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DPOC Introdução limitação crônica e progressiva ao fluxo aéreo, associada a uma resposta inflamatória crônica e exacerbada nas vias respiratórias a partículas e gases” Epidemiologia observada pelo valor do volume expirado forçado no 1o segundo (VEF1) obtido pela espirometria. Uma perda media de 40 ml em pacientes com DPOC Fatores externos: Tabagismo · Poeira ocupacional · Irritantes químicos · Fumaça de lenha · Infecções respiratórias graves na infância · Condição socioeconômica Fatores internos · Deficiência de alfa-1-antitripsina · Deficiência de glutamina transferase · Alfa-1-antiquimotripsina · Hiper-responsividade brônquica · Desnutrição · Prematuridade Desequilíbrio protease-antiprotease desequilíbrio entre elastases e antielastases (proteinase 3, catepsina G e metaloproteinase MMP-12) no pulmão A inflamação crônica induzida pela fumaça do cigarro aumenta a concentração de proteinases derivadas das células inflamatórias no parênquima pulmonar, e consequentemente, induz à destruição da sua estrutura pela degradação da elastase e outros componentes da matriz extracelular, como colágeno, proteoglicanas e fibronectina Na mais avançada há um componente humoral e celular, com infiltração da parede da via respiratória com linfócitos B, CD4+ e CD8+, e a resposta inflamatória persiste mesmo após a cessação do hábito do tabagismo. antiproteinase pulmonar é a alfa-1-antitripsina (causa genética) inibi e elastase neutrofílica e de outras proteinases implicadas na destruição do parênquima pulmonar Patologia Enfisema é caracterizado pela destruição das paredes dos alvéolos, levando ao aumento anormal dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal e perda da elasticidade pulmonar 3 tipos de enfisema o centrolobular, o pan- acinar e parasseptal. · Centrolobular acomete o bronquíolo respiratório distal ao bronquíolo terminal, a porção central do ácino, acomete mais os lobos superiores · pan-acinar: alargamento e destruição de todas as porções do ácino é o característico do genético e pelo tabaco também · parasseptal, os ductos alveolares são predominantemente afetados, estando difusamente alargados. Bronquite tosse produtiva persistente, por 3 meses em 2 anos consecutivos Inflamação crônica, (presença de linfócitos T CD8+, neutrófilos e macrófagos-monócitos CD68+ nas vias respiratórias), hiperplasia das glândulas produtoras de muco localizadas entre a membrana basal e a placa cartilaginosa das vias respiratórias centrais e aumento do número de células caliciformes presentes no epitélio das vias respiratórias. Manifestações clinicas Historia e exame físico hábito do tabagismo atual ou passado, início insidioso de dispneia com progressão lenta, sibilância, tosse crônica, produção de expectoração. Matinal 10 a 15 maços-ano geralmente não leva ao desenvolvimento de DPOC exposição a vapores, poeiras orgânicas ou inorgânicas TOrax em tonel rebaixamento do diafragma e hipersonoridade, manifestados pela percussão, evidenciando hiperinsuflação dinâmica, aumento do tempo expiratório e uso da musculatura acessória da respiração. As bulhas cardíacas podem estar hipofonéticas e a ausculta do tórax pode revelar diminuição do murmúrio vesicular, roncos, sibilos e estertores Edema dos membros inferiores, turgência jugular patológica e congestão hepática podem surgir no cor pulmonale Inclinado para frente com braços apoiados sobre as coxas musculatura acessória da respiração, retração paradoxal dos espaços intercostais inferiores durante a inspiração (sinal de Hoover) e asterixe secundário a hipercapnia acentuada. Complementares Radiografia do tórax hiperinsuflação pulmonar, achatamento do diafragma, aumento do espaço