabilidade das Demonstrações Contábeis auditadas, conforme as Normas 
Brasileiras de Contabilidade adotadas no Brasil. Tudo isso, a m de identificar eventuais falhas 
no controle interno da empresa, com base no tamanho da amostra e no atendimento à 
obrigatoriedade das organizações, o que será estudado no tópico de objetivo da auditoria. 
 
Segundo Oliveira e Filho (2001, p. 15), para alcançar esse objetivo da auditoria, é necessário 
aplicar a técnica contábil, visando à obtenção de elementos que possam ajudar no julgamento 
das transações e das demonstrações contábeis verificando se: 
 Foram efetuados de acordo com os Princípios de Contabilidade. 
 Refletem adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados 
do período examinado e as demais situações e informações nelas demonstrados e constantes 
das notas explicativas. 
Geralmente, esse objetivo é solicitado ou contratado pelo motivo de cumprimento de obrigação 
legal, estatutária, aquisição de empresas, tais como fusão, cisão ou incorporação, e apresentação 
e publicação de Consolidação das Demonstrações Contábeis pelas organizações que formam 
Grupos de Sociedades. 
 
 
Objeto da Auditoria 
O objeto da auditoria interna ou externa é o patrimônio da organização e, quando falamos em 
patrimônio, temos que ressaltar que é o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações, cujas contas 
envolvidas possuem influência relevante na apuração do Resultado do Exercício e do Balanço 
Patrimonial. Para que as organizações obrigadas por lei possam oferecer uma maior 
transparência de controle patrimonial sobre os seus Bens, Direitos e Obrigações, elas necessitam 
da emissão do relatório de opinião do auditor externo. 
Essas organizações que são obrigadas a publicar as suas demonstrações contábeis, as quais 
envolvem todos os Bens, Direitos e Obrigações, podem ser classificadas, segundo Pinho (2007, 
p. 41), em: 
 Sociedades por ações de capital aberto. 
 Instituições Financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco 
Central, exceto as sociedades de crédito ao microempreendedor, câmaras prestadoras de 
serviços de compensação e liquidação. 
 Planos de saúde. 
 Eventos culturais com uso de verba incentivada. 
 Seguradoras. 
 Previdências privadas. 
 Pessoas jurídicas de direito privado, mantenedoras de instituições de ensino superior. 
 Entidades beneficentes de assistência social cuja receita bruta seja superior a R$ 
2.400.000,00 
 Sociedades beneficiárias de recursos oriundos de incentivos scais (ADENE, ADA). 
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.rqeyvs5ecsbj
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.rqeyvs5ecsbj
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.ha6cxhi529l2
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.ha6cxhi529l2
 Fundos em condomínio. 
 Sociedades de investimentos. 
 Entidades responsáveis pelo mercado de balcão organizado, bolsas de valores. 
 Cooperativas. 
 
 Programa de revitalização de cooperativas de crédito agropecuário. 
 Companhia emissora de títulos negociáveis ou contratos de investimento coletivo. 
 Incorporação, Fusão, Cisão em companhias abertas. 
 Por condição imposta por órgãos controladores, mantenedores ou concedentes de 
crédito. 
Todas as organizações citadas estão relacionadas ao objeto da auditoria externa ou 
independente. No entanto, a auditoria interna também visa o controle patrimonial e se dedica 
especificadamente ao controle interno organizacional. 
 
Perez Jr. (2012, p. 2) comenta: 
[...] a auditoria é uma técnica autônoma dentre as técnicas da ciência contábil, razão pela qual 
tem objeto perfeitamente identificado e definido, sendo este não apenas único, mas também 
múltiplo, conforme o entendimento unanimemente consagrado nos dias de hoje. 
 
Torna-se evidente que o auditor deve ser flexível no planejamento dos serviços de auditoria, 
levando em consideraçãoa especificidade de cada trabalho a ser realizado e definindo o grau de 
aprofundamento nos controles da organização. 
 
O autor também enfatiza que existe um certo consenso em relação a alguns itens básicos a 
serem auditados, como: 
a) Comprovação, pelo registro, de que são exatos os fatos patrimoniais. 
b) Demonstração dos erros e fraudes encontrados. 
 
c) Sugestão das providências cabíveis, visando à prevenção de erros e fraudes. 
 
d) Verificação de que a contabilidade é satisfatória sob o aspecto sistemático e de organização. 
 
e) Verificação do funcionamento do controle interno. 
 
f ) Proposição de medidas de previsão de fatos patrimoniais, com o protesto de manter a 
empresa dentro dos limites de organização e legalidade. 
 
