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amantha rebouça Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica É uma enfermidade respiratória caracte- rizada pela presença de obstrução crô- nica do fluxo aéreo, que é usualmente progressiva. Está associada à: Resposta inflamatória anormal dos pul- mões e das vias aéreas à inalação de par- tículas ou gases tóxicos, causada prima- riamente pelo tabagismo. Além de comprometer os pul- mões, podem causar: • Alterações metabólicas e nutricionais • Disfunção muscular esquelética • Inflamação sistêmica • Miopatia induzida por drogas Estado Nutricional na DPOC É observada desnutrição energético- proteica tanto em pacientes hospitaliza- dos ou não. Reduções no peso corporal (abaixo de 90% do peso ideal) são fatores prognós- ticos negativos independentemente da gravidade da doença. A depleção nutricional pode acontecer por: • Mediadores inflamatórios contribuem para o hipermetabolismo, diminui- ção da ingestão energética e res- posta inadequada à ingestão ali- mentar; • Administração prolongada de medica- mentos como teofilina; • Irritação gástrica; • Beta-2-agonistas e corticoesteroides. Redução dos níveis de hormônios ana- bolizantes endógenos (testosterona e GH) Atrofia muscular e aumento da degrada- ção proteica em pacientes com DPOC Em condições normais, a perda de peso ocorre pelo desequilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto energético; porém em pacientes com DPOC, mesmo havendo in- gestão normal há o contínuo déficit ener- gético, por causa do hipermetabolismo. Saciedade precoce e anorexia também podem estar presentes em virtude da dis- pneia e da fadiga Geram consequências na composição corporal e redução dos compartimentos de massa gorda e massa magra Caquexia O uso sistêmico de corticoesteroides por pacientes com DPOC pode aumentar o risco de obesidade. O excesso de massa gorda prejudica: • Função pulmonar • Capacidade física ao exercício • Atividades de vida diária • Prognóstico da doença Avaliação do Estado Nutricio- nal na DPOC Em pacientes com DPOC o ponto de corte do IMC é diferenciado. Depleção Nutricional: IMC < 21 kg/m2 É importante quantificar a Massa Corpo- ral Magra (MCM) e o Índice de Massa Ma- gra (IMM), pois o IMC possui baixa sensi- bilidade. MCM pode ser obtida por DEXA ou antro- pometria. A MCM será estimada subtra- indo-se o peso corporal da gordura amantha rebouça corporal (obtida a partir do somatório das pregas cutâneas). IMM= MCM/estatura2 O IMM é utilizado como índice para ca- racterização da depleção de massa ma- gra: • Mulheres: ≤ 15 kg/m2 • Homens: ≤ 16 kg/m2 Diagnóstico da caquexia: Perda de peso de pelo menos 5% em 12 meses ou menos (livre de edema) Ou IMC < 20 kg/m2 + presença de ao menos outros 3 fatores: • Fadiga • Diminuição da força muscular • Anorexia (consumo energético < 20 kcal/kg/dia) • Índice de massa magro baixo • Anormalidades bioquímicas como: ↑ de marcadores inflamatórios IL-6 > 4 pg/mL, PCR > 5 mg/L, Hb < 12 g/dL e albumina sérica < 3,2 g/dL A avaliação do estado nutricional deve in- cluir, ainda: • História alimentar • Marcadores bioquímicos
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