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FUNDAMENTOS DA BIBLIOTECONOMIA AULA 5 Biblioteconomia Profissional Abertura Olá! Conhecimento, leitura e informação são vistos como determinantes na melhoria da qualidade de vida das populações, dada a sua capacidade de agregar valores e oportunizar ao indivíduo condições de criar produtos e serviços e transformar a realidade em que vive e assim ampliar sua capacidade de intervenção. Neste contexto, o bibliotecário se insere como o profissional qualificado para exercer a função, não apenas de guardião do conhecimento, responsabilidade que lhe é distintiva desde tempos imemoriais e que graças a essa responsabilidade foi possível preservar o conhecimento produzido pela humanidade ao longo dos séculos. BONS ESTUDOS! Referencial Teórico A profissão de bibliotecário, regulamentada em 1962, passou por profundas alterações na sua formação, contribuindo para reestruturação do seu perfil e práticas profissionais. Tais mudanças refletem as exigências da sociedade por informação e serviços neste campo, dada às necessidades cada vez mais prementes que os indivíduos têm de intervir nos processos de mudanças nas estruturas sociais no país. Desse modo, a inserção do bibliotecário na formação cidadã tem sido fundamental para que o conhecimento, a leitura e a informação sejam socializados, democratizados. Faça sua leitura e, ao final, você saberá: • Conhecer a história da profissão de bibliotecário • Entender as diversas áreas de atuação de um bibliotecário • Refletir sobre as transformações ocorridas nesta profissão, ao longo do tempo. BOA LEITURA! 49 2.2. ATUAÇÃO PROFISSIONAL EM UNIDADES DE INFORMAÇÃO Com o entendimento de que as bibliotecas possuem um papel social e que devem mediar a formação do cidadão comum, presenciamos recentemente bibliotecários atuando em múlti- plos contextos. Embora haja consenso de que as bibliotecas se- jam relevantes, hoje temos vários tipos ou ramificações dessa ideia, em espaços que podem ser físicos ou digitais. Nesse sentido é mais compreensível utilizarmos o termo "unidade de informação" no lugar de biblioteca, pois o biblio- tecário pode aplicar as técnicas da Biblioteconomia em outros espaços, como empresas, livrarias, bancos e assessorias. Veremos a seguir algumas possibilidades de atuação pro- fissional e algumas das especialidades existentes (bibliotecário de referência, de processamento técnico, de aquisição, periódi- cos etc.), bem como suas competências (Vieira, 2014). Bibliotecário de referência O bibliotecário de referência normalmente é encontrado em bibliotecas universitárias ou especializadas. Ele é responsá- vel por ajudar o usuário a encontrar a informação, direcionan- do e orientando sua pesquisa pelo contato direto ou por outros meios, até que seja sanada sua necessidade informacional. Ele também é responsável por dar suporte ao pesquisa- dor/usuário na normalização de trabalhos científicos de acordo com as normas da ABNT ou outras, como a APA. O campo de atuação é vasto: pesquisador ou consultor em pesquisas das universidades, empresas públicas ou privadas, centros de documentação etc. 50 São atividades exigidas desta atuação: 1) manter-se informado sobre atualidades gerais e sobre as novidades do acervo; 2) utilizar todos os recursos tecnológicos e mídias na orientação do usuário; 3) conhecer seu acervo, assim como as melhores fontes de pesquisa on-line ou por meio do Comut (comutação bibliográfica); 4) manter uma boa comunicação oral e escrita com os usuários, sempre de forma clara; 5) ser agente cultural por meio da promoção de ações e eventos culturais em sua unidade ou pela cidade. Bibliotecário escolar Pode ser considerado o maior responsável pela formação do hábito de leitura entre jovens estudantes, sendo um elo entre os jovens e