Conforme estudamos, o objeto da auditoria é a proteção do patrimônio da empresa, por meio da 
identificação de possíveis erros ou fraudes ocorridos e, ao mesmo tempo, da prevenção como 
inibição de seu possível acontecimento. 
 
 
Tipos de Auditores 
A função do cargo de auditor pode ser separada ou classificada em três partes ou grupos 
distintos: Interno, Fiscal e Externo ou Independente. Uma definição básica para que se possa 
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.i311gcfb7viv
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.i311gcfb7viv
diferenciar cada um dos auditores está relacionada ao objetivo da auditoria e quem é o usuário 
contratante dos serviços. 
Peres Jr. (2012, p. 3) classifica e conceitua os auditores como: 
 
Fonte: Perez Jr. (2012, p. 3). 
Destacamos, ainda, que, como rami cações dos tipos de auditoria citados, temos: Auditoria 
Operacional, Auditoria de Compliance (normativas), Auditoria de Gestão, Auditoria de 
Sistemas, Auditoria Ambiental etc. 
Oliveira e Filho (2001, p. 19) apresentam uma tabela dos tipos e dos objetivos da auditoria. São 
eles
 
ATIVIDADES 
1. O auditor utiliza as informações da contabilidade para examinar os fatos e as transações 
contábeis, com foco na obtenção de evidências que os auxiliem. Sendo assim, a contabilidade 
tem como seu principal objetivo atender e: 
a) elaborar o Balanço Patrimonial e o Relatório de Opinião. 
b) gerar informações aos seus diversos tipos de usuários. 
c) comparar e analisar as transações da organização. 
d) informar, ao auditor, sobre as Notas Explicativas e o Controle Interno. 
e) contribuir para a geração de informações aos usuários internos. 
 
2. Os serviços ou procedimentos relacionados à auditoria executados pelo auditor externo 
podem ser classificados como: 
a) Contabilização dos fatos financeiros e patrimoniais ocorridos na organização. 
b) Análise do fluxo de entradas e de saídas da organização mensalmente. 
c) Cumprir com a exigência da legislação scal e tributária. 
d) Arquivar documentos, livros dos registros contábeis e administrativos. 
e) Análise dos documentos diversos e emissão do relatório de opinião. 
 
3. Os auditores internos desenvolvem seus trabalhos da forma mais e ciente possível, 
tendo, como uma de suas características, o fato de que: 
a) Não estão diretamente ligados às empresas e examinam as demonstrações contábeis. 
b) Emitem relatório de opinião em relação à fidelidade de demonstrações contábeis, 
transmitindo tais informações a bancos, fornecedores e aos acionistas. 
c) Auxiliam a administração da empresa no monitoramento, na análise e no 
aprimoramento das normas internas implantadas. 
d) São intermediários entre a empresa e outros interessados, que usam suas informações 
contábeis. 
e) Não se preocupam com os controles internos, simplesmente auditam. 
 
4. Julgue as afirmativas a seguir com (V) para as Verdadeiras e (F) para as Falsas: 
( ) O auditor externo, em relação à responsabilidade sobre o controle interno, tem menor 
preocupação com sua implantação e acompanhamento, do que o auditor interno. 
( ) O auditor externo emite relatório de opinião sobre as demonstrações contábeis na fase inicial 
do serviço de auditoria e relatório de opinião do controle interno no nal. 
( ) O auditor externo tem,como objetivo principal,detectar todas as irregularidades, fraudes ou 
erros ocorridos na empresa. 
( ) O possível novo acionista pode avaliar a capacidade da empresa de gerar recursos e cumprir 
com seus compromissos, por meio das demonstrações contábeis publicadas. 
( ) O profissional contábil que examina auditando as demonstrações contábeis da empresa 
verifica a sua adequacidade de acordo com as legislações e emite a sua opinião é o auditor 
independente. 
 
A sequência correta é: 
a) V, V, F, V, V. 
b) V, F, V, F, V. 
c) F, F, V, F, F. 
d) V, F, F, V, V. 
e) F, F, F, V, V. 
 
