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Patologia em Aves

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Patologia em Aves
20/08/2020
Anatomia e Fisiologia de aves
A quantidade de aves que temos na natureza é enorme, então a anatomia e a fisiologia variam muito em relação a cada espécie.
Existem aves que comem frutos, folhas, carne, etc. Isso tudo varia sua fisiologia e anatomia.
Tegumento
· Possui a função de proteção, auxílio ao voo e termorregulação
A principal característica das aves é a presença de penas, que é exclusiva deste grupo.
No geral, a sua função é ser um isolante térmico. Para isso, as aves precisam ter o corpo completo coberto por penas. Isso não quer dizer que essas penas se deem em todas as regiões de pele.
As partes de pele que têm a origem dessas penas são chamadas de regiões pitérias. As regiões que não apresentam origem de penas são as regiões apitérias.
As penas são coberteiras (menores, que cobrem o corpo da ave), por baixo dela temos plumas. O conjunto dessas duas promovem melhor isolamento térmico. Isso garante que ocorra formação de um bolsão de ar, dificultando a perda de calor para o ambiente.
As penas precisam estar sempre dispostas de uma maneira organizada e limpa. Pena suja fica colabada e perde função de isolamento término. Por causa disso, as aves estão sempre tentando organizar essas penas. Se a ave estiver com pena suja ou bagunçada, esta ave tem algum problema.
Pode gerar também proteção para traumas e possíveis predações.
As serpentes arborícolas que consomem aves possuem a dentição mais comprida que o normal para poderem atravessar essa camada de penas e chegar a preso.
Auxilia o voo. As penas precisam possuir resistência e flexibilidade de acordo com o tipo de voo do animal.
Ex.: o falcão peregrino faz um mergulho para abater a presa a 300km/h. Se essa pena fosse macia, ela iria oscilar durante esse voo e atrapalharia o direcionamento do voo, então, este animal possui essa pena mais rígida.
Essa pena mais rígida quebra com mais facilidade.
Ex. 2: um papagaio tem voo muito ruim. A pena deste animal é muito mais macia e flexível.
Uma área de pena falha ou suja é uma janela de fuga de calor.
Algumas dessas penas funcionam para melhorar a capacidade de impermeabilização das penas (secreção de glândula uropigeana).
· Muda
As aves mudam de pena de tempos em tempos.
Quando cai, a pena vai começar a ter um crescimento. Nessa fase ela tem irrigação sanguínea e enervação. Se quebrar ou cortar uma pena dessa, isso machuca. Quando a pena está liberada, ela já não tem mais sensibilidade, é apenas queratina.
Essa muda de penas, em geral, acontece uma vez ao ano, no período de primavera. Este animal precisa estar bonito para atrais fêmeas e reproduzir. Alguns fazem após o período reprodutivo. Algumas espécies fazem muda 2 ou mais vezes ao ano ou uma vez a cada dois anos, vai variar.
Essas mudas podem ser abruptas, como em patos e pinguins. Caem todas as coberteiras e cresce tudo de uma vez. No caso do pinguim, eles param de entrar na água pois perde a sua capacidade de impermeabilização. O pato tem essa muda principalmente nas penas primárias e secundárias da asa.
Algumas espécies fazem muda de acordo com o ambiente. Aves marinhas podem ter quatro padrões diferentes: plumagem juvenil de verão, plumagem juvenil de inverno, plumagem adulta de verão e plumagem adulta de inverno.
Alguns autores citam a muda como sendo uma forma de excreção das aves, é meio questionável. Falam que isso ocorre por conta do depósito de metais pesados na pena.
A muda pode ser feita de maneira hormonal, principalmente por hormônios da tireoide. Em cativeiro podemos usar a tiroxina para induzir a muda, porém geralmente a muda produzida é bem irregular. Algumas pessoas arrancam essas penas, mas é uma técnica questionável por dor pois é arrancado o cálamo da pele, e porque pode ocorrer lesões no folículo da pena, o que pode causar um não crescimento da pena.
Lesões em folículos muito jovens são mais graves, podendo ser para o resto da vida.
Para frango existem outra metodologia de muda, como o jejum. O animal fica sem jejum por tempos prolongados e, quando o animal está quase morrendo de fome, eles o entopem com comida hipercalórica, o que influencia na muda.
· Necessário a lubrificação com secreção uropigeana.
Pode ser lubrificação seca, que é feita com descamação de pele ou do canhão da pena, pelo “pó de pena”. A quantidade de pó de pena vai variar de acordo com a espécie.
Pode ser lubrificação úmida, que é feita através da glândula uropigeana. É localizada na região dorsal da base da cauda. Essa glândula excreta uma cera que luvrifica as penas, permitindo que elas deslizem uma em cima da outra. Também promove uma impermeabilização significativa. Aves aquáticas entram na água e não se molham por causa dessa cera.
Penas primárias: saem da região do metacarpo. São grandes. Contamos de dentro para fora.
Penas secundárias: saem da região da ulna. São grandes. Contamos de fora para dentro.
Essas duas são as principais penas do voo das aves.
Cerca de 50% da área da asa de uma ave vem da região do metacarpo. É uma área pequena porem muito importante!
Essa contagem é muito importante para sabermos qual a numeração da pena que quebrou. Na muda, há uma ordem de crescimento das penas. Essa muda não é descrita em muitas espécies, porém nas que têm, podemos ter a informação do estágio da muda que aquele animal está.
A região que sai do folículo e vem sem nada lateral a essa estrutura central, é chamada de cálamo. Esse é o início da pena. 
Na ponta do cálamo temos uma cicatriz da irrigação sanguínea de quando a pena estava crescendo. Essa cicatriz é chamada de umbículo. Essa inserção é bem forte. Se arrancar essa pena com força, machuca. É comum a pena em crescimento quebrar, então é normal arrancarmos para estancar esse sangramento. Em aves grandes, como águia dourada e fragata temos proliferação óssea para inserção dessas penas.
Toda a região central com algo lateral a ela, damos o nome de raque.
A região lateral à raque é chamada de vexilo.
O vexilo é composto por várias estruturas, como se fossem fios de cabelo, projetados lateralmente, que saem da região da raque, que são chamadas de barbas.