os livros. Esse profissional é responsável por incenti- var a leitura e a pesquisa, e, em muitos casos, apresenta à crian- ça o mundo da pesquisa em seu início de vida cultural. Na biblioteca escolar, o bibliotecário é um mediador que auxilia as crianças e os jovens a desenvolverem competências necessárias para: aprender, estimular o senso crítico, argumen- tar e instigar a criatividade e o interesse por novos conhecimen- tos. São suas funções: 1) treinar e formar para a utilização dos recursos da bi- blioteca e de tecnologia de informação; 2) formar competências e conhecimento da informação; 3) promover programas de leitura e eventos culturais, como a hora do conto; 51 4) participar de atividades relacionadas à gestão do cur- rículo escolar; 5) participar da preparação, promoção e avaliação de ati- vidades de aprendizagem; 6) preparar e administrar os orçamentos e a formação da equipe; 7) promover políticas para desenvolver os serviços de acordo com as necessidades da comunidade escolar (VIEIRA, 2014). Bibliotecário de processamento técnico O bibliotecário de processamento técnico é responsável por tratar a informação, atuando nos processos de catalogar, classificar e indexar, ou seja, fazer uma descrição e identificação do conteúdo do item, de forma que facilite o acesso do usuário à informação. É necessário conhecer as atividades da biblioteca e seus instrumentos de trabalho – como códigos e tabelas de cataloga- ção, linguagens documentárias, tesauros e vocabulários contro- lados – necessários para a análise e processamento técnico dos documentos da unidade, que habitualmente são divididos em três etapas: 52 Catalogação Catalogar significa registrar todo material que chega à bi- blioteca utilizando técnicas biblioteconômicas que possibilitem e facilitem o acesso às informações. Os instrumentos utilizados para a catalogação são: o AACR2, utilizado mundialmente para padronizar e descrever os documentos; e algum formato especí- fico (o mais utilizado é o formato MARC 21). Classificação Classificar significa reunir coisas, informações etc., no caso do bibliotecário classificador, por grupo e conforme suas carac- terísticas. Para isso, durante o processamento técnico, é neces- sário utilizar um sistema de classificação (CDD, CDU etc.) por meio do qual se reúnam os assuntos pertinentes devidamente codificados. Indexação Indexar é incluir o registro de um documento em um índice ou repositório de informações, que deve formar o catálogo de uma bi- blioteca. Os registros são compostos por diversos dados e informa- ções que descrevem o documento, objetivando localizá-lo no acervo. Na descrição dos documentos é necessário incluir o cabe- çalho (informações básicas) sobre o autor, título, assunto etc. Os índices podem ser encabeçados por assuntos, autores, títulos, editoras etc. No entanto, normalmente, ao buscar o documento, a recuperação dá-se pelo assunto. Para a boa indexação de um item de qualquer tipo de uni- dade de informação, é de suma importância determinar o assun- to e inclui-lo em um vocabulário controlado. Isso pode evitar o 53 silêncio ou ruído durante a pesquisa, uma vez que toda recupe- ração da informação desejada terá sucesso ou não a partir desse ponto. A indexação consiste em duas fases: • identificar e representar o conteúdo intelectual do documento; • traduzir a análise do assunto para a linguagem especifi- ca, utilizando descritores. É exigido que o profissional mantenha-se bem informado (cultura geral) sobre as atualidades nas diferentes áreas do co- nhecimento humano. Bibliotecário de aquisição O profissional é responsável por adquirir obras de relevân- cia, levando em conta as necessidades de seus usuários e as carac- terísticas exigidas. Sempre que for necessário obter novas obras, deve-se solicitar o