5. Relacionado com a evolução da contabilidade e da técnica de auditoria, podemos dizer 
que: 
a) A auditoria interna é uma rami cação do desenvolvimento da auditoria externa. 
b) O auditor interno emite o relatório de opinião para os seus acionistas. 
c) A auditoria externa é a principal responsável pelo controle interno da organização. 
d) O auditor externo é funcionário da organização. 
e) Auditar o controle interno da organização é o principal objetivo do auditor externo, para 
identificar fraude ou erro. 
 
6. O auditor externo, para poder exercer os serviços de auditoria externa, tem de ter: 
a) No mínimo duas graduações e uma delas com registro no CRC. 
b) Registro no Conselho Regional de Contabilidade e no Conselho Federal de Contabilidade. 
c) Somente registro do Conselho Regional de Contabilidade. 
d) Estar cursando bacharelado em Ciências Contábeis e trabalhar em escritório de auditoria 
há, pelo menos, 05 anos. 
e) Trabalhar em empresa de consultoria ou escritório de contabilidade na função de auditor 
interno. 
 
7. Qual é a função da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), concernente ao 
desempenho dos serviços do auditor externo?: 
a) Verificar o serviço realizado pelo auditor externo. 
b) Constatar se as normas internas da empresa estão sendo seguidas. 
c) Estabelecer deveres e responsabilidades para os auditores internos. 
d) Emitir opinião sobre o trabalho executado pelo auditor externo. 
e) Registrar o profissional contador como auditor externo e fiscalizar o desempenho dos seus 
serviços. 
 
8. Assinale a alternativa correta, em relação à auditoria externa e suas respectivas 
finalidades: 
a) Além de averiguar e detectar eventuais falhas nos sistemas contábeis, os auditores 
externos devem emitir o relatório de opinião sobre a adequacidade das Demonstrações 
Contábeis. 
b) A técnica de auditoria desenvolveu-se com a Revolução Industrial. 
c) Para atuar como auditor, basta ter somente conhecimento profissional de contabilidade. 
d) A Contabilidade é uma prática antiga, tendo surgido, com certeza, nos Estados Unidos da 
América. 
e) Os auditores externos devem atuar de forma preventiva à ocorrência de falhas e de desvios 
de controles internos, apresentando, obrigatoriamente, uma solução para a redução desses 
riscos. 
 
9. Assinale a alternativa, na qual é evidenciada uma das atividades que não está 
relacionada com a função do auditor interno: 
a) Auditar e analisar se as normas e os procedimentos de controles internos estão sendo 
cumpridos de forma satisfatória pelos funcionários da organização. 
b) Responsabilidade, juntamente com a administração, na prevenção contra erros e fraudes 
que possam ocorrer na organização. 
c) Confrontar e conciliar, por meio da contabilidade, se as transações registradas estão 
corretas. 
d) Efetuar o controle e a contabilização do patrimônio da entidade em todos os seus aspectos 
administrativos ou contábeis. 
e) Analisar constantemente se as normas e os procedimentosinternos proporcionam proteção 
e segurança do patrimônio da organização. 
 
 
 
Resolução das atividades 
 
1. b) gerar informações aos seus diversos tipos de usuários. 
2. e) Análise dos documentos diversos e emissão do relatório de opinião. 
3. c) Auxiliam a administração da empresa no monitoramento, na análise e no aprimoramento 
das normas internas implantadas. 
4. d) V, F, F, V, V. 
5. a) A auditoria interna é uma rami cação do desenvolvimento da auditoria externa. 
6. b) Registro no Conselho Regional de Contabilidade e no Conselho Federal de Contabilidade. 
7. e) Registrar o profissional contador como auditor externo e fiscalizar o desempenho dos seus 
serviços. 
8. a) Além de averiguar e detectar eventuais falhas nos sistemas contábeis, os auditores externos 
devem emitir o relatório de opinião sobre a adequacidade das Demonstrações Contábeis. 
9. d) Efetuar o controle e a contabilização do patrimônio da entidade em todos os seus aspectos 
administrativos ou contábeis. 
 
