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Práticas_do_Inspetor_no_Contexto_Escolar

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Biblioteca online - sem valor comercial, proibida a reprodução e venda 
 
 
 
 
 
 
 
 
Práticas do Inspetor no contexto Escolar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
1 
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APRESENTAÇÃO 
 
 
Este material instrucional contém legislação de ensino, selecionadas, visando aplicações práticas em 
suas atividades de inspeção escolar nas unidades de ensino, seja ela pública ou privado. 
A Inspeção Escolar é uma área de atuação para a qual o profissional deve apresentar capacidade de 
investigação, observação, análise e compreensão global e especifica de processos envolvidos em 
situações de organização e gestão escolar. 
Portanto, é necessário conhecimento e diretrizes teóricas, que possam viabilizar a compreensão do 
funcionamento, desenvolvimento e necessidade. 
Espera-se, no entanto, que você utilize os conhecimentos aqui oferecidos em reformulações pessoais 
e profissionais acreditando na análise imprescindível do que lhe é oferecido, antes de meramente 
colocá-los em execução. 
 
 
Que sua utilidade possa ser constatada, é o nosso desejo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Unidade I: 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
2 
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1. Organização Curricular e Funcionamento Escolar......................................................................06 
1.1. Calendário Escolar......................................................................................................................09 
1.2. O Que é Dia Letivo? E Dia Escolar ?.........................................................................................10 
1.3. Orientações Gerais para elaboração do Calendário Escolar........................................................14 
1.4. Atividade de conclusão da Unidade I..........................................................................................23 
 
Unidade II: 
2. Organização Curricular: Conceito, Limites, Possibilidades..........................................................25 
2.1. O Ensino Religioso no Currículo Escolar....................................................................................30 
2.2. O Ensino Religioso nas Escolas Confessionais............................................................................32 
2.3. Filosofia e Sociologia: Disciplinas Obrigatórias no Ensino Médio.............................................34 
2.4. Atividade de Conclusão da Unidade II.........................................................................................35 
 
Unidade III: 
 
3. A Carga Horária Mínima da Educação Básica: Horas Relógio? Ou Horas Aula?......................36 
3.1. Recreio Escolar: Efetivo Trabalho Escolar.................................................................................38 
3.2. Orientações e Cálculos da Carga Horária Anual.........................................................................41 
3.3. Orientações e Cálculos da Carga Horária por aula......................................................................42 
3.4. Atividade de Conclusão da Unidade III......................................................................................43 
 
Unidade IV: 
 
4. Frequência Escolar e o Diário de Classe......................................................................................45 
4.1. Frequência Faltas e Alguns Apontamentos da Legislação...........................................................49 
4.2. Tratamento Especial para os alunos portadores de afecções – Decreto Federal nº 1.044/1969...52 
4.3. Atividades de Conclusão da Unidade IV......................................................................................56 
 
Unidade V: 
 
5. Organização e Regularização de Vida Escolar do Aluno.............................................................57 
5.1. Classificação e Reclassificação...................................................................................................58 
5.2. Equivalência de Estudos - Ensino Fundamental e Médio...........................................................59 
5.3. Progressão Parcial........................................................................................................................61 
5.4. Aceleração e Aproveitamento de Estudos....................................................................................65 
5.5. Aproveitamento de Estudos em Curso de Eja ou Exames Supletivos.........................................66 
5.6. Atividades Avaliativas .................................................................................................................67 
 
Ficha técnica do módulo: Práticas do Inspetor no Contexto Escolar 
Ementa: é proporcionar ao profissional da educação o aperfeiçoamento das práticas de inspeção 
escolar. Para tanto busca atualizar o profissional em relação à legislação do ensino, em particular, no 
que tange às diretrizes curriculares para a educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; 
propiciar momentos de reflexão sobre os principais desafios dos inspetores escolares; apresentando 
subsídios que possibilitem aos profissionais em educação a compreensão da organização e 
funcionamento dos sistemas de ensino em todas as esferas administrativas e pedagógicas. 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
3 
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Objetivos: 
• Capacitar profissionais para atuar em, inspeção escolar 
• Contribuir e oferecer subsídios teórico-metodológicos para desenvolvimento de competências 
administrativas, técnicas, políticas e pedagógicas para o exercício das funções de Inspetor 
Escolar, na implementação das políticas e diretrizes da Educação Nacional e Estadual de 
Educação. 
 
