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Natureza dos fármacos: 1. Agonistas (ativador): fármacos que se liga ao receptor do alvo farmacológico provocando um efeito; 2. Antagonistas (inibidor): fármacos que se ligam ao receptor bloqueando o efeito dos agonistas, não ocorrendo ou reduzindo resposta/efeito. Ex.: atropina que reduz os efeitos colaterais do Imizol no organismo. Natureza Física dos Fármacos: sólidos (comprimidos, cápsulas, pós etc.) geralmente são mais estáveis; semi-sólidas (pomadas, gel, cremes, pastas) são de uso tópico; líquidas (gotas, xaropes, suspensões etc.) administração mais fácil. Tamanho dos fármacos: muito pequeno (peso molecular 7) e muito grande (peso molecular 59.050), sendo a maioria com PM entre 100 e 1000. Reatividade de fármacos e ligações fármaco-receptor: interação por meio de ligações ou forças químicas. 1. Ligação Covalente: compartilhamento de elétrons. Não é indicada por ser muito forte (a ligação se mantém por mais tempo do que necessário, que seria o período do tratamento). 2. Ligação eletroestática (iônica): mais comum de serem utilizadas nas interações fármaco-receptores. 3. Ligação hidrofóbicas: ligações onde os compostos apolares, ou seja sem afinidade com a água, vão sofrer a consequência dos apolares. Em geral são muito fracas, mas importantes para interações entre fármacos com alta lipossolubilidade e lipídeos das membranas celulares. Permeação: pode ocorrer por algumas formas como: 1. Difusão aquosa: ocorre a partir do espaço intersticial do epitélio de tecidos, vasos etc. 2. Difusão lipídica: fator limitante, mas importante para permeabilização do fármaco (membrana celular) - ligações hidrofóbicas; 3. Portadoras especiais: facilitam o transporte por meio de transporte ativo ou difusão facilitada porém de forma seletiva, saturadas e passíveis de inibição. 4. Endocitose: processo de entrada de partículas maiores na célula pela invaginação da membrana celular sendo chamada de fagocitose quando a partícula é sólida e de pinocitose quando é liquida. 5. Exocitose: processo de saída de partículas maiores na célula. Lei da difusão de Fick Tempo que a molécula demora para permeabilizar a membrana Fluxo (mol/tempo) = (C1 – C2) X (Área X Coeficiente de permeabilidade / Espessura) C1= concentração mais alta; C2= concentração mais baixa A carga eletrostática de uma molécula ionizada atrai dipolos de água e resulta em um complexo polar, relativamente hidrossolúvel e insolúvel em lipídeos. A ionização dos fármacos pode reduzir a sua capacidade de permear as membranas. Manipulação da excreção do fármaco pelo rim: excreção do excesso e reabsorção dos metabólitos aptos. Interação fármaco-corpo: Farmacocinética (o que seu corpo faz com o fármaco) X Farmacodinâmica (O que o fármaco faz no seu corpo). Princípios farmacodinâmicos: chave-fechadura; a ligação do fármaco é apenas o primeiro em uma sequência de passos. Tipos de interações fármaco-receptor 1. Fármacos agonistas ligam-se ao receptor e o ativam provocando um efeito de forma direta ou indireta; 2. Os antagonistas se ligando ao receptor previnem/ impedem a ligação de outra molécula. IMAGEM: 1. Curva A + C: Agonista + Ativador alostérico: o ativador alostérico vai produzir uma resposta/efeito potencializada do agonista; 2. Curva A isolado: o agonista sozinho produz uma resposta/efeito porém não potencializada. 3. Curva A + B: Agonista + Inibidor competitivo: o inibidor vai competir com o agonista. 4. Curva A + D: Agonista + Inibidor alostérico: O inibidor alostérico diminui a ação do agonista. Agonistas que inibem suas moléculas de ligação: fármacos agonistas que mimetizam agonistas endógenos (produzidos pelo corpo) para ampliar seus efeitos, aumentando o tempo de ação. Atividade Constitutiva: alguns receptores não necessitam de agonistas pois conseguem se ativar sozinhos. Receptores ativos. Agonista total: se liga a todos os receptores; resposta maior; Agonista parcial: não se liga a todos, mas a grande parte; resposta menor; Agonista inverso: apresenta afinidade por receptores inativos e provoca efeito oposto ao agonista. Duração da ação do fármaco: depende do tempo de ocupação do fármaco no receptor, a dissociação de ambos elimina o efeito automaticamente; há persistência caso haja uma molécula ativada. Ineficácia -- faixa terapêutica -- toxicidade Grupo de medicamentos Antibióticos, antifúngicos, antivirais; analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios; anticonvulsivantes, sedativos e hipnóticos; antiespasmódicos, antieméticos e anti-histamínicos; antiparasitários e anti-helmínticos; digitálicos; broncodilatadores e diuréticos; hormônios; vitaminas e ferro. Tipos de reações alérgicas Iatrogenia: malefícios causados pelo tratamento médico; • Efeitos colaterais de natureza irritativa: causadas por conservantes e estabilizantes; o Efeitos irritativos gastrointestinais: são os efeitos na mucosa gastrointestinal que se manifestam por dor abdominal queimação gástrica, náuseas, flatulência, hiporexia e diarreia. o Efeitos irritativos ao músculo: aplicação intramuscular que pode causar abscessos etc. • Efeitos colaterais de natureza alérgica: graves- choque anafilático, hemólise, edema de glote, nefrite, broncoespasmo etc. Leve- prurido, eritema, dermatite de contato etc. • Efeitos colaterais de natureza tóxica: depende da substância, da dose e da duração do tratamento. Superdosagem por erro de cálculo são comuns.