material, aprovar o pedido, verificar a disponibi- lidade do documento no mercado, comprá-lo, negociar condições de pagamento etc. Durante a aquisição deve-se levar em conta não apenas os aspectos comerciais do negócio, mas também o va- lor informacional que a aquisição trará ao acervo da unidade. Após adquirir o documento, inicia-se o processamento téc- nico para incorporá-loao acervo e disponibilizá-lo. Por fim, o processo deve ser acompanhado por um bom sistema de Disseminação Seletiva da Informação (DSI), que pro- moverá uma boa divulgação das novidades informacionais. São exigências da função: 1) analisar as sugestões de usuários/ pesquisadores; 2) controlar orçamento, ou verificar a possibilidade da aquisição; 54 3) analisar a quantidade a ser adquirida, ou se já faz parte do acervo; 4) gerenciar a licitação ou orçamentos para compra; 5) analisar fornecedores, condições de pagamento, prazo etc. Em grande parte das instituições, o profissional não atua somente na aquisição, acumulando outras funções. Isso ocorre porque a maioria das bibliotecas não necessita ou não tem re- cursos suficientes para o desenvolvimento integral de um profis- sional nessa função. Bibliotecário de periódicos Suas principais funções são comprar, receber, avaliar e controlar as coleções de periódicos provenientes de assinatura (compra), doação ou permuta, mantendo atualizadas as infor- mações necessárias às consultas do material pelos usuários. A rapidez na recuperação e o contato imediato com a in- formação vêm-se tornando fatores determinantes na aquisição de periódicos eletrônicos em ambientes universitários, principal- mente pelo acesso às novidades nas áreas científicas e tecno- lógicas. A assinatura permite o acesso a periódicos por área de atuação e a periódicos de acesso livre. No Brasil, as FAPs e o CNPQ possibilitam o acesso dos pes- quisadores a portais como Web of Science e Scielo (Scientific Ele- tronic Library). São exigências da função: 1) intermediar contato com fornecedores, editores etc.; 2) pesquisar necessidades e orçamentos de aquisição de periódicos; 55 3) catalogar e indexar periódicos e artigos; 4) controlar a circulação dos documentos; 5) elaborar relatórios e estatísticas. Em grande parte das instituições, o profissional acumula outras funções. Isso ocorre porque a maioria das bibliotecas não necessita ou não tem recursos suficientes para o desenvolvimen- to integral de um profissional nessa função. Bibliotecário de sistemas O bibliotecário de sistemas gerencia, insere e organiza as informações de uma biblioteca de forma a facilitar o acesso do usuário. Deve oferecer a maior gama possível de possibilidades e mecanismos que permitam a recuperação da informação deseja- da. Para isso, é vital uma boa indexação de termos. Assim, mediante bom treinamento ao usuário quanto à utilização do sistema, é possível dar autonomia a ele, otimizando o tempo e permitindo que ele auxilie outros usuários. O bibliotecário de sistemas deve possuir senso crítico ao elaborar, indexar e disponibilizar os termos das diferentes áreas do conhecimento. Assim, estabele critérios para organizar e in- terpretar a informação nos suportes existentes na biblioteca, via- bilizando conexões entre assuntos para facilitar a pesquisa. São exigências da função: 1) manter contato constante com colaboradores e utiliza- dores (usuários) do acervo; 2) manter-se informado e buscar novas tecnologias e no- vidades da área no que se refere a base, banco e estru- 56 tura de dados, sistemas operacionais, programação, novas tecnologias na área de catalogação etc.; 3) participar do planejamento e da seleção dos sistemas (softwares etc.) da unidade; 4) manter um canal de comunicação aberto entre colabo- radores para assuntos técnicos sobre informática; 5) supervisionar o fluxo de