Metodologia: O curso será desenvolvido através de aulas expositivas, dinâmicas, discussão em 
grupos, possibilitando ao aluno o contato com textos para leitura, reflexões e discussões, resolução 
de exercícios ao final de cada unidade e ao final do livro 
Bibliografia Básica: 
BARBOSA, Maria Rita Leal da Silveira. Inspeção Escolar: Um olhar crítico.Uberlândia.2008 
CANEN, A.; MOREIRA, A.F.B. “Reflexões sobre o multiculturalismo na escola e na formação 
docente”. In: (Orgs.), Ênfases e omissões no currículo, Campinas: Papirus, 2001, p.15-44. 
 
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Educação. Constituinte 
Escolar, caderno temático nº 8, Porto Alegre, maio/2000, p. 13. 
 
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. FONSECA, Marília (org.). As Dimensões do Projeto Político-
Pedagógico: Novos desafios para a escola. Campinas, S.P.: Papirus, 2001. 
 
VEIGA, Ilma Passos da. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção coletiva. In: VEIGA, 
Ilma 
Passos da (org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 
1998. p.11-35. 
 
Bibliografia Complementar: 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases Educação Nacional. Lei n. 9394/96, MEC. 
 
BRASIL.Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais.MEC/SEF,1997BRASIL, 
Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 
1988.BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. 
BRASIL. Ministério da Educação.Portaria nº 501, de 14 de maio de 1952. Autoriza e Determina os Dias 
Letivos e Escolares das Escolas Públicas e Privadas.. 
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação 
Básica. Resolução CNE/CEB nº 4/2010 
BRASIL.Conselho Nacional de Educação. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino 
Fundamental de 09 Anos. Resolução CNE/CEB nº 7/2010 
Textosextraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
4 
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BRASIL.Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educaçao Básica. Aprova as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para o Ensino Fundamental. Parecer CNE/CEB n° 4/98 
BRASIL.Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educaçao Básica. Institui as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para o Ensino Fundamental. Parecer CNE/CEB n° 2/98 
BRASIL.Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educaçao Básica. Esclarece Dúvidas sobre a Lei nº 
9.394/96. Parecer CNE/CEB n° 12/97 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 4.024/61. 
BRASIL. Fixa diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus, e dá outras providências. Lei nº 5.692/71 
BRASIL. Altera dispositivos da Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971, referentes a profissionalização do 
ensino de 2º grau. Lei n. Lei nº 7.044/82 
BRASIL. Dispõe sobre o ensino da língua espanhola. Lei nº 11.161/2005 
 
BRASIL. Altera o art. 36 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da 
educação nacional, para incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias nos currículos do 
ensino médio. Lei nº 11.684 de 02.06.2008 
 
BRASIL. Altera o art. 12 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, determinando às instituições de ensino 
obrigatoriedade no envio de informações escolares aos pais, conviventes ou não com seus filhos. Lei n. 
12.013/2009 
 
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS. Orienta as escolas na elaboração do 
Calendário Escolar para o ano de 2013. Resolução SEE nº 2.233 de 11 de Dezembro de 2012. 
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Orienta as instituições pertencentes ao 
Sistema Estadual de Ensino referente ao Calendário Escolar para o ano de 2013. Resolução 017/2012 – 
Governo do Estado do Paraná 
 
 
UNIDADE I 
1. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E FUNCIONAMENTO ESCOLAR 
 