retroesternal, verticalização do coração e redução das marcas vasculares mais graves pode ter a parede das bolhas enfisematosas pode ser visualizada como finas linhas curvas. Tomografia computadorizada rastreamento de carcinoma broncopulmonar , ou tromboembolismo pulmonar Avaliação da função pulmonar A espirometria é realizada antes e após a administração de um broncodilatador lume expirado forçado no 1o segundo (VEF1) e a capacidade vital forçada (VEF1/CVF) menor que 0,70 após a adm de broncodilatador, via inalatória (400 mcg de salbutamol ou equivalente) determina a presença de obstrução de fluxo aéreo Oximetria A hipercapnia pode surgir com a progressão da doença, nas formas mais graves saturação arterial de oxigênio menor que 92% à pulsoximetria, redução do nível de consciência, com exacerbação da DPOC ou para avaliação da pressão parcial de gás carbônico arterial Exames laboratoriais o hemograma para excluir anemia ou a dosagem do peptídio natriurético cerebral (BNP) ou pró-BNP para pacientes com suspeita de insuficiência cardíaca. Glicose, ureia, creatinina, eletrólitos e hormônio estimulante da tireoide (TSH) para diferenciais Estados mais graves hipoventilam durante o sono e pioram o desequilíbrio da relação ventilação/perfusão já existente ou a insuficiência cardíaca direita Estadiamento Diagnóstico diferencial Achados clínicos que falam a favor de asma são: início mais precoce, presença de atopia, ausência de história de tabagismo, variabilidade dos sintomas ao longo do dia ou semanas e presença de reversibilidade da obstrução ao fluxo aéreo. Bronquiectasias são caracterizadas por inflamação crônica e dilatação anormal das vias respiratórias, levando a tosse produtiva crônica, obstrução ao fluxo aéreo e exacerbações frequentes. Distinguida por tomografia A estenose de traqueia pode ser causada por patologias benignas ou malignas, levando a dispneia progressiva. A insuficiência ventricular esquerda é uma causa comum de dispneia e sibilância em pacientes idosos Manejo do paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica estável controlar os sintomas, reduzir a incidência de exacerbações e melhorar a qualidade de vida Medicamentos Beta-agonistas Os beta-2-agonistas, primeira escolha Em DPOC estável: salmeterol, formoterol, vilanterol, indacaterol, olodaterol Anticolinérgicos Longa duração: tiotrópio, aclidínio, umeclidínio e glicopirônio efeito broncodilatador aditivo no manuseio de DPOC estável Corticoides pag 1582 taxa de exacerbação se assemelha à dos broncodilatadores de longa ação. Efeitos colaterais são disfonia e a candidose oral. Altas doses pode diminuir a densidade óssea a aumentar a chance de pneuminia Xantinas fraca ação broncodilatadora. aumento da força da musculatura respiratória, prevenindo a fadiga desta, e ação anti-inflamatória moderada, atenuando algumas respostas linfocitárias usados no tratamento de exacerbações agudas da bronquite crônica. induz a produção de enzimas P-450 Abandono do tabagismo Aconselhamento e métodos de reposição de nicotina, bupropiona e vareniclina. Reposição de nicotina: A nicotina transdérmica é mais conveniente, porque n precisa de uma ação ativa. spray, comprimidos sublinguais e inalantes de nicotina áuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, cefaleia, e, no caso do adesivo, irritação cutânea no local de aplicação. Costuma ser segura em pacientes com doença cardiovascular estável Fármacos antidepressivo bupropiona para cessar o tabagismo. aumentando a liberação de norepinefrina e dopamina. Usa 7 dias antes de cessar o tabagismo e deve ser mantido por 12 semanas, efeitos colaterais insônia, agitação, xerostomia e cefaleia. vareniclina é um agonista parcial da subunidade alfa-4 beta-2 do