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Resumo Ortopedia

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FELIPE SATELES
2
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
AVALIAÇÃO ORTOPÉDICA
As avaliações são as bases de toda a intervenção terapêutica, que terá como objetivo:
· Desenvolver um banco de dados;
· Planejar um programa terapêutico;
· Avaliar as respostas obtidas;
· Avaliar o tratamento proposto.
Método de Incapacitação:
Patologia ↔️ Deficiência Funcional ↔️ Limitação Funcional ↔️ Incapacidade
anamnese
· Diagnóstico Clínico;
· Identificação: nome, sexo, ocupação, etnia, religião;
· HDA (História da Doença Atual);
· História Familiar;
· Antecedentes pessoais;
· Tratamentos realizados.
exame físico
Dividido em geral (atitude do paciente, estatura, marcha, febre, cor esclerótica) e local (inspeção, palpação, mobilidade articular, mensuração, testes especiais).
Exames de triagem identifica a área mais atingida eliminando informações confusas procedentes do exame elucidativo.
Inspeção: deformidades, cicatrizes, assimetrias.
Palpação: ósseas, partes moles, temperatura, edemas.
Mobilidade articular: ativa (o paciente realiza os movimentos, pode estar limitada ou ausente em função de dor, espasmo, ruptura muscular etc.); passiva (o terapeuta realiza os movimentos, pode estar limitada em função de espasmo muscular, rigidez articular e dor.)
Mensuração: amplitude de mov. articular (goniômetro), medida de comprimento e circunferência dos membros (fita métrica) edemas.
Edema: avaliar a acumulação de líquido anormal nos espaços intracelulares.
Tônus: avalia a consistência muscular (normal, hipotônico e hipertônico).
Dor: início, tipo, localização, duração e intensidade, utilizando sempre a Escala Visual Analógica (EVA) e a Escala de Intensidade da Dor.
Pele: sempre avaliar a textura, coloração e temperatura.
REPARO TECIDUAL
Sempre em questão do HDA (História da Doença Atual) se importar em questão de: Qual o tipo de tecido? Qual a extensão desse tecido lesionado? Qual alteração motora apresenta sem esse tecido? Em qual momento esse tecido se encontra? As células estão do mesmo jeito? É importante tentar entender qual tipo de lesão esse paciente teve.
Lesões primarias que são divididas em macrotraumaticas e temos como exemplo: luxações, fraturas, estiramentos, etc. E as microtraumática e são exemplos desse tipo: tendinites, bursites, sinovites e dentre outras.
MECANISMOS DE REPAGINAÇÃO
1. Fase inflamatória 
Não há um período estabelecido para atividade inflamatória, podendo durar semanas, porém atinge seu ápice entre 48 e 72h após ter ocorrido a lesão.
· Reação vascular;
· Espasmo vascular;
· Formação do tampão plaquetário;
· Coagulação sanguínea;
· Crescimento de tecido fibroso.
Libera mediadores químicos: histamina, leucócitos e neutrófilos.
A inflamação é uma resposta protetora dos tecidos que objetiva isolar e eliminar adequadamente agentes danosos.
Formação de coágulos: 
Plaquetas – Tampão
Fibrinogênio – Fibrina
2. Fase proliferativa
Pode durar várias semanas ou até meses. Nesta fase, normalmente ainda existe dor à palpação e durante alguns movimentos que exijam função do tecido lesionado, ocorre a formação de cicatriz, crescimento de brotos capilares endoteliais e tecido de granulação (o que indica a evolução do tecido).
3. Fase de remodelação
É o processo qual ocorre o realinhamento das fibras de colágeno da estrutura cicatrizada. A recuperação pode levar de meses a anos dependendo da extensão e evolução da lesão.
· Cicatriz firme;
· Cicatriz total;
· Realinhamento.
Fatores que IMPEDEM a recuperação do tecido:
· Extensão da lesão;
· Edemas;
· Hemorragia;
· Irrigação deficitária;
· Espasmo vascular;
· Infecções;
· Saúde, idade e nutrição.
LESÕES DE PARTES MOLES
Entorse – é a lesão em um ligamento que dá apoio a uma articulação.
Ligamento – faixas de tecidos conjuntivos que conectam os ossos.