A educação é como um espelho fiel que nos 
reproduz com clareza o que uma sociedade é, o 
que ela deseja fazer de si e o que ela afirma 
desejar. (VALE, Lilian do. A escola imaginária. 
Rio de Janeiro DO&A Editora, pag. 8, 1997) 
 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
5 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128525/lei-de-diretrizes-e-base-de-1971-lei-5692-71
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As discussões e orientações aqui abordadas estão fundamentadas na Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDBEN nº 9.394/1996), nas Resoluções e Pareceres e procedimentos definidos 
da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, para o funcionamento e 
organização da educação básica no Brasil. 
Cada estado brasileiro, possui o Conselho Estadual de Educação e as Secretarias de Estado de 
Educação, que são órgãos governamentais, que acatam as instruções do Conselho Nacional de 
Educação com as respectivas regulamentações da LDBEN nº 9.394/96 e suas respectivas 
regulamentações, buscando orientar, auxiliar e instrumentalizar as escolas públicas e privadas, 
pontuando em especial aspectos relevantes sobre a matrícula e estrumação, organização curricular e 
avaliação para as etapas da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. 
A Educação Básica compreende: 
• Educação Infantil para o atendimento das crianças em Creches e Pré-Escolas, 
• Ensino Fundamental para o atendimento das crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos 
• Ensino Médio para o atendimento dos adolescentes, jovens, adultos e idosos, nos espaços 
escolares públicos ou privados. 
É importante considerar as dimensões do educar e do cuidar, em sua inseparabilidade, de forma a 
recuperar a sua centralidade, que é o estudante, indivíduo em formação na sua essência humana (Art. 
6º, Resolução CNE/CEB nº 4/2010). 
O direito à Educação Básica é dever da família e do estado assegurado pela emenda constitucional nº 
59/2009 e pela LDB nº 9.394/1996, que em seu artigo 4º trata da garantia de: 
I – ensino fundamental gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; 
II - universalização do ensino médio gratuito; 
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, 
preferencialmente na rede regular de ensino; 
IV - atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade; 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a 
capacidade de cada um; 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
6 
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VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades 
adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as 
condições de acesso e permanência na escola; 
VIII - atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas 
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; 
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por 
aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem; 
X - vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua 
residência frequentar a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. 
 
Universalizar o ensino significa afirmar que todas as pessoas em idade escolar ou não, devem a 
escola ou, pelo menos, ter a garantia de uma vaga ofertada pelo poder público estadual e/ou 
municipal, levando em consideração a proximidade do domicílio. Para a garantia efetiva dos direitos 
mencionados, o Estado e os Municípios deverão firmar um regime de colaboração para viabilizar o 
acesso ao ensino público gratuito e de qualidade para todos. 
 
 
 
 
 
 
Sendo assim caro aluno(a), algumas ações são necessárias para o conhecimento e prática 
do inspetor escolar que: 
• O Sistema Estadual de Ensino deve, junto aos Conselhos Estaduais de Educação, organizar a 
Educação Básica de acordo com a legislação em vigor; 
• O Sistema Estadual de Ensino (órgão responsável pelas de escolas de um estado – SEE/SME), de 
acordo com a legislação nacional e estadual, deve buscar, em todo o tempo, a melhor adequação 
possível às necessidades dos estudantes e à garantia do direito pleno à educação e à escolarização; 
• O Sistema Estadual de Ensino deve discutir a definição de uma proposta de unificação dos 
calendários escolares, acompanhando e monitorando a ação educativa, objetivando que os 
resultados previstos possam ser alcançados; 
 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
7 
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LEITURA OBRIGATÓRIA: Para ampliar seu conhecimento a respeito da organização curricular 
no Brasil, sugerimos a leitura da Resolução do Conselho Nacional de Educação/Câmara de 
Educação Básica as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica – Resolução 
CNE/CEB 04/2001. 
 
Fonte: portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1. CALENDÁRIO ESCOLAR 
 
 
O calendário escolar é de extrema importância, pois ele é um elemento constitutivo da organização 
do currículo escolar. Através do calendário escolar é possível verificação do tempo escolar que será 
utilizado para aprendizagem bem como a quantidade de horas que os professores de cada matéria 
terão para usar em sala de aula, as avaliações, cursos, os feriados, as férias, períodos em que o ano se 
divide, os dias letivos, as atividades extracurriculares (como campeonatosinter-classe, festa junina, 
entre outros) e as atividades pedagógicas (como trabalho coletivo na escola, conselho de classe e 
paradas pedagógicas). 
 
Além disso, essa organização do tempo escolar de cada escola deve levar em consideração a 
realidade, a região e a estrutura de cada instituição e dos alunos. Por exemplo, em regiões onde a 
maioria da população, o que engloba os alunos, trabalha na área rural, o calendário escolar deve levar 
em conta as épocas de safra e entressafra. 
 
O calendário escolar deve ser elaborado pela Escola, em acordo com os parâmetros definidos em 
norma específica, publicada anualmente pelas Secretarias de Educação. As escolas públicas e 
unidades escolares em regime privado receberão as instruções para elaboração do calendário escolar. 
 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
8 
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As pessoas mais indicadas para a organização desse tempo escolar são os próprios professores, 
gestores e supervisores escolares, por conhecerem as necessidades e a realidade da sala de aula, que 
será amplamente discutido e aprovado pelo Conselho Escolar ou Colegiado da Escola (que são 
instituições representativas dentro da Escola – composta por: segmentos professores, pais, alunos e 
comunidade local). 
 
