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Psicologia Cientifica Wilhelm Wundt

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- Dificuldades do leitor moderno com o pensamento de 
Wundt: 
 Extensão de sua obra; 
 Falta de uma edição crítica de referência; 
 Ausência de novas edições; 
 Traduções parciais e nem sempre confiáveis; 
 Dimensão intelectual das obras; 
 Escrita muito rebuscada – longas orações 
subordinadas; 
 Vocabulário psicológico da tradição filosófica 
alemã. 
- O alcance e a importância do seu projeto continuam 
desconhecidos por muitos psicólogos atuais; 
- A filosofia ocupou o lugar central do seu projeto; 
- Objetivo: elaborar um sistema metafísico universal – 
visão de mundo – baseado nos resultados empíricos de 
todas as ciências particulares; 
- Continua sem solução na interpretação do pensamento 
psicológico: continuidade ou ruptura de seu projeto com 
a psicologia científica. 
- Segundo Wundt, a Psicologia é uma ciência empírica 
cujo objeto de estudo é a experiência interna ou 
imediata; 
- Experiência: um todo unitário e coerente, que pode ser 
concebido e elaborado cientificamente a partir de dois 
pontos de vista distintos, porém complementares 
 Objetivo (experiência mediata); 
 Subjetivo (experiência imediata). 
- Experiência mediata: o sujeito é ignorado da experiência 
e foca-se nos seus objetos (mundo externo); 
- Experiência imediata: aspectos subjetivos da 
experiência e sua relação com todos os conteúdos da 
mesma (mundo interno) são investigados; 
- Ciência natural (física, química, fisiologia, etc) ocupa-se 
com os conteúdos específicos da experiência mediata 
(objetos do mundo exterior); 
 O acesso aos objetos da natureza é sempre 
mediado pelas características constitutivas do 
sujeito da experiência – indireto. 
- Psicologia: tem como objeto a experiência imediata 
(aspectos subjetivos da experiência); 
 No mundo subjetivo não há mediação, cada um 
de nós tem acesso direto a própria experiência 
subjetiva. 
- Wundt queria atacar uma concepção da psicologia que 
tratava mente como uma substância ou entidade, seja 
espiritual ou material 
 Essa forma de psicologia se baseia em hipóteses 
metafísicas que extrapolam a experiência – 
portanto, equivocada. 
 
 
 
 
 
- A experiência é um todo organizado que abrange o 
mundo interno e externo – relação da psicologia com as 
ciências naturais é de complementaridade, pois 
apresentam relatos diferentes da mesma experiência. 
- A psicologia possui os resultados mais relevantes para 
a investigação dos problemas gerais da teoria do 
conhecimento e da ética. 
 É preparatória da filosofia – os resultados da 
investigação psicológica podem servir de guia 
para a construção de um sistema filosófico. 
- Diferença entre ciência natural e psicologia está no 
ponto de vista em que o objeto é estudado, e não na 
natureza do objeto; 
- Métodos de investigação não diferem das ciências 
naturais: 
 