De cada barba, temos de uma forma transversal, existem várias bárbulas saindo. Têm formato de um gancho, servem para enganchar nas barbas laterais a ela.
O conjunto disso faz uma característica como se fosse uma coisa única. Quando esta pena está bagunçada, é porque esses ganchos estão fora do lugar.
As penas que saem por cima do metacarpo são as álulas.
Essas penas vão ter algumas funções aerodinâmicas para a ave. Serve também para o animal frear durante o voo.
Sobre as penas primárias, secundárias e alulas, possuímos uma série de penas que chamamos de coberteiras.
Acabam proporcionando um preenchimento melhor dela. O ar que vem para frente em direção a região caudal no voo, não pode ter espaços para não turbilhonar ou desorganizar as penas já inseridas. A função é o preenchimento dos buracos antes deixados.
Em aves domésticas geralmente fazemos um corte nessas penas para tentar fazer restrição de voo.
Se for feito o corte de apenas uma asa do animal que não é de chão, ele pode estar em algum lugar alto e cair, ele irá rodando até o chão, apoiando-se apenas na asa que não está cortada e pode acabar se machucando. Se ambas asas estiverem cortadas, a ave irá conseguir planar até o chão, evitando lesões.
O corte para restrição de voo é feito nas primárias e secundárias, nunca tocando nas coberteiras.
O ar entra pela frente da asa e se direciona para a região caudal. Esse ar se divide, passando por cima, numa região bem simples e reta, o que faz com que o ar passe rapidamente. A região de baixo da asa possui uma cavidade, que é feita por membrana na região do propatágio (o tendão que se insere nos metacarpos é o tensor do propatágio). Por ser mais côncavo, o ar demora mais tempo para passar ali por baixo. Como na natureza as energias tendem a se equilibrar, o que vai acabar acontecendo, vai ser o ar demorando mais tempo para passar por baixo, tendo uma pressão maior e o que passa mais rápido por cima, temuma pressão menor.
As últimas penas primárias de corujas possuem barbas sem bárbulas nas pontas, que são chamadas de franja. Serve para cortar o ar de maneira mais suave, para que o voo desse animal seja mais silencioso.
A coruja precisar se silenciosa para capturar a presa, pois caça a noite.
Bico
É adaptado de acordo com a dieta do animal.
Ex.: tucanos possuem o bico alongado justamente para capturar filhotes de passarinho no fundo do ninho.
Psitacídeos possuem o bico mais curvo para fragmentar sementes, grãos, etc.
É composto por ossos recobertos por queratina. Recebe diferentes nomes de acordo com a porção.
A porção dorsal é uma projeção de seio nasal e é chamada de rinoteca.
A porção de baixo é a mandíbula, recebendo o nome de gnatoteca.
O conjunto das duas é chamado ranfoteca.
Esqueleto
As aves têm características diferenciais na sua parte óssea.
Uma delas é a presença de ossos pneumáticos. A maioria apresenta o úmero e o fêmur pneumáticos, mas temos exceções, como o pinguim, seu úmero não é pneumático. A asa é modificada e chamada de aleta (serve para nadar e não voar).
Os ossos pneumáticos podem proporcionar um benefício ao voo, mas não é a principal função. Esta é servir como reserva de ar.
As principais estruturas ósseas são:
· Rinoteca: Parte nasal. Pode lateralizar um pouco no caso dos psitacídeos.
· Barra jugal: Responsável por permitar a abertura da rinoteca.
· Gnatoteca: É a mandícula.
· Osso quadrado: Auxilia na abertura da gnatoteca.
· Pterigóide: Localizado na base do palato. Dá sustentação à musculatura e puxam o bico para baixo.
· Palatino: Localizado na base do palato. Dá sustentação à musculatura e puxam o bico para baixo.
· Crânio: Grande para comportar um cérebro grande (são animais inteligentes).
· Olho: Relativamente grande (capacidade visual muito boa).
· Anel escleral: Dentro do olho. Serve de sustentação para e auxilia na movimentação da íris (musculatura esquelética, além da lisa, que é voluntária).
· Vértebras cervicais: Pode variar extremamente de espécie para espécie. Algumas podem chegar a 20+.
· Coluna torácica: Não tem diferencial de tórax e abdômen. Então essa parte acaba sendo uma divisão didática. Para ser torácica, tem que ter costelas saindo. Saem lateralmente e descem em direção ao esterno.
· Esterno: Apresenta uma quilha.
· Quilha do esterno: É empurrada para frente no processo respiratório, fazendo uma pressão negativa na cavidade e permitindo que o ar entre. Serve de sustentação para a musculatura peitoral. O tamanho da quilha varia de acordo com a forma que ela voa.
· Clavícula: Tem um formato de V. Característica semirrígida. Quando a asa é puxada para baixo e esse osso é comprimido, quando a musculatura peitoral relaxa, ela empurra novamente isso para frente, forçando o levantamento da asa.
· Costelas: São muito finas. Se ficassem sempre fazendo o movimento de respiração, a tendência seria que elas ficassem tortuosas. Isso não ocorre pois elas têm um processo voltado para a região caudal, chamado processo uncinado, que promove uma estabilidade torácica.
· Coracóide: Por trás da clavícula. Sustenta a elevação de asas das aves. É comum aves baterem com essa região quando batem com uma estrutura e fraturar essa região. Conseguem fazer o movimento, mas não elevam a asa para depois do coracóide. Não conseguem levantar voo, apesar de bater as asas e parecerem normais.
· Vértebras lombares: Na verdade não existem. São fusionadas com o sacro. É o sinsacro.O sinsacro é fusionado com a pelve.
· Pigósteo: “Rabinho” que dá sustentação às penas da cauda.
· Fêmur: Pneumático na maioria das aves.
· Patela: Nem todas as aves apresentam. É um osso calcificado, mas em algumas é cartilaginoso, nesse caso se chamando patelóide.
· Tiobiotarso: Tibia + alguns ossos do tarso.
· Tarsometatarso: Alguns ossos do tarso + metatarsos.
· Escápula: Estabilidade de voo.
· Úmero: Pneumático.
· Rádio e ulna: Nas aves é invertido. A ulna é mais grossa que o rádio.