Cabe a Inspeção Escolar, orientar, auxiliar os gestores na elaboração do calendário, compete também 
ao inspetor escolar supervisionar o cumprimento das atividades nele previstas . 
 
A LDEN 9.394/96, preconiza a elaboração do calendário escolar, sendo garantidos no Calendário 
Escolar, os mínimos de 200 (duzentos) dias letivos e carga horária de 800 horas, para os anos 
iniciais, e de 833 horas e os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. A jornada escolar 
escolar é de no mínimo 4 horas de trabalho diário, excluído o tempo destinado ao recreio. 
 
A Organização do tempo escolar no Ensino Fundamental e Ensino Médio, deve assegurar a duração 
da semana letiva de 05 (cinco) dias. 
 
 
 
LEITURA OBRIGATÓRIA: Para ampliar seu conhecimento para a elaboração e inspeção do 
cumprimento do Calendário Escolar, sugerimos a leitura da Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDBEN nº 9.394/96 Arts. 23 e 24) 
 
 
 
 
1.2. O QUE É DIA LETIVO? E DIA ESCOLAR? 
 
Em se tratando de calendário escolar, no cumprimento dos 200 dias letivos, e com atividades 
escolares, ainda surgem dúvidas na elaboração e até mesmo na homologação do calendário 
escolar. Buscando esclarecer aos Inspetores Escolares, trazemos aqui uma breve discussão sobre o 
que é dia letivo e dia escolar nas unidades escolares no Brasil. Veja abaixo o Art. 34 da LDBEN 
nº 9.394/96: 
 
“Art. 34 - a jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de 
trabalho efetivo em sala de aula, sendo, progressivamente ampliado, o período de 
permanência na escola.” 
 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
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E aqui se trata de horas relógio de 60 minutos, pois quando a Lei se refere a horas-aula, o diz 
expressamente, como se lê no art. 12, inciso III, art. 13, inciso V e art. 24, inciso I. Os termos não 
mudaram de legislação para legislação e o significado de dia letivo é o mesmo. 
A Portaria nº 501, de 14 de maio de 1952, do Ministério da Educação, determinava no art. 14, § 3º: 
“nos períodos letivos, haverá trabalhos escolares, excluídos os dias festivos”. 
A Lei nº 4024, de 20 de dezembro de 1961, referindo-se à duração mínima do período letivo 
determinava no art. 38: “cento e oitenta dias de trabalho escolar efetivo, excluindo o tempo 
reservado a provas e exames”. 
Com o advento da Lei nº 5692/71, de 11 de agosto de 1971, ficou estabelecimento no art. 11. “ o ano 
e o semestre letivo terão, no mínimo, 180 e 90 dias, respectivamente, de trabalho escolar efetivo”. 
A Lei nº 7044/82, desobrigando as escolas da profissionalização, fixou no art. 12: “ a duração do 
(então) 2º grau em 2.200 horas de trabalho escolar efetivo.” 
A Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996, atualmente vigente, estabelece no art. 24, inciso I, 
que: “ a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de 
duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluindo o tempo reservado aos exames finais, quando 
houver”. Para o cumprimento dessa exigência, determina: 
 
• À Escola - “assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas” 
(no art. 12, inciso III); 
 
• Aos docentes - “ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidas” (art. 13, 
inciso V); 
 
