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Principais doenças que acometem as aves

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Principais doenças que acometem as aves
Bacterianas
Mycobacterium sp. 
Tuberculose – Afeta todas as classes de vertebrados sujeitas a contrair o microbacterium, o grau, intensidade e manifestações dependem da suscetibilidade da espécie afetada, a virulência do patógeno (carga de agentes que invadem o organismo), a condição imunológica do paciente, dose e via de exposição, tudo isso influencia no tempo para desenvolver e manifestações da tuberculose.
Etiologia: M. bovis; M. tuberculosis; Mycobacterium avium; M. intracellulare, M. genavensi e M. columbae.
Todas as aves são suscetíveis. A transmissão ocorre pelo contato direto (fezes, secreções e arosóis) e contato indireto (equipamentos entre um recinto e outro por exemplo).
A micobacteriose ou tuberculose aviária afeta principalmente o trato intestinal, e também fígado, medula óssea, sacos aéreos, baço, pele, gônadas e raramente o pâncreas. As lesões nos pulmões são ocasionalmente vistas. 
Sintomatologia
Variam conforme os órgãos afetados. A forma aguda pode causar morte súbita. 
O animal pode ter diarreia, poliúria, anemia, dispneia, empenamento deficiente, distenção abdominal, úlceras cutâneas, massas subcutâneas, perda de peso, não respota ao tratamento com antibióticos.
Diagnóstico
Sinais clínicos, achados de necropsia, bacilos álcool-ácido, cultura bacteriana, PCR de tecidos frescos e secreções. 
Tratamento
Não se consegue efetivamente curar os animais, é mais um controle. É uma zoonose, então dependendo da situação é bem difícil tratar, porque é um tratamento longo e é muito arriscado ter um animal no plantel com a doença. Caso o tutor escolha continuar com a ave e não realizar a eutanásia, é necessário que ele assine um termo de responsabilidade e encaminhar o tutor ao médico para exames, além das pessoas que tiveram contato com a ave. A ave deve ficar em isolamento por 2 anos.
· Azitromicina, etambutol e rifabutina ou claritromicina. 
Pneumonias
Aspergilose: Se desenvolve principalmente em situação de baixa de imunidade e locais quentes e úmidos. As colônias se desenvolvem nos sacos aéreos das aves, assim a passagem de ar fica comprometida, dificulta a respiração.
Septicemia: Bactérias caem na circulação e se alojam nos pulmões, causando septicemia por exemplo.
Micoplasmose: Outro agente também pode causar pneumonia.
Singamose: Esse ácaro se instala na siringe da ave, altera a vocalização da ave. 
Alergia: Pneumonia alérgica por inseticidas, fumaça de cigarro.
Tratamento
Depende do agente que está causando, se for uma pneumonia bacteriana, colho o material das coanas, entrada da traqueia. 
Amoxilina + Cl Potássio 125 mg/Kg VO BID
Doxicilina 25-50mg/Kg VO BID
Nebulização com acetilcisteína (10ml SF 0,9% + 1mL acetilcisteína) por 10 min 
Vitamina A
Lavagem se necessário
Salmonella sp.
Causa enterite. Todas as aves são suscetíveis. A transmissão ocorre pelo contato direto (fezes e aerossóis) e contato indireto.
Etiologia: Salmonella typhimurium e Salmonella enteridis.
Os sinais dependem da patogenicidade do sorotipo ou cepa específica, estado de imunidade e idade das aves. Sinais clínicos são: Diarreia, letargia, anorexia, perda de peso, polidipsia e poliúria, alterações respiratórias, oculares e nervosas (convulsões) e morte súbita. 
A forma crônica: Pericardite, granulomas em fígado, baço e rins, hepatomegalia, dermatite granulomatosa, meningite e osteoartrite. 
Diagnóstico: Achados de necropsia, cultura bacteriana e sorotipagem, antibiograma, PCR.
Tratamento: Quinolonas, cefalosporinas, gentamicina ou ampicilina e suporte. É uma zoonose então atentar-se para crianças, idosos e imunossuprimidos. O controle e ambiental deve ser instituído e para animais recém adquiridos, devem passar pela quarentena. 
Botulismo
Etiologia: Clostridium botulinum
Aves aquáticas ou que utiliza lagoas, ingere animais mortos ou carcaças... O quadro clínico (lesões) ocorre em anseriformes, gaivotas e falconiformes; Paralisia flácida das penas, asas e pescoço. 
Diagnótisco: Através da pesquisa da toxina no soro (eletroforese), no PRC vai encontrar o clostridium, mas o que causa é a toxina. 
 Controle: Remoção da matéria orgânica em decomposição do recinto
Tratamento – controle: Antitoxina, lavagem gástrica, tratamento de suporte (alimentação forçada, fluidorerapia.
Abscessos
Associados a processos infecciosos na pele, como:
· Foliculite (inflamação do folículo da pena)
· Corpos estranhos (que possam estar perfurando)
· Feridas contaminadas (que podem encapsular o agente)
· Disseminação de infecção de outras áreas
· Sinusites
Sinais clínicos: Aumento de volume de consistência firme em diferentes partes do corpo.
