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Aula 27 - Imunologia dos Transplantes 1 🧬 Aula 27 - Imunologia dos Transplantes Classe MDD II Criação Materiais Propriedade Revisado Tipo 3° Semestre Transplante É o processo de transferência de células, órgãos ou tecidos (enxertos) de um indivíduo (doador) para outro (receptor). Categoria dos transplantes Isogênico: entre indivíduos geneticamente idênticos. Alogênico: entre indivíduos de mesma espécie, mas geneticamente diferentes. Autólogo: transplante para o próprio indivíduo. Xenogênico: entre espécies difentes. Ex: porco e humano. Principais tipos de transplante Jun 14, 2021 807 PM Aula 27 - Imunologia dos Transplantes 2 Transplante de órgãos sólidos: rim, fígado, intestino, coração, pulmão, pâncreas. Transfusão sanguínea Transplante de células tronco hematopoiéticas. Categoria dos doadores Doadores vivos: rim, fígado, intestino, pele (ex: autotransplante), medula, sangue. Doadores cadavéricos com morte cerebral: coração, pulmão, pâncreas, córnea. Doadores cadavéricos com parada circulatória: menos frequente, menor sobrevida do transplante. Antígenos associados ao transplante (aloantígenos) São antígenos de histocompatibilidade menor, com uma menor influência na rejeição. Ex: antígenos de cromossomo Y em camundongos: transplante para fêmeas. Complexo principal de histocompatibilidade MHC são os principais antígenos associados ao transplante. São altamente polimórficos (mais de 5000 alelos diferentes) e tem uma expressão codominante. O MHC também é chamado de HLA. MHC Função: apresentação de peptídeos antigênicos MHCI linfócitos TCD4 MHCII linfócitos TCD8 Fundamental para a ativação de linfócitos T Aula 27 - Imunologia dos Transplantes 3 O MHC reconhece o antígeno e se liga então ao receptor de linfócito T TCR, apresentando esse antígeno para que a resposta imune seja desencadeada. Influência do MHC na rejeição Se o MHC do doador for do mesmo tipo do MHC do hospedeiro/receptor > Não haverá rejeição. Se o MHC do doador for diferente do MHC do receptor > Haverá rejeição. A sensibilização prévia com os antígenos, aumenta a velocidade de rejeição ao transplante. Quando o indivíduo já tinha tido entrado em contato com o MHC diferente (porém igual ao do transplante), a rejeição ocorre mais rapidamente, visto que o indivíduo já tinha sido sensibilizado, pois apresentava anticorpos e linfócitos para tal tecido/órgão. Quanto mais alelos de MHC incompatíveis temos, mais rápida é a rejeição e maior a chance. Reconhecimento de aloantígenos por linfócitos T Direto: A própria célula T reconhece o MHC como corpo estranho, por meio do seu receptor TCR, desencadeando assim a rejeição. Nesse caso, temos a ação principalmente do TCD8. Indireto: é apresentado um fragmento de MHC do doador, como forma de peptídeo para o TCR, desencadeando assim a rejeição. Nesse caso, é necessário todo um processo de fragmentação do MHC do doador, para que depois tenhamos o processo de rejeição. Temos principalmente a ação dos TCD4. Ativação de linfócitos T alorreativos Quando os linfócitos já reconheceram o antígeno estranho, eles vão para os órgãos alvo e lá ocorre a rejeição. Aula 27 - Imunologia dos Transplantes 4 Mecanismos de rejeição Rejeição hiperaguda Ocorrência: minutos ou horas. Mediada por anticorpos pré-existentes IgG gravidez, transfusão, transplante anterior. Temos a atividade do sistema complemento, levando ao dano endotelial, inflamação e trombose. Rejeição aguda mediada por linfócitos T Ocorrência: dias e semanas. Linfócitos TCD4 Th1 e Th17 + TCD8. Dano celular parenquimal, inflamação intersticial à endotelialite. Rejeição aguda mediada por anticorpos Ocorrência: dias, semanas Anticorpos reconhecem os aloantígenos à temos então a ativação do sistema complemento e o aparecimento de citotoxicidade mediada por anticorpos. Pode levar a endotelialite e trombos. Rejeição crônica Ocorrência: meses, anos. A rejeição crônica acaba sendo uma das principais hoje em dia, pois a eficiência do tratamento imunossupressor limita muito o surgimento de rejeição aguda. Ocorre uma reação inflamatória crônica na parede do vaso, uma proliferação de células musculares e uma oclusão do vaso. Temos um dano isquêmico. Aula 27 - Imunologia dos Transplantes 5 Mecanismos de rejeição de outros transplantes Transfusão sanguínea: Incompatibilidade dos anticorpos contra antígenos A e B. Anemia hemolítica: Participação do sistema complemento Liberação de hemoglobina: toxicidade renal. IL1, TNF coagulação disseminada, febre e choque. Outros antígenos sanguíneos: Feto com Rh (+): eritroblastose fetal. Transplante de células hematopoiéticas Procedimento mais antigo: aspiração da medula óssea à transplante de medula. Procedimento mais atual: obtenção de células-tronco hematopoiéticas a partir do sangue (fatores estimuladores de colônia). O receptor deve ser preparado para o transplante Quimioterapia: imunoterapia ou irradiação, depleção da medula óssea Tratamento de leucemias linfoides e mielóides; imundeficiência combinada grave ligada ao X XSCID. Necessidade de alta compatibilidade de MHC rejeição frequente por células T e NK. Doença do enxerto VS hospedeiro Principal limitação para o sucesso do transplante de células hematopoiéticas Doença aguda: morte de células epiteliais, levando a erupção cutânea, icterícia, diarreia e hemorragia gastrointestinal. Aula 27 - Imunologia dos Transplantes 6 Doença Crônica: fibrose e atrofia de órgãos, podendo levar a disfunção em casos graves. Eliminação de linfócitos T do doador pré-transplante: temos uma redução dos efeitos GVHD. Tratamento contra rejeição ao transplante Mecanismo de ação: inibição e morte de linfócitos. Maior susceptibilidade a infecções e tumores. Pacientes tolerantes operacionais: geram tolerância na ausência de tratamentos.
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