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1 Reações inflamatórias e imunes ao biofilme que causam lesão, são predominantes na gengivite e periodontite; doenças imuno-inflamatórias; Não é toda gengivite que produz para uma periodontite e nem toda periodontite progride; Biofilme acumulado pode reagir de formas diferentes, dependendo de doenças sistêmicas, hábitos do indivíduo, fatores hormonais; Indivíduos podem ser colonizados periodicamente por patógenos periodontais e não desenvolver doença periodontal, tudo depende das interações entre o hospedeiro e o microrganismo. Proteção contra o ataque de microrganismos patógenos periodontos → resposta imune causando eliminação dos patógenos, evitando a invasão dos tecidos periodontais. Efeitos destrutivos → a resposta imune pode causar dano tecidual e as suas células, podendo se estender a níveis mais profundos do tecido conjuntivo, fazendo com que a inserção (amolecimento) seja comprometida, junto com a destruição osso alveolar. Gengiva saudável: • Biofilme em equilíbrio; • Epitélio oral continuo com o juncional, aderido ao dente; • Permeabilidade do epitélio juncional; • Tecido conjuntivo altamente vascularizado → nutrientes e células de defesa; • Migração contínua de neutrófilos; • Presença discreta de macrófagos e linfócitos. Nem toda gengivite progride para uma periodontite. Nem toda periodontite é uma doença progressiva. Enzimas: colagenase, hialuronidase, codroitina sulfatase, etc. irão produzir metabólitos citotóxicos como indol, aminas, amônia, compostos sulfurados voláteis, que, por conseguinte irão provocar uma agressão direta nas células do hospedeiro → agressão direta; Constituintes microbianos (ex.: LPS) irão estimular resposta imune inata e adaptativa → agressão indireta 2 Esses fatores irão contribuir para: colonização e multiplicação bacteriana em regiões subgengivais, escapar da defesa imune; induzir dano tecidual e, em alguns casos, invadir os tecidos. Favorecimento da colonização e multiplicação: Adesinas > coagregação; impede remoção pelo FCG; interage com receptores específicos na superfície radicular ou células epiteliais gengivais; Complexo vermelho: aderem tanto ao dente quanto ao epitélio da bolsa periodontal. Bactérias Gram-negativas: Fimbrias → adesão ao dente e componentes da matriz extracelular; Proteínas autotransportadoras (Aae): adesão às células epiteliais. Na P. gingivalis há dois tipos de fimbrias, a FimA – adere ao epitélio e matriz extracelular; MfaI – presente nas gram-positivas. como succinato da Capnocytophaga ochracea e proto-hemina da Campylobacter rectus. Produção de moléculas antibacterianas: Produção de moléculas antagônicas contra microrganismos competidores vizinhos; Bacteriocinas: permeabilidade celular da bactéria competidora; Peróxido de Hidrogênio: tóxico produzido em sua maioria por colonizadores primários. Evasão às defesas do hospedeiro Leucotoxinas: A. actinomycetemcomitans: leucotoxina LtxA → lise de neutrófilos, monócitos e linfócitos; Cepas especificas desse microrganismo possuem poder superprodutor de leucotoxinas → periodontite agressiva; Gingipaínas: Possui papel importante na adesão, indução de dano tecidual e evasão. P. gingivalis > cisteíno-proteases – Lisina-X (causa proteólise > nutrição); Arginina-X – inativação do sistema complemento; inativação de peptídeos antimicrobianos; degradação de citocinas e colágeno e de inibidores de proteases que são produzidos pelo hospedeiro. Cápsula: P. gimgivalis > proteção contra fagocitose através do mascaramento de moléculas necessárias para a ligação dos fagócitos às bactérias. P. gengivais, Aa e T. forshytia se internalizam em células não fagocíticas, então, seria possível que após o tratamento haveriam reservatórios intracelulares desses microrganismos em células do hospedeiro? Indução de dano tecidual Proteases → cataboliza moléculas de células do hospedeiro para obtenção de nutrientes, causando o desenvolvimento de cadeias alimentares Cadeia alimentar e sinergismo patogênico: P. gingivalis tem atividade hemolítica, obtendo a hemina do ferro, através da quebra da hemoglobina do hospedeiro; No sinergismo, o crescimento da P. gingivalis é reforçado por subprodutos de outros microrganismos, 3 Enzimas proteolíticas: Enzimas que causam danos diretos ao tecido periodontal (degradação de proteínas do Tc e osso alveolar; prejudicam a integridade tecidual facilitando entrada de bactérias e toxinas) → P. gingivalis: + 40 proteases; Metabólitos bacterianos citotóxicos: Aumentam a permeabilidade do epitélio do sulco gengival e reduzem a síntese local de proteínas; Ácido butírico e propiônico: provenientes do metabolismo sacarolítico. Endotoxina: Lps de gram-negativas → inicia e sustenta respostas inflamatórias no tecido periodontal; Reconhecimento do LPS pelo TLR → estimula a produção de citocinas e mediadores da inflamação → aumento da permeabilidade vascular → aumento da quimiotaxia para leucócitos. Capacidade de invasão dos tecidos periodontais Aa: crateras na superfície de células não fagocíticas → internalização