FRATURAS
É uma lesão traumática de partes moles com falha óssea subjacente. 
sinais e sintomas
· Movimento anormal em uma extremidade;
· Crepitação entre extremidades ósseas;
· Deformidade visível a simples inspeção;
· Equimose (mancha na pele de coloração variável);
· Edema;
· Dor ao exame dinâmico;
· Comprometimento da função
O tecido ósseo é o único que no final de sua cicatrização originará tecido ósseo verdadeiro e não fibrose como os demais tecido através do processo de consolidação (fase inflamatória, fase proliferativa e fase de remodelação).
etiologia
· Alta energia: vinculada a PAF e acidentes automobilísticos;
· Baixa energia: relacionada a PAB e quedas;
· Trauma direto: quando o trauma atinge diretamente o osso fraturado;
· Trauma indireto: quando o trauma atinge um osso e esta energia é transmitida através de uma ou mais articulações, lesando outro osso a distância;
· Patologia: é um tipo de fratura que ocorre em um osso que foi previamente enfraquecido por um processo patológico (ex: osteoporose).
· Fadiga: está relacionada com atividades esportivas ou profissionais.
classificação das fraturas
1. Quanto ao local:
· Diafisária;
· Metafisária;
· Epifisária;
· Intra-articular.
2. Quanto a extensão:
· Completa: quando acontece o corte e a separação das partes fraturadas;
· Incompleta: o osso não é fraturado em duas partes, mais comum em crianças (ex: fissura e galho verde).
3. Quanto a configuração:
· Fratura transversal: ocorre em um ângulo quase reto em relação ao eixo longitudinal do osso;
· Fratura em espiral: o osso é separado e a fratura forma espirais ao redor do eixo longitudinal;
· Fratura oblíqua: atravessa o osso em um ângulo oblíquo;
· Fratura segmentar: fratura dupla com duas linhas de fraturas, que isola um segmento distinto do osso;
· Fratura por avulsão: é o resultado de uma tração do ligamento, tendão ou cápsula articular do seu ponto de inserção óssea;
· Fratura impactada: provocada por uma força axial, fazendo que haja penetração de um segmento ósseo no outro. 
4. Quanto a exposição:
· Fechada: conhecida como simples, quando o osso não atravessa a pele;
· Exposta: conhecida como aberta, nessa fratura o osso se projeta através da pele.
5. Complicações específicas: 
· Consolidação viscosa;
· Consolidação cruzada;
· Consolidação retardada: a recuperação do osso pode demorar mais do que o normal;
· Pseudoartrose: quando não há uma consolidação da fratura.
complicações gerais
Imediatas:
· Hemorragia;
· Lesão arterial;
· Lesão de partes moles circundantes.
Precoce:
· Infecção de feridas;
· Embolia gordurosa;
· Síndrome comportamental;
· 
· Pulmão de choque;
· Infecção pulmonar;
· Coagulação intravascular disseminada;
· Exacerbação de doença generalizada.
Lesões articulares:
· Luxação;
· Subluxação.
BIOMECÂNICA DAS FRATURAS
O conhecimento do papel que os músculos desempenham na absorção de energia constitui a base de ênfase do tratamento das fraturas.
método de tratamento das fraturas
Em termos de tratamento, geralmente, são utilizados dois grandes caminhos: o conservador e o cirúrgico. Devem ser levadas em consideração as características clínicas do paciente como risco cirúrgico, profissão, idade e lado dominante.
A maior vantagem do tratamento conservador é a segurança, porém apresenta como desvantagens os logos períodos de imobilização. Podem ser exemplos: talas, tipoia, aparelhos gessados e férulas metálicas.
Já o tratamento cirúrgico traz consigo os riscos de uma cirurgia, mas pode oferecer um alinhamento anatômico e estabilização adequada dos fragmentos, o que permite reconstituições adequadas e reabilitação precoce. 
· Fixação interna: geralmente são usados como meio de fixação parafusos, fios de aço, placas metálicas e hastes intramedulares.
· Fixação externa: nesse tipo são utilizados pinos metálicos aplicado no osso, estabilizados por meio de um sistema colocado extremamente no membro.
ESCOLHA DO MÉTODO
Em muitos casos, na maioria das vezes é o médico que escolhe qual o método mais “adequado” para aquele paciente. 