RESUMO 
A auditoria é uma das técnicas contábeis totalmente dependente da contabilidade, tendo, como 
origem de sua prática no Brasil, a necessidade criada pelas empresas estrangeiras com 
instalações no país, quando notaram que precisariam que suas Demonstrações Contábeis fossem 
devidamente auditadas por profissionais contadores, assim como era em seus países de origem. 
Isso para que fossem garantidas e mantidas as suas operações conforme o estabelecido pela 
Bolsa de Valores brasileira. 
O profissional denominado auditor externo possui competência técnica e é devidamente 
registrado no órgão regulamentador da classe CRC - Conselho Regional de Contabilidade e nos 
demais órgãos exigidos por Lei. Consequentemente, com a evolução da contabilidade, a 
auditoria externa também evoluiu e foi necessário o surgimento de um profissional que 
permanecesse atuando no acompanhamento e no controle das transações ocorridas na empresa. 
Assim, surgiu o auditor interno, com foco na aplicação dos procedimentos técnicos e com o 
objetivo de analisar a qualidade e a e cácia dos controles internos e das informações da 
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/atividades#h.zhq26hlaxt4z
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/atividades#h.zhq26hlaxt4z
organização, que podem ser financeiras, contábeis e operacionais. 
 
O auditor também acompanha a elaboração dos relatórios finais distintos e facilita o 
desenvolvimento da auditoria externa, que tem, como objetivo exclusivo, emitir uma opinião 
sobre a adequação das Demonstrações Contábeis de uma organização, com base nas Legislações 
vigentes e nos Princípios Contábeis, podendo contar com o apoio da auditoria interna, que é 
considerada uma rami cação da auditoria externa. 
A auditoria externa deve obedecer às Normas Profissionais e Técnicas determinadas e 
aprovadas pelos órgãos regulamentadores e fiscalizadores da profissão de auditoria, como o 
Conselho Federal de Contabilidade, em que o auditor independente deve possuir registro para 
exercer a auditoria externa e seguir os Pronunciamentos Técnicos Contábeis, os quais possuem 
validade e são aceitos por toda a classe contábil, com força de Lei. 
 
Torna-se necessário, então, a distinção entre o objetivo da auditoria interna, que é 
acompanhamento e revisão de todo o sistema que envolve transações contábeis, administrativas, 
operacionais, financeiras e patrimoniais e, principalmente, seus controles internos da empresa, e 
do objetivo exclusivo da auditoria externa, que é a emissão do relatório de opinião sobre a 
adequacidade e confiabilidade das Demonstrações Contábeis auditadas. Além disso, a função do 
cargo de auditor ser classificada em três partes ou grupos distintos como: Interno, Fiscal e 
Externo ou Independente. 
RELATO DE CASO 
AUDITORIA CONTÁBIL: ORIGEM 
O surgimento da auditoria está ligado à contabilidade. Essa surgiu para controlar o patrimônio 
das empresas mediante os registros, interpretando os fatos ocorridos, com a finalidade de 
fornecer informações sobre a gestão patrimonial. 
A auditoria surgiu como consequência da necessidade de confirmação dos registros contábeis 
devido ao aparecimento das grandes empresas e da taxação do imposto de renda, em resultados 
apurados em balanços (Crepaldi, 2000). 
Na antiguidade, exatamente, na Civilização Suméria, já existia relatos da atividade auditorial 
(Motta, 1998). Em 1285, na Inglaterra, no reinado de Eduardo I, evidenciou-se esta prática 
como também o uso, pela primeira vez, do termo auditor para designar aquele que realiza o 
exame de contas públicas e servia como testemunha para levar a punição aos possíveis 
infratores. 
A evolução da auditoria se deu com o desenvolvimento econômico dos países, devido ao 
crescimento das empresas e da expansão das atividades produtoras, ocasionando crescente 
complexidade na administração dos negócios e de práticas financeiras. 
 
A aplicação do capital investido de forma correta e o retorno do investimento foram uma das 
preocupações que exigiram a opinião de alguém para confirmar de forma independente a 
qualidade e a necessidade das informações prestadas, dando ensejo ao aparecimento do auditor. 
 
A auditoria chegou ao Brasil quando empresas multinacionais aqui se instalaram (ATTIE, 
2000). Várias empresas decidiram investir capitais no país, expandindo os negócios. 
Consequentemente, as empresas de auditoria foram abrindo escritórios no Brasil, divulgando as 
técnicas e a cultura da Auditoria. 
O poder público foi de fundamental participação na difusão da Auditoria no Brasil através das 
diversas leis que obrigaram a existência da Auditoria e da figura do Auditor Independente, 
conforme trata a Lei 4.728/65, cujo texto legal trata e torna obrigatória esta prática. 
 
