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O suporte nutricional tem por objetivo de preservar a massa magra corporal, manter a função imune e evitar complicações metabólicas. Para atingir tal objetivo, a precocidade do início da terapia nutricional é uma das alternativas. A Terapia Nutricional Enteral precoce é definida como o início do suporte nutricional em até 48 horas após a internação , ou ocorrência de trauma ou cirurgia, nas primeiras 24 horas. É indicada para pacientes hemodinamicamente estável e com TGI funcionante . Em instabilidade hemodinâmica o suporte nutricional enteral não deve ser iniciado em vigência de hipofluxo sistêmico e/ou do uso de drogas vasopressoras em doses elevadas , sob o risco de desenvolvimento da síndrome isquêmica intestinal, que ocorre em menos de 1% dos casos, mas pode ter evolução clínica. Então a TNEP pode ser indicada para paciente com traumatismo cranioencefálico, pois pacientes que recebem nutrição enteral precoce demonstram ter uma taxa maior de sobrevivência e melhor pontuação na escala Glasgow na UTI e um melhor resultado no primeiro mês pós-lesão. Também é recomendada nas cirurgias gastrintestinais, sendo que, ocorre somente após a resolução do íleo no pós- operatório e a terapia nutricional tem demonstrado vantagens, como recuperação mais rápida da motilidade gastrointestinal, menor tempo de permanência hospitalar e melhor balanço nitrogenado. Essa terapia tem intuito de fornecer as quantidades adequadas de macronutrientes e micronutrientes que estejam de acordo com as necessidades do paciente. Durante a primeira semana de hospitalização deve-se ter empenho para fornecer acima de 50 a 65% do valor calórico total determinado para alcançar os benefícios clínicos da NE. Mas, se houver impossibilidade de alcançar os requerimentos energéticos (100% do alvo) após 7 a 10 dias de NE isolada, considerar início de NP complementar. Essa é uma das estratégia que é vista pró-ativa terapêutica no sentido de reduzir a gravidade da doença, diminuir as complicações clínicas, diminuir o tempo de permanência na UTI, melhora balanço calórico, acelera transição para dieta oral e reduz morbidade infecciosa e, assim, obter impacto favorável nos resultados dos pacientes. A desnutrição é frequentemente encontrada no ambiente hospitalar , apresenta como as principais complicações : prolonga o tempo de internação, retarda a cicatrização, aumenta a ocorrência de complicações e infecções, aumenta a morbidade e mortalidade, tudo isto levando ao aumento dos custos das despesas hospitalares .Lembrando que a albumina sérica é indicador do estado nutricional, cujos déficits se manifestam comumente no estresse catabólico, associado ao consumo deficiente de proteínas e energia. Então um suporte nutricional adequado, focado no risco nutricional do paciente, visa melhorar a resistência às infecções, promover a cicatrização das feridas e diminuir a morbimortalidade de pacientes críticos desnutridos, evitando a perda de proteína muscular. Utilizando o conceito de Medicina Baseada em Evidências , a TNE precoce é considerada recomendação nível 1 . No entanto , há dificuldades para a administração da TNE em pacientes críticos , principalmente no período inicial da internação . Nesse caso, deve-se avaliar a possibilidade de introdução da dieta enteral mínima (nutrição enteral trófica), utilizando o método de infusão contínua (bomba de infusão) de 10 a 30ml/h ou o método intermitente (gravitacional) com o volume de 50ml em cada etapa da dieta. O uso de bomba de infusão no suporte nutricional enteral de forma intermitente ou contínua garante a precisão e a segurança na administração dos volumes prescritos, previne intolerâncias gastrointestinais (diarreia e vômitos recorrentes) e risco de broncoaspiração secundária ao refluxo gástrico residual e/ou distúrbios do esfíncter esofágico inferior. Alguns casos que são identificados a diarreia nos pacientes e por ser de etiologia multifatorial, a redução pode ser feita pelas fórmulas com fibras solúveis e pequenos peptídeos , na qual fibra solúvel pode ser benéfica para pacientes críticos ressuscitados, hemodinamicamente estáveis e recebendo NE, que desenvolvem diarreia. Também pode oferecer o uso de pré e probióticos deve ser enfatizado na prevenção da diarreia relacionada à administração de antibióticos e a Glutamina é outro componente que tem sido relatado como fator protetor para o controle de diarreia . Diante dos estudos apresentados, é possível concluir que a NEP deve ser instituída assim que as condições clínicas permitam. Cuidados com adequação da oferta calórico- proteica, evitando-se a hiperalimentação, são fundamentais para o sucesso da terapia nutricional. Referência: BARRICELLI , Michelle Nogimi Barricelli; SILVA, Juliana Bernardo da Silva. Saúde alimentar: Terapia nutricional enteral precoce no paciente crítico. Terapia Nutricional Enteral precoce CABRAL , Poliana Coelho Cabral; BEZERRA, Gleyce Kelly de Araújo. Nutrição enteral precoce em pacientes críticos: Nutrição enteral precoce em pacientes críticos e sua associação com variáveis demográficas, antropométricas e clínicas. Terapia nutricional precoce , [S. l.], p. 1-5, 17 set. 2018. NUNES , ALB; ALVES, VGF. Projeto diretrizes: Terapia Nutricional no Paciente Grave. Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, [S. l.], p. 1-16, 2 ago. 2011. Artigo.
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