receptor de nicotina, são alterações de comportamento, ideação suicida e efeitos cardiovasculares. buspirona é um ansiolítico reduz os sintomas da abstinência Nortriptilina, citisina, clonidina Nadolol, cigarros eletrônicos e a vacina contra nicotina estão sendo testados para auxiliar na dependência do tabaco, mas ainda necessitam maiores estudos para comprovação de sua eficácia. Antibioticos: cefalosporinas (cefuroxima, cefepima), fluoroquinolona (ciprofloxacino, levofloxacino), macrolídeos (eritromicina, azitromicina, claritromicina), penicilina (amoxicilina/clavulanato), tetraciclina (doxiciclina) e trimetoprima/sulfametoxazolNo caso de infecções de organismos como Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae, Moraxella catarrhalis e Chlamydia pneumoniae. Agentes reguladores de muco e outras substâncias hipersecreção de muco, mucolíticos tem sido usados Imunizações Influenza anualmente A vacina pneumoccócica polissacarídica deve ser aplicada em portadores de DPOC acima de 65 anos. Em pacientes com idade menor que 65 anos e com VEF1 < 40% do previsto, Outros tratamentos Oxigenoterapia Hipoxemia, leva a hipertensão arterial pulmonar e cor pulmonale menor que 56 mmHg e saturação arterial de oxigênio menor que 89%, A oxigenoterapia tem o objetivo de mantenha a saturação em 90% Cirurgia Redução do volume pulmonar, nos tecidos com enfisema Pacientes sem comorbidades podem ser candidatos em caso de extenso e predominante nos lobos superiores Reabilitação pulmonar · Treinamento físico com a finalidade de melhorar a função cardiorrespiratória · Técnicas de controle da respiração · Treinamento dos músculos respiratórios, usando equipamentos do tipo resistivo · Fisioterapia: tosse e manobras expiratórias forçadas são úteis para facilitar a expectoração Nutrição o baixo IMC se relaciona a reduzida massa magra, com consequente redução da força muscular, levando a maiores sintomas, incapacidade e pior prognóstico liberação de mediadores inflamatórios poderia contribuir para o desenvolvimento do hipermetabolismo, para a diminuição da ingestão calórica e, assim, para as alterações nutricionais observadas nos pacientes com DPOC. Os com dispneia alimentações menores e com maior frequência Avaliação odontológica frequente Comorbidades Osteoporose, síndromes neuropsiquiátricas, doença cardiovascular, disfunções musculoesqueléticas e baixo IMC. Indicadores do prognóstico grau de hiper-reatividade brônquica, tabagismo, baixo IMC, infecção pelo HIV, colonização bacteriana da via respiratória, baixa capacidade de exercício, o VO2 durante a ergoespirometria, aumento da proteína C reativa (PCR-T), comorbidades, sexo masculino e enfisema à tomografia de tórax. Cuidados no final da vida suporte ventilatório estratégias farmacológicas para diminuir a sensação de dispneia podem ser utilizadas: opiáceos, como a morfina, e benzodiazepínicos de curta ação. Para reduzir o volume da secreção brônquica, anticolinérgicos, como o glicopirrolato, podem ser prescritos Exacerbações da doença pulmonar obstrutiva crônica idade avançada, presença de tosse produtiva, tempo de doença, história de antibioticoterapia prévia, hospitalizações no último ano relacionadas à doença, hipersecreção de muco, uso de teofilina, pior função pulmonar, presença de marcadores inflamatórios séricos em níveis elevados, presença de refluxo gastresofágico e comorbidades Piora aguda: dispneia, tosse ou aumento do volume da expectoração, em maior proporção que o habitualmente observado. Exacerbações: rinorreia, odinalgia, febre e opressão torácica. 