· Carpometacarpo
· Hálula: Segundo dedo
· Terceiro dedo
· Quarto dedo
A principal reserva energética de aves costuma ser musculatura e não gordura. Se precisar acessar essa reserva, conseguem consumir a musculatura peitoral, deixando a quilha mais evidente. Popularmente é chamado de doença do peito em facão ou de peito seco, porém não é realmente uma doença, apenas indica uma animal magro.
Na asa, os primeiro e quinto dedos involuíram.
Na asa do quero quero (Vanellus chilensis) há um esporão, que é resquício do primeiro dedo.
Supracoracoide: “filézinho de frango”. Na ponta tem um tendão que se insere na musculatura do úmero.
Os ossos são leves e adaptados ao voo.
Ratitas (avestruz, ema, meu, casuar, etc.) não possuem quilha no esterno.
Úmero, fêmur, coracóide e algumas vértebras são pneumáticos.
Musculatura e tendões
Esses animais apresentam musculatura bem forte, principalmente peitoral.
Alguns tendões podem ser calcificados para conseguir suportar a força que é exercida no mergulho.
Sistema digestivo
Bastante variável. É relativo à dieta do animal.
· Língua: Varia também de acordo com a dieta.
· Esôfago: Muito flexível e resistente.
· Inglúvio (papo): Armazenamento de alimentos. Não são todas as espécies que apresentam (aves marinhas, corujas, quero quero). No columbiformes, no período reprodutivo, o inglúvio vai descamar e funcionar como nutrição dos filhotes, produzindo o que é chamado de “leite de papo”.
· Esôfago
· Próventrículo: Estômago químico. Proporciona a produção de ácido que auxilia no processo digestivo. Sujeito aos mesmos problemas do estômago de qualquer outro vertebrado. 
· Ventrículo: Estômago mecânico. Auxilia na trituração dos alimentos (as aves não têm dentes). Muitas aves ingerem pedras ou areia, o que para nessa região e auxilia na trituração.
· Duodeno
· Jejuno
· Íleo: Algumas apresentam o ceco e outras não.
· Cloaca: Divida em três porções. Coprodeo (fezes), urodeo (urina) e proctodeo (próxima da saída).
Sistema respiratório
· Seios nasais: Bem desenvolvidos e presentes em toda a cabeça do animal. Têm conexão com os sacos aéreos cervicocefálicos.
· Coana: Abertura no papo que liga os seios nasais à traqueia.
· Traqueia: O tamanho varia de acordo com a espécie. Os jacus possuem uma traqueia muito longo para poder vocalizar melhor. Se bifurca, que onde fica a siringe.
· Siringe: Órgão fonador das aves.
· Pulmões: Estão inseridos no teto da cavidade celomática e não são flexíveis como o dos mamíferos.
· Sacos aéreos: Clavicular (único), torácico cranial (par), torácico caudal (par), abdominal (par) e cervicocefálico (par). Não faz troca gasosa. Não colaba totalmente. 
· Algumas espécies apresentam a região subctânea cheia de ar.
Sistema circulatório
A frequência cardíaca é relativamente alta porque seu metabolismo é muito alto.
Sistema reprodutivo
· Gônadas alteram de tamanho no período reprodutivo. O testículo por aumentar 4x.
· Ovário disposto no teto da cavidade celomática. Apenas um ovário colado no rim esquerdo, o direito geralmente involui. Columbiformes e alguns rapinantes podem apresentar ambos. Ter dois não significa uma melhor capacidade reprodutiva.
· Testículos em formato de grão de arroz.
· Podemos ter variação de cor em alguma espécie. Cacatua apresenta o testículo negro e urubu rei apresenta ele laranja.
· O falo diferencia do pênis pois não apresenta uma uretra passando em seu meio.
Sistema urinário
· Os rins são encaixados no sinsacro. O nervo isquiático passa entre o rim, o sinsacro e a pelve. EM casos de nefromegalia podemos ter paresia desse nervo e o animal ficar com paresia de posteriores.
· Aves excretam ácido úrico e não ureia. Não é feita dosagem de ureia e creatinina para exames em aves.
Metabolismo
· Endortemia até >42ºC.
· Não possuem diafragma funcional.
· Taxa metabólica relaticamente alta. 
03/09/2020
Semiologia, Administração de Medicamentos e Coleta de Material Biológico de Aves
Contenção
· Estar sempre com todo o material preparado.
· Avaliar se a ave pode ser contida sem risco.
· Conhecer a espécie.
Exame clínico de ave de gaiola
1. Orientar paraque venha com a gaiola usual;
2. Não trocar o forro por 24;
3. Cobrir gaiola de transporte;
4. Trazer o alimento usual;
5. Trazer as medicações utilizadas;
O que observamos com frequência é ave encolhida com penas arrepiadas, por muitas vezes com os olhos fundos, animal magro, fechando o olho, com sono, dormindo durante o dia. São características clássicas de aves doentes.
A captura pode ser feita com luva de couro, toalha, pedaço de pano. Sempre vou olhar o ambiente para saber se o animal pode fugir para algum lugar.
Animal fugido geralmente é animal que morre. De fome, de sede o sendo predado.
Escore corporal
Fundamental que a gente pese essas aves.
Alimentação
· Variável dentre as espécies
· Nunca fornecer abacate para psitacídeos
· Girassol que é altamente calórico e não deve nunca ser a base da dieta.
Flavismo: alteração de coloração ao erro de alimentação ou causas infecciosas.
Prestar atenção se não é mutação de cor.
Passos do exame clínico
1. Palpação das asas;
2. Inspeção das fezes (exame coproparasitológico)
Composta por três partes: uma líquida transparente que vai estar ao entorno, uma branca que é o urato e a parte de fezes, que tem que ser cilíndrica (coloração variando de marrom a verde escuro, em granívoros, até a preta, no caso de carnívoras);
3. Penas;
4. Ausculta;
Nas costas para auscultar o pulmão, ouvindo o barulho do ar passando.
5. Cavidade oral;
Placas caseosas por presença de Trichomonas, sangue na traqueia por colisão.
6. Temperatura
O animal contido pode aumentar a temperatura de uma forma absurda, chegando a 46ºC.
7. Exame neurológico
Pares dos nervos cranianos. Reflexo da membrana nictante e resposta pupilar. Intoxicacao por chumbo pode levar a um quadro neurológico.
