Funções Motoras do Sistema Digestório

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Sistema Gastrointestinal - Joseph 03/09 ATD1
Aula 05 - Funções Motoras do 
Sistema Digestório. 
Anatomia do sistema digestório: 
- Objetivo: obter energia através dos alimentos, por 
uma via altamente especializada a quebrar os 
alimentos em fragmentos menores, que possamos 
catalisá-los em energia e limiar aquilo que não for 
utilizado pelo corpo. 
• Movimento único de propulsão da boca ao ânus, 
na qual o alimento sofre a peristalse em sentido 
único. 
Funções principais do tubo digestivo: 
✓ Peristalse: movimento do alimento ao longo do 
tubo digestivo em sentido único. 
✓ Digestão: secreção digestiva. 
• Em segmentos específicos, através da secreção de 
enzimas digestivas (duodeno, estômago…). 
• Processo catalítico de quebra de macromoléculas 
e micromoléculas para que possam ser absorvidas. 
✓ Absorção: de água, eletrólitos e nutrientes. 
✓ Circulação sanguínea adequada: sistema porta. 
✓ Sistema nervoso e humoral (imunológica). 
• MALT: maior parte do tecido linfocitário. Devido à 
enorme quantidade de bactérias que o organismos 
entra em contato. 
Processos do sistema digestório: 
- Motilidade coordenada. 
• Coordena a contração de um tubo oco para 
movimentação do alimento. 
- Secreção: de enzimas específica, íons, água e muco. 
• Enzimas específicas devem entrar em contato com 
o alimento em um ponto específico do tubo 
digestivo. 
- Digestão: quebra mecânica (ex: mastigação) e 
enzimática. 
- Absorção: 
• Intestino delgado - região médio-distal (células 
absortivas ou enterócitos). 
• Sistema porta-hepático (proteína e carboidratos) e 
linfáticos (alimentos gordurosos). 
Atividade elétrica do músculo liso 
gastrointestinal: 
- Santiago Rámon y Cajal (1852-1934): 
‣ Espanha - Navarra. 
‣ Médico patologista. 
‣ 1906: Nobel de Medicina e Fisiologia. 
- Células intersticiais de Cajal: 
• Atuam como marca-passo. É um tônus que o tubo 
digestório tem, movimento mesmo em repouso. 
• Cria uma identidade, pois ela gera, mesmo no 
repouso, um movimento peristáltico. 
- Determinam ondas lentas (slow waves). 
- Alterações mesmo em potencial repouso (não é 
potencial de ação). 
- Contrações rítmicas: canais de sódio. 
• -50mV: mantém uma contração lenta/ 
movimento de propulsão para levar o 
alimento para frente. 
- Importante para que nenhum alimento fique 
parado no tudo digestivo. 
• Disfunção nessas células: 
- Síndrome do colo irritável. 
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• Aumento do funcionamento dessas células 
(aumento do rigor evacuatório). 
- Obstipação crônica. 
• Potências em ponta (spikes): duração longa 
(10-20 ms). 
- Por canais de sódio-cálcio. 
- O que permite que haja a despolarização de 
fato: 
✓ Estiramento do tubo digestivo. 
✓ Acetilcolina: como neurotransmissor. 
- Intestino possui tônus predominantemente 
parassimpático. 
✓ Hormônios: que permitem um vigor de 
contração. 
• Hiperpolarização: por.. 
- Norepinefrina. 
- Tônus simpático (luta/fuga). 
Controle neural da função 
gastrointestinal: 
- Sistema nervoso entérico: 
‣ Do esôfago até o ânus. 
‣ +/- 100 milhões de neurônios. 
‣ Esses plexos geram informações que geram 
estímulos de vigor contrátil 
➡ Plexo externo/ mioentérico/ Auerbach: 
• Conjunto de neurônios entre a camada muscular e 
a camada serosa: chegada de neurônios que 
trazem informações e geram uma resposta. 
• Camadas longitudinal e circular. 
• Funções: 
✓ Aumento da contração tônica da parede 
intestinal. 
✓ Aumento da intensidade de contrações rítmicas. 
✓ Aumento da frequência do ritmo de contração. 
✓ Aumento da velocidade de condução (ondas 
exciattórias). 
• Maior peristaltismo. 
• Relaxamento pilórico e relaxamento da 
válvula íleo-cecal. 
• Quanto maior o vigor da peristalse, maior 
deve ser o relaxamento dessas válvulas. 
➡ Plexo interno/ submucoso/ Meissner: 
• Situado na camada submucosa. 
• Funções: 
✓ Controle funcional segmentar do intestino. 
✓ Controle da secreção intestinal local (por sua 
proximidade com a região mucosa). 
✓ Controle da absorção e contração localizada. 
✓ Ações mais localizadas. 
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- Sistema extramural: 
• Simpático: inibição. 
- Menor peristalse. 
- Medula espinal (torácica) gera um gânglio 
(distante da víscera) e forma nervos que vão em 
direção ao órgão. 
• Parassimpático: excitação. 
- Maior peristalse. 
- Medula espinal (bulbo, cervical e lombossacral) 
gera um gânglio que fica dentro da víscera. 
• Terminações nervosas sensitivas: 
- Aferências ao plexo entérico. 
- Medula espinal ou tronco encefálico. 
• Para que a informação chegue até o córtex e 
seja processada. 
Principais neurotransmissores do S.N. 
entérico: 
- Acetilcolina: 
• Função excitatória. 
• SNA parassimpático. 
- Noradrenalina: 
• Função inibitória. 
• SNA simpático. 
- Outros NT: 
• ATP, dopamina, colecistoquinina, substância P, VIP, 
somatostatina. 
- Controle extrínseco: 
• Simpático - inibição. 
• Parassimpático - excitação. 
Reflexos gastrointestinais: 
- Estímulos: irritação da mucosa, estiramento e 
substâncias químicas. 
- Reflexos locais: 
• Mediados pelo SN entérico. 
• Controla a secreção, peristaltismo e mistura do 
bolo alimentar às enzimas digestivas. 
- Reflexos mediados pelos gânglios pré-vertebrais: 
• Reflexo gastrocólico, enterogástrico e colonoileal. 
- Reflexos do intestino para medula ou tronco 
cerebral: 
• Reflexo de dor, controle da atividade gástrica e 
defecação. 
Controle hormonal: 
- Colecistocinina: 
• Secretada por células I da mucosa do duodeno e 
jejuno. 
• Secreção estimulada através da gordura no 
conteúdo intestinal. 
• Efeito: 
✓ Aumenta a contratilidade da vesícula biliar 
(aumento da bile) . 
✓ Diminui a motilidade gástrica. 
- Secretina: 
• Secretada por células S da mucosa intestinal. 
• Secreção estimulada pela acidez do duodeno. 
• Efeito: 
✓ Inibe a motilidade gástrica. 
✓ Aumenta a liberação pancreática de 
bicarbonato. 
- Gastrina: 
• Secretada pelas células G no antro do estômago. 
• Secreção estimulada por distensão do estômago. 
• Efeitos: 
✓ Aumenta secreção ácida. 
✓ Estimula crescimento da mucosa gástrica 
(proteção). 
- Motilina: 
• Secretada pelo duodeno durante o jejum. 
✓ Aumenta a motilidade gastrointestinal. 
• Contrações de fome, “dor em pontadas de fome”. 
• Mais intensa em indivíduos jovens. 
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Tipos de movimentos do TGI: 
- Movimentos propulsivos: 
• Propriedade intrínseca da musculatura. 
• Estímulos: 
- Estiramento, irritação da parede e atividade 
parassimpática. 
‣ Papel do plexo mioentérico: 
- Controla o peristaltismo em direção ao reto 
(sentido único). 
- Movimentos de mistura: 
• Movimentos constritivos. 
• Ação de esfíncteres que misturam o conteúdo 
alimentar, formando um bolo homogêneo. 
Complexo de migração motora: 
- Ocorre por contrações lentas (slow waves). 
- Entre as refeições. 
- Varredura de alimentos que possam ter ficado para 
trás e elimina bactérias. 
- Iniciam no estômago e terminam no intestino. 
- Duração media de 90 minutos. 
Fluxo sanguíneo gastrointestinal: 
- Sistema porta: resistência em série (veias de 
maiores calibres —> vênulas —> sunusóides). 
• Conexão da veia porta com a veia cava inferior 
através de sinusóides hepáticos. 
- Mecanismo de 
contracorrente: 
• Circuito de O2 de 
arteríolas para vênulas. 
- Artéria hepática. 
- Controle nervoso: 
❖ Simpático —> constritor. 
❖ Parassimpático —> dilatador. 
‣ Hipertensão portal: varizes esofágicas. 
- Obstrução da circulação portal. 
Transporte mistura do alimento no tubo 
digestivo: 
- Reflexo da mastigação: 
• Controle pelo V nervo craniano. 
- Função motora da mastigação pelo músculo 
masseter. 
• Alimento na boca. 
• Contração da musculatura mandibular.- Deglutição: 
• Dada pelos nervos cranianos V, VII, IX, X, XI, XII. 
1. Fase voluntária: 
• Comer determinado alimento e colocá-lo na boca. 
2. Fase faríngea: 
• Automática. 
• Aumento cai na orofaringe e passa para o esôfago. 
3. Fase esofágica: 
• Peristatismo primário (sincício). 
• Peristaltismo secundário. 
- Resposta à distensão. 
4. Contração tônica do esfíncter gastroesofágico: 
• Impede refluxo ácido. 
- DRGE: esfíncter mais frouxo. 
• Relaxamento em resposta à onda peristáltica. 
Funções motoras do estômago: 
- Armazenamento. 
• Reflexo “vago-vagal”: 
- Reduz o tônus da parade do estômago. 
- Mistura de alimentos —> com a secreção ácida = 
quimo. 
• Ondas lentas. 
• Geram ondas constritoras peristálticas. 
• Formam o quimo. 
➡ Reflexo enterogástrico: 
• Esvaziar o quimo lentamente para o duodeno. 
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Regulação do esvaziamento gástrico: 
- Fatores gástricos (fracos): inerentes ao estômago. 
‣ Quanto maior o volume do conteúdo gástrico, 
maior o esvaziamento. 
- Depende do plexo mioentérico. 
- Ativa a bomba pilórica (abertura programada 
para que a saída do quimo seja lenta e gradual). 
• Gastrina: liberada em resposta à distensão do 
estômago. 
- Produz ácido clorídrico e muco para forrar o 
estomago. 
- Aumenta a motilidade, porém temem ativa a 
bomba pilórica. 
- Fatores duodenais (fortes): inerentes ao duodeno. 
• Reflexo inibitório enterogástrico: de acordo com a 
quantidade de alimento que tem no duodeno. 
• Distensão duodenal. 
• Irritação da mucosa duodenal. 
• Acidez do quimo (3-4 de pH): esvaziar mais 
devagar. 
• Osmolaridade do quimo (hipertonicidade). 
• Proteínas e gorduras no quimo ao chegar no 
duodeno. 
Diabetes Mellitus: 
- DM tipo 1: esvaziamento gástrico retardado 
(gastropepsia). 
• Lesões de neurônios que formam os plexos 
mioentérico e submucoso: controle inadequado 
naperistalse, relaxamento das válvulas… 
• Sintomas: 
- Náuseas e vômitos. 
• Fisiopatologia: neuropatia diabética e glicemia 
elevada. 
Vômito - êmese: 
- Reflexo coordenado pelo centro do vômito no bulbo. 
- Estímulo: 
❖ Citocinas. 
❖ Dor. 
❖ Distúrbios de equilíbrio. 
❖ Estimularão da faringe. 
- Respiração é inibida. 
Movimentos do intestino delgado: 
- Segmentares: contrações de mistura. 
- Movimentos propulsivos: ondas peristálticas. 
Reflexo gastroentérico: 
- Distensão gástrica aumenta peristaltismo do delgado. 
- Fatores hormonais: 
• Aumento da peristalse: 
✓ Gastrina. 
✓ CCK. 
✓ Insulina. 
✓ Serotonina. 
• Diminuição da peristalse: 
✓ Secretina. 
✓ Glucagon. 
Válvula íleocecal: 
- Válvula em sentido único. 
- Permanence fechada: 
• Evita refluxo de conteúdos fecais. 
• Entre intestino grosso e delgado. 
- Controle por reflexos do ceco: 
‣ Distensão do ceco. 
‣ Contraí o esfíncter. 
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‣ Retarda o 
esvaziamento 
(quimo do íleo para 
o ceco). 
- Apendicite: válvula 
não abre. 
• Acumula bolo 
alimentar no íleo. 
• Pode estourar e 
causar abdome 
perfurativo. 
Movimentos do cólon: 
- Funções: 
• Absorção de água e eletrólitos. 
• Armazenamento de material fecal. 
- Movimentos de mistura: 
• Chamados de haustrações (pequenas dilatações). 
• Trânsito de 8 - 15 horas. 
- Movimentos propulsivos: 
• Movimentos em massas iniciados por reflexo 
gastrocólico. 
- Comum nos bebês (vontade de evacuar após 
refeição). 
- Evacuação: 
- Sistema nervoso entérico (plexos) e parassimpático 
(coluna intermédio da medula): 
• Esfíncter anal interno: 
- Ação do parassimpático de relaxamento. 
- Involuntário: se abre e fecha dependendo da 
peristalse. 
• Esfíncter anal externo: 
- Controle voluntário. 
- Inibição entrante do reflexo de defecação pode 
produzir constipação crônica. 
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