1 Exacerbação importante no ano que pode levar a deterioração permanente da função pulmonar, e algumas exacerbações de menor magnitude, que não requerem intervenção terapêutica. infecções respiratórias são consideradas as principais causas de exacerbações Poluição atmosférica por partículas de diesel, dióxido de enxofre, ozônio e dióxido de nitrogênio, embolia pulmonar, isquemia miocárdica, insuficiência cardíaca e broncoaspiração estão associados com maior incidência de hospitalizações. A telerradiografia, para afastar a possibilidade de pneumonia, pneumotórax ou insuficiência ventricular esquerda. A indicação de hospitalização deve considerar a intensidade da dispneia, o uso de musculatura acessória da respiração, a estabilidade hemodinâmica, a gasometria do sangue arterial e o nível de consciência. Prednisona em dose de 40 mg/dia durante 5 dias geralmente é utilizada. Brncodilatadores (beta-agonistas ou anticolinérgicos) via nasal de 2,3 L/min Perspectivas terapêuticas Terapêutica de reposição de alfa-1-antitripsina somente para os pacientes com deficiência de alfa-1-antitripsina homozigotos. Inibidores de enzimas e mediadores inflamatórios Inibidores específicos da elastase neutrofílica Antagonistas específicos para interleucina 8 (IL-8) e fator de necrose tumoral alfa, impacta na evolução da doença Antagonistas específicos para interleucina 8 (IL-8) e fator de necrose tumoral alfa Prognóstico VEF1 o maior preditor de mortalidade nestes pacientes gravidade da dispneia, perda de peso, hipoxemia, hipercapnia, presença de bronquiectasias, intolerância a caminhada, hospitalização por exacerbação e má qualidade de vida. cessação do tabagismo, a oxigenoterapia para os pacientes com hipoxemia crônica e a VNI ANEMIA redução da massa circulante de hemácias. anemia no idoso são muitas vezes concomitantes: a deficiência nutricional é a causa em 1/3 das vezes; a doença renal crônica e a doença crônica ou inflamação crônica em 1/3, e causas inexplicadas também 1/3. Definição de anemia no idoso Hemácias reduzidas transporte de oxigênio está insuficiente hemoglobina (Hb) e hematócrito (Ht/Hct) Hb < 13 g/dℓ em homens e < 12 g/dℓ em mulheres Epidemiologia Aumenta com a idade ou internação Anemia grave (Hb < 10 g/dℓ) foi registrada em menos de 10% dos idosos Numero alta em pessoas negras Importância clínica da anemia aumento da síndrome da fragilidade, do declínio funcional (fraqueza muscular e queda), do declínio cognitivo, da morbidade, da hospitalização e da mortalidade Síndrome da fragilidade Expressão de citocinas inflamatórias a elevação da IL-6 Comprometimento de capacidade da realizar as atividades básicas (ABVD) e instrumentais de vida diária (AIVD) Declínio funcional Dependencia para realização de atividades básicas da vida diária (ABVD) e das atividades instrumentais da vida diária (AIVD), menos força em membros superiores e inferiores e menor velocidade de marcha Função cognitiva risco independente para o declínio cognitivo e sintomas depressivos. Anemia moderada grave diminui o estado de alerta, déficit de memória, atenção e concentração, com consequente comprometimento da função executiva., declínio cognitivo depressão pela deficiência de vitamina B12 e folato/ácido fólico, às quais diminuem a produção de S-adenosilmetionina, cofator da síntese de neurotransmissores, como a serotonina. Fadiga e desinteresse Outras comorbidades e hospitalização resultados adversos na doença renal em estágio moderado a grave, isquemia miocárdica e disfunção diastólica, anemia e insuficiência cardíaca Mortalidade Indices de hemoglobina e hematócrito abaixo do normal aumentam o risco de mortalidade Causas Queda da concentração ou do volume Por diminuição da produção Síntese de hemoglobina; p. ex.: deficiência de ferro Síntese de DNA; p. ex.: anemia megaloblástica Por aumento da destruição Hemólise – intrínseca; p. ex.: hemoglobinopatias