8. Capacidade visual
Musculatura esquelética. Somente a colocação de luz não funciona muito bem em aves. Geralmente fazemos o reflexo opto cinético com o animal não contido.
9. Desidratação
Olho fundo, pregreamento da pálpebra ou da pata. 
10. Coleta de sangue e acesso venoso
· Veia braquial (região ventral da asa; radio e ulna + úmero); estoura facilmente; última escolha de utilização. Mais indicados para animais obesos nos quais você tem dificuldade de encontrar outros vasos.
· Veia tarsal medial; melhor opção para canular. Animais que apresentem alta periculosidade de fazer essa opção é melhor não fazer, como em rapinantes de grande porte (risco para o veterinário)
· Jugular; primeira escolha para coleta. Em animais obesos ou com a pele dessa região pigmentada (pombos geralmente). Geralmente direita, a esquerda costuma ser vestigial. O animal estar em jejum é importante porque o ingluvio cheio pode tampar a veia.
· Intracardíaca; utilizado apenas em animais para eutanásia
· Intraósseo; muito utilizado nas aves. Crista da tíbia; Tibiotarso e ulna. Nunca pode ser utilizado em ossos pneumáticos pois corre o risco de afogar os animais.
11. Coleta de material do trato respiratório
Geralmente feito em região entre narina e olho e acima da barra jugal. Introduz a agulha e aspira ou faz a medicação. Se o animal estiver de bico aberto, o espaço pode aumentar.
12. Lavado pulmonar
Melhor usar videolaparoscopia com o animal anestesiado. Jogar 0,5 a 2ml de soro fisiológico e aspirar.
13. Coleta de fezes
Administração de medicamentos
· Tópica
Muito cuidado porque qualquer sujidade sobre as penas atrapalha a termoregulação. Nunca se usa pomada ou óleo sobre a pele. Pode ser utilizado na pata.
· Oral
1 ou 2 gotas no máximo. Tendência grande a broncoaspirar. Se tiver que ser oral, é feito através de sondas.
· Subcutânea
Utiliza muito para fluidoterapia em região axilar e inguinal. Ideal é que se esquente a solução para o animal não precisar gastar energia aquecendo isso.
· Intramuscular
No peito ao lado da quilha do esterno.
· Intravenosa
· Intraóssea
· Nasal
Seringuinha sem agulha, encosto na região da narina e jogo essa medicação pela via nasal.
· Nebulização
Obrigatoriamente o nebulizador ultrassônico porque produz gotículas muito pequenas que passa por todo o trato. Animal dentro de caixa ou gaiola coberta.
Em sangramentos podemos fazer cauterização com percloreto de ferro ou permaganato de potássio.
10/09/2020
Clamidiose aviária
Histórico
Bactéria que inicialmente não foi considerada como bactéria.
Bactéria: Chlamydophila psittaci
Não é um gênero muito amplo, porém existem outras espécies.
É zoonose com potencial patogênico relativamente alto. Os quadros mais comuns em humanos são pneumonia e hepatite. Evolução em 2-3 dias, paciente já na UTI entubado. Depende da cepa.
Acomete principalmente psitacídeos, mas a maioria dos vertebrados são passíveis de ter clamidiose.
Alguns animais têm o patógeno, porém não apresentam sinais clínicos. Quando esses animais passam por situações de imussupressão (como estresse), começam a desenvolver a doença.
Muito comum encontrar em calopsitas.
Ninguém no Brasil trabalha com essa bactéria porque o laboratório tem que ser de nível de segurança altíssimo. Existem apenas laboratórios que trabalham com diagnóstico.
Apresenta duas formas: 
· Elementar: forma ambiental. Metabolicamente inativa. Nada costuma ter bom efeito contra ela. Atb não tem efeito. Costuma permanecer no ambiente por muito tempo. Pode ficar no organismo entre células isolado.
Entra na célula e começa a se multiplicar, virando a forma reticular. Da forma elementar para a reticular pode levar 42 dias.
· Reticular: Conjunto de formas elementares. Metabolicamente ativa. Sequestra ATP da célula para se multiplicar. Uma forma reticular é essa estrutura com diversas formas elementares dentro. Quando ele rompe, elimina todas essas formas elementares. 
É importante fazer testagem do animal adquirido antes de levar para casa. Principalmente se houver imunossuprimidos (transplantados, HIV) em casa.
Teoricamente é uma doença de notificação obrigatória, mas a maioria não notifica por ser absurdamente comum e dar “muito trabalho”.
Transmissão
Talvez a mais comum seja a fecal. As fezes têm um volume muito pequeno, então ela rapidamente resseca, então quando vai ser manipulada, ela entra em suspensão. Se o animal for positivo, essa bactéria vai ser aspirada e penetra no trato respiratório, realizando a contaminação.
Pode ocorrer por mucosas, através de secreções, de aerossóis.
Até a ingestão de carcaça contaminada, no caso de aves carnívoras, pode haver contaminação.
Uma das recomendações ao manipular fezes, é amolecer com uma solução antisséptica.
Como é uma forma muito leve, fica em suspensão durante muito tempo, facilitando a aspiração.
Patogenia
Talvez um dos quadros mais comuns venha ser a conjuntivite, sendo o mais leve. Pode ser uni ou bilateral. 
Qualquer conjuntivite precisa ser pesquisada para afirmar que não é clamidiose.
· Conjuntivite
· Sinusite
· Traqueite
· Pneumonia
· Aerossacolite
· Pericardite
· Enterite
· Hepatite
· Pancreatite
· Esplenomegalia
· Nefrite
· Encefalite (raro)
Conjuntivite, enterite, pancreatite e hepatite são os mais comuns de encontrar.
Animal com hepatomegalia. Esse fígado deveria estar do mesmo tamanho do coração, porém está muito maior.
As porções mais claras ao longo do parênquima são típicas de necrose hepática.
Essa animal tinha uma hepatite bem significativa.
Psitacídeos com hepatite o primeiro pensamento é clamidiose.