por vacúolos → cresce dentro da célula → disseminação para células vizinhas. - Pode acontecer na GUN: migração pelo FCG e invasão do tc gengival por espiroquetas. - Os que não conseguem invadir os tecidos conseguem causar danos através da penetração dos seus antígenos e produtos (toxinas, metabólitos, enzimas histolíticas). Primeira defesa do hospedeiro no sulco gengival saudável. Barreiras: Epitélio bucal/sulcular: Produção de peptídeos antimicrobianos; Expressão de TLR (receptores de reconhecimento de padrões) > reconhecimento de PAMPs > secreção de citocinas pró-inflamatórias (IL-1B – IL-8) e moléculas de adesão celular; FCG e saliva; Limpeza mecânica, lisozima, glicoproteínas (lactoferrina), peptídeos antimicrobianos (defensinas), proteínas do complemento (C3, C4, C5), leucócitos. O biofilme dentário acumulado provoca uma estimulação crônica e continua dos TLR, fazendo com que haja expressão aumentada de mediadores pró-inflamatórios, causando assim dano tecidual. Inflamação calor, rubor, tumor, dor (pouco frequente). O acúmulo de biofilme causa resposta inflamatória que causara mudanças ambientais no loca, fazendo com que o ambiente fique mais propício ao crescimento de gram-negativas anaeróbias e proteolíticas. Acúmulo continuado do biofilme e do processo inflamatório causa: 1 – Reorganização do biofilme dentário com população de bactérias mais patogênicas (sucessão); 2 – Penetração das bactérias + produtos no epitélio sulcular. POTENTE RESPOSTA INFLAMATÓRIA: Perda de inserção do tc ao dente, reabsorção do osso alveolar e bolsa periodontal mais profunda. Streptococcus spp: induz produção de peptídeos antimicrobianos mas não de citocinas próinflamatórias; Complexo laranja: induz produção de peptídeos antimicrobianos e forte produção de citocinas próinflamatórias (IL-8); Complexo vermelho: evasão dos mecanismos de defesa. 4 Mecanismos da reposta imune inata são suplementados pela reposta adaptativa. Periodontite Plasmócitos e LB em grande quantidade; LT em menor quantidade, sendo o helper em maior proporção do que o citotóxico (atua contra vírus e tumores). Níveis de IgG e FCG aumentados na doença humoral Produção local e periférica de anticorpos Resposta humoral no tecido periodontal: Anticorpos produzidos → linfócitos específicos para bactérias periodontopatogênicas vão para o periodonto, indo para seu interior, onde se dá inicio a resposta imune → LB e L especificas proliferam nos nódulos linfáticos e penetram na correntesanguínea. Respondem a sinais de células inflamatórias; – Osteoclastos; – Citocinas pró-inflamatórias: – Indução da osteoclastogênese; – Citocinas pré-inflamatórias: inibição da osteoclastogênese. Regulação do sistema RANK-RANKL-OPG ➢ RANKL + RANK: Diferenciação de pré osteoclastos em osteoclastos; Ativação dos osteoclastos maduros; Inibição da apoptose dos osteoclastos maduros. ➢ OPG + RANKL: OPG impede ligação RANKL + RANK; Diminuição da formação de osteoclastos; Menor ativação dos osteoclastos maduros; Maior apoptose de osteoclastos maduros. Reabsorção óssea diminuída. Protetora: eliminação dos patógenos e reparo; produção suficiente de anticorpos protetores; secreção de citocinas inflamatórias reguladoras e reparadoras. Destrutiva: Agressão indireta; progressão da doença (destruião do tc e reabsorção óssea); produção INSUFICIENTE de anticorpos protetores; secreção de autoanticorpos e secreção intensa de citocinas próinflamatórias. Estágio I: lesão inicial 2-4 dias: acúmulo de biofilme - Gengiva sadia clinicamente - Microscopicamente: presença de neutrófilos na porção coronária do epitélio juncional; porção mais coronária do tc: vasodilatação; aumento da permeabilidade vascular. Discreto infiltrado inflamatório com neutrófilos, macrófagos e poucos linfócitos, além de discreta perda de colágeno - Aumento do fluxo de FCG. Estágio II: lesão precoce Cerca de 7 dias de acúmulo - Clinicamente uma gengivite leve com sangramento e eritema discretos; - Microscopicamente: aumento da migração de neutrófilos; proliferação dos epitélios juncional e sulcular; reação inflamatória crônica no tc subjacente ao juncional; - Aumento de vasos dilatados; maior infiltrado inflamatório (neutrófilos, aumento de linfócitos, macrófagos e poucos plasmócitos; aumento da degradação de colágeno. 5 Estágio III: lesão estabelecida Cerca de 2-3 semanas de acúmulo - Clinicamente gengivite moderada à severa (aumento de tecido e rubor) - Microscopicamente possui aumento da migração de neutrófilos; proliferação dos epitélios sulcular e juncional; reação inflamatória no tc adjacente; intenso infiltrado linfoplasmocitário; aumento do número de plasmóctios e da perda de colágeno. Estágio IV: lesão avançada Pode surgir ou não Periodontite - Microscopicamente: migração apical do epitélio juncional; biofilme continua crescendo subgengivalmente; reação inflamatória extensa no tc adjacente > propagação lateral e apical: intenso infiltrado inflamatório (50% de plasmócitos); perda intensa de colágeno comprometimento do tecido ósseo.
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