Hemólise – extrínseca; p. ex.: infiltração neoplásica, anemia aplásica M Por perda de sangue Hemorragia aguda Hemorragia crônica Microcítica (VCM < 80 fℓ) Sangramento gastrintestinal, AINE, neoplasia de cólon, angiodisplasia, esofagite, úlcera péptica, anemia de inflamação crônica etc. Macrocítica (VCM > 100 fℓ) Megaloblástica: deficiência de vitamina B12 e ácido fólico Não megaloblástica: doença hepática, mixedema, mielodisplasia Normocrômica (VCM entre 80 e 100 fℓ) Infecções crônicas, estados inflamatórios, neoplasias, doença renal crônica, hipofunção endócrina, síndrome mielodisplásica etc. Deficiência nutricional: Ferro, vitamina B12, folato Doença renal crônica/anemia da inflamação crônica: Infecções agudas ou crônicas, neoplasias, doenças autoimunes, rejeição crônica pós- transplante de órgão sólido Anemia inexplicada: queda dos níveis de testosterona e reservas hematopoéticas, inflamação oculta, produção inapropriada de eritropoetina e síndrome mielodisplásica Fisiopatologia Deficiência nutricional Ferro: A protoporfirina e o ferro formam o heme, Absorção no inicio do duodeno e jejuno no enterócito, pode ali ser utilizado pela célula, permanecer sob aforma de ferritina ou dirigir-se à membrana basolateral, onde, após passar pela ferroportina, será levado para locais de utilização ou armazenamento, pela transferrina. Hepcidina: ligar à ferroportina, regulando a exportação do ferro para o plasma. Na deficiência de estoque de ferro enviam mensagens para inibir a produção de hepcidina. Quando tem a inibição o aumento da absorção de ferro pelo trato digestório e sua liberação pelos estoque. Como causa a perda crônica de sangue pelo trato gastrintestinal seja a mais comum. Redução da absorção, ingestação uso de inibidores de bomba de prótons pode levar a deficiência Com o balanço negativo queda da hemoglobina e, por fim, da produção das hemácias Vitamina B12 e folato/ácido fólico anemia megaloblástica, retardação morfológicas e retardamento na divisão celular (eritropoese ineficaz). “vitamina B12” refere-se a hidroxicobalamina ou cianocobalamina Vitamina hidrossolúvel estocada no fígado leite, carne e ovos, · liberada na pepsina · degradado pelas proteases pancreáticas · liga-se a um receptor no íleo terminal · ligada a transportadores plasmáticos (transcobalamina II), leva a circulação alta capacidade de armazenamento (2 a 5 mg) e baixa necessidade (2 mcg/dia) A vitamina B12 é um cofator importante na conversão de propionil CoA a metilmalonil CoA (via associada a formação de mielina. succinil CoA, que dará origem ao heme A má absorção se dá por distúrbios gástricos ou intestinais que impedem a digestão adequada de vitamina B12, seja pela redução da dissociação do alimento ingerido ou pela sua absorção no trato digestório. O folato e o ácido fólico absorvido no intestino delgado, armazenado principalmente no fígado e secretado na bile O folato/ácido fólico desempenha papel importante na síntese de purinas (guanina e adenina) e da pirimidina (timina) deficiência de ácido fólico são a ingestão inadequada e/ou o alcoolismo Deficiencia leva a leva a hiper-homocisteinemia, lesão endotelial, aterosclerose e aumento de risco para doença arterial coronária. Doença renal crônica/anemia de doença crônica lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins (glomerular, tubular e endócrina), 3 meses hipertensão arterial e o diabetes melito A anemia da DRC é normocítica e normocrômica, atribuída a um déficit relativo de eritropoietina. citocinas inflamatória estão envolvidas na estimulação da produção de hepcidina, principal hormônio da homeostase do ferro, que leva a uma deficiência funcional do mesmo. A infecção afeta proliferação e diferenciação das células