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Prof. Diego Nieto @profdiegonieto diegonieto84@gmail.com Trabalhador Avulso: Decreto 3048/99, art. 9, VI, “avulso é aquele que, ✓ sindicalizado ou não, ✓presta serviços de natureza urbana ou rural, ✓ sem vínculo empregatício, ✓a diversas empresas, ✓ com intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do órgão gestor de mão de obra.” OBS: Não confundir com o trabalhador eventual que só tem direito ao preço e retorno pactuado para prestação do serviço, enquanto o Avulso é equiparado aos trabalhadores com vínculo empregatício (art. 7, XXXIV, CF). Exemplos clássicos: ✓ estivadores; ✓ trabalhadores em alvarengas (embarcação); ✓ conferentes de carga e descarga; ✓ consertadores de carga e descarga; ✓vigias portuários; ✓amarradores; ✓ trabalhadores avulsos do serviço de bloco; ✓ensacadores de café, cacau, sal e similares; ✓arrumadores Trab. Avulso Sind. Ou OGMO Tomador do Serviço Regulações/Deveres: Lei 12023/09 regula a atividade dos avulsos. Art. 5o São deveres do sindicato intermediador: I – divulgar amplamente as escalas de trabalho dos avulsos, com a observância do rodízio entre os trabalhadores; II – proporcionar equilíbrio na distribuição das equipes e funções, visando à remuneração em igualdade de condições de trabalho para todos e a efetiva participação dos trabalhadores não sindicalizados; III – repassar aos respectivos beneficiários, no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas úteis, contadas a partir do seu arrecadamento, os valores devidos e pagos pelos tomadores do serviço, relativos à remuneração do trabalhador avulso; IV – exibir para os tomadores da mão de obra avulsa e para as fiscalizações competentes os documentos que comprovem o efetivo pagamento das remunerações devidas aos trabalhadores avulsos; V – zelar pela observância das normas de segurança, higiene e saúde no trabalho; VI – firmar Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho para normatização das condições de trabalho. § 1o Em caso de descumprimento do disposto no inciso III deste artigo, serão responsáveis, pessoal e SOLIDARIAMENTE, os dirigentes da entidade sindical. Trab. Avulso Sind. Ou OGMO Tomador do Serviço Regulações/Deveres: Art. 6o São deveres do tomador de serviços: I – pagar ao sindicato os valores devidos pelos serviços prestados ou dias trabalhados, acrescidos dos percentuais relativos a repouso remunerado, 13o salário e férias acrescidas de 1/3 (um terço), para viabilizar o pagamento do trabalhador avulso, bem como os percentuais referentes aos adicionais extraordinários e noturnos; II – efetuar o pagamento a que se refere o inciso I, no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas úteis, contadas a partir do encerramento do trabalho requisitado; III – recolher os valores devidos ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, acrescido dos percentuais relativos ao 13o salário, férias, encargos fiscais, sociais e previdenciários, observando o prazo legal. Art. 8o As empresas tomadoras do trabalho avulso respondem SOLIDARIAMENTE pela efetiva remuneração do trabalho contratado e são responsáveis pelo recolhimento dos encargos fiscais e sociais, bem como das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social, no limite do uso que fizerem do trabalho avulso intermediado pelo sindicato. Art. 9o As empresas tomadoras do trabalho avulso são responsáveis pelo fornecimento dos Equipamentos de Proteção Individual e por zelar pelo cumprimento das normas de segurança no trabalho. Trab. Avulso Sind. Ou OGMO Tomador do Serviço Terceirização: A referência jurídica em matéria dessa assunto ficava a cargo da doutrina e da Súmula 331 do TST . Agora com a Reforma Trabalhista (Leis 13429/17 e 13467/17) o instituto passa a ser regido por essas referências, ao alterar a lei do trabalho temporário (6019/74). Art. 4o-A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. § 1o A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. § 2o Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante Tomadora do serviço Prestadora do serviço Trabalhador Prestadora: Art. 4o-B. São requisitos para o funcionamento da empresa de prestação de serviços a terceiros: I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); II - registro na Junta Comercial; III - capital social compatível com o número de empregados, observando-se os seguintes parâmetros: a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ 10.000,00 (dez mil reais); b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais); c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital mínimo de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais); d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais); e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). Tomadora do serviço Prestadora do serviço Trabalhador Súmula 331: Análise por conta da discussão de (in)constitucionalidade do art. 702, f, (alterado pela reforma) – ADC 62 no STF. I- “A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei n. 6019/74)” II- “A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, CF/88)” III- “Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei 7102/83) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.” IV- “O Inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade SUBSIDIÁRIA do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial.” Quanto a questão de responsabilidade por acidente de trabalho a jurisprudência por razões de responsabilidade civil (art. 932, III, 933 e 942 do CC) vem atribuindo RESP. SOLIDÁRIA para tomadora (Enunciado 44 da 1ª Jornada de Dir. Material e Processual do Trabalho). OJ – 383 SDI-!1TST - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com ente da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica do art. 12, “a”, da Lei nº 6.019, de 03.01.1974. Súmula 331: V- “Os entes integrantes da administração pública direta e indireta respondem SUBSIDIARIAMENTE, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n. 8666/93, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. VI-“A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.” STF – ADC 16 reconheceu a constitucionalidade