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@brunapvilla Infecções Sexualmente Transmissíveis Podem se manifestar de diversas formas: corrimento vaginal, úlcera genital, corrimento cervical/uretral, DIP e doença verrugosa. Corrimento vaginal Tricomoníase Causada por um protozoário anaeróbio flagelado – Trichomonas vaginalis. A transmissão é por forma sexual Frequente associada com o gonococo e com flora anaeróbia O corrimento é homogêneo esverdeada (ou esbranquiçada) com aspecto bolhoso (por causa do batimento do flagelo do protozoário). Pode levar a uma lesão falsa positiva de ACUS. O colo fica com aspecto de framboesa (potinhos vermelhos) – Quadro clínico – Corrimento com odor fétido pruriginoso pH: maior que 4,5 Teste de aminas ou Whiff test: fracamente positivo Exame microscópico a fresco: motilidade característica do agente presente em 80% dos casos Exame microscópico corado: protozoário de forma ovoide PNM numerosos, lactobacilos escassos, alterações nucleares simulando alterações coilocitóticas. – Tratamento – Aconselhamento e oferecer exame anti-HIV, VDRL e hepatite B, explicar como ela contraiu a infecção. Tem que tratar o parceiro. Metronidazol: 400 – 500mg VO, 7 dias ou 2g VO dose única Secnidazol 2g VO dose única ou tinidazol 2g VO dose única Gestantes após 1º trimestre ou amamentação: Metronidazol 400/500mg 12/12hrs VO por 7 dias ou 2g em VO dose única. ➥ É teratogênico e proibido durante o 1º e o 3º semestre. – Diagnostico diferencial – Outras cousas de vulvovaginites. Úlcera genital Sífilis É causa pelo treponema pallidum. É uma doença infectocontagiosa e específica do homem, causando lesões cutâneo-mucosas. A forma de contágio é através do sexo, transfusão e por via transplacentária (transmissão vertical) Período de incubação: 10 – 90 dias – Classificação – Sífilis recente: menos de 01 ano de evolução: primária, secundária e latente. Sífilis tardia: acima de 01 ano de evolução pode se manifestar de maneira: latente e terciária Sífilis gestacional Sífilis congênita pode ser precoce (2 anos de vida) ou tardia (acima de 2 anos de vida). – Quadro clínico – No Cancro duro ou protossinfiloma que persiste por 6 – 7 semanas, apresentando um infartamento ganglionar: bubão sifílico. ➥ O cancro tem cor de carne ➥ Linfoadenopatia (infartamento ganglionar) Na sífilis secundária é a apresentação de roséolas, sifilides – condiloma plano (que pode secretar uma substância rica em treponema pálido), alopecias. ➥ Surge 6 semanas a 6 meses ➥ Persiste por 3 – 12 meses ➥ Infecção sistêmica Na sífilis tardia é após o período latente, pode ser recente ou tarida. O VDRL apresenta-se positivo ≠ da sífilis terciária e da @brunapvilla neurossífilis (que pode aparecer em qualquer momento da sífilis). – Diagnóstico – Identificação do Ag: campo escuro, coloração de l6amina, IFI para lesões em atividade. Sorologia ➥ Não treponêmica: VDRL e RPR (TR). – VDRL com titulação até 1:8 pode ser uma infecção recente ou um falso positivo. Pode pedir VDRL com intervalo de 14 – 21 dias. – VDRL com titulação de 1:128 está doente. – A titulação do VDRL tem relação com a infectividade ≠ de gravidade (que não está relacionado com o VD) Falso positivo: droga, gravidez, doença imunológica, etc. ➥ Treponêmica: FTA-abs, ELISA – fica positivo pra sempre. Na sífilis primária não se faz VDRL, faz a raspagem da borda da lesão para fazer a identificação do treponema. – Tratamento – Tem que tratar o parceiro e fazer aconselhamento do parceiro. Tem que diluir a penicilina de 1,2 milhões em 2 ampolas e dar uma em cada nádega. Gestante: não pode ser feito a doxiciclina, é feito a penicilina benzatina. Para sífilis tardia: uma dose a cada 7 dias por 3 doses (7, 14 e 21 dias). Reação de Jarisch-Herxheirmer: metilprednisona 40mg antes da dose de penicilinabenzatina para evitar reações adversas. Cancro mole Também conhecida como cancroide, úlcera ducrey, cabalo e cancreia. É causado pelo Haemophilus ducrey, um cocobacilo gram negativo. Período de incubação: 2-5 dias. – Quadro clínico – Lesão ulcerada – bubão cancroide, com borda escavada, bem purulenta, fundo sujo, bastante dolorosa. ➥ Úlcera em beijo/espelho – assimetria das lesões – Diagnóstico – Quadro clínico, Gram, cultura para identificação do