 
Observe-se que, tanto na legislação atual como na anterior, as expressões são praticamente as 
mesmas: trabalho escolar, na Portaria nº 501, trabalho escolar efetivo nas Leis nºs. 4024/61, 5692/71 
e 7044/82 e efetivo trabalho escolar” na Lei vigente nº 9394/96 (grifos nossos). 
Entende-se, portanto, por trabalho escolar efetivo como o conjunto de atividades inerentes à 
finalidade da escola. A escola foi instituída para educar e a educação envolve dois momentos 
importantes e inseparáveis: a instrução e a formação, ambas atuando diretamente sobre as duas 
faculdades superiores do homem: a inteligência e a vontade. Pela inteligência aprende-se, sabe-se, 
conhece-se e, pela vontade, se deseja, se quer, se realiza. Com a transmissão de conhecimentos, 
enriquece-se a inteligência e, com a orientação e prática de bons princípios, forma-se a vontade. 
Portanto, todas as atividades voltadas ou à transmissão de conhecimentos aos alunos ou à formação 
de suas personalidades, se constituem trabalho escolar efetivo. Dessa maneira, são trabalhos 
escolares efetivos para definirem um dia letivo, aulas, palestras, conferências, pesquisas, seminários, 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
10 
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semana cultural, semana pedagógica, semana esportiva, projeção de filmes, visitas a instituições, 
monumentos, excursões instrutivas e muitos outros de caráter educativo, sempre envolvendo 
professor e aluno. Então, atividade escolar não se realiza só em sala de aula, entre quatro paredes, 
diante de um quadro negro ou verde e de um professor. 
É o processo em que alunos, sob a orientação de um professor buscam a aprendizagem, isto é, um 
momento de enriquecimento da inteligência e/ou um estímulo à formação da vontade. 
 
Dias letivos se fazem com professores e alunos e são momentos que se integram na construção de 
saberes plurais, fazendo da escola um legítimo espaço de intercâmbio de experiências e 
aprendizagem. Nessa perspectiva, todo intervalo de tempo em que a busca do conhecimento é 
vivenciada na escola, intermediada por educadores e educandos em situações formais e não-formais, 
com objetivos claros e atividades pedagógicas acontecendo, efetiva-se como dia letivo. 
 
Em resumo, pode-se definir Dia Letivo, como aquele que: 
• tenha sido previsto pela escola em seu calendário e proposta pedagógica como 
letivo; 
 
• que nele haja atividades letivas com freqüência exigível dos alunos; 
 
• que nessas atividades haja efetiva orientação de professores; 
 
• que essas atividades se prolonguem por tempo razoável, com duração mínima, 
para os alunos do ensino fundamental, de 240 minutos. 
 
 
Atividades que podem ser consideradas letivas 
1. Reunião de pais e mestres – Pode ser considerada atividade letiva nas seguintes 
condições: 
 
a) Se a escola promover para os alunos, sob a orientação de um ou mais 
professores, outra atividade na ocasião; 
 
b) Se a escola reservar apenas um período da jornada escolar diária para realizar a 
reunião. 
 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
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2. Sábados com manhãs esportivas - pode ser considerada atividade letiva quando 
envolver alunos e contar com a presença de professor no desenvolvimento das 
atividades esportivas. 
 
3. Celebrações da 1ª Eucaristia, missa das mães, missa de Páscoa, encontros 
ecumênicos, encontros de divulgação das normas da escola - O principio é o mesmo. 
As atividades deverão ter objetivos educacionais claros, comparecimento de alunos e 
professores. 
 
4. Sábados de reposição de aulas – esta ocorrência envolve duas situações: a primeira, 
seria reposição de aulas para todos os alunos, no caso, por exemplo, de greve de 
professores, e a segunda, seria reposição de aulas, para algum professor que faltou. As 
duas ocorrências são consideradas como dias letivos. 
 
5. Seminários e oficinas com alunos e/ou pais – a atividade poderá ser considerada letiva 
se contar com a participação de alunos, ou de alunos e pais, sob a orientação de 
professor Não se considera dia letivo, no entanto, se contar apenas com a participação 
dos pais e/ou pais e alunos; 
 
6. Encontros de estudos dos professores e planejamento de atividades dos professores 
– pode ser considerado dia letivo, se a escola observar as condições explicitadas 
anteriormente: participação de alunos em outras atividades pedagógicas, sob a 
orientação de professor, e que tenham objetivos educacionais claros. Em caso contrário, 
não é dia letivo. 
 
7. Festas juninas e de comemoração do dia do estudante, o dia das crianças – os 
princípios são os mesmos já citados: participação de alunos sob a orientação de 
professor, e que tenham objetivos educacionais claros. 
 
 
Outras Leis que devem ser consideradas na elaboração e aprovação do Calendário Escolar 
 
- Leis trabalhistas 
- Leis federais, estaduais e municipais que divulgam/aprovam o calendário de feriados e pontos 
facultativos ou datas importantes para o ano em questão. 
 