Sinais clínicos
· Animal muito magro – alto consumo energético
· Secreção ocular
· Edema de conjuntiva – a Chlamydophila destrói as células de conjuntiva; vasodilatação para que leucócitos cheguem; aumento da permeabilidade celular, quando abre para o leucócito passar, sai líquido também
· Sinusite – não é tão comum
· Traqueite discreta – edema na região da siringe, podendo levar a uma alteração de voz; alguns podem estar afônicos
· Pneumonia – hiperemia local; grande número de capilares no pulmão que é afastado da luz do órgão, dificultando a troca gasosa. Para compensar o organismo aumenta a frequência e a intensidade respiratórias (dispneia)
· Aerossacoline discreta – não é significativa; um saco aéreo inflamado doi quando dilata; animalaumenta a intensidade respiratória 
· Enterite – conteúdo fecal cai dentro do intestino e aquele tecido está inflamado, então dói. O organismo tenta eliminar mais rápido e aumenta a motilidade. O intestino não absorve direito nutrientes nem água. São fezes ricas e volumosas (com sementes inteiras)
· Fezes acólicas – sem muita pigmentação; quando bate no duodeno, ele está muito sensível, então o alimento é expulso e não recebe o poder de emulsificação da bile nem de digestão do suco pancreático
· Bileverdinúria - Acúmulo de biliverdina; por causa das células sanguíneas sendo destruídas e o fígado também está sendo acometido.
· Animal prostrado
· Pode se encontrar desidratado
Diagnóstico
Ninguém faz cultura por não existir laboratório com nível de biossegurança para esse patógeno (no Brasil).
· PCR (principal forma)
A liberação da clamídia não é constante. Posso ter um falso negativo porque aquele dia de coleta o animal não eliminou.
Evitamos coletar através das fezes porque o ambiente pode estar contaminado com suspensão de outros pacientes anteriores. O que é recomendado é coletar através do swab de traqueia, coana e cloaca (nessa ordem, com o mesmo swab). Recomendado três coletas com intervalos de 3-5 dias entre elas para ter possibilidade maior.
· ELISA (não fazem, pois, muito falso negativo)
Tratamento
As quinolonas têm um efeito razoável, mas não é bom. Não costumamos utilizar enro.
Talvez a droga mais utilizada seja a doxiclina, porém tem a problemática de sobrecarregar o fígado que às vezes já está comprometido pela doença.
Inicialmente é utilizado primeiro a enro (30 mg/kg SID por 5 dias) até estabilizar o paciente e depois entrar com a doxiclina (50 mlg/kg BID por 45 dias). O animal vai melhorar antes disso, porém não pode parar.
Evitamos fazer dada na boca para o animal não broncoaspirar, então é feita por sonda. É preferível utilizar a injetável de liberação lenta (1 liberação a cada 7 dias). Não é recomendável utilizar a de liberação normal porque a doxi é citotóxica e pode causar necrose no local de aplicação.
Quando não responde à doxi, temos como segunda escolha a azitro ou eritro (aumenta motilidade intestinal). Se não responder, entramos com quinolonas de último geração (moxifloxaxina).
Manter hidratação e alimentação.
Prevenção
· Quarentena dos animais 
· Testagem dos animais na entrada e na saída da quarentena
· Higiene
17/09/2020
Micobacteriose aviária
As pessoas costumam a confundir com micoplasma por causa do nome.
Principais espécies que acometem aves 
(não somente elas)
· Mycobacterium avium (mais comum)
· M. genavense / M. intracellulare (segundo mais comum)
· M. marinum (geralmente acomete animais marinhos, como peixes e aves marinhas; pode estar presente no homem – feridas dentro de aquário -;)
O gênero pode gerar doenças relativamente graves, que muitas vezes levam a óbito.
É de difícil controle e com evolução lenta.
O paciente mais susceptível é o imunossuprimido. 
No humano o paciente HIV + costuma sofrer muito com micobacteriose.
É supostamente de notificação, mas não fazem, a não ser que seja em humanos e animais de produção.
Espécies mais acometidas
· Psitacídeos (até pela convivência mais comum com o humano)
· Anatídeos (como vivem num ambiente semiaquático, dificulta mais ainda o tratamento)
Todas as espécies podem ser acometidas por micobacteriose.
Transmissão
· Fezes
· Materiais contaminado
· Alimentos
· Carcaças
· Aerógena
· Solo
patogenia
· Formação de abscessos miliares em diversos órgãos
Imagina que você tem um saco e dentro dele vários grãos de milho, é a mesma sensação que você tem quando manipula um órgão desses.
· Hepatomegalia
· Esplenomegalia
· Distensão abdominal
· Espessamento de intestino
· Úlceras cutâneas
· Massas conjuntivais
Sintomatologia
Alterações mecânicas e fisiológicas provocadas pelos abscessos nos órgãos:
· Trato respiratório
Dispneia por atrapalhar circulação do pulmão
· Trato digestivo
Atrapalha a digestão ou a motilidade
· Trato urinário
Pode fazer obstrução de ureter
· Medula óssea
Quadros de anemia
· Articulações
· Pele
Feridas que não cicatrizam
· Arrepios
Diagnóstico
· Raio X (complementar)
· USG (complementar)
· Videolaparoscopia (complementar)
· Hemograma (complementar)
· Bioquímicas (complementar)
· Histórico (complementar)
· PCR
Para o gênero Mycobacterium para depois testar os patogênicos.
· Tuberculina (não serve para aves)
· Coloração de BAAR ou Ziehl neelsen
Tratamento
É o muito controverso. O certo é eutanásia. Deveria ser notificado e, a partir disso, a indicação é eutanásia, com obrigação do pessoal do Ministério da Agricultura.
Humanos: 6 meses tomando uma série de atb e quimioterápicos.
· Azitromicina + etambutol + rifabutina
· Remoção cirúrgica dos nódulos
O grande problema é a pessoa parar no meio do tratamento por não apresentar mais clínica, porém depois de um tempo ele volta a ter. Isso seleciona as bactérias mais resistentes.
Em aves é de 1-2 anos.
Com medicamentos de 6-6h, então não são todos que ficam tratando.
