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Micrômetro Externo

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1 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO 
CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 
 
 LABORATÓRIO DE METROLOGIA DIMENSIONAL 
 MICRÔMETRO EXTERNO 
 
MICRÔMETRO EXTERNO 
 
 
 
O princípio de medição do micrômetro é baseado na conexão entre um parafuso 
e uma porca e na dependência entre o deslocamento axial e o de rotação no movimento 
relativo entre esses dois elementos. Essa relação, entre os deslocamentos axial e de 
rotação, possui caráter proporcional e a constante de proporcionalidade é definida em 
função do passo da rosca. 
A título de exemplo, se uma rosca possui passo de 2 mm, então ao girar o 
parafuso ou a porca por uma volta completa, essa peça se movimentará axialmente por 
uma medida equivalente ao passo, nesse caso igual a 2 mm. De modo semelhante, 
valores maiores ou menores de rotação correspondem a quantidades proporcionais de 
deslocamento. Assim, considerando que a rosca tem passo de 2 mm, 1 16⁄ de revolução, 
isto é, 22,5 graus, seria equivalente a um deslocamento de 2 × 1 16⁄ = 0,125 mm e 4 
revoluções e meia seria equivalente a 2 × 4,5 = 9 mm. 
Acredita-se que esse princípio de medição tenha sido utilizado pela primeira vez 
pelo astrônomo inglês W. Gascoine no século XVII para medir a distância entre as 
estrelas com um microscópio. Entretanto, a primeira patente de um instrumento de 
medição portátil com uma estrutura similar à dos micrômetros modernos foi concedida 
em meados do século XIX e é creditada ao inventor francês J. Palmer. 
Os principais constituintes de um micrômetro externo estão representados na 
figura a seguir. O arco do micrômetro normalmente é fabricado em aço especial ou 
fundido tratado termicamente para alívio de tensões. O isolante térmico fixado ao arco 
tem a função de evitar que o calor da mão que segura o instrumento provoque uma 
dilatação térmica. 
 
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 LABORATÓRIO DE METROLOGIA DIMENSIONAL 
 MICRÔMETRO EXTERNO 
 
Figura 1 – Nomenclatura das partes principais de um micrômetro externo. 
 
A bainha é fixa ao arco. Na face externa dela é gravada a escala fixa, a linha de 
referência e a escala do nônio. Além disso, a bainha possui uma rosca interna e, 
portanto, assume a função de uma porca. O parafuso nesse instrumento se estende do 
tambor à haste móvel, passando por dentro da bainha e do arco. As roscas são 
fabricadas em aço especial temperado e retificado com o intuito de garantir alta 
exatidão. 
O tambor funciona como a cabeça do parafuso. Ao rotacioná-lo, o parafuso 
avança ou recua, movimentando consigo o próprio tambor e afastando ou aproximando 
as faces de medição de acordo com o sentido de giro. O tambor também possui uma 
escala na face externa, que divide uma rotação completa em partes iguais. Como cada 
volta do parafuso corresponde a um deslocamento equivalente ao passo da rosca, essa 
escala possibilita medir frações menores desse passo. 
As faces de medição, por estarem constantemente em contato com outras 
superfícies, são fabricadas em metal duro com alta resistência ao desgaste e com 
tolerâncias rigorosas de planicidade e paralelismo. A catraca assegura uma pressão 
adequada entre as superfícies durante a medição e, por último, a trava impede a 
movimentação do fuso quando se deseja, por exemplo, manter no micrômetro uma 
medida. 
 
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 LABORATÓRIO DE METROLOGIA DIMENSIONAL 
 MICRÔMETRO EXTERNO 
Os micrômetros comercializados possuem faixa de medição de 25 mm ou 1”, 
porém os limites inferior e superior dessa faixa variam de acordo com o tamanho do 
micrômetro, conforme ilustrado na imagem a seguir, e podem alcançar até 2000 mm ou 
80”. 
 
 
Figura 2 – Micrômetros com diferentes tamanhos e escalas de medição. 
 
