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AD1 GEOGRAFIA 1 2020 2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
Avaliação a distância (AD1) – 2020.2
Disciplina: GEOGRAFIA I				
Coordenador (a): EDUARDO PIMENTEL MENEZES
1 – De acordo com seus estudos sobre a Geografia, aborde:
a) O significado da Geografia. 2,5
Resposta: Os gregos foram os primeiros a utilizar a palavra geografia que etimologicamente significa “descrição da Terra”. Sua origem é na Antigüidade clássica. Alguns pensadores da Antigüidade privilegiaram a medição do espaço e a discussão da forma da Terra e muitos autores, embora não utilizassem o termo geografia, tratavam de questões geográficas, como foi o caso do filósofo Aristóteles, que tratou, por exemplo, da idéia de lugar em sua Física, da discussão homem-natureza em sua Política e ainda de descrições regionais em sua Meteorologia. Na Antiguidade, a Grécia fazia ponte entre o Ocidente e o Oriente, logo, necessitava de uma sistematização que suprisse as necessidades da sua época. Sendo assim, por conhecerem pouco o que havia além do seu círculo comercial, a Geografia limitava-se por descrever a Terra através da visão de mundo dos astrônomos e matemáticos pensadores da época.
b) As mudanças e os elementos responsáveis por tais mudanças. 2,5
Resposta: A curiosidade natural do Homem o levou a se aventurar, pela superfície da Terra, expandindo seu conhecimento e a necessidade de registros do que ele observava. Bastava então, descrever os obstáculos que dificultavam ou facilitavam as conquistas e a movimentação das pessoas. 	Era uma necessidade, da sociedade, observar o espaço sem qualquer aparato científico. Nessa época (Antigüidade Clássica), o pensamento grego mostrava a dificuldade de organizar um conteúdo variado. Assim, Eratóstenes, Hiparco e Ptolomeu, por exemplo, descreveram e representaram a forma como concebiam a Terra:
- Eratóstenes: acreditava que a Terra era esférica e tentou calcular a cinrcunferência da Terra medindo um arco entre Siena e Alexandria.
- Hiparco: foi o primeiro a utilizar-se das projeções nas cartas geográficas, dando continuidade aos estudos de Eratóstenes.
- Ptolomeu: descreveu a forma de projetar a esfera sobre o plano, definiu os paralelos e meridianos, construiu o primeiro mapa-múndi e o primeiro atlas e defendeu a idéia da Terra fixa como centro do sistema, teoria que ficou conhecida como Teoria geocêntrica.
	Os viajantes relatavam o espaço geográfico através do caminho percorrido por eles. Já os astrônomos descreviam a Terra conhecida da forma matemática como a concebiam.
	Logo, a Geografia surgida na Grécia era resultado dos relatos de viajantes ou dos estudos de matemáticos e astrônomos. Onde a preocupação era descrever o mundo conhecido por eles. Hoje, a descrição não atende mais aos interesses do homem. Existem conhecimentos mais amplos onde vemos que a organização dos espaços implica o conhecimento das relações sociais, políticas e ideológicas.
2 - Desenvolva a relação entre a Geografia, no período anterior a sua sistematização e os motivos e razões que a levaram galgar o posto de ciência sistematizada. (5,0) Capítulo 2.
Resposta: O período que antece a sistematização da Geografia, é marcado não só pela dispersão do conhecimento geográfico, mas também pela concepção estática da sociedade, ou seja, não levava em conta as tranformações sofridas pelo homem e as mudanças da natureza e da sociedade. A abordagem era descritiva e parecia haver, na interpretação dos lugares e povos, um certo imperativo da história natural sobre a história social, ou seja, a natureza, mesmo que em última instância, foi o que determinou o curso da História. 
		A sistematização do pensamento geográfico ocorreu no século XIX, em decorrência de um conjunto de fatores históricos associados ao processo de avanço do capitalismo e da evolução do pensamento, devido as novas filosofias e formas de interpretação do mundo. Isso ocorreu por meio de um conjunto de condições históricas tendo como pilar o processo de avanço do capitalismo. 
		A organização do saber geográfico teve como base Humboldt e Ritter, baseando-se nos princípios positivistas. Eles foram a chave para a cidadania acadêmica da Geografia. Ratzel e La Blanche são os fundadores e mais influentes autores da Geografia Tradicional. No conceito determinista, Ratzel trazia a visão de sociedade como um produto das condições naturais às quais estavam submetidas. Suas ideias tinham grande influência política, correlacionadas as circunstâncias históricas de uma Alemanha Imperialista. La Blanche, vivendo em uma época pós Revolução Francesa, fazia oposição às ideias de Ratzel, defendendo uma neutralidade científica. 
		Para La Blanche e seu conceito possibilista, o homem era um ser ativo, mas sua ação era entreposta nas circunstâncias da natureza. Tanto a visão de Ratzel quanto a de La Blache são visões a-históricas da sociedade, pois presumem que somente a natureza influencia o homem. Febvre quebra o paradigma ecologista da Geografia, aproximando-a da abordagem histórica. A superação da ótica ecologista foi de suma importância para começar a pensar na renovação crítica da Geografia. 
		No final do século XIX surgem as primeira sociedades geográficas que tinham como objetivo realizar e estimular expedições científicas e a sistematização dos dados coletados. Logo, um conjunto de mudanças sobre a percepção do mundo e à interpretação da socidade e da natureza começou a abordar com maior frequência os temas ligados à geografia, dando valor e legitimando-os.
		Alguns fatores contribuiram para a sistematização da geografia como: a expansão marítima européia e a ampliação do conhecimento do mundo; os inventários realizados por viajantes e cientistas, que reuniram uma série de descrições sobre diferentes lugares e suas principais características; o desenvolvimento do conhecimento técnico, em especial no campo da cartografia, o que facilitou a expansão marítima; e as mudanças na forma de pensar e interpretar o mundo, a sociedade, a natureza, que se fez presente, especialmente, na filosofia. 
		Com o advento da Geografia crítica o homem passou a ser considerado como elemento histórico através de abordagens mais críticas, havendo a ressignificação da região e do homem em sociedade. Esta renovação não se deu de forma natural e nem uniforme, passando por duas grandes vertentes: a Geografia quantitativa e a incorporação gradativa da abordagem materialista histórica. Estas vertentes abriram caminho para a renovação crítica que vai advir, de forma mais sistemática, a partir dos anos de 1970. A renovação crítica traz como pilar a postura crítica frente à leitura geográfica da sociedade. Refere-se a Geografia como um instrumento de mudança social, denunciando, a partir dela, as desigualdades socioespaciais. 
Referências Bibliográficas:
• MOREIRA, Constança Maria da Rocha. Geografia na educação 1. V. 1. Rio de Janeiro: Fundação: CECIERJ, 2013.p. 07-32.

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