Prevenção
· Higiene
· Quarentena testada
· Controle de tratadores e funcionários
29/10/2020
Bouba aviária
· Provocada por um Poxyvirus (Avepoxyvirus);
· Relativamente comum em diversas espécies;
· Fazem inclusãos intracitoplamocitárias chamadas de corpúsculos de ??;
· Restos proteicos que ficam na célula
· Inclusões basofílicas
· Distribuição mundial;
· Incomum em regiões frias
· Frangos costumam ser muito afetados;
· Principalmente em cativeiro
· Pinguins são muito sensíveis pois não há seleção genética para esse grupo, então não têm defesas; Pinguins de Humboldt costumam ser mais resistentes por causa de sua localização (Peru)
· Resistente a formol de 1:1000;
· Soda caustica tem efeito;
· Descamação de pele (pó de pena) suja muito e o vírus pode estar presente
· Um produto muito usado é o Vircom (desinfetante hospitalar). A toxicidade é baixíssima;
Transmissão
· Mecânica
Através do pó de pena
· Vetores
Mosquitos, moscas, piolhos.
O controle ambiental é a melhor prevenção.
· Inseminação artificial
Todos os perus comerciais são de inseminação. Ararinhas azuis (Cyanopssita spixxi) são exemplos.
A incubação dura de 4 a 10 dias.
Patogenia e sintomatologia
· Lesões proliferativas na pele (mais comum)
Nodulares, discretas, geralmente onde não há penas, que são os locais que os mosquitos costumam picar.
· Perda de peso
· Menor produção de ovos
· Lesões secundárias
Colonização das lesões por outros MO.
· Lesões no trato respiratório superior
· Lesões no trato digestivo
· Secreção nasal
· Placas amarelas sobre as lesões
· A morbidade é variada (varia de espécie)
· A mortalidade é variada
· Forma cutânea de fácil recuperação
· Não é comum apresentar a forma cutânea e diftérica (lesões em tratos resp e digest) junto
· Não é comum em regiões frias porque os mosquitos não conseguem sobreviver
Diagnóstico
· Clínico (não fecha, mas auxilia)
· Isolamento viral (microscopia eletrônica)
· Citologia da lesão (corpúsculos de Bolinger)
Raspado de tecido (imprint)
· PCR (padrão outro) – lesão
Tratamento
· Não há tratamento direto
· Tuia (homeopatia)
Não é comprovado
· Imunoestimulantes
Utimodulina, nevamirsoli, etc.
· Suporte
Prevenção
· Vacina
No Brasil há apenas para frangos.
Pinga na prega da asa e espeta com uma agulha específica.
CEPAS: frango, pombo e canário (apenas na França ($$$$) e Argentina).
Domésticos devem ser vacinados 1x ao ano.
· Controle de mosquitos
Telas, inseticida, cortina de vento.
· Quarentena
Doença de Pacheco
Uma doença provocada por um Herpesvirus.
Doença de origem do Brasil e a primeira observação foi feita em um grupo de ararinhas que foi importada para os Estados Unidos.
Estresse e baixa imunidade muitas vezes estão presentes e parecem desencadear essa doença. 
Transmissão
· Contato direto
· Fezes
· Secreções
· Alimentos e água
Muitos animais podem ficar assintomáticos e os que mais nos preocupa é o papagaio do Senegal (conhecido mundialmente por isso). As jandaias, papagaios do gênero Pionus e as ararinhas também podem ficar assintomáticas e serem problemasem seu plantel. Acabam se tornando reservatórios do vírus.
Tempos de incubação: 3-14 dias.
Muitos indivíduos que sobrevivem, podem ser potenciais transmissores desse vírus.
Aves do novo mundo (Américas) são mais susceptíveis.
Patogenia e sintomatologia
Quadro mais comum é a morte súbita.
· Hepatite com hepatomegalia
· Baço, rins, intestino e pulmões aumentados e edemaciados (não é tão comum)
· Diarreia 
Região em torno das penas sujas
· Reguirgitação
· Biliverdinuria
Urato de coloração esverdeada
· Quadros neurológicos, como tremores, desequilíbrio e convulsões (não é tão comum)
Após aparecimento dos sintomas, a morte pode ocorrer em 48h.
Diagnóstico
· PCR (padrão ouro)
A cepa que Pacheco descobriu foi perdida, então temos são alguns tipos de Herpesvirus que sugerem que sejam doença de Pacheco.
· Microscopia eletrônica
· Provas de lesão hepática
Sangue para dosar AST. O ideal para aves é sorbitol, mas ninguém faz comercialmente no Brasil. Os ácidos biliares podem ser bons também, mas é muito caro.
Tratamento
Vale a pena? Os indivíduos que se tornam resistentes, podem ser potenciais dispersores. 
· Aciclovir
· Vacina (não existe comercial, apenas experimental)
Pode levar a formação de granulomas, paralisia e óbito.
Prevenção
· Quarentena
· Higiene do solo
Recintos com areia são problemáticos porque são difíceis de limpar.
05/11/2020
Doença de bico e pena
Muito importante, principalmente para psitacídeos. Gera um impacto no animal muito grande e pode gerar um impacto ecológico muito grande. 
Provocada por um Circovirus. Afeta principalmente psitacídeos de velho mundo. Pode afetar também Columbiformes e Passeriformes. Os psitacídeos do gênero Anodorhynchus são muito sensíveis. Animais jovens são mais afetados e acabam desenvolvendo a sintomatologia clínica. A mortalidade depende da cepa, variando de 1-100%.
Apareceu inicialmente na Austrália e que a maior espécie representante sejam as cacatuas. Afeta penas e bico; animais em vida livre têm certeza de óbito.
Transmissão
· Ocorre principalmente de mãe para os filhotes
Pode já vir no ovo do animal (vertical) ou da mãe regurgitando no filhote (horizontal)
· Penas e pó de penas
A incubação pode chegar a 3 anos. A sintomatologia não aparece de forma rápida. Primeiro aparecem distróficas, principalmente grandes penas, até que começa a afetar todas as penas e o animal fica sem pena no corpo.
Patogenia e sintomatologia
· Provoca penas distróficas com má formação
· Constrição do bulbo de penas
· Necrose na junção da rinoteca com a mucosa oral podendo provocar má formação de bico, descoloração de penas
· Faz inclusões basofílicas intranuclear e intracitoplasmáticas
· Mau empenamento
· Bico malformado
· Infecções secundárias
· Depressão e regurgitação
Diagnóstico
· Histopatologia (não fecha diagnóstico)
· PCR (padrão ouro)
Bulbo da pena em crescimento
· Lesões
Constrição do bulbo de penas e descoloração de pena (no caso de penas coloridas)
Tratamento
Não existe e a indicação é eutanásia.