informações do sistema para fins estatísticos, dando suporte, manutenção e desen- volvimento do sistema aos setores (VIEIRA, 2014). Bibliotecário jurídico Esse bibliotecário deve conhecer a fundo o mundo jurídico e suas informações, nas esferas municipais, estaduais, federais e internacionais. Deve tornar-se íntimo dos termos e das definições usadas pe- los profissionais da área: lei, decreto, instrução, medida provisória, emenda constitucional, súmula, jurisprudência etc. Por conseguinte, deve conhecer as técnicas de organização utilizadas pela classe jurídi- ca, dispondo melhor seus documentos, facilitando sua pesquisa etc. Também é importante ao bibliotecário jurídico elaborar sistemas de gerenciamento do conhecimento jurídico, e não apenas organizar seus acervos. De acordo com a Associação Americana de Bibliotecários Jurídicos, esse profissional deve: 1) ser eficiente na pesquisa em qualquer suporte informacional; 2) ser astucioso quanto às vantagens ou desvantagens de uma ou várias fontes de informação; 57 3) ser eficaz na organização da informação, quanto a sua localização e utilização em qualquer suporte; 4) especializar-se na utilização das fontes informacionais (jurídicas ou não); 5) conhecer o sistema legal e a profissão jurídica; 6) ter conhecimento biblioteconômico do ciclo documen- tário em sua totalidade; 7) ter liderança e pensamento crítico no que se refere à administração geral; 8) trabalhar em grupo para alcançar objetivos comuns; 9) promover e defender a necessidade da biblioteca na organização (VIEIRA, 2014). Bibliotecário consultor O bibliotecário consultor presta consultoria aos gestores ou proprietários de empresas ou acervos nas tomadas de de- cisões relativas à organização e à disseminação da informação. Também opina sobre o impacto dessas informações sobre os re- sultados atuais e futuros. O foco da consultoria é definir a melhor alternativa na área da Biblioteconomia para agilizar o acesso à informação num am- biente particular ou empresarial, diminuindo incertezas e riscos no processo natural de competição existente. Os serviços de consultoria normalmente diagnosticam e formulam soluções para determinado assunto (problema) ou especialidade. Tais soluções podem ser em qualquer área do co- nhecimento humano. 58 As consultorias mais comuns são nas áreas jurídica e em- presarial, mas é comum também a organização de acervos de outros tipos: objetos, correspondências, fotografias etc. Suas habilidades devem estar focadas nos métodos e ins- trumentos utilizados, no compartilhamento de ideias e infor- mações e na gestão dos recursos disponíveis. Esse profissional deve ainda detectar as melhores formas de coletar dados para um posterior diagnóstico, observando políticas e valores da or- ganização. Além disso, deve manter-se alinhado à cultura or- ganizacional e respeitá-la para garantir uma boa relação com a empresa-cliente. Assim, com resultados positivos, poderá ser contratado novamente pela mesma organização ou por outras que venham a conhecer seus bons resultados. São exigências da função: 1) Conhecimentos específicos em alguma área; 2) Habilidade no relacionamento interpessoal; 3) Independência; 4) Automotivação; 5) Boa comunicação escrita e verbal; 6) Capacidade analítica, de autenticidade e ética (VIEIRA, 2014). Bibliotecário da área da saúde O bibliotecário especialista na área da saúde é fundamen- tal para difundir informação aos profissionais desse ramo. Atua em diversos setores da saúde, como indústria farma- cêutica, bibliotecas especializadas e entidades pesquisadoras. Contribui em estudos acadêmicos, no atendimento a pacientes 59 e no desenvolvimento científico, pesquisando fontes tradicio- nais ou eletrônicas, que ajudem a esclarecer o problema, seja na área médica, terapêutica, farmacêutica, veterinária