Na maioria dos micrômetros com escala no sistema métrico, o passo da rosca é 
de 0,5 mm, o tambor possui 50 divisões e o nônio, quando presente, subdivide a escala 
do tambor em mais 5 ou 10 partes. No sistema inglês, geralmente os micrômetros 
possuem rosca com passo de 0,025”, 25 divisões no tambor e 10 divisões no nônio, 
quando incluso. Desse modo, a resolução desses instrumentos costuma ser de 0,01 mm, 
0,002 mm ou 0,001 mm, no primeiro sistema, e de 0,001” ou 0,0001” no segundo. 
Antes de utilizar o micrômetro, alguns fabricantes recomendam que sejam feitos 
alguns procedimentos, entre eles: checar se não há nenhum bloqueio ou obstáculo à 
movimentação girando o tambor pelo curso completo do instrumento; prender uma 
folha de papel entre as faces de medição e puxá-la levemente, sem retirá-la, para 
remover impurezas nessas faces; e encostar suavemente as faces de medição utilizando 
a catraca a fim de verificar o alinhamento da linha de referência com o zero do tambor. 
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 LABORATÓRIO DE METROLOGIA DIMENSIONAL 
 MICRÔMETRO EXTERNO 
Para iniciar a medição, incialmente é necessário verificar se o fuso está 
destravado. Caso esteja, precisa-se destravá-lo. Posteriormente, gira-se o tambor até 
que as faces de medição estejam afastadas o suficiente para inserir o objeto que se 
deseja medir entre elas. Depois, rotaciona-se o tambor no sentido contrário para 
aproximar as faces de medição da superfície da peça. O contato entre as superfícies deve 
ser feito suavemente girando a catraca. Recomenda-se girá-la por mais uma volta meia 
ou duas voltas após esse contato. 
A leitura da dimensão indicada no micrômetro é obtida através da soma dos 
valores indicados na escala fixa da bainha, na escala do tambor e no nônio, conforme 
indicado no esquemático a seguir. A leitura na primeira escala é feita verificando-se por 
quantos traços o tambor se deslocou, ou seja, observando-se qual o último traço visível 
dessa escala. Cada traço na escala da bainha corresponde ao deslocamento executado 
pelo tambor ao girar uma volta completa, isto é, cada traço equivale ao passo da rosca. 
 
 
Figura 3 – Exemplificação do procedimento para leitura da dimensão mesurada por um micrômetro. 
 
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 MICRÔMETRO EXTERNO 
A leitura da escala do tambor é realizada verificando-se qual o primeiro traço 
dessa escala que está abaixo ou coincidente com a linha de referência. Para identificar 
quanto representa cada traço do tambor, precisa-se dividir a menor divisão da escala da 
bainha pela quantidade de traços da escala do tambor. Assim, cada traço representa 
uma fração do passo da rosca. 
Por fim, a leitura do nônio é feita detectando-se qual linha da escala do nônio 
coincide com uma linha da escala do tambor. De modo análogo ao processo anterior, 
para calcular quanto representa cada traço do nônio, é necessário dividir a menor 
divisão da escala do tambor pela quantidade de traços da escala do nônio. 
Durante a manipulação do micrômetro, deve-se sempre ter o cuidado de evitar 
impactos e quedas que possam danificá-lo ou riscar a escala. Quando for utilizado 
durante um período longo, indica-se examinar o ponto zero com certa frequência, pois 
podem ocorrer erros relacionados à expansão térmica. Para fazer a limpeza e remoção 
de poeiras e sujeiras, sugere-se a utilização apenas de um pano macio e limpo. 
Depois de utilizado, o micrômetro deve ser guardado dentro do estojo, 
preferencialmente em um ambientelivre de poeira, calor excessivo e umidade. Além 
disso, alguns fabricantes sugerem que o instrumento seja armazenado com a trava solta 
e as faces de medição afastadas entre 0,2 e 2 mm. Também se recomenda aplicar 
vaselina ou óleo para micrômetro no fuso a fim de prevenir contra a oxidação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR NM ISO 3611: Micrômetro 
para medições externas. Rio de Janeiro: ABNT, 1997. 
 
CEARÁ. Secretaria da Educação. Metrologia. Fortaleza: Secretaria da Educação. 
 
LINCK, Cristiano. Fundamentos de metrologia. 2. ed. Porto Alegre: SAGAH, 2017. 
 
GONÇALVES JÚNIOR, Armando Albertazzi; SOUSA, André Roberto de. Fundamentos de 
metrologia científica e industrial. 2. ed. Barueri: Manole, 2017. 
 
MITUTOYO. A Brief History of the Micrometer. Illinois: Mitutoyo, [20--?]. 
 
MITUTOYO. Manual de uso e Conservação de Instrumentos Convencionais. Suzano: 
Mitutoyo, [20--?]. 
 
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. Metrologia Básica: Mecânica. 
Vitória: SENAI, 1996. 
 
SILVA NETO, João Cirilo da. Metrologia e controle dimensional: conceitos normas e 
aplicações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 
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