· Personalidade da fratura:
· Padrão, tipo de fratura e grau de cominuição;
· Lesão de partes moles – vascular/nervosa/muscular/pele;
· Grau de contaminação;
· TTO inicial, tempo de evolução, estado geral do paciente. 
TRATAMENTO CONSERVADOR
1. Indicações:
· Evitar deslocamento ouangulação dos fragmentos (mais estável)
· Evitar movimento que possa interferir na consolidação;
· Aliviar a dor.
2. Tipos:
· Tração: ocorrendo com pinos que atravessam o osso (fixa com férula, fixa usando a gravidade, deslizante e balanceada; e a cutânea onde ocorre o enfaixamento adesivo grudado diretamente na pele.
· Talas: dispositivo que mantém a fratura estabilizada;
· Tipóias: dispositivo utilizado pra sustentar um membro (bandagem triangular, tipóia e colar, tipóia americana, atadura e bandagem);
· Aparelho Gessado: dispositivos firmementes ajustado ao redor do membro (axilopalmar, braquiopalmar, pinça de confeiteiro, pelvipodálico, curopodálico e curopodálico).
3. Complicações:
· Tração: hiperdistensão, perda da posição, úlceras de pressão, infecção ao trajeto do pino;
· Aparelhos Gessados: prejuízo circulatório, infecção não diagnosticada e enrijecimento articular. 
OBS. A redução cruenta é quando o indivíduo não tem fratura exposta com perca de sangue e opta-se pelo tratamento conservador enquanto a redução incruenta ocorre a fratura exposta com presença de sangue e possíveis fragmentos, onde irá optar-se pelo tratamento cirúrgico. 
TRATAMENTO CIRÚRGICO
FIXAÇÃO INTERNA
1. Indicações:
· Impossibilidade de redução com outros métodos;
· Necessidade de garantir redução adequada;
· Proporcionar controle das fraturas com lesões associadas;
· Garantir a imobilização rígida do foco e a mobilidade precoce do paciente. 
2. Tipos:
· Parafusos: usadas para comprimir placas ou fragmentos ósseos entre si;
· Placas: manter ossos em posição correta e comprimir extremidades;
· Hastes Intramedulares: fraturas diafisárias de ossos longos;
· Fios: fragmentos pequenos em regiões metafisárias ou epifisárias;
· Bloqueadas/Travadas: ossos longos com fraturas segmentares. 
FIXAÇÃO EXTERNA
1. Indicações:
· Fraturas com perda óssea;
· Fraturas intra-articulares;
· Lesão extensa de partes moles.
2. Tipos:
· Quanto aos planos de fixação – uniplanares, biplanares, multiplanares. 
· Quanto à forma espacial – unilateral, bilateral, triangular, semicircular e circular.
· Quanto à função: estáticos ou dinâmicos.
3. Complicações:
· Infecção;
· Lesão cutânea;
· Lesão neurovascular.
TRAUMATISMOS DOS MMSS
A alimentação, higiene pessoal e comunicação são limitações que irão existir em pacientes com lesão de MMSS.
TRAUMATISMO DE OMBRO
Fratura de Clavícula
· Localização;
· Mecanismo de lesão; 
· Tratamento – com tipoia e em lesões em que não há desvio. 
Fratura de Escapula: 
· Mais rara e conservadora;
· Pode ser tratada com repouso.
Fratura de Úmero:
· Acontece mais com a população idosa;
· O tratamento mais indicado é o cirúrgico;
· Complicações – rigidez articular (que faz perder a viscoelasticidade), lesão nervosa (nervo axilar e o paciente não realizará abdução), luxação do ombro (lesionando osso e ligamentos).
Fratura Supracondilana:
· Acomete em crianças, 1ª década de vida em meninos;
· Pode gerar lesões em ramos radial e ulnar;
· Tratamento – sem desvio (tala, bloqueia a articulação e limita movimento) e com desvio (fixação percutânea).
Objetivos:
· Diminuir dor e edema;
· Prevenir ou minimizar a deformidade articular;
· Restauração da ADM articular;
· Restaurar a FM;
· Reabilitação funcional da mão.
