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Dengue: Sintomas e Tratamentos

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A dengue é uma doença: 
➢ febril aguda; 
➢ sistêmica e dinâmica transmitida pelo mosquito fêmea da espécie Aedes 
aegypti . 
➢ Pode apresentar um amplo espectro clínico, variando de casos assintomáticos 
a graves. 
➢ Uma parte pode evoluir para formas graves, inclusive óbitos. 
 
A fase febril tem início abrupto e com duração de 2 (dois) a 7 (sete) dias; 
Associada a cefaleia, astenia, mialgia, artralgia e dor retro-orbitária. 
 
 
ATENÇÃO! 
Devido ao fato de existirem quatro tipos de vírus, é possível que um indivíduo tenha 
dengue mais de uma vez durante sua vida. 
No entanto, é impossível que uma pessoa seja contaminada mais de uma vez com o 
mesmo tipo de vírus, como a dengue tipo 1, por exemplo, pois existe uma imunidade 
homóloga para o vírus. 
A imunidade homóloga conferirá imunidade permanente ao indivíduo. 
Já a imunidade heteróloga, que ocorre entre os quatro tipos de vírus da dengue, dura 
apenas seis meses. 
 
Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia também podem se fazer presentes, havendo 
ocorrência desta última em um percentual significativo dos casos. 
As, presentes em grande parte dos casos, é predominantemlesões 
exantemáticasente do tipo maculopapular, atingindo face, tronco e membros, não 
poupando regiões palmares e plantares. 
O exantema também pode se apresentar sob outras formas, com ou sem prurido. 
 
A fase crítica tem início com o declínio da febre (defervescência), entre o terceiro e o 
sétimo dia do início da doença. 
Os sinais de alarme, quando presentes, ocorrem nessa fase, sendo a maioria deles 
resultante do aumento da permeabilidade capilar (extravasamento de líquido). 
Essa condição marca o início da piora clínica do paciente e sua possível evolução para o 
choque, por extravasamento plasmático. 
Macete da prof.ª: os sinais de alarme sinalizam o extravasamento de plasma e/ou 
hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito. 
 
 
 
• dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua; 
• vômitos persistentes; 
• acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico); 
• hipotensão postural e/ou lipotimia; 
• letargia e/ou irritabilidade; 
• hepatomegalia maior do que 2cm abaixo do rebordo costal; 
• sangramento de mucosa; e 
• aumento progressivo do hematócrito. 
 
 
 
• sangramento grave; 
• disfunção grave de órgãos; ou 
• extravasamento grave de plasma. 
O choque ocorre quando um volume crítico de plasma é perdido pelo extravasamento. 
Ocorre habitualmente entre o quarto e o quinto dia – no intervalo de 3 (três) a 7 (sete) 
dias de doença – sendo geralmente precedido por sinais de alarme. 
 
• pulso rápido e fraco; 
• hipotensão arterial; 
• pressão arterial (PA) convergente, ou seja, pressão arterial sistólica (PAS) e pressão 
arterial diastólica (PAD) em aproximação; 
• Extremidades frias; 
• Enchimento capilar lento; 
• Pele úmida e pegajosa; 
• Oligúria 
• Manifestações neurológicas, como agitação, convulsões e irritabilidade (em alguns 
pacientes). 
 
 
ç
A diferença entre PAS e PAD é menor que 20 milímetros de mercúrio (≤20 Minmhg) em crianças. 
Em adultos, o mesmo valor indica choque mais grave. 
Suas anotações: 
 
 
 
 
 
FASE DE RECUPERAÇÃO 
A fase de recuperação ocorre após 24 a 48 horas da fase crítica, quando uma reabsorção gradual do 
fluido que havia extravasado para o compartimento extravascular se dá nas 4872 horas seguintes. 
Na fase de recuperação observa-se: 
• melhora do estado geral do paciente; 
• retorno progressivo do apetite; 
• redução de sintomas gastrointestinais; • estabilização do estado hemodinâmico; e 
• melhora do débito urinário. 
Suas anotações: 
Crianças 
Em crianças, a infecção pode ser assintomática, se apresentar como uma síndrome 
febril aguda ou ainda com sinais e sintomas inespecíficos, tais como astenia, sonolência, 
recusa da alimentação e de líquidos, vômitos, diarreia ou fezes amolecidas. 
Devem ser tratadas de acordo com: 
➢ De acordo com o estadiamento clínico da dengue e necessitam de observação 
rigorosa independentemente da gravidade da doença. 
➢ Em relação à mãe, os riscos da infecção estão principalmente relacionados ao 
aumento de sangramentos de origem obstétrica e às alterações fisiológicas da 
gravidez, que podem interferir nas manifestações clínicas da doença. 
➢ Em relação ao concepto, a dengue pode ocasionar a ocorrência de morte fetal 
e nascimento de prematuro. 
➢ Os indivíduos acima de 65 anos estão mais sujeitos à hospitalização e ao 
desenvolvimento de formas graves da dengue. 
➢ A maior vulnerabilidade dos idosos às complicações decorrentes da doença 
decorre, dentre outros aspectos, por possuírem um sistema imunológico menos 
eficiente, pela possível existência de doenças associadas e até mesmo pelo fato 
de se desidratarem com mais facilidade. 
➢ Macete: a fácil desidratação, à qual os idosos estão suscetíveis, aumenta as 
chances de evolução para o choque que, conforme apontado acima, é um dos 
sintomas graves da dengue. 
 
➢ Para o diagnóstico laboratorial da infecção aguda pelo DENV, podem ser 
realizados os exames descritos a seguir: 
➢ Métodos diretos: 
➢ Pesquisa de vírus (isolamento viral por inoculação em células); Pesquisa de 
genoma do vírus da dengue por transcrição reversa seguida de reação em cadeia 
da polimerase (RT-PCR). 
 