Foi de grande importância para a profissão de auditor o poder público, pois, foi este quem criou 
normas que regulamentam o termo Auditor. Dispõe sobre o registro e exercícios da atividade de 
Auditoria Independente, definindo os deveres e as responsabilidades dos administradores das 
entidades auditadas no relacionamento com os auditores independentes. 
 
O Conselho Federal de Contabilidade em regime aberto com o Instituto Brasileiro de 
Contadores, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Banco Central do Brasil e a 
Superintendência de Seguros Privados aprovaram várias normas que aprimoram a evolução e a 
crescente importância da auditoria, tais como: a NBC P 1 - IT2 Independência, Sigilo Auditor 
Independente; NBC TA 200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente. 
 
Fonte: Portal Educação ([2019], on-line)2. 
APROFUNDANDO 
 
 
AUDITORIA INTERNA: OPERACIONAL 
OU GERENCIAL 
Os proprietários do Hotel Sol solicitaram um relatório gerencial ao seu auditor interno 
relacionado às transações da organização conforme descrita abaixo: 
O Hotel Sol é um hotel com 300 quartos em média no estado de Santa Catarina, tem um 
patrimônio em cerca de R$ 1.000.000,00, conta com 132 funcionários e possui apenas dois 
sócios. Ele oferece os serviços de hospedagem e SPA típico de um hotel cinco estrelas. Atua 
com um investimento operacional de R$ 350.000,00 em materiais, estoques, manutenção e etc. 
mensalmente na baixa temporada e, para atender e apoiar suas atividades operacionais e de 
compras mensais na alta temporada, precisa em torno de R$ 500.000,00 em materiais, estoques 
e demais recursos necessários, que corresponde a cerca de 30% dos custos operacionais totais, 
tanto na baixa como na alta temporada, com aproximadamente 3.000 ordens de compras 
bimestralmente. 
O hotel organiza a sua administração de materiais e demais setores em três departamentos: 
Compras, Pagamentos e Serviços Terceirizados não ligadosdiretamente ao ramo da atividade 
do hotel. Os três departamentos estão ligados e informatizados entre si, onde é registrado e 
contabilizado online todas as transações de compras, pagamentos e recebimentos ocorridos no 
período, todos os funcionários cumprem corretamente a carga horária de trabalho, que pode ser 
verificada através do sistema digital. Os departamentos se concentram na eficiência e na eficácia 
dos produtos comprados e no atendimento as necessidades dos seus hospedes, com 
aperfeiçoamento e acompanhamentos individuais, para que os custos de aquisição e de 
manutenção dos serviços sejam sempre menores e de excelente qualidade, em relação aos 
valores cobrados ou vendidos. 
Todas as compras são feitas diretamente com os fornecedores, possuindo um controle dos 
estoques totalmente informatizados e acompanhados diariamente a cada entrada ou saída de 
produto consumido ou oferecido aos hóspedes. Há um mapa de acompanhamento bimestral de 
todas as reservas, diárias e pagamentos dos próximos 60 dias. 
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/aprofundando#h.eoq6zuihuljx
https://sites.google.com/view/pae1/p%C3%A1gina-inicial/aprofundando#h.eoq6zuihuljx
Conclusão do relatório do auditor interno apresentado aos proprietários do Hotel Sol: conforme 
se pode verificar e constatar via documentação física e digital, todas as transações estão 
devidamente contabilizadas, onde também foi verificado o cumprimento da execução e da 
utilização, por parte dos funcionários, do sistema informatizado da empresa, o qual esta sendo 
utilizado de forma adequada, onde também se pode constatar a responsabilidade e observância 
do cumprimento da política da empresa concernente ao custo e ao benefício dos valores e dos 
serviços oferecidos pelo hotel. 
Ressaltamos que a administração, assim como os responsáveis pela contabilidade, pela parte 
financeira e operacional, inclusive dos serviços de terceiros, vem sendo cumprida com 
competência e eficiência. 
Concluímos os trabalhos e declaramos que não encontramos nada que desabone a forma de 
gestão administrativa e de controle interno da organização. 
Fonte: o autor. 
DESENVOLVIMENTO DA AUDITORIA 
Professor (a): 
Esp. Vilson Davi Corrêa da Cruz 
 
 
 
Objetivos de aprendizagem 
 
 Relacionar e conceituar as Normas Brasileiras de Auditoria. 
 Explanar sobre a importância do Controle Interno. 
 Fundamentar e classificar os Procedimentos de Auditoria. 
 Definir os tipos de riscos na profissão de auditor. 
 