 
Previsões 
 
. 200 dias letivos 
. férias regulamentares dos profissionais da educação 
. feriados e recessos 
. dias escolares, estudos, assembleias (conselho de classe, conselho escolar) 
. sábados letivos (referências a quais recessos) 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
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. avaliações finais, quando houver 
. reclassificação 
. início e término do ano/semestre letivo e escolar 
. datas significativas :projetos da escola, Dia Nacional da Consciência Negra, Aniversário da Escola, 
período de provas e entrega de resultados 
 
 
 
 
Durante o período compreendido de 27 de outubro a 04 de dezembro as 
Secretaria de Educação ou Diretorias de Ensino, divulgam as instruções normativas para 
elaboração do calendário escolar. E o Inspetor Escolar, cabe orientar as unidades de ensino para 
a elaboração e consequentemente aprovação. 
 
 
 
 
 
1.3. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR 
 
 
Estabelece, para a Rede Pública Estadual de Educação Básica, 
Calendário Escolar para o ano de 2013. Resolução SEE nº 2233 
de 11 de dezembro de 2012. 
 
 
A SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições, considerando o 
disposto na Lei nº 9.394/96, na Resolução SEE nº 2.197/2012 e tendo em vista a necessidade de 
organização e funcionamento das escolas estaduais em 2013, 
 
RESOLVE: 
 
Art. 1º. O Calendário Escolar, respeitadas as normas legais, deve ser elaborado pela escola, discutido 
e aprovado pelo Colegiado e amplamente divulgado, cabendo ao Serviço de Inspeção Escolar 
supervisionar o cumprimento das atividades nele previstas, de acordo com as normas da Secretaria 
de Estado de Educação. 
 
Art. 2º. O Calendário Escolar em 2013 prevê 200 (duzentos) dias letivos e carga horária de 800 
(oitocentas) horas para os anos iniciais e 833 (oitocentas e trinta e três) horas e 20 (vinte) minutos 
para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio e inclui as seguintes datas e 
programações: 
 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
13 
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I- Início do ano letivo: 04 de fevereiro. 
II- Término do ano letivo: 17 de dezembro. 
III - Recessos escolares comuns: 
 
- 11 e 13 de fevereiro 
- 28 de março 
- 31 de maio 
- 22 de julho a 02 de agosto 
- 14 a 18 de outubro 
- 20 a 24, 26 e 27, 30 e 31 de dezembro 
 
IV - Feriados e dias santos: 
 
 - 01 de janeiro 
 - 12 fevereiro 
 - 29 de março 
 - 21 de abril 
 - 01 de maio 
 - 30 de maio 
 - 07 de setembro 
 - 12 de outubro 
 - 02 de novembro 
 - 15 de novembro 
 - 25 de dezembro 
 
V – 06 (seis) dias escolares para planejamento e formação continuada dos profissionais da educação: 
 
- 1º de fevereiro 
- 18 e19 de dezembro 
- 03 (três) dias a serem definidos pela Escola em conjunto com a Superintendência Regional de 
Ensino. 
 
§ 1º. Para as Escolas do Projeto Reinventando o Ensino Médio são previstos 200 (duzentos) dias 
letivos e a carga horária de 1.000 (mil) horas. 
 
§ 2º. Os dias previstos no inciso V deste artigo serão destinados a reuniões coletivas da equipe 
pedagógica e formação continuada dos profissionais da educação, conforme planejamento conjunto 
da Superintendência Regional de Ensino e Escola. 
 
§ 3º. Nos dias 17/06 e 26/06 não haverá atividades letivas nas Escolas Estaduais da Capital, devido à 
realização dos jogos da Copa das Confederações. 
 
§ 4º. O dia 12/06 e o dia 15/06 (sábado), serão destinados às atividades do Dia D “Toda Escola Deve 
Fazer a Diferença” e “Toda a Comunidade Participando”. 
 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
14 
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Art. 3º Havendo necessidade de compatibilização da programação com eventos municipais ou por 
motivos extraordinários e relevantes, as escolas poderão alterar seus calendários, resguardando o 
cumprimento da exigência mínima de dias letivos e carga horária. 
 
§ 1º. Nas situações previstas no caput, as Escolas poderão utilizar o limite máximo de 05 (cinco) 
sábados na composição do calendário, desde que esteja assegurado o transporte dos alunos oriundos 
da área rural. 
 
§ 2º. A duração do ano letivo poderá, nos casos previstos no artigo, extrapolar o ano civil. 
 