agente, biópsia, PCR. – Tratamento – Aconselhamento + tratamento do parceiro Azitromicina: 1g VO, dose única ou ciproflaxacino 500 mg VO, 2 x por dia por 3 dias. Deve-se tratar os parceiros sexuais. Linfogranuloma venéreo Ou linfo inguinal, doença de nícolas-favre, bubão climático. É uma linfoadenopatia inguinal ou femoral. Possui 3 fases: fase de inoculação, fase de disseminação linfática regional e fase de sequelas L1, L2, L3 @brunapvilla Donovanose É uma IST crônica e progressiva causada pela Klebsiella granulomatis atingindo mucosas e regiões genitais, perianais e inguinais Granuloma inguinal ou contagioso Herpes simples tipo 1 e 2 É a IST ulcerativa mais frequente Risco de transmissão assintomática: 1,3% (HSV2) Agente etiológico: HSV1 e HSV2, vírus de DNA termolábeis e resistentes ao frio Periodo de incubação: 2 a 20 dias, mas pode ficar muito tempo em latência Recorrência: HSV2 é 4x maior do que o HSV1 – Quadro clínico – Tem 03 fases evolutivas Primeira: prurido, ardor e hipermia Segunda: lesões cutâneas vesiculoas distribuídas pela genitália, paresia, dor importante + síndrome infecciosa + adenopatia inguinal e femoral Terceira: úlceras rasas com fundo limpo ou com inf. 2 Recorrência: + de 4 episódios por ano ou quando ocorre a cada 3 meses ± (e identificar o fator de risco p/ evitar fator de risco). – Diagnóstico clínico – Teste de tzanck (raspado da lesão) / sorologia IgM e IgG, IF direta ou PCR. – Tratamento – Aconselhamento e outros testes rápidos para outras IST’s O tratamento depende do caso clínico. O HSV é neurófilo e a região inteira fica dolorosa mesmo sem a lesão. Aciclovir 200mg, 4/4hrs, 5x dia durante 7 dias ou 400mg, VO, 8/8hrs por 7 dias Valaciclovir 1g, VO, 12/12hrs por 7 duas Famciclovir 250mg, VO, 8/8hrs por 7 dias E incluir cuidado local: ATB + assepsia + analgesia Corrimento cervical e uretral Gonorreia É causado pela neisseria gonorrhoeae, que é um diplococo gram negativo intracelular, infecta o epitélio colunar ou de transição. A forma de contágio é planimétrica (célula a célula), que quando chega nos tecidos causa uma inflamação. Apresenta uma secreção purulenta pelo orifício do colo do útero. – Quadro clínico – Pode cursar como infecção assintomática (80% das mulheres). Sinais e sintomas são genito-urinária, mas também podem ser extragenitais. – Diagnóstico – Pode ser por cultura, gram ou ELISA. – Tratamento – Não complicada: Ceftriaxona 500mg, IM em dose única associado com Azitromicina 1g, VO, dose única. Complicada: ceftriaxona 1g, IM ou IV por 7 dias associada com 1 g de azitromicina VO em dose única. Clamídia É causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. + corrimento cervical e uretrual Cepa K – Quadro clínico – Assintomática em até 70% dos casos Dor embaixo ventre.... – Tratamento – Azitromicina 1g, VO em dose única OU doxiciclina 100mg, VO 2x por dia por 7 dias (exceto gestantes). DIP Doença inflamatória pélvica: é uma síndrome clínica é atribuída a disseminação ascendente de microrganismos da vagina ao trato genital superior. @brunapvilla Fatores de risco: tabagistas, não-branca, jovens, nulíparas, e DIP prévia, baixo nível socioeconômico, múltiplos parceiros, manipulação do trato genital. Pode ter classificação: ➥ Leve: salpingite sem peritonite ➥ Moderada: salpingite com peritonite ➥ Grave: abscesso tubo-ovariano ➥ Pode evoluir para sepse e morte (infecção sistêmica). – Diagnóstico– – Critérios para indicação de tratamento – – Sequelas – Precoce: peri-hepatite, abscesso tubo-ovariano e morte Tardias: infertilidade, gravidez ectópica e dor pélvica crônica (aderências). HPV É causado pelo papilomavírus humano. É a IST viral mais frequente no mundo O período de incubação é variável Fatores estimuladores: vaginite, má higiene, gravidez, ACO, tabagismo (glicogênio), umidade genital e imunidade à recidivas. – Formas clínicas – Condiloma acumidado Condiloma gigante: Bushke ou papulose de Bowenoíde Infecção subclínica: colposcopia ou CCO Infecção latente: testes de detecção do HPV – Diagnóstico – Pelo exame físico Citológico/histológico coilocitose PCR, captura híbrida ou por hibridização – Tratamento – Apenas estético ou funcional da verruga ➥ Aplicação do ácido crioacético (*) ou por cirurgia.
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