MÉTODOS INDIRETOS: 
➢ Pesquisa de anticorpos IgM por testes sorológicos (ensaio imunoenzimático – 
ELISA) 
➢ Teste de neutralização por redução de placas (PRNT); 
➢ Inibição da hemaglutinação (IH); 
➢ Pesquisa de antígeno NS1 (ensaio imunoenzimático – ELISA); 
➢ Patologia: estudo anatomopatológico seguido de pesquisa de antígenos virais 
por imuno-histoquímica (IHQ). 
EXAMES INESPECÍFICOS 
O hematócrito, a contagem de plaquetas e a dosagem de albumina auxiliam na 
avaliação e no monitoramento dos pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de 
dengue, especialmente os que apresentarem sinais de alarme ou gravidade. 
DEFINIÇÃO DE CASO 
Caso suspeito de dengue: 
➢ Deverá ser aplicada ao indivíduo que resida em área onde se registram casos 
de dengue ou que tenha viajado nos últimos quatorze dias para áreas com 
ocorrência de transmissão ou presença de Aedes aegypti. 
➢ Para que seja configurada esse tipo de classificação, o indivíduo deverá 
apresentar febre (usualmente entre 2 (dois) e 7 (sete) dias) e duas ou mais das 
seguintes manifestações: 
➢ Náusea/vômitos; 
➢ Exantema (com ou sem prurido); 
➢ Mialgia/artralgia; 
Cefaleia/dor retro-orbital; Ø Petéquias/prova do laço positiva; Ø Leucopenia. 
CASO SUSPEITO DE DENGUE COM SINAIS DE ALARME: 
Será aplicado a todo caso de dengue que, no período de defervescência da febre, 
apresente um ou mais dos seguintes sinais de alerta: 
➢ Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua ou sensibilidade; Ø 
Vômitos persistentes; 
➢ Acúmulo de líquidos (ascites, derrame pleural, derrame pericárdico); 
➢ Hipotensão postural e/ou lipotímia; 
➢ Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do 
 rebordo costal; – 
Letargia/irritabilidade; 
➢ Aumento progressivo do hematócrito; Ø Sangramento de mucosa. 
➢ Macete: Geralmente o período de defervescência da febre ocorre entre o 
quarto e o quinto dia da doença. 
CASO SUSPEITO DE DENGUE COM SINAIS DE ALARME: 
Deverá ser classificado como “caso suspeito de dengue grave” todo caso de dengue 
que apresente uma ou mais das condições a seguir: 
➢ Choque ou desconforto respiratório em função do extravasamento grave de 
plasma; 
➢ Choque evidenciado por taquicardia, pulso débil ou indetectável; Ø 
Taquicardia; 
➢ Extremidades frias; 
➢ Tempo de perfusão capilar maior que dois segundos (>2); 
➢ Pressão diferencial convergente (pressão arterial sistólica (PAS) e pressão 
arterial diastólica (PAD) com diferença menor que 20 milímetros de mercúrio);➢ Sangramento grave segundo a avaliação do médico (hematêmese, melena, 
metrorragia volumosa e sangramento do sistema nervoso central); 
➢ Comprometimento grave de órgãos, a exemplo de dano hepático importante 
(ast/ alt>1.000), do sistema nervoso central (alteração da consciência), do 
coração (miocardite) ou de outros órgãos. 
CONFIRMADO POR CRITÉRIO LABORATORIAL 
➢ O caso que recebe o enquadramento de “conformado por critério laboratorial” 
é aquele que atende à definição de caso suspeito de dengue e que foi 
confirmado por um ou mais dos seguintes testes laboratoriais e seus 
respectivos resultados: 
➢ 1. ELISA NS1 reagente; 
➢ 2. Isolamento viral positivo; 
➢ 3. RT-PCR detectável (até o quinto dia de início de sintomas da doença); 
➢ 4. Detecção de anticorpos IgM ELISA (a partir do sexto dia de início de sintomas 
da doença); 
➢ 5. Aumento ≥4 (quatro) vezes nos títulos de anticorpos no PRNT ou teste IH, 
utilizando amostras pareadas (fase aguda e convalescente). 
ATENÇÃO!!! 
Um resultado negativo não exclui de imediato o diagnóstico de dengue, dado que, 
em alguns casos, os níveis de IgM são detectáveis somente após o décimo dia de início de 
sintomas. 
 Nessas situações, é indicada a coleta de uma segunda amostra do paciente. 
CONFIRMADO POR CRITÉRIO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO: 
➢ É possível realizar a classificação em relação aos sintomas apresentados por 
um indivíduo como caso “confirmado por critério clínico-epidemiológico” 
perante a análise de presença de quatro fatores: 
➢ apresentação dos sintomas característicos; 
➢ existência do vetor da doença (Aedes aegypti); Ø índice de infestação predial 
alto; e Ø notificação de casos. 
 
CONFIRMADO POR CRITÉRIO CLÍNICO-
EPIDEMIOLÓGICO: 
Observação: Assim, diante desse cenário é possível que uma pessoa com suspeita de 
dengue – que não possa ser confirmada laboratorialmente – seja diagnosticada pela junção 
do critério clínico, aspecto soberano que apresenta um quadro fechando acerca da doença, 
com o critério epidemiológico, que exibe as possibilidades para a confirmação da doença. 
TRATAMENTO 
➢ Não há tratamento especifico para a dengue, mas apenas tratamento 
eminentemente sintomático ou preventivo das possíveis complicações. 
➢ Os medicamentos comumente utilizados são analgésicos e antitérmicos, que 
ajudam a controlar os sintomas de dor e febre.

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