Prevenção
· Testar animais antes de entrar no plantel
· Muito resistente a maioria dos desinfetantes
· Eutanásia dos positivos
Não é obrigatório
Síndrome da dilatação proventricular
· Atinge muitos psitacídeos.
· Causada por um Bornavirus, um vírus RNA. 
· Se suspeita de zoonose (em manicômios, pessoas com distúrbios neurológicos positivam para esse vírus). 
· Outras espécies podem ser atingidas, como canários e gansos. É de distribuição mundial. 
· De origem australiana.
· Várias ararinhas azuis possuem
Transmissão
· Contato direto
· Materiais contaminados
· Animais contaminados podem ficar assintomáticos
Patogenia e sintomatologia
· Vírus afeta o sistema nervoso do inglúvio, proventrículo (principal) e ventrículo
· Dilatação desses órgãos de maneira progressiva devido a estase
Comparado ao megaesôfago
· Ocasiaonalmente quadros neurológicos (tremor, ataxia, convulsão)
· Regurgitação
· Perda de peso
· Semente nas fezes
Vetrínculo não amassa as sementes
· Óbito
Diagnóstico
· Raio X
· Hitopatologia
Infiltrados linfocitários em nervos periféricos e centrais. Biópsia aberta para conseguirmos pegar todas as camadas do órgão
· PCR (padrão ouro)
Vírus é RNA, então quando você coleta uma amostra, você ative RNAses, que degradam o vírus, podendo ocorrer um falso negativo. Para reduzir isso, coletamos o material (fezes ou swab de cloaca), conservamos em RNAlater ($$$$$$$ 16mil/L) e congelamos.
Tratamento
Não existe.
· Interferon/Ribavirina (testes bem viáveis em laboratório, mas em animais vivos não tem comprovação)
· Suporte
· Eutanásia
Prevenção
· Quarentena
· Higiene
12/11/2020
Doença de Newcastle
· Grande importância para a parte de maneira geral
· Potencial zoonótico
Baixa patogenicidade para humanos. Costumamos ter apenas conjuntivite. Um local que venhamos a ter surto de Newcastle, as pessoas devem ser isoladas para não haver transmissão a outros animais. Pessoas que costumam trabalhar com avicultura, geralmente são proibidas de ter aves em casa
· Isento no Brasil
· Caracteriza o país como grande exportador de frango ou não
· Tivemos casos de Newcastle, mas assim que aparece, a vigilância já vai em cima para fazer controle de imediato
· Provocada por um Avulavirus (família Paramyxoviridae; Paramyxovirus aviário tipo 1), que é um vírus RNA
RNAses quando coleta, podendo dar falso negativo
· Doença aguda altamente infecciosa
· Costuma ser inaparente a severa
Clínica discreta a baixa
· 9 sorotipos descritos
Cada um com comportamento diferente de outro
· Se houver uma ave positiva, todas as aves devem ser eutanasiadas
· Sensível a formol, fenol, tintura de iodo, pH extremo e agentes oxidantes
· Répteis podem ser hospedeiro, principalmente serpentes
Patotipos
Baseado nos sinais clínicos. 
Não posso declarar o patotipo apenas por observação de sinais clínicos. São aplicados apenas em laboratórios.
· Viscerotrópica velogênica
Tropismos por vísceras e velocidade de evolução relativamente grande. Essa é a forma mais agressiva que vamos ter.
· Aguda e letal em todas as idades
· Lesões hemorrágicas no trato digestivo
· Morbidade e mortalidade de 100%
Evolução: as vezes de 24-48h para o animal morrer
· Neurotrópica velogênica
Tropismo pelo sistema neurológico
· Aguda e letal em todas as idades
· Sinais neurológicos e respiratórios graves
· Morbidade e mortalidade de 100%
Evolução: as vezes de 24-48h para o animal morrer
· Mesogênico
· Infecção menos patogênica
· Repentina depressão das aves, menores sinais respiratórios graves
· Manifestações nervosas em até 25% das aves
· Poder afetar postura
· Lentogênico
· Infecções brandas ou inaparentes de trato respiratório
· São usadas em vacinas
Não pode ser utilizada em aves pet porque elas podem adoecer. São cepas diferentes, então a seleção é diferente. Utilizada em Galliformes.
· Entérica assintomática
· Sinais intestinais apatogênicos
Transmissão
· Movimentação de aves vivas
· Vetores mecânicos (cães, gatos (carregando carcaças), roedores e vetores)
· Pessoas
· Aerossóis
· Equipamentos
· Contaminação aerógena
· Alimento, água ou vacina contaminados
· Tempo de incubação é de 2-15 dias
· Para transportar animais, devem ser quarentemados
Patogenia e sintomatologia
· Respiratórios (dispneia e engasgos), cianose
· Circulatórios
· Gastrointestinais (diarreia verde amarelada, dilatação de papo)
· Espasmos musculares
· Queda da postura de 40-100%
· Exsudato muco fibrinoso a muco espumoso na faringe
· Paralisia uni ou bilateral
· Torcicolo, ataxia, movimentos circulares, aleatórios de cabeça, pescoço e asas
Diagnóstico
Nenhum sinal clínico é patagnomônico, apenas sugestivo.
· PCR (padrão ouro)
· Inoculação em ovo embrionado
· Sorologia (não diferencia vacina ou sorotipo)
Material a ser coletado é trato digestivo, respiratório, fezes, swab de cloaca e traqueia. Refrigerar e adicionar antibiótico (atrasar a proliferação bacteriana porque pode atrapalhar no diagnóstico) em solução salina tamponada PBS 7-7,4
Tratamento
Não existe.
Indicado eutanásia e notificação obrigatória.
A área deve ser isolada, todos os animaisda região são eutanasiados e incinerados, os animais em raio de alguns km são monitorados, as pessoas não podem sair do local e a exportação de frango para no país inteiro.
Animais morrem por anarcose (desmaiam e depois morrem, de forma indolor). Essa espuma ainda contém antisséptico, para evitar que partículas virais subam e infectem o entorno. 