Na psicologia wundtiana, só há 
aquilo que é dado na experiência, 
entendida sempre como um 
conjunto de processos 
interligados 
 Experimento: manipulação do pesquisador sobre 
o início, duração e o modo de apresentação dos 
fenômenos investigados (física, química, 
fisiologia); 
 Observação: apreensão de fenômenos ou 
objetos sem que haja qualquer interferência por 
parte do observador (botânica, anatomia, 
astronomia). 
- Psicologia individual, fisiológica ou experimental: 
 O experimento deve ser utilizado diretamente 
nos estudos sobre a sensação, a percepção e a 
representação; 
 Pode-se investigar cuidadosamente tanto o início 
do percurso quanto o curso desses processos; 
 Análise de processos psíquicos inferiores: 
sensação, percepção, representação. 
- Psicologia dos Povos: 
 Única opção possível é a observação; 
 Trata-se de fenômenos culturais e coletivos 
(linguagem, mito, religião) que escapam ao 
controle experimental; 
 Observação dos produtos mentais; 
 Investiga os processos psíquicos superiores. 
- Introspecção ou auto-observação é ilusória: 
 O sujeito q observa é o mesmo que está sendo 
observado – o direcionamento da atenção para 
os fenômenos modifica os mesmos; 
 O espaço para muitas atividades simultâneas 
diminui com o aumento na intensidade das 
mesmas, tal modificação consiste quase sempre 
na supressão geral dos fenômenos que se 
querem observar. 
- Diferença entre introspecção (ou auto-observação) e 
percepção interna: somente a última pode ser utilizada 
como recurso metodológico – pode ser reforçada pelo 
controle experimental das condições externas da 
experiência; 
- O método experimental da psicologia é o único meio 
seguro de observação psicológica 
 O psicólogo só pode retornar a um processo 
interno observado sob certas condições, se ele 
reproduzir artificialmente as mesmas condições 
– método experimental. 
- A observação pura não é descartada totalmente: 
 Existem fatos psíquicos que possuem caráter de 
objetos psíquicos, com natureza relativamente 
estável e independente do observador. Além 
disso, possuem a inacessibilidade pelo método 
experimental; 
 Linguagem, a religião, os mitos, os costumes – 
onde se manifestam processos mentais 
superiores, também inacessíveis à 
experimentação; 
 Esses produtos mentais pressupõem a 
existência de uma comunidade de muitos 
indivíduos que compartilham certa mentalidade; 
 Por estarem ligados a uma comunidade, grupo 
étnico ou totalidade cultural, Wundt chama esse 
domínio de investigação psicológica de Psicologia 
dos Povos. 
 
 
 
 
- Postulados gerais – servem de fundamento para todas 
as investigações psicológicas e garantem a autonomia da 
psicologia: 
 Paralelismo psicofísico: 
 Doutrina acerca do problema mente-corpo; 
 Físico e psíquico são processos paralelos, 
não interagindo entre si e não podem ser 
reduzidos um ao outro; 
 Influente na filosofia e psicologia do séc. XIX; 
 É possível que certas partes da experiência 
mediata possam ter uma correspondência 
direta com partes da experiência imediata – 
porém impede que um possa ser reduzido 
ao outro; 
 Não é utilizado como princípio metafísico, 
mas como expressão de um fato empírico 
– a irredutibilidade de nossa própria 
existência subjetiva na vida cotidiana; 
 Parte do princípio que todo evento mental 
tem um processo físico correspondente, 
enquanto que o inverso disso não é de 
modo algum exigido. 
 Princípio da causalidade psíquica: 
 
O objetivo de ambos os 
tipos de investigação é só 
um: a descoberta das leis 
gerais da vida mental 
 Existem tipos de conteúdo da nossa 
experiência que só podem ser conhecidos 
a partir de um único ponto de vista – físico 
ou psicológico; 
 Os dois tipos de causalidade são 
complementares e não poderiam entrar 
em contradição entre si; 
 Princípio da síntese criadora – embora os 
complexos psíquicos sejam compostos por 
elementos simples, eles possuem 
características próprias, que não pertencem 
a nenhum de seus elementos em particular; 
 Fusão: um dos tipos possíveis de ligação de 
elementos; 
 É através da fusão que a causalidade 
psíquica se manifesta, produzindo as novas 
propriedades qualitativas de nossa 
experiência subjetiva; 
 Fusão é o processo mental primário – 
associação é apenas um processo 
secundário. 
- Há uma íntima relação entre o princípio do paralelismo 
psicofísico e o princípio da causalidade psíquica. 
 
ARAUJO, Saulo de Freitas. Uma visão panorâmica da psicologia científica de Wilhelm Wundt. Scientiae 
Studia [online]. 2009, v. 7, n. 2.

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