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Percepção sensorial: olho

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Percepção sensorial: OLHO
· O sentido da visão é composto pela interpretação que o cérebro da aos estímulos captados através do órgão sensorial, o olho.
· O olho é o órgão e a visão é o sentido.
 
· O olho é um órgão globular
· A córnea é a parte transparente, uma membrana translucida, para permitir que a luz entre.
· A esclerótica é a parte branca do olho; é branca para não absorver a luz, refletir a luz. Evita que a luz penetre por outras regiões do olho, além da pupila.
· A pupila no meio da íris é uma entrada para a luz entrar, é um regulador de luz. A pupila tem um músculo conectado que ela contrai e dilata, dependendo da necessidade que o olho detecta, já que a retina é sensível à luz. 
· A pupila dilatada permite a entrada de “mais luz”, o que atrapalha o cristalino, que não consegue focar.
· O foco depende de duas coisas: da pupila, que regula a quantidade de luz, e do cristalino, a lente gelatinosa atrás da pupila e tem elasticidade.
· Após os 40 anos a elasticidade do cristalino começa a ser perdida (“visão cansada”). Na catarata o cristalino fica mais leitoso, por causa da deposição de sais.
· Como o cristalino é elástico, ele pode diminuir e ampliar seu tamanho, focando ou desfocando a visão.
· O humor vítreo, ou humor aquoso, é um líquido semelhante ao plasma sanguíneo. É produzido pela região anterior do corpo ciliar, e posteriormente é absorvido para não encher demais o olho, evitando o aumento da pressão intraocular (Glaucoma). Nutre e lubrifica a região interna.
· No fundo do olho existe uma membrana chamada Retina, composta por células nervosas (e algumas de revestimento) e cerca de 126 milhões de fotorreceptores, que convertem o estímulo luminoso em impulso nervoso.
· Existem dois tipos de fotorreceptores da retina: cones e bastonetes.
· A mácula é rica em fotorreceptores para luz colorida (conseguem captar diferentes comprimentos de onda), os cones, e é uma região onde a percepção de cores é maior, e mais eficiente em luzes fortes, como a luz do dia. 
· A região do centro da mácula chama-se Fóvea e veem-se cores com definição. Praticamente não há bastonetes.
· Na periferia vê-se movimento com facilidade.
· A retina tem 5 camadas importantes:
· A camada nuclear externa tem os bastões e os cones, é a camada mais externa da retina. Os cones e bastonetes transduzem o sinal luminoso em impulso nervoso, que é canalizado na nuclear interna até a ganglionar.
· A camada nuclear interna tem neurônios bipolares, que conduzem o impulso verticalmente da primeira camada até a camada ganglionar (a ultima e mais interna). Os axônios dos neurônios da camada ganglionar formam o nervo óptico. 
· A segunda camada é a plexiforme externa e o sinal é transmitido de maneira horizontal aqui e na plexiforme interna, onde existem vários neurônios arborizados, ricos em dendritos. A passagem horizontal também canaliza o impulso pra o nervo óptico.
· “A retina é a janela do encéfalo para o mundo. Toda a experiência visual é baseada na informação processada por esse circuito neural no olho. A informação eferente da retina é transportada para o encéfalo por apenas um milhão de fibras do nervo óptico, e, ainda assim, quase metade do córtex cerebral é usada para processar esses sinais”.
· Ou seja, os fotorreceptores fazem a fototransdução a partir de potencial de ação, transformando a luz em sinal neural. As células bipolares recebem o sinal neural e são conectores para as células ganglionares as células ganglionares são neurônios eferentes da retina, que formam o nervo ótico com seus axônios.
· O Ponto cego é uma pequena região sem cones nem bastonetes na parte nasal de cada olho. Isso é consequência do disco óptico, local de convergência de axônios, mas sem células receptoras. A visão binocular compensa isso (e também a percepção de distância e foco).
 
· Uma pessoa cega não processa sinal visual, então ela não vê tudo preto, ela simplesmente não vê nada.
· A fóvea é rica em cones e no seu centro não existem bastonetes. Por isso, oferece visão durante o dia e capta mais cores.
· Os bastonetes estão mais na periferia do olho e da mácula e espalhados por toda a retina. É mais especializado em visão noturna e percepção de movimento.
· Os bastonetes são tão sensíveis à luz (maior “antena”), que, quando expostos à luz forte, eles hiperpolarizam e demoram de recuperar a polaridade. Diz-se que, na luz forte, o bastonete fica saturado.
· Já o cone aguenta mais a luz forte e se repolariza mais rápido.
· Durante a noite, ao olhar para uma estrela não devemos focar diretamente nela, mas sim para o lado dela, pois à noite/no escuro os bastonetes estão mais aguçados e os cones não estão funcionais. A imagem formada a noite é por conta da visão periférica (bastonetes). Enxerga-se a estrela melhor olhando para o lado dela que diretamente para ela a noite. 
· O processamento da imagem começa no córtex visual primário, que analisa o primitivo visual (linhas que compõem os objetos, as formas, sinais luminosos de cor e sombra).
· O córtex visual define contornos dos objetos e correlaciona.
· Uma cena comum envolve muitos milhares de segmentos de linhas e superfícies que precisam ser processados.
· Desse processamento também participa o processamento da cor.
· O encéfalo faz suposições sobre a natureza de cada objeto captado.
· Define a forma e o movimento do objeto.
· Além das cores e formas, a visão identifica profundidade.
· O mecanismo da profundidade tem a ver com a comparação da visão dos dois olhos, por isso a visão binocular é importante.
· O córtex identifica disparidades, de cor, volume, forma. 
· O córtex entende que o que é menor está mais atrás, identificando tamanho a partir de disparidades. 
· A percepção da cor depende do contexto.
· O processamento superior da imagem envolve mais áreas, como memória e emoções.
· O ultimo estagio é fazer correlações com os objetos identificados
· Aqui, há influencia no comportamento.
· O processamento inferior é só a detecção de contraste, o intermediário é detecção do primitivo visual e o superior envolve a representação daquele objeto.
· É o processamento superior que dá significado ao objeto, e função. “Até você entender que pode tocar na tela do celular, ele é só um quadrado”
· Esse processamento complexo da informação visual acontece no córtex temporal inferior, e danos a essa região pode causar agnosia perceptiva ou associativa.
· Agnosia visual é a incapacidade de reconhecer/identificar objetos, pessoas, símbolos, gráficos e espaços.
DISFUNÇÕES:
· Daltonismo
· Condição ligada ao sexo, pois é transmitido pelo cromossomo X na parte não homologa ao Y, com um gene recessivo, por isso é mais comum em homens (para aparecer em mulheres precisa de homozigoze, o homem basta herdar um). O único X que o homem tem é da mãe dele condição passa de mãe para filho. Isso quer dizer que as filhas desse filho serão portadoras, mas se a esposa dele não for seus filhos homens não terão.
· Miopia
· Erro de refração em que a imagem é formada antes da retina (em vez de diretamente nela), o que resulta na dificuldade de ver objetos distantes.
· A formação da imagem antes da retina ocorre quando o globo ocular é muito comprido, ou a córnea muito curva, fazendo com que os raios de luz focalizem antes da retina.
· Já a hipermetropia é o olho “achatado”, e isso vai dilatando e a hipermetropia é resolvida; é o oposto da miopia, quando o globo ocular é menor ou a córnea é menos curva, fazendo com que raios luminosos em direção aos olhos se encontrem atrás da retina, e não em cima, como é no olho normal.
· Cegueira cortical
· Doença bilateral e rara de causa isquêmica, caracterizada por lesão no córtex cerebral.
· Ou seja, é a perda bilateral da visão com resposta pupilar normal e exame ocular sem anormalidades.
· A causa mais comum é a hipóxia peri e pós-natal, mas também pode ser TCE, infecção, epilepsia, sequela de meningite, etc.
· Glaucoma
· É uma doença do nervo óptico, que leva aos cérebros as imagens que vemos.
· Quanto maior a pressão intraocular, maior a possibilidadede lesar o nervo óptico.
· Se há algum problema de drenagem do humor aquoso, ou se há uma produção descompensada, a pressão intraocular aumenta, podendo lesionar as fibras do nervo óptico, gerando pontos cegos na visão. Se todo o nervo for destruído, ocorre a cegueira.

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