 
 
 
Plano de estudo 
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial#h.w6h93yvouxpi
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial#h.w6h93yvouxpi
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial#h.olr8bngedp7h
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial#h.olr8bngedp7h
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
 Normas de Auditoria 
 Controle Interno 
 Procedimentos de Auditoria 
 Tipos de Riscos na Auditoria Externa 
 
 
Introdução 
Prezado(a) aluno(a), a auditoria é uma técnica da contabilidade, que para ser realizada ou 
executada corretamente, precisa ter normas e regulamentos que definam e conceituem a 
profissão de auditor: o que fazer, como fazer, o que deve ser feito é o que pode ser aplicado. 
Isso tudo será apresentado nesta unidade de nossos estudos. 
As Normas Brasileiras de Auditoria são muitas e as suas atualizações também, pois estão frentes 
a um mercado altamente competitivo, informatizado, globalizado e sujeito a mudanças 
contábeis, fiscais e administrativas continuamente. Portanto, nosso objetivo não será esgotar o 
conhecimento ou análise sobre todas as Normas Brasileiras de Auditoria e suas últimas 
atualizações, já que, caso fosse possível, teríamos de ter uma disciplina específica somente para 
definirmos esses aspectos citados. 
No entanto, serão apresentadas as primícias básicas e relevantes para o desempenho da função 
de auditor interno ou externo no campo profissional da auditoria e principalmente o que pode 
ser cobrado no seu Exame de Suficiência, para registro no Conselho Regional de Contabilidade 
como contador. 
Para que o auditor possa desempenhar da melhor forma possível seus serviços de auditoria, seja 
interna ou externa, é primordial a identificação, verificação e análise do controle interno 
utilizado por uma organização, que terá, por base, na definição do tamanho da amostra a ser 
auditado, o seu grau de verificabilidade e confiabilidade subjetiva que será desenvolvido na 
execução do trabalho pelo auditor. Geralmente, já se começa a demonstrar a competência 
pessoal e profissional do auditor em sua análise inicial. 
Entretanto, para que esse profissional possa desempenhar bem a execução dos serviços 
prestados, com base nas normativas e nos regulamentos pertinentes à execução da auditoria, seja 
ela interna ou externa, ele deverá definir os procedimentos a serem aplicados, tais como os 
testes de observação, testes substantivos, tamanho da amostra e pontos que merecem destaque 
concernentes ao serviço da auditoria contratada. 
Nesta Unidade, o foco principal é padronizar os procedimentos de auditoria e conceituar e 
compreender a importância do controle interno da organização auditada, para que se possa 
definir o tamanho da amostra a ser auditada e qual é o procedimento utilizado como ferramenta 
de trabalho que será utilizado para amenizar os tipos de riscos de auditoria os quais podem 
ocorrer no desempenho do serviço de auditoria. Assim, nosso objetivo é o de levar o auditor a 
tomar uma decisão confiável e segura sobre a opinião a ser emitida sobre as demonstrações 
contábeis analisadas da organização. 
NORMAS DE AUDITORIA 
As Normas relacionadas ao profissional de auditoria representam as condições mínimas e 
necessárias a serem seguidas e observadas pelos auditores, no planejamento, desenvolvimento e 
conclusão dos seus serviços executados, destacando as três principais, que são: Normas relativas 
à pessoa do auditor, Normas relativas à execução dos serviços de auditoria e as Normas relativas 
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial#h.ublv8mhyc7rh
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial#h.ublv8mhyc7rh
ao relatório de opinião do auditor externo ou independente. Será comentado, também, neste 
material, sobre as normas concernentes à auditoria interna. 
 
