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Quarta à oitava semanas

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Quarta à oitava 
semanas 
(Organogênese)
Quarta semana 
• O principal evento da quarta semana é o 
dobramento do embrião, que ocorre nos 
planos mediano e horizontal, formando, do 
disco embrionário trilaminar plano, um 
embrião cilíndrico. 
 
→ Dobramento do embrião no 
plano mediano: 
 
 
• O dobramento das extremidades do 
embrião produz as pregas cefálica e 
caudal, que resultam em uma 
movimentação das regiões cranial e caudal 
ventralmente, enquanto o embrião se 
alonga cranial e caudalmente; 
• No início da quarta semana, as pregas 
neurais na região cranial formam o 
primórdio do encéfalo. Esse encéfalo em 
desenvolvimento é projetado para a 
cavidade amniótica, cavidade dentro do 
âmnio (membrana mais interna ao redor 
do embrião) em que encontram o líquido 
amniótico e o embrião; 
• Ao entrar na cavidade amniótica, o 
encéfalo em desenvolvimento recebe o 
nome de prosencéfalo; 
• O prosencéfalo cresce posteriormente 
para além membrana bucofaríngea e 
recobre o coração em desenvolvimento. Ao 
mesmo tempo, o septo transverso, 
coração primitivo, celoma pericárdico e a 
membrana bucofaríngea se deslocam para 
a superfície ventral do embrião; 
• Ocorre a formação do intestino primitivo, 
em que o intestino anterior (faringe, 
esôfago e sistema respiratório inferior), 
localizado entre o prosencéfalo e o coração 
primitivo, é formado pela entrada de parte 
do endoderma da vesícula umbilical no 
embrião; 
• O intestino anterior é separado pela 
membrana bucofaríngea da boca 
primitiva, chamada de estomodeu; 
Marianne Barone (T15A) Disciplina – Prof. Marianne Barone (T15A) Embriologia – Prof. Elaine Mendes 
• Após o dobramento, o septo transverso 
está posteriormente (“caudal”) ao coração 
e, atrás dele, é desenvolvido o tendão 
central do diafragma; 
• O celoma pericárdico se localiza ventral 
ao coração e cranial ao septo transverso; 
• O celoma intraembrionário estabelece 
uma comunicação ampla com o celoma 
extraembrionário; 
 
 
• Na extremidade caudal, o dobramento 
ocorre pelo crescimento da parte distal do 
tubo neural; 
• Com o crescimento do embrião, a 
eminência caudal se aproxima da 
membrana cloacal, local do futuro ânus; 
• O intestino posterior, que formará o 
cólon e o reto, é formado pela entrada do 
endoderma no embrião. Mais 
posteriormente, há uma dilatação que 
forma a cloaca, que são a bexiga urinária 
primitiva e o reto primitivo; 
• O alantoide é parcialmente incorporado 
ao embrião; 
• O pedículo de conexão, que formará o 
cordão umbilical, está ligado à superfície 
ventral do embrião; 
• A linha primitiva antes estava situada 
cranialmente à membrana cloacal, agora, 
após o dobramento, ela está caudalmente 
a membrana cloacal. 
 
→ Dobramento do embrião no 
plano horizontal: 
• O dobramento lateral do embrião resulta 
nas pregas laterais; 
• Esse dobramento resulta do rápido 
crescimento da medula espinhal e dos 
somitos; 
• O primórdio da parede abdominal é 
dobrado em direção ao plano mediano, 
formando um embrião cilíndrico ao 
deslocar as bordas do disco embrionário 
ventralmente; 
• O intestino médio, que formará o 
intestino delgado, é resultado da 
incorporação de parte do endoderma no 
embrião pela formação da parede 
abdominal; 
• Inicialmente, existia uma grande 
comunicação entre o intestino médio e a 
vesícula umbilical, mas, com o 
dobramento lateral, é formado o ducto 
onfaloentérico, que acaba por reduzir essa 
comunicação; 
• O cordão umbilical é formado a partir 
do pedículo de conexão, reduzindo a 
comunicação do âmnio com a superfície 
ventral; 
• A comunicação entre as cavidades 
celomáticas intra e extraembrionárias é 
reduzida; 
• Ocorre uma expansão da cavidade 
amniótica, o que reduz o âmnio a um 
revestimento do cordão umbilical. 
 
→ Principais acontecimentos: 
• Com 22 dias e cerca de 3cm, há a 
presença de somitos, coração e o início do 
dobramento; 
• O tubo neural é formado em frente aos 
somitos, mas é amplamente aberto aos 
neuroporos rostral e caudal; 
• 24º dia: arcos faríngeos que formam o 
rosto já estão nítidos, principalmente o 
primeiro arco faríngeo, que origina a 
mandíbula e a proeminência maxilar 
(extensão rostral do arco), que forma a 
maxila; 
• O coração forma uma grande 
proeminência cardíaca ventral e bombeia 
sangue; 
• O embrião está levemente curvado, como 
resultado da formação das pregas cefálica e 
caudal; 
• 26º dia: os três pares de arcos faríngeos 
são visíveis, neuroporo rostral está fechado 
e o prosencéfalo causa uma elevação 
proeminente na cabeça; 
• Com 26 ou 27 dias, pode-se reconhecer 
uma dilatação na parede ventrolateral do 
corpo, que são os brotos dos membros 
superiores; 
• São visíveis o primórdio das orelhas 
internas, as chamadas fossetas óticas e, na 
lateral da cabeça, os placoides do 
cristalino, que indicam o primórdio dos 
futuros cristalinos dos olhos; 
• Com 28 dias, a estrutura que formará a 
face já está muito mais definida, com 4 
pares de arcos faríngeos; 
• Ao final da 4ª semana o neuroporo caudal 
está totalmente fechado. 
 
→ Casos clínicos: 
• Ectopia cordis: trata-se do não 
fechamento completo do dobramento, em 
que não há a fusão das pregas laterais na 
região torácica, fazendo com que o coração 
nasça para fora do corpo. A falha do 
fechamento ocorre na região da linha 
mediana; 
 
• Gastrosquise: o intestino nasce pra fora 
por falha na fusão das pregas laterais na 
região abdominal. Não tem associação com 
alterações cromossômicas. 
 
 
Quinta semana 
• Ocorre um grande crescimento da cabeça 
pelo rápido desenvolvimento do encéfalo e 
das proeminências faciais; 
• A face faz contato com a proeminência 
cardíaca 
• O seio cervical é uma depressão lateral 
formada pelo crescimento rápido do 
segundo arco faríngeo, que se sobrepõe ao 
terceiro e quarto arcos; 
• São visíveis as cristas mesonéfricas, que 
indicam o local de desenvolvimento dos 
rins mesonéfricos, que são órgãos 
excretores provisórios. 
 
Sexta semana 
• Os embriões possuem movimentos 
espontâneos, como contrações no tronco e 
membros; 
• Os membros superiores começam a ser 
diferenciados, com o desenvolvimento do 
cotovelo e das grandes placas das mãos; 
• Os primórdios dos dígitos (dedos) 
começam a serem desenvolvidos nas 
placas das mãos; 
• Ocorre o desenvolvimento dos membros 
inferiores, 4 a 5 dias depois do 
desenvolvimento dos membros superiores; 
• O meato acústico externo é formado 
pelas saliências auriculares que são 
desenvolvidas ao redor do sulco faríngeo, 
entre os primeiros dois arcos faríngeos. As 
saliências auriculares também auxiliam na 
formação do pavilhão auditivo; 
• A cabeça está dobrada sobre a 
proeminência cardíaca, devido a flexão da 
região cervical; 
• Ocorre a formação do pigmento da 
retina, o que torna os olhos muito mais 
visíveis; 
• O tronco e o pescoço começam a se 
endireitar; 
• O intestino penetra no celoma 
extraembrionário na parte proximal do 
cordão umbilical. 
 
Sétima semana 
• Os dedos são visíveis pela formação de 
chanfraduras entre os raios digitais; 
• Há uma redução na comunicação entre o 
intestino primitivo e a vesícula umbilical; 
• O pedículo vitelino torna-se o ducto 
onfaloentérico; 
• É iniciada a ossificação dos ossos dos 
membros superiores. 
 
Oitava semana 
• Os dedos das mãos estão bem definidos e 
unidos por uma membrana visível; 
• Entre os raios digitais dos pés são 
nitidamente visíveis as chanfraduras; 
• Ainda é presente uma curta eminência 
causal; 
• É visível uma faixa ao redor da cabeça 
formada pelo plexo vascular do couro 
cabeludo; 
• Ao final da 8ª semana, todas as regiões 
dos membros estão aparentes e os dedos 
são compridos e completamente separados; 
• Ocorrem os primeiros movimentos 
voluntários dos membros 
• Tem início a ossificação primária no 
fêmur; 
• Desaparece a eminência caudal; 
• O tamanho da cabeça ainda equivale a 
quase metade do embrião, mas ele começa 
a adquirir características humanas; 
• Os intestinos ainda estão na porçãoproximal do cordão umbilical; 
• O embrião possui pescoço mais definido 
e pálpebras mais evidentes e que começam 
a se fechar ao final da 8ª semana. 
 
→ Caso clínico: 
• Onfalocele: uma abertura (defeito) na 
parte central da parede abdominal na 
altura do umbigo. A pele, músculo e 
tecido fibroso estão ausentes. O intestino 
se projeta (ocorre uma herniação) através 
da abertura e ele fica recoberto por uma 
membrana fina. O cordão umbilical está 
no centro do defeito. Está relacionada a 
anormalidades cromossômicas e com uma 
alta chance de morte neonetal.

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