desse dispositivo da Lei de Licitações. Portanto a interpretação deve seguir a análise caso a casoquanto a fiscalização pelo Poder Público do cumprimento das obrigações da contratada. Trabalho Temporário: Art. 2... é aquele prestado por ✓pessoa física ✓contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, ✓para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. § 1o É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei. § 2o Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal. Tomadora de serviço Empresa de Trabalho temporário Trabalhador temporário Ex: Férias, licenças Ex: Acúmulo extraordinário de Natal Empresa de Trabalho Temporário (ETT): Art. 4o Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente. Art. 6o São requisitos para funcionamento e registro da empresa de trabalho temporário no Ministério do Trabalho: I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), do Ministério da Fazenda; II - prova do competente registro na Junta Comercial da localidade em que tenha sede; III - prova de possuir capital social de, no mínimo, R$ 100.000,00 (cem mil reais). OBS: A empresa de trabalho temporário que estiver funcionando na data da vigência desta Lei terá o prazo de noventa dias para o atendimento das exigências (art. 7), sob pena de seu funcionamento suspenso, por ato do Diretor Geral do Departamento Nacional de Mão-de-Obra, cabendo recurso ao Ministro de Estado, no prazo de dez dias, a contar da publicação do ato no Diário Oficial da União (§ único). Tomadora de serviço Empresa de Trabalho temporário Trabalhador temporário Sobre o Contrato (ETT): Art. 9o O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços e conterá: I - qualificação das partes; II - motivo justificador da demanda de trabalho temporário; III - prazo da prestação de serviços; IV - valor da prestação de serviços; V - disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador, independentemente do local de realização do trabalho. § 1o É responsabilidade da empresa contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, QUANDO O TRABALHO FOR REALIZADO EM SUAS DEPENDÊNCIAS OU EM LOCAL POR ELA DESIGNADO. § 2o A contratante estenderá ao trabalhador da empresa de trabalho temporário o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, EXISTENTE NAS DEPENDÊNCIAS DA CONTRATANTE, OU LOCAL POR ELA DESIGNADO. Sobre o Contrato (trabalhador): Art. 11: ✓escrito ✓e dele deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei. Outros Detalhes : Art. 10, parágrafos... ✓Não pode mais 180 dias, consecutivos ou não, com o mesmo empregador (§1º) ✓Prorrogação por até noventa dias, consecutivos ou não, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram (§2º) ✓Não existe contrato de experiência do § único do art. 445 da CLT - até 90 dias – (§4º) ✓Quem usar os prazos dos 180 + 90, só pode fazer novo contrato com a mesma tomadora após 90 dias (§5º), sob pena de vínculo de emprego com a tomadora (§6º). ✓A contratante (tomadora) é responsável SUBSDIARIAMENTE pelas obrigações trabalhistas no período (§7º) Art. 16 - No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei. Direitos desses trabalhadores: Iguais aos outros trabalhadores, com destaque (art. 12): ✓ indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido (alínea f); ✓seguro contra acidente do trabalho (alínea g) § 1º - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social do trabalhador sua condição de temporário. § 2º - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um assalariado posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, para efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a prestação do trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho temporário. Essa indenização 1/12 avos do pagamento recebido não afeta os depósitos e liberação do valor em depósito de FGTS, mas para o fim do contrato pelo decurso natural do tempo não dá direito à multa dos 40%. Proibições à Empresa de Trabalho Temporário (ETT): ✓contratação de estrangeiros com visto provisório de permanência no País. (art. 17) ✓cobrar do trabalhador qualquer importância, mesmo a título de mediação, podendo apenas efetuar os descontos previstos em Lei. (art. 18) Tomadora de serviço Empresa de Trabalho temporário Trabalhador temporário § único art. 18 – cancelamento do registro de funcionamento, sem prejuízo das sanções administrativas e penais cabíveis. (FGV/OAB VIII Exame) Segundo expressa previsão em nossa ordem jurídica, assinale a afirmativa que indica o trabalhador que possui igualdade de direitos com os que têm vínculo empregatício permanente. A) Trabalhador doméstico. B) Trabalhador voluntário. C) Trabalhador avulso. D) Trabalhador eventual. Letra C – art. 7, XXXIV, CF (FGV/OAB XIII Exame) ABC Manutenção e Limpeza manteve contrato de fornecimento de mão de obra de limpeza com Aeroportos Brasileiros, empresa pública federal. Por ocasião da ruptura do contrato entre as empresas, Paulo, funcionário da ABC Manutenção e Limpeza, e que prestava serviços para Aeroportos Brasileiros, foi dispensado sem receber as verbas rescisórias. Ajuizou ação trabalhista em face de ambas as empresas, sendo a empregadora revel. A tomadora dos serviços apresentou defesa com robusta documentação, demonstrando a efetiva fiscalização do cumprimento do contrato e de aspectos legais, sendo certo que o contrato foi cancelado justamente em razão desta fiscalização. Diante deste caso, assinale a afirmativa correta. A) A empresa pública federal responde solidariamente por força da terceirização. B) A empresa pública federal responde subsidiariamente por força da terceirização, haja vista o inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do empregador. C) A empresa pública federal é parte ilegítima para figurar no polo passivo da demanda porque não tem vínculo de emprego com Paulo. D) A empresa pública federal não responde pelo inadimplemento das verbas trabalhistas porque sua responsabilidade não decorre do simples inadimplemento contratual, tendo ficado provado, no caso, que houve efetiva fiscalização por parte da tomadora dos serviços. Letra D – ADC 16 e S. 331, V, TST
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