 
NBC-TI Normas Brasileiras de Contabilidade 
da Auditoria Interna 
A norma regulamentadora da auditoria relacionada ao controle interno pelo Conselho Federal de 
Contabilidade é a Resolução 986/03 - NBC TI 01 – Da Auditoria Interna, que trata do 
desempenho adequado nos serviços executados de auditoria interna. Essa norma estrutura os 
procedimentos técnicos, o objetivo, sistematiza e disciplina o serviço de auditoria interna, 
proporcionando uma melhor análise da gestão dos controles internos, possibilitando 
recomendações e sugestões sobre o controle interno da organização, na conclusão dos serviços 
de auditoria. 
O Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução 986/2003, item 12.1.1.3, define 
auditoria interna: 
[...] a Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e 
comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, 
eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles 
internos integrados ao ambiente. (CFC, 2003, s.p.) 
A mesma norma trata da importância da auditoria interna relacionada à detecção de fraude e de 
erro dentro da organização, sendo um dos focos mais importantes da auditoria interna. 
O relatório final do serviço de auditoria interna deve ser elaborado de forma objetiva e com 
imparcialidade, de maneira a expressar as conclusões alcançadas e as recomendações para a 
tomada de decisões por parte da administração. Esse relatório deverá ser apresentado somente 
para o contratante do serviço, devendo prever a confidencialidade dos assuntos,que não é 
publicável, assim como ocorre na auditoria externa. 
 
 
NBC-PA Normas Brasileiras de Contabilidade 
dos Profissionais de Auditoria Independente 
Várias normas estão vigentes pelo CFC, mas a que trata especificadamente sobre os 
profissionais de auditoria Independente no Brasil é a regulamentada pelo Conselho Federal de 
Contabilidade, a NBC PA 13, e as demais citadas no quadro a seguir: 
Quadro 1 - NBC PA - Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas, especificamente, aos 
contadores que atuam como auditores independentes 
 
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2#h.63vpq9rd6qm2
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2#h.63vpq9rd6qm2
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2#h.ymdvian8ug0b
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2#h.ymdvian8ug0b
Fonte: adaptado de Perez Jr. (2012, p.10). 
Destacam-se, neste material, alguns dos itens de maior relevância a serem observados no 
desenvolvimento dos serviços de auditoria externa, atividade exclusiva de contador registrado 
no Conselho Federal de Contabilidade. 
 
 
Revisão Externa dos Pares 
A revisão externa de qualidade pelos pares surgiu da necessidade de melhor evidenciar um 
controle sobre a qualidade dos serviços prestados pelas empresas de auditoria no Brasil, por 
meio da união de colaboração em sua elaboração do Conselho Federal de Contabilidade e da 
Comissão de Valores Mobiliários. 
A norma não tem objetivo de punir nenhuma empresa prestadora de serviço de auditoria, mas 
proporcionar uma forma de padronização dos serviços prestados por elas, no intuito de uma 
uniformidade qualitativa de execução dos serviços prestados. Assim sendo, uma empresa de 
auditoria, segundo os critérios e a definição dada pelo Conselho Federal de Contabilidade, 
analisaria a forma de execução dos serviços de auditoria de outra empresa de auditoria, com o 
objetivo de buscar e desenvolver uma melhor qualidade e maior segurança entre as empresas 
envolvidas. A Resolução CFC 1.323/2011, que aprovou a NBC PA 11 – Revisão Externa de 
Qualidade pelos Pares, discorre que: 
[...] a Revisão Externa de Qualidade pelos Pares, adiante denominada de “Revisão pelos Pares”, 
constitui-se em processo de acompanhamento e controle, que visa alcançar desempenho 
profissional da mais alta qualidade. 
O objetivo da revisão pelos pares é a avaliação dos procedimentos adotados pelo Contador que 
atua como Auditor Independente e Firma de Auditoria, daqui em diante denominado “Auditor”, 
com vistas a assegurar a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. A qualidade, nesse contexto, é 
medida pelo atendimento das normas técnicas e profissionais estabelecidas pelo Conselho 
Federal de Contabilidade (CFC) e, na insuficiência destas, pelos pronunciamentos do 
IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, e, quando aplicável, das normas 
emitidas por órgãos reguladores. (CFC, 2011, s.p.). 
O Conselho Federal de Contabilidade também ressalta em suas normas que, a respeito do 
acompanhamento e do controle dos serviços de auditoria, essas normas exigem que um mesmo 
auditor não continue a auditar a mesma empresa que tem auditado continuamente por mais de 
cinco anos consecutivos, podendo retornar a auditar a mesma empresa somente depois de 
decorrido três anos da sua saída. 
 