TRAUMATISMOS DO ANTEBRAÇO
A termoterapia irá estimular a ossificação (ossificação e ultrassom) 
Fratura Radio-Ulnar:
· Mecanismos torcionais;
· Linha separa pronadores e supinadores;
· Tratamento – o conservador com aparelho gessado incluindo mão em supinação; o cirúrgico uso da RAFI com placa DCP e parafuso ou hastes intramedulares. A haste permite carga, já a placa não permite. 
· Avaliar o nível de angulação do paciente;
· Avaliar o raio-x no pré e pós-operatório. 
Fratura de Olecrano:
· Fratura articular em gera com desvio pela ação do tríceps;
· Mecanismo de lesão – queda direta sobre a ponta do cotovelo;
· Tratamento – fixação interna com o fio de Kirschner; vai gerar bloqueio articular pois não há movimentação e produção de liquido sinovial gerando a falta de viscoelasticidade.
Fratura de Monteggia:
· Luxação da cabeça radial com fratura da ulna em terço proximal e médio;
· Tratamento – em crianças o tratamento é conservador e em adultos ocorre a cirurgia;
· Complicações – pseudoartrose (não consolida a estrutura óssea) e sinostose (junção de 2 ossos, consolidação cruzada);
· É uma fratura que apresenta muita instabilidade ao paciente. 
Fratura de Galeazi:
· Fratura do rádio com luxação do rádio-ulnar distal;
· Fratura espelhada;
· Tratamento – RAFI com placa DCP (fratura de necessidade) e avaliar movimentos de prono-supinação como indicativo de prognóstico;
· Complicações – pseudoartrose, consolidação viciosa, instabilidade rádio-ulnar distal e refratura.
Traumatismo de Punho e Mão
Fratura de Colles:
· Fratura do rádio distal com uma impactação proximal, desvio posterior e radial e angulação dorsal – deformidade em garfo
· Incidências – acima de 50 anos, mulheres;
· Mecanismo de lesão – queda sobre o braço em extensão;
· Complicações – atrofia de Sudeck (edema forte, dor forte e alterações sensoriais), lesão de nervo mediano e consolidação viciosa. 
· Tratamento – fraturas com desvio (cirúrgico) e fraturas impactadas sem desvio (conservador). 
Fratura de Smith:
· Mecanismo de lesão – paciente pode cair com o membro em flexão;
Objetivos – Tratamento Fisioterapêutico
· Diminuir dor e edemas;
· Prevenir ou minimizar a deformidade articular;
· Restauração da ADM articular;
· Restaurar a FM;
· Reabilitação funcional da mão.
FASE i
Inicia-se após a redução, a fixação e a mobilização.
Objetivos:
· Controlar a inflamação;
· Reduzir a dor e edema;
· Manter a ADM das articulações subjacentes;
· Mobilizar tecidos moles;
· Monitorar a circulação e sensibilidade.
Recursos Terapêuticos:
· Crioterapia;
· Mobilização articular;
· Mobilização escapular;
· Massagem de membrana interóssea;
· Mobilização passiva contínua;
· Cinesioterapia ativa-livre para articulações adjacentes;
· Massagem retrógada;
· Alongamento;
· Posicionamento.
FASE II
Inicia-se após a retirada da imobilização com aproximadamente 3 semanas.
Objetivos:
· Diminuição do edema residual;
· Diminuição da aderência cicatricial;
· Ganho gradual de ADM;
· Ganho gradual de FM.
Recursos Terapêuticos:
· Drenagem linfática;
· Massagem de fricção transversa;
· Termoterapia;
· Mobilização articular;
· Cinesioterapia ativa/ativa-assistida livre;
· Exercícios isométricos; 
· Alongamento;
· Posicionamento.
FASE III
Evolui-se a progressão da reabilitação a fase anterior até a consolidação completa.
Objetivos:
· Restaurar a ADM total;
· Restaurar a FM total;
· Restabelecer o controle neuromuscular;
· Recuperação e integração nacional;
Recursos Terapêuticos:
· Mobilização articular;
· Alongamento;
· Eletroestimulação;
· Cinesioterapia ativa-resistida;
· Exercícios em CCF;
· Exercícios em planos combinados;
· Treino de AVD’S.
MANGUITO ROTADOR: REABILITÇÃO PÓS-CIRÚRGICA

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