§ 3º. As alterações no Calendário Escolar, para atender ao disposto no artigo, deverão também ser 
discutidas e aprovadas pelo Colegiado e supervisionadas pelo Serviço de Inspeção Escolar da 
Superintendência Regional de Ensino. 
 
Art. 4º. As Escolas do Campo, Indígenas e Quilombolas, poderão elaborar proposta de calendário 
diferenciado, observando o disposto nesta Resolução e as peculiaridades da vida no campo e de cada 
região. 
 
Art. 5º. No desenvolvimento das atividades letivas programadas, ocorrendo qualquer interrupção, 
independentemente do motivo, deverá ser providenciada a imediata reposição, tanto em termos de 
carga horária quanto em números de dias letivos, a fim de atender os mínimos estabelecidos em lei. 
 
Parágrafo único. As Escolas deverão encaminhar as propostas de reposição dos dias letivos e carga 
horária à Superintendência Regional de Ensino para análise, aprovação e acompanhamento do 
efetivo cumprimento do Calendário Escolar. 
 
Art. 6º. É de responsabilidade do Diretor da Escola fazer cumprir o Calendário Escolar no que se 
refere aos dias letivos e à carga horária. 
Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
 
 
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, em Belo Horizonte, aos______ de de 2012. 
 
 
ANA LÚCIA ALMEIDA GAZZOLA 
Secretária de Estado Educação 
 
 
 
Fonte: Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais – www.educacao.mg.gov.br 
 
 
 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
15 
http://www.educacao.mg.gov.br/
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As Escolas que possuírem Educação de Jovens e Adultos no Ensino 
Fundamental e Médio, organizado em series semestrais, haverá o cumprimento de 200 dias 
letivos, ou seja, duas séries ao ano, deverá ter um Calendário Escolar em especial a esse alunado, 
obedecendo as mesmas particularidades e instruções para a elaboração do Calendário Escolar. 
 
 
 
 
 
 
 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO 
 
INSTRUÇÃO N° 017/2012 – SEED/SUED 
 
 
Assunto: Calendário Escolar 2013 
 
A Superintendente da Educação, no uso de suas atribuições, e considerando: 
 
• a Lei n° 9394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional e 
suas alterações; 
• a Deliberação n° 002/02–CEE, que incluiu, no período letivo, dias destinados 
às atividades pedagógicas; 
• a Resolução n° 7102/2012-GS/SEED, que definiu o Calendário Escolar – 
2013, para a rede pública estadual e conveniada; 
• e a necessidade de orientar as instituições pertencentes ao Sistema Estadual de 
Ensino, resolve: 
 
 
1. O Calendário Escolar aprovado, para o ano de 2013, pela Resolução n° 7102/2012- GS/SEED, 
embasado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96, a qual determina o mínimo 
de oitocentas horas, distribuídas, no mínimo, em duzentos dias de efetivo trabalho escolar, deverá 
ser cumprido pelas instituições de ensino da rede pública estadual de Educação Básica e rede 
conveniada, observando que, os Cursos da Educação Profissional Técnica de nível médio deverão 
cumprir a carga horária prevista na Matriz Curricular. 
 
2. O Calendário Escolar da rede estadual e conveniada fica assim definido: 
 
I. atividades escolares para os professores: 
 
a) semana pedagógica: 04/02 a 06/02; 25/07 e 26/07; 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
16 
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b) planejamento: 07/02 e 08/02; 
c) replanejamento: 01 (um) dia a ser definido pela instituição de ensino, preferencialmente até o 
final do 1º trimestre letivo; 
d) formação continuada: 02 (dois) dias, 01 (um) em cada semestre, a ser definido pelo Núcleo 
Regional de Educação; 
 
II. início das aulas: 14/02; 
III. término do 1º semestre: 10/07; 
IV. início das aulas do 2º semestre: 29/07; 
V. período de férias para os alunos: 1°/01 a 13/02; 11/07 a 28/07; 19/12 a 31/12; 
VI. período de férias para os professores: 1º/01 a 30/01; 
VII. recesso remunerado para os professores: 31/01; 01/02; 31/05; 11/07 a 24/07; 19/12 a 31/12; 
VIII. feriado municipal: 01 (um) dia; 
IX. término do ano letivo: 18/12; 
X. a Secretaria de Estado da Educação e os Núcleos Regionais de Educação deverão definir 02 
(dois) dias, em cada semestre, para realizar semana pedagógica com os professores que atuam 
nessas unidades. 
 
3. O calendário das