Diagnóstico: Achado na cavidade com acúmulo de pús.
Tratamento: Lancetar e curetar; Aplicação de antibiótico tópico sistêmico; Utilizaão de colar elizabetano para que a ave não fique cutucando.
Aspergilose
Etiologia: Aspergillus fumigatus (A. flavus, A. niger)
Suscetíveis: Todas as aves (rapinantes, pinguins, psitacídeos). A transmissão ocorre pelo contato direto, inalação de esporos, ingestão de água ou alimento contaminado. Está presente no solo, plantas e ambiente... Animais imunodeprimidos e em condições de estresse são mais propensos. 
Quadro clínico: Doença respiratória crônica (a ave desenvolve aerossaculite e pneumonia). O agente penetra na mucosa do TR superior. Também atinge o TR inferior nos pulmões e sacos aéreos. Tem formação de exudatos e granulomas nos pulmões e sacos aéreos. 
Sinais clínicos: Perda de peso, dispneia, prostação, anorexia, poliúria, depressão, se o SNC for afetado ocorre sintomatologia nervosa e morte.
Diagnóstico
· Hematológico: heterofilia, linfopenia, monocitose, anemia.
· Cultura fúngica, biópsia, histopatológico
· Exame radiográfico (sacos aéreos e granulomas)
· Endoscopoia
· Diagnositico diferencial
· Poxvíurs e tuberculose
Tratamento
Tópico: Irrigação nasal, aplicação direta em sacos aéreos ou nebulização com anfotericina B, miconazol e clotrimazol.
Oral ou parental: Anfotericina B (nefrotóxica) Em casos graves: Itraconazol ou fluconazol.
Uso prolongado de fármacos – Semanas a meses. O ideal é a remoção de granulomas mais o tratamento agressivo de antifúngicos, mas nem sempre vai ser possível, além de existir um risco anestésico.
Doenças fúngicas
Candidíase
Etiologia: Candida albicans
Todas as aves são suscetíveis, a transmissão ocorre por contato direto. Está presente na microbiota de aves (é um agente oportunista). É comum em filhotes e as causas predisponentes são o retardo no esvaziamento do papo, deficiência de vitamina A, uso prolongado de antibióticos e o estresse.
Sinais clínicos: Regurgitação; Estase de papo; Demora na passagem dos alimentos; Emagrecimento; Membranas no papo e na cavidade oral (lesões diftéricas na mucosa do inglúvio; úlceras próximas ao bico.
Diagnóstico: Exame (gram) de fezes ou lavado oral e inglúvio; Observação de placas esbranquiçadas em mucosa oral e pesquisa da levedura nas lesões.
Tratamento: Nistatina BID por 10 a 15 dias. Antibiótico caso na coleta do material encontre também bactérias, de acordo com o antibiograma.
Ectoparasitas
· Sarna 
Knemidocoptes pilae
Lesões ao redor do bico, cera, pigóstilo e pés
Deformidades
Porosidade do bico
Diagnóstico: Aparecimento das lesões, raspado cutâneo.
Tratamento: Ivermectina; Repetir 2 semanas após
Piolho de galinha
Dermanyssus galinae
Tratamento: Propoxur 1% asas, dorso, coxas. 
Carbamatos – reversor – atropina
Cistos de pena
- Causas: obstrução congênita ou adquirida dos orifícios foliculares, contendo em seu interior um canhão de pena. 
- Fatores genéticos
Sinais clínicos: Massas cutâneas firmes nas asas e no dorso 
Tratamento: Lancetamento (abrir cirurgicamente, com anestesia local).
Doenças não infecciosas
Nutricionais
Hipovitaminose A
Etiologia: Quantidade de vitamina A e proteínas insuficiente na alimentação, ou parasitas intestinais (perda de enterócitos para absorção). 
Sinais clínicos: Ressecamento e irritação da conjuntiva ocular e da córnea, resultando em opacidade e infeção, infecções de trato respiratório,alteração em epitélio de pele e patas, crescimento e remodelamento ósseo (crescimento de bico e unhas).
Tratamento: Suplementação com vitamina A parental, tratar infecções secundárias, correção da dieta (cenoura, manga, espinafre, couve). 
Lipidose Hepática
Etiologia: Mais triglicerídeos do que o metabolismo suporta – acúmulo de triglicerídeos – Lipidose hepática. 
Alimentação inadequada, falta de exercício, hepatotoxinas são fatores predisponentes. 
Sinais clínicos: Anorexia, letargia, fraqueza, diarreia, PU/PD, penas com alteração de cor, dispneia, uratos amarelos ou verdes, aumento de volume abdominal, ascite, coagulopatias, anormalidades em bico em unhas. 
Tratamento: Fluidoterapia (60-90 ml/Kg – soro fisiológico SID) + suporte nutricional + lactulose + tratar infecções secundárias
	
Comportamentais
Automutilação 
Pode ser por estresse, tédio, relação muito forte apenas com uma pessoa... Mudança radical no manejo da ave (morte, nascimento, namoro, cachorro), doenças virais, bacterianas ou fúngicas, dor (automutilação mais grave), ou alergia (prurido). 
Arrancamento de penas, pode ser:
- Deficiência ou alergia alimentar (Faz o bioquímico, arruma a direta)
- Ectoparasitas (Sarna, piolho?)
- Endoparasitas (Exame de fezes) 
- Infecções ou inflamações de pele ou penas (faz citologia ou biópsia bacteriana)
O tratamento vai depender da causa.

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