 
Sigilo 
As informações da empresa devem ser mantidas em sigilo pelo auditor externo e interno durante 
e após os trabalhos de auditoria na empresa. Ele não deve divulgá-las sob nenhuma 
circunstância, sem que esteja autorizado pela empresa: se autorizado, a autorização deve ser por 
escrito, indicando os limites das informações que poderão ser divulgadas. 
O auditor pode apresentar a documentação da empresa auditada, quando solicitada por escrito 
pelos Órgãos reguladores e fiscalizadores dos serviços de auditoria. 
O auditor, em relação ao sigilo, deve obedecê-lo e respeita-lo, com o objetivo de garantir a 
segurança e evitar problemas futuros no que diz respeito às informações da organização 
auditada, preservando todos os tipos de informações coletadas e analisadas com sigilo absoluto, 
ressalvando alguns casos exigidos por Lei. 
Assim, o auditor somente pode divulgar ou fornecer informações da organização a terceiros, 
com autorização da empresa auditada por escrito e por pessoa reconhecidamente legalizada para 
fornecer esta autorização. 
O Conselho Federal de Contabilidade, na NBC PG 100, Seção 140, define: 
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2#h.lxss46iyiu4v
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2#h.lxss46iyiu4v
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2#h.90sscvq1uix
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2#h.90sscvq1uix
140.1 O princípio do sigilo profissional impõe a todos os profissionais da contabilidade a 
obrigação de abster-se de: 
(a) divulgar fora da firma ou da organização empregadora informações sigilosas obtidas em 
decorrência de relacionamentos profissionais e comerciais, sem estar prévia e 
especificamente autorizado pelo cliente, por escrito, a menos haja um direito ou dever legal 
ou profissional de divulgação; e 
(b) usar, para si ou para outrem, informações obtidas em decorrência de relacionamentos 
profissionais e comerciais para obtenção de vantagem pessoal. 
140.4 O profissional da contabilidade deve manter sigilo das informações dentro da firma ou 
organização empregadora. 
140.6 A necessidade de cumprir o princípio do sigilo profissional permanece mesmo após o 
término das relações entre o profissional da contabilidade e seu cliente ou empregador. (CFC, 
2014, s.p.) 
O sigilo profissional faz parte da capacidade técnica profissional do contador que exerce a 
função de auditor, seja interno ou externo, e está sujeito à punição pelo Código de Ética 
Profissional do Contador. 
 
 
Código de Ética do Auditor 
O código de ética do auditor é o mesmo do profissional de contabilidade e tem, por objetivo, a 
moralização e o bom desempenho dos profissionais ligados à contabilidade e a seus afins. Ele 
trata da competência profissional, do sigilo, da atuação pessoal como profissional, de suas 
obrigações e deveres, assim como de seus direitos pertencentes à classe contábil. 
Conforme Código de Ética Profissional do Contador – CEPC, Resolução CFC No 1.307/2010: 
Art. 4o O Profissional da Contabilidade poderá publicar relatório, parecer (relatório de opinião) 
ou trabalho técnico-profissional, assinado e sob sua responsabilidade. 
Art. 5o O Contador, quando Perito, Assistente técnico, Auditor ou árbitro, deverá; 
I – recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da especialização 
requerida. 
II – abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto de perícia, 
mantendo absoluta independência moral e técnica na elaboração do respectivo laudo. 
III (...). 
IV – considerar com imparcialidade (sem se envolver emocionalmente etc.) o pensamento 
exposto em laudo submetido à sua apreciação. 
V (...). 
VI – abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado e munido 
de documentos (Convenção da Objetividade). 
VII (...). 
VIII – considerar-se impedido para emitir parecer (Relatório de opinião) ou elaborar laudos 
sobre peças contábeis, observando as restrições contidas nas Normas Brasileiras de 
Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de 
Contabilidade. (CFC, 2010, s.p.) 
Como pode ser constatado, o Código é aplicado ao profissional de auditoria, assim como aos 
demais profissionais que prestam serviços relacionados à contabilidade. 
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2#h.xescwrkigkf0
https://sites.google.com/view/pae2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2#h.xescwrkigkf0
 
As Normas Brasileiras de Contabilidade são diretrizes que conduzem, da melhor forma 
possível, os procedimentos da execução dos serviços

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