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ANTIPARASITÁRIOS Anti-helmínticos VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Benzimidazois Mecanismo de ação: Inibem polimerização da β-tubulina inibem a síntese de microtúbulos (alteram o processo de transporte). Tiabendazol: Protótipo do grupo; provoca náuseas significativas, vômitos e anorexia em doses terapêuticas. Mebendazol e Albendazol: São mais bem tolerados; biodisponibilidade aumentada pela presença de alimentos (sobretudo gordurosos). Usos clínicos: Largo espectro anti-helmíntico, também tem atividade antiprotozoária. Resistência: Superexpressão glicoproteína P (bomba de efluxo) e alteração na taxa de ligação com a β-tubulina. Ivermectina Mecanismo de ação: Potencializa canais de cloreto regulados por glutamato nos nematelmintos hiperpolarização de células neuromusculares paralisia muscular. Usos clínicos: Tratamento de primeira linha para muitas infecções causadas por filárias. Contra-indicações: Pacientes com meningite ou outras afecções do SNC que possam afetar a BHE, devido a seus efeitos nos receptores GABA. Praziquantel Fármaco de escolha para todas as formas de esquistossomíase e também para tratamento de cisticercose. Mecanismo de ação: Ligam-se a canais de cálcio controlado por voltagem nas membranas celulares de platelmintos aumento da permeabilidade ao cálcio contrações prolongadas que resultam em paralisia muscular. Efeitos colaterais: Cefaleia, tontura, sonolência e mal-estar; náuseas, vômitos, dor abdominal, fezes amolecidas, prurido, urticária, eosinofilia, febre baixa, artralgia e mialgia. Dietilcarbamazina Tratamento e controle da Filariose linfática (elefantíase) e Filariose subcutânea. Mecanismo de ação: (a) Danos nas organelas, (b) Interferência no processamento e transporte de macromoléculas para a membrana plasmática, (c) Interferência no metabolismo do ácido araquidônico. Eventos adversos alérgicos em consequência da liberação de proteínas de microfilárias ou vermes adultos mortos. Levamisol Terapêutica específica para ascaridíase (mas não tem ação sobre os ovos). Mecanismos de ação: - Impede a conversão do fumarato em succinato na musculatura paralisia. - Bloqueio neuromuscular. Efeitos colaterais leves, mas pode causar agranulocitose. Antiprotozoários VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C I) Antimaláricos Cloroquina Esquizonticida sanguíneo potente, ativa contra as 4 espécies de plasmódios. Mecanismo de ação: Para proteger-se no interior dos eritrócitos, o parasita polimeriza o grupo heme em hemozoína que não é tóxica A Cloroquina previne a polimerização da hemozoína O acúmulo de heme resulta em lise do parasita e do eritrócito. Indicações: Profilaxia e tratamento de ataques agudos de malária devido ao P. vivax, P. malariae, P. ovale; tratamento radical em cepas sensíveis de P. falciparum. Efeitos adversos: Alterações gastrointestinais, tonturas, urticária, prolongamento do intervalo QT, cardiomiopatia, visão turva, convulsões, agranulocitose, dermatite, etc. Quinina Esquizonticida sanguíneo, ativa contra as 4 espécies de plasmódios. Mecanismo de ação: Semelhante a cloroquina (interrompe polimerização de heme a hemozoína) e intercala-se ao DNA. Efeitos adversos: Cinchonismo (zumbido, surdez, cefaleias, náuseas, vômitos e distúrbios visuais). Derivados da artemisina Artesunato e Artemeter. Esquizonticidas sanguíneos de ação muito rápida. São os fármacos mais eficazes no tratamento de P. falciparum, incluindo os parasitas resistentes a cloroquina. Mecanismo de ação: Se concentram nos eritrócitos infectados, atuando no vacúolo digestivo do parasita. - Formam radicais livres que alquilam macromoléculas. - Adutos que bloqueiam bombas de cálcio do parasita. Lumefantrina Esquizonticida sanguíneo. Mecanismo de ação: interrompe polimerização de heme a hemozoína. Uso em associação com Arteméter: tratamento de primeira linha da infecção aguda não complicada por P. falciparum em muitos países; tratamento de infecções mistas com P. falciparum. Mefloquina Esquizonticida sanguíneo, ativa em P. falciparum resistente a cloroquina. Mecanismo de ação: interrompe polimerização de heme a hemozoína. Usada em associação com Artesunato no tratamento de infecção aguda não complicada por P. falciparum e infecções mistas com P. vivax. Primaquina Esquizonticida tecidual, ativa contra hipnozoítos hepáticos e contra gametócitos. Mecanismo de ação: Interrompe o metabolismo mitocondrial dos plasmódios, provavelmente por meio de inibição da ubiquinona e lesão oxidativa inespecífica. II) Amebicidas VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Metronidazol, Tinidazol e Secnidazol Ativos contra trofozoítos de E. histolytica nos tecidos. Tinidazol segunda geração; mais bem tolerado e exige menor duração de tratamento (eliminado mais lentamente). Secnidazol Amebíase intestinal sob todas as formas (primeira opção), Amebíase hepática, Giardíase, Tricomoníase. Mecanismo de ação: Ativado por enzimas oxidativas presentes em parasitos e bactérias anaeróbias compostos citotóxicos reduzidos que provocam lesão de proteínas, membranas e DNA. Indicações: Amebíase invasiva do intestino ou do fígado, Giardíase e Tricomoníase urogenital. Nitazoxanida Amplo espectro de ação, incluindo atividade contra protozoários, bactérias anaeróbias e helmintos. Mecanismo de ação: Inibe a enzima piruvato-ferredoxina óxido redutase (PFOR), que converte piruvato em acetil-CoA em protozoários e bactérias anaeróbia redução da síntese de etanol e acetato utilizados no metabolismo anaeróbio dos protozoários comprometimento da síntese de energia. Indicações: Amebíase intestinal aguda, Giardíase, Helmintíases (efetivo contra nematódeos, cestódeos e trematódeos), Gastroenterites virais causadas por rotavírus e norovírus.
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