ou de enfermagem. O profissional dessa área deve buscar atualização constan- te, devido à produção crescente de pesquisas científicas, divul- gadas principalmente em formato eletrônico. As informações levantadas pelo bibliotecário devem ser avaliadas pelos profis- sionais da saúde, quanto à relevância e à necessidade de apro- fundamento bibliográfico. Nos Estados Unidos há especialização para bibliotecários da área da saúde desde 1939. Já no Brasil esses cursos começa- ram a ser oferecidos na década de 1980, pela Unifesp (Curso de Especialização em Informações em Ciência e Saúde para Biblio- tecários e Documentalistas). São exigências da função: 1) localizar informações impressas oueletrônicas; 2) administrar e criar produtos que facilitem a dissemina- ção da informação; 3) selecionar e comprar livros, periódicos etc., em forma- to impresso ou eletrônico; 4) organizar o uso da informação 5) facilitar o acesso à informação. 6) treinar usuários e pesquisadores (VIEIRA, 2014). Bibliotecário da área da música O bibliotecário especialista em música deve ter amplo co- nhecimento sobre o tema, desde compositores e estilos musi- 60 cais, até músicos e intérpretes nacionais e internacionais, além de, preferencialmente, ter conhecimento sobre partituras. O campo de atuação vai de bibliotecas especializadas a rá- dios e televisão, e os suportes desse tipo de informação são va- riados: LPs, CDs, DVDs, livros, partituras etc. O acervo é destinado aos estudiosos, pesquisadores e inte- ressados em música, preocupados em ampliar seus conhecimen- tos ou por simples prazer. São exigências da função: 1) trabalhar para o avanço dos objetivos de sua organização; 2) reconhecer a diversidade de músicas, usuários e fre- quentadores da biblioteca (equipe, comunidade etc.) e incentivar seus esforços musicais; 3) avaliar continuamente a eficácia e o potencial dos ma- teriais e serviços fornecidos; 4) comunicar-se com eficácia, participando de sua comu- nidade profissional; 5) ler partituras; 6) ter formação em nível superior em Música e Biblioteconomia; 7) desenvolver e empregar sistemas de distribuição de in- formação conforme a necessidade do usuário; 8) avaliar constantemente a qualidade das fontes de informação; 9) criar índices, catálogos, instrumentos de pesquisa, exposições e bibliografias (impressos ou eletrônicos) para melhorar o acesso a coleções. 61 Bibliotecário coordenador de bibliotecas/unidades informacionais O bibliotecário coordenador é o representante da bibliote- ca, e é responsável por gerenciar, liderar, motivar, treinar e orien- tar os colaboradores. É sua obrigação também avaliar, exigir, con- tratar, demitir etc. Para uma melhor gestão, é necessário estabelecer metas e planejar ações a curto, médio e longo prazos. O plano de ação deve levar em conta o gerenciamento dos recursos disponíveis por certo período. Os recursos podem ser tecnológicos, mate- riais, financeiros, físicos e humanos. A gestão deve ter múltiplos olhares sobre a unidade, bus- cando identificar: • pontos positivos: que devem ser destacados, dando o crédito aos responsáveis pela atividade (seja diária ou ligada a uma ação pontual); • pontos negativos: fazendo mudanças e tomando me- didas que possam sanar o problema, ou melhorar um estágio da ação. Em geral, o coordenador é o elo entre os colaboradores da unidade e os tomadores de decisões estratégicas. Por esse motivo, deve usar bom senso e discernimento entre os lados envolvidos, colaborando nos resultados e no cumprimento das obrigações diárias. Para que o gestor não se perca é necessário que tenha cla- ra a missão da instituição a qual pertence. Ele deve implantar um programa de gestão da qualidade que permita acompanhar os resultados e formar uma equipe envolvida em todo o processo e com vistas nos resultados. 