progenitoras na medula óssea Anemia inexplicada anemia leve, normocítica e hipoproliferativa. Causas: hipogonadismo (baixos níveis de testosterona), produção inadequada de eritropoetina, resposta inadequada da medula óssea à eritropoetina, defeitos intrínsecos na proliferação celular na medula óssea e diminuição da meia-vida da hemácia Avaliação diagnóstica Manifestações clínicas e achados no exame físico Hb menor 9 a 10, fadiga, fraqueza, dispneia, cefaleia, irritabilidade e vários graus de cansaço e intolerância ao exercício são inespecíficos e tendem a ser atribuídos à própria velhice ou a doenças preexistentes. Plummer-Vinson mulheres acima de 70, dsifagia . Glossodinia, boca seca, atrofia da papila da língua, síndrome das pernas inquietas e alopecia, além da perversão do apetite ou “pica”, podem estar presentes na ausência de anemia, porém com deficiência ferro. vitaminas B12 e folato/ácido fólico é a anemia megaloblástica comprometimento da divisão celular glossite, anorexia, diarreia, atrofia vaginal vitamina B12 parece estar associada ao aumento do risco de osteoporose avaliação laboratorial analisada história, realizado exame físico minucioso, anotada a lista de medicamentos usados e solicitados exames complementares. Hemograma completo Deficiência nutricional (ferro, vitamina B12 e folato/ácido fólico) dosagem sérica de ferro, ferritina, transferrina, saturação de transferrina, capacidade total de ligação do ferro e concentração do receptor solúvel de transferrina A ferritina sérica é para saber os estoques de ferro abaixo de 12 a 15 ng/mℓ sugerem privação de ferro, acima de 100 é improvável A transferrina se liga a 2 ou 3 moléculas de ferro e é seu maior transportador no plasma, aumentada nos casos de deficiência O receptor solúvel de transferrina (sTfr), produto da clivagem proteolítica do receptor da tranferrina, em deficiência é elevado O padrão-ouro para o diagnóstico de anemia por deficiência de ferro é a sua determinação nos estoques da medula óssea. > 300 pg/mℓ, normal; entre 200 e 300 pg/mℓ, borderline, quando já pode sugerir deficiência; e < 200 pg/mℓ B12 acima do comum , (900 a 950 pg/mℓ), geralmente não resulta em sintoma ou toxidade o nível de ácido fólico < 5 ng/mℓ indica deficiência e < 2 ng/mℓ expressa anemia megaloblástica Tratamento Deficiência nutricional Ferro: O tratamento consiste em orientação nutricional, administração oral ou parenteral de compostos com ferro e, eventualmente, transfusão de hemácias. Orientação nutricional: carne vermelha ou ferro heme Dificulta a absorção do ferro não heme: fitatos, fosfatos e carbonatos (abacaxi, hortaliças, leite), tanino (chá, café), fosfoproteína (gema de ovo) e medicamentos que elevam o pH gástrico (antiácidos, inibidores de bomba de prótons, bloqueadores histamínicos H2) Administração oral ou parenteral de compostos com ferro em pacientes estáveis Administração via oral, sais ferrosos (sulfato, gliconato e fumarato ferroso), sais férricos, ferro aminoquelado (bisglicinato, trisglicinato férrico e glicina-sulfato ferroso são os mais estudados), complexo de ferro polimaltosado (ferripolimaltose) e ferro carbonila. ADM de 100 a 200 mg de ferro elementar. Transfusão de hemácias valores estão entre 6 e 7 g/dℓ. Resposta e monitoramento Redução ou desaparecimento sintomas como fadiga e cansaço, maior tolerância a exercícios já na primeira semana de tratamento e redução progressiva da queda de cabelo. A dosagem da ferritina é recomendada quando houver normalização da hemoglobina e a cada 2 ou 3 meses. Deficiência de vitamina B12, folato/ácido fólico 1 a 5 mg/dia, por 1 a 4 meses Doença renal crônica/inflamação crônica Alfaepoetina é o aprovado
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