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Lei Penal no Tempo e no Espaço

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LEI PENAL NO TEMPO
MÉTODO DA SETA
Inicialmente, basta que você identifique, na sucessão de leis penais no tempo, qual é considerada benéfica;
LEI PENAL NO TEMPO
MÉTODO DA SETA
Após, “trace” uma seta da lei benéfica em direção à lei gravosa;
LEI PENAL NO TEMPO
MÉTODO DA SETA
O efeito (retroativo/ultra-ativo) dependerá da direção da seta;
QUESTÃO 01
Com referência à lei penal no tempo, ao erro jurídico-penal, ao concurso de agentes e aos sujeitos da infração penal, julgue o item que se segue. 
Situação hipotética: Um crime foi praticado durante a vigência de lei que cominava pena de multa para essa conduta. Todavia, no decorrer do processo criminal, entrou em vigor nova lei, que, revogando a anterior, passou a atribuir ao referido crime a pena privativa de liberdade. 
Assertiva: Nessa situação, dever-se-á aplicar a lei vigente ao tempo da prática do crime.
QUESTÃO 02
No que se refere à aplicação da lei penal o item abaixo apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
Sob a vigência da lei X, Lauro cometeu um delito. Em seguida, passou a viger a lei Y, que, além de ser mais gravosa, revogou a lei X. Depois de tais fatos, Lauro foi levado a julgamento pelo cometimento do citado delito. 
Nessa situação, o magistrado terá de se fundamentar no instituto da retroatividade em benefício do réu para aplicar a lei X, por ser esta menos rigorosa que a lei Y.
LEI PENAL NO TEMPO
VACATIO LEGIS
entre a publicação da lei e sua vigência, ou seja, o período de sua vacância. A vacatio legis corresponde ao período compreendido 
LEI PENAL NO TEMPO
LEI PENAL BENÉFICA INTERMEDIÁRIA
Com a sucessão de leis, é possível que a lei penal mais benéfica não seja aquela vigente no momento da ação ou omissão e nem mesmo a da prolação da sentença.
 
Portanto, a lei penal benéfica seria uma lei intermediária.
 
Nesse caso, em razão do efeito extra-ativo da lei penal benéfica, a lei intermediária seria aplicável ao réu.
LEI PENAL NO TEMPO
LEI TEMPORÁRIA E LEI EXCEPCIONAL
A) Lei penal temporária: é aquela instituída por um prazo determinado, ou seja, é a lei que criminaliza determinada conduta, porém prefixando no seu texto lapso temporal para a sua vigência. Por exemplo, a Lei nº 13.284/16, que criou tipos penais para proteger o patrimônio material e imaterial das entidades organizadoras das Olimpíadas de 2016. 
B) Lei penal excepcional: é editada em função de algum evento transitório e perdura enquanto persistir o estado excepcional.
LEI PENAL NO TEMPO
LEI TEMPORÁRIA E LEI EXCEPCIONAL
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência
LEI PENAL NO TEMPO
COMBINAÇÃO DE LEIS PENAIS
É a conjugação de trechos de leis penais que se sucederam no tempo, feita pelo juiz, para formar uma terceira lei, benéfica ao acusado.
LEI PENAL NO TEMPO
COMBINAÇÃO DE LEIS PENAIS
LEI PENAL NO TEMPO
SÚMULA 711 DO STF
A) Crime permanente: é aquele cujo momento de consumação se prolonga no tempo. Por exemplo, é o que ocorre no crime de sequestro ou cárcere privado (art. 148, CP);
 
B) Crime continuado: é uma espécie de concurso de crimes em que o agente comete diversos crimes, em condições semelhantes (lugar, tempo, etc.) e que, por ficção jurídica, são considerados apenas um em continuidade delitiva;
LEI PENAL NO TEMPO
SÚMULA 711 DO STF
LEI PENAL NO TEMPO
SÚMULA 711 DO STF
LEI PENAL NO ESPAÇO
TEORIA DA UBIQUIDADE
Art. 6º do CP: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.”
LEI PENAL NO ESPAÇO
Teoria da ubiquidade (mista)
LEI PENAL NO ESPAÇO
MNEMÔNICO
LEI PENAL NO ESPAÇO
LEI PENAL NO ESPAÇO
CRIMES PLURILOCAIS
Art. 70.  A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
LEI PENAL NO ESPAÇO
LEI PENAL NO ESPAÇO
TERRITORIALIDADE (MITIGADA)
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
LEI PENAL NO ESPAÇO
EXTENSÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL
Art. 5º, § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
LEI PENAL NO ESPAÇO
LEI PENAL NO ESPAÇO
EXTENSÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL
Art. 5º, § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
LEI PENAL NO ESPAÇO
EXTENSÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL
EXTRATERRITORIALIDADE
CONCEITO
A extraterritorialidade é a aplicação do Direito Penal brasileiro para um crime cometido no estrangeiro.
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA
Art. 7º, I, do CP – Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:  
I - os crimes:  
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;  
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;  
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
CRIMES
Art. 7º, II, do CP – “(...) os crimes
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 
b) praticados por brasileiro; 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.”
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
REQUISITOS
Art. 7º, § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;  
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;  
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. 
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
EXTRATERRITORIALIDADE HIPERCONDICIONADA
REQUISITOS
Art. 7º, § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:  
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
EXTRATERRITORIALIDADE HIPERCONDICIONADA
PRINCÍPIOS

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