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É a estimulação de contrações uterinas em paciente fora de trabalho de parto. Busca resolver gestação por indicação materna ou fetal além de reduzir morbimortalidade. Indicações • Síndromes hipertensivas (pré-eclampsia) • Amniorrexe prematura • Pós-datismo • Corioamnionite • Restrição de crescimento fetal • Aloimunização Rh Contra-indicações • Gestação múltipla • Placenta previa • Macrossomia fetal • Sofrimento fetal • Apresentações anomolas • Hidrocefalia • Malformações uterinas • Vicio pélvico • Infecção ativa por HPV, HIV • Cicatriz uterina anterior • CEC colo uterino O pós datismo pode gerar complicações maternas e fetais. Nas maternas cita-se lesão perineal grave, hemorragia pós-parto, parto cesariana. As complicações fetais incluem óbito fetal, síndrome de aspiração meconial, anoxia fetal e tocotraumatismo por macrossomia. Alguns fatores estão associados ao sucesso, como maturação cervical (principal), paridade, idade peso e altura maternos, e peso e idade gestacional do feto. A maturação cervical é um processo que modifica o colo uterino permitindo a passagem do feto. A estratégia inicial na indução do trabalho de parto quando o colo uterino é desfavorável. Esse procedimento não possui contra-indicação. É quantificado pelo índice de Bishop, sendo que os valores menores que 6 considera-se maturação cervical. Existem métodos para a maturação cervical, sendo mecânicos ou farmacológicos. Os farmacológicos são a prostaglandina E2 (dinoprostona) e prostaglandina E1 (misoprostol). Já os mecânicos são o balão, a laminária ou deslocamento de membranas. Métodos farmacológicos As prostaglandinas são indicadas nos seguintes casos: • Índice de Bishop <6 • Gestação única • IG > igual 34 semanas e PFE > igual a 1500g • Feto cefálico • Vitalidade fetal preservada • Ausência de vicio pélvico, sinais de desproporção cefalopelvica, cx uterina previa • Inserção placentária normal São contraindicadas quando: • Febre • Síndrome HELLP • Asma grave • Glaucoma • Alergia ou hipersensibilidade ao medicamento • Sangramento vaginal • Trabalho de parto O misoprostol (E1) é um análogo sintético da PGE1, tendo menor custo e armazenado em temperatura ambiente. Seu mecanismo de ação é promover mudanças bioquímicas no colo que favorecem o encurtamento e dilatação. Possui como efeitos colaterais: febre, náuseas, vômitos, diarreia, taquissistolia. Antes da sua utilização deve-se avaliar a vitalidade fetal CTG por 30 min e PBF; amnioscopia se possível para descartar mecônio. A dinoprostona é analago da PGE2 e é utilizada via vaginal (pessário). É mantido por 24h com a bolsa integra. Sua utilização é igual a do misoprostol (avaliar vitalidade fetal). Seu armazenamento é no freezer. Deve-se fazer o toque a cada 6 horas. Se o Bishop > 6 e sem contrações deve-se adm ocitocina (30 min após retirada). Bishop < igual a 6 deve-se aguarda no máximo 24h. o pessario deve ser removido se houver inicio do trabalho de parto, hiperestimulação uterina ou contrações uterinas hipertônicas, sofrimento fetal, náuseas, vômitos, hipotensão, e taquicardia ou após 24 horas independente de ter atingido ou não a maturação cervical. Métodos mecânicos Mecanismo de ação similares e envolve a liberação de prostaglandinas. Os principais risco são infecção, sangramento, rotura de membrana e descolamento de placenta. • Dilatadores osmóticos (laminárias): material hidrofílico que absorve água, aumentando espessura e promovendo dilatação • Cateter balão de foley transcervical • Descolamento digital de membranas O balão de dilatação cervical exerce compressão mecânica no colo, promovendo encurtamento e dilatação ao mesmo tempo em que pode auxiliar o descolamento de membranas e liberar prostaglandinas localmente. É indicado para indução do TP em gestante com cesárea previa e bolsa integra, e contraindicado em placenta de inserção baixa. Seus efeitos colaterais incluem desconforto, infecção (sem diferença em relação a prostaglandinas). Ocitocina Visa promover contrações uterina, sendo um hormônio sintetizado no hipotálamo e liberado de forma pulsátil pela hipófise anterior. É administrada via endovenosa (preferencialmente bomba de infusão) e pode ser usada para continuidade da indução após preparo com os métodos anteriores ou como método de indução isoladamente. É contraindicada para a vitalidade fetal não tranquilizadora quando há contra-indicação de parto vaginal. Os efeitos colaterais incluem: hiperestimulação uterina (taquissistolia → Suspender a medicação); hiponatremia; hipotensão e rotura uterina. Precauções Deve-se avaliar e documentar no prontuário antes de iniciar a indução: • Indicação da indução e ausência de contraindicação • Confirmação da idade gestacional • Confirmação da apresentação cefálica • Adequação pélvica • Condições cervicais pelo escore de Bishop • Estado das membranas • Atividade uterina • Batimentos cardiofetais e cardiotocografia basal • Potenciais risco da indução Durante a indução deve-se monitorar a frequência cardíaca fetal e contações uterinas a cada 15-30 minutos durante todo o processo de indução. Dê preferência, a disponibilidade de bomba de infusão para o uso de ocitocina. Deve-se providenciar um agente tocolitico disponível para o uso nas alterações de contratilidade uterina. Complicações: • Aumento da incidência de parto vaginal operatório e cesariana • Alterações da contratilidade uterina • Anormalidades da frequência cardíaca fetal • Síndrome de hiperestimulação • Rotura uterina • Prematuridade devido a estimativa inadequada da IG • Possível prolapso ou compressão de cordão quando se usa a rotura artificial de membranas
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