Prevenção
· Vacinação obrigatória
· Abate sanitário de animais infectados
· Quarentena
· Impedir animais visitantes
Influenza aviaria (gripe)
· Grande importância para avicultura e humana
· Notificação obrigatória
· Influenzavirus
· Baixa (respiratória branca) ou alta (peste aviária) patogenicidade
· H5N1, H9N2, H7N7 e H7N2
· Influenza tipo A
· Acomete aves, suínos, primatas (humanos), equídeos, mamíferos marinhos
· Aves aquáticas são os principais reservatórios
· Exótica de notificação obrigatória
· Zoonose
Transmissão
· Secreção
· Aerossóis
· Fezes
Patogenia e sintomatologia
Variável
· Moderada inflamação da traqueia, seios nasais e conjuntiva
· Regressão do ovário e involução do oviduto
· Congestões
· Hemorragias
· Lesões necróticas são descritas
· Exsudato fibrinoso em pericárdio, celoma e oviduto
Sintomatologia variável
· Penas arrepiadas
· Ovos frágeis
· Depressão
· Perda de apetidade
· Cianose
· Edema de extremidades
· Diarreia
· Descarga nasal sanguinolenta
· Incoordenação
· Petéquias
· Dispneia
· Óbito
Pode ser de maneira rápida ou lenta
Diagnóstico
· Inoculação em ovos embrionados
· Microscopia eletrônica
· PCR
Coletar swab de trato respiratório, coana e cloaca, sangue, fezes,
· Teste de hemoaglutinação
Tratamento
Não é feito. Eutanásia da mesma forma da doença de Newcastle.
Prevenção
· Evitar animais visitantes
Existe monitoramento de animais migratórios. São capturados e testados.
· Controlar funcionários
· Quarentena
· Vacina
Tem para humanos, mas para aves não. Têm pesquisas sendo feitas, porém nada confirmado ainda.
19/11/2020
Candidiase aviária
· Lesões relacionados a animais imunossuprimidos e filhotes
· Adultos: lesões mais penetrantes
· Filhotes: lesões mais superficiais
· Agente oportunista
· Relacionado à má higiene, geralmente com filhotes ainda alimentados com papinha
Transmissão
· Contato direto
· Falta de higiene (sondas mal higienizadas)
· Beijo na boca dos animais
· Papinhas preparadas há muito tempo ou malconservadas
Devem ser preparadas na hora
Patogenia e sintomatologia
· Placas branco amareladas em cavidade oral, língua e inglúvio
· Estase de inglúvio
Principalmente relacionado a papinha. Alguns animais chegam convulcionando por causa da hipoglicemia. Nesses casos não adianta adm glicose via oral, já que ela vai parar no inglúvio como o resto dos alimentos. Adm IV
· Disfagia
Dor ao se alimentar
· Regurgitação
· Em raros casos pode acometer trato respiratório ou levar a candidemia
Candidemia = sepse por cândida
Alguns animais desenvolvem cândida pela ingestão de fibra sintética. Nesse caso, o fungo fica depositado entre as cordas, que devem ser removidas cirurgicamente.
Diagnóstico
· Terapêutico (estase de inglúvio)
No caso de filhotes. Resposta muito rápida
· Citologia
Leveduras presentes no conteúdo
· Cultura
Demora e pode complicar o caso
Tratamento
· Nistatina
Antifúngico VO. Não é absorvível, então não tem muito problema em adm um pouco mais que a dose terapêutica. Ela impede proliferação da levedura, mas como não tem ação sistêmica, não tem efeito sobre ela se não passar por cima da lesão.
· Lavagem de ingluvio
Em casos de estase de ingluvio. Devemos aspirar tudo. Filhotes têm dificuldade de regurgitar porque seu ingluvio dilata muito. Jogar solução fisiológica morna e aspirar até sair transparente. Depois disso, sondar, passar nistatina e esperar de 10-15 minutos (no caso do paciente estabilizado). Logo em seguida, passar uma papinha bem diluída. Ir concentrando cada vez mais a papinha, ao longo do dia, até chegar na concentração recomendada para o tamanho do animal.
Prevenção
· Higiene
· Preparar papinhas no momento da utilização
Aspergilose aviaria
· Aspergillus fumigatus, A. flavus e A. niger
· Acomete principalmente rapinantes, anatídeos, pinguins e outras aves marinhas
· Distribuição mundial e presente em todos os ambientes
· Oportunista
· Estresse desencadeia infecção
· Acontece principalmente em sacos aéreos
· Acomete humano com imunodepressão severa
Transmissão
· Contaminação ambiental (avaliar o ambiente)
· Dificilmente um individuo passa para o outro, não sendo necessária a separação dos indivíduos
Patogenia e sintomatologia
· Formação de aspergulomas principalmente no trato respiratório
Acumulando placas de fibrina em cima dos aspergilomas. Costuma haver vascularização por cima disso. Isso vai gerando espessamento do saco aéreo.
· Traqueia e siringe
· Pulmão
Muito difícil de avaliar porque as vezes se encontra no parênquima, então não da pra ver em videolaparo
· Sacos aéreos
· Lesões hepáticas
· Dispneia
Depende do local que se encontra. Na siringe faz clínica rápido, mas no saco aéreo inferior, demora
· Biliverdinúria
Toxina do fungo vai lesionar o fígado
Diagnóstico
· Galatomanana
Dosando no sangue. É um componente da parede dos Aspergilus. Não é muito confiável (30% de eficácia) para aves
· PCR
Depende da forma que vai ser utilizado. Deve-se pegar material do aspergiloma, se não, não funciona bem.
· Videolaparoscopia (padrão ouro)
Entro no saco aéreo e consigo procurar os aspergilomas. Pode também ser utilizado para aplicar as medicações direto no aspergiloma.
Tratamento
· Inibidores de quitina
Lufenuron VO. Sensibiliza o fungo, mas não mata
· Antifúngico
· Itraconazol
Eficácia de 30% (baixa)
· Posaconazol
· Anfotericina B Lipossomal
· Caspifungina
· Voriconazol
Eficácia alta (70%). Caro (1500 por caixa), mas dura 4 meses.
· Isovuconazole
Ainda não tem no Brasil. Tem a mesma estabilidade e mesma eficácia do voriconazol, mas é mais barato.
· Nebulização com terbinafina.
Prevenção
· Evitar estresse
· Higiene
· Boa circulação de ar
· Tratamento preventivo
Não é tão eficaz

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