62 São exigências da função: 1) ser empreendedor, estando ligado às necessidades, às atualizações e ao planejamento da unidade. 2) ser um líder, preocupado com a questão social, procu- rando ajudar a todos, preocupando-se com as dificul- dades financeiras, não permitindo injustiças; 3) empenhar-se genuinamente na harmonia das relações de trabalho, fator básico para alcançar bons resultados em qualidade e produtividade; 4) monitorar as necessidades da unidade, dos funcioná- rios e dos usuários; 5) ter voz ativa, saber delegar tarefas e resolver eventuais conflitos internos entre funcionários, usuários etc.; 6) avaliar com precisão e constância os colaboradores e suas funções, e, se necessário, trocar funcionários de departamento, e até demitir ou contratar; 7) ser exemplo para os colaboradores, para que se espe- lhem em suas atividades. 63 3.1 BIBLIOTECÁRIO Uma lei federal regula o exercício da profissão de biblio-tecário, é a Lei 4.084 de 1962. Sugerimos que você a leia na ín-tegra. Em seguida, assista ao vídeo Briquet de Lemos – Bibliote-conomia, uma palestra do professor Briquet de Lemos que traz interessantes fatos históricos e reflexões sobre a profissão do bibliotecário na fala. Por fim, leia um texto sobre as condições e a obrigatoriedade do Depósito Legal de publicações para a Bi-blioteca Nacional. • BRASIL. Lei nº 4.084, de 30 de junho de 1962. Dispõe sobre a profissão de bibliotecário e regula seu exercí- cio. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Leis/1950-1969/L4084.htm>. Acesso em: 31 out. 2017. • BIBLIOO. Briquet de Lemos – Biblioteconomia: passado e futuro (vídeo). Disponível em: <https://www.youtube. com/watch?v=7_pOPyLExkA>. Acesso em: 31 out. 2017. 64 • BIBLIOTECA NACIONAL. Depósito legal. Disponível em: <https://www.bn.gov.br/sobre-bn/deposito-legal>. Acesso em: 31 out. 2017. 3.2. BIBLIOTECA ESCOLAR A biblioteca escolar normalmente está dentro do ambiente físico de uma escola. Os textos a seguir retratam particularidades desse espaço e da atuação do bibliotecário escolar. • PINHEIRO, M. I. S. Biblioteca escolar na visão das crianças do ensino fundamental. Revista ACB, v. 22, n. 1, p. 31-37, abr. 2017. Disponível em: <https://revista.acbsc.org.br/ racb/article/view/1199>. Acesso em: 31 out. 2017. • CASTRO FILHO, C. M. Editorial. Biblioteca Escolar em Re- vista, v. 5, n. 2. Disponível em: <http://www.revistas.usp. br/berev/article/view/128711>. Acesso em: 31 out. 2017. • OLIVEIRA, I. R.; CAMPELLO, B. S. Estado da arte sobre pesquisa escolar no Brasil. TransInformação, v. 28, n. 2, p. 181-194, maio/ago. 2016. Disponível em: <http://pe- riodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/transin- fo/article/view/2416/2260>. Acesso em: 31 out. 2017. 3.3. BIBLIOTECÁRIO GESTOR O bibliotecário gestor pode trabalhar em uma grande bi- blioteca, em uma rede de bibliotecas, ou até mesmo em um sis- tema de bibliotecas. Sua atuação exige conhecimentos adminis- trativos e estratégicos. Normalmente realiza os planejamentos e coordena os recursos físicos, financeiros e humanos. Além disso, busca parcerias e financiamentos para novos projetos. 65 • SOUZA, T. L.; OLIVEIRA, R. I. S.; ROSÁRIO, M. H. S. Gestão da informação e do conhecimento: a gestão da qualidade nos serviços da biblioteca. Biblionline, v. 12, n. 1, p. 78-85, 2016. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/index. php/biblio/article/view/28146>. Acesso em: 31 out. 2017. • FERREIRA, M. C. S. B.; RIBEIRO, R. M. R. (apresentação). Organização e funcionamento de biblioteca. Disponí- vel em: <http://sites.uefs.br/portal/sites/bibuefs/ar- quivos/treinamentos/APRESENTACaO%20FINAL.pdf>. Acesso em: 31 out. 2017. • SISTEMA NACIONAL DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS (SNBP). Gestão de bibliotecas. Disponível em: <http://snbp.cultura- digital.br/gestao-de-bibliotecas/>. Acesso em: 31 out. 2017. 68 6. E-REFERÊNCIAS CLARETIANO. Biblioteconomia: sobre o curso. 2017. Disponível em: https://claretiano. edu.br/graduacao/biblioteconomia . Acesso em: 15 nov. 2017. FONSECA, E. Introdução à biblioteconomia. São Paulo: Pioneira, 1992. OLIVEIRA, I. R.; CAMPELLO, B. S. Estado da arte sobre pesquisa escolar no Brasil. TransInformação, v. 28, n. 2, p. 181-194, maio/ago. 2016. Disponível em: <http:// periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/transinfo/article/view/2416/2260>. Acesso em: 31 out. 2017 PINHEIRO, L.V.R. Campo interdisciplinar da ciência da informação: fronteiras remotas e recentes. In: PINHEIRO, L.V.R. (Org.) Ciência da informação, ciências sociais e interdisciplinaridade. Brasília: IBICT, 1999. p.155-182. SNBP – SISTEMA NACIONAL DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS. Gestão de bibliotecas. Disponível em: <http://snbp.culturadigital.br/gestao-de-bibliotecas/>. Acesso em: 31 out. 2017. SOUZA, T. L.; OLIVEIRA, R. I. S.; ROSÁRIO, M. H. S. Gestão da informaçãoe do conhecimento: a gestão da qualidade nos serviços da biblioteca. Biblionline, v. 12, n. 1, p. 78-85, 2016. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/index.php/biblio/article/ view/28146>. Acesso em: 31 out. 2017. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BUCKLAND, M. K. Information as thing. Journal of the American Society for Information Science, v. 42, n. 5, p. 351-360, jun. 1991. CASTRO, C. A. História da Biblioteconomia brasileira: perspectiva histórica. Brasília: Thesaurus, 2000. FONSECA, E. N. A Biblioteconomia brasileira no contexto mundial. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro; Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1979. NUNES, H. Da biblioteca ao leitor: estudos sobre a leitura pública em Portugal. Braga: Universidade do Minho, 1996. RUSSO, L. G. M. A Biblioteconomia brasileira, 1915-1965. Rio de Janeiro: INL, 1966. VIEIRA, R. Introdução à teoria geral da Biblioteconomia. Rio de Janeiro: Interciência, 2014. Portfólio ATIVIDADE O contexto sócio-político-econômico vigente exige das organizações e dos indivíduos aptidão para gerenciar mudanças, mobilizar pessoas, além de administrar recursos de forma a obter vantagem competitiva. Dessa forma, profissionais e empresas buscam estratégias de gestão e de carreiras para corresponder a esse mercado. Com isso, as universidades tentam atrair estudantes por meio de programas de graduação em diversas áreas com ênfase na formação gerencial. Sua atividade é descrever as atribuições de um profissional de biblioteconomia que atua na posição de gestor. OBS: Para redigir sua resposta, use uma linguagem acadêmica. Faça um texto com no mínimo 20 linhas e máximo 25 linhas. Lembre-se de não escrever em primeira pessoa do singular, não usar gírias, usar as normas da ABNT: texto com fonte tamanho 12, fonte arial ou times, espaçamento 1,5 entre linhas, texto justificado. OBS: Para redigir sua resposta, use uma linguagem acadêmica. Faça um texto com no mínimo 20 linhas e máximo 25 linhas. Lembre-se de não escrever em primeira pessoa do singular, não usar gírias, usar as normas da ABNT: texto com fonte tamanho 12, fonte arial ou times, espaçamento 1,5 entre linhas, texto justificado. Pesquisa AUTOESTUDO O bibliotecário também pode “ler música”, tratá-la, organizá-la e disseminá-la. Esta é mais uma área de atuação do bibliotecário, embora não muito desenvolvida, este profissional pode atuar em bibliotecas especializadas em música ou que possuam uma seção especial com este tipo de material, rádios, televisão, enfim em locais que disponham de música para organizar. Pesquise mais e descreva a atuação de um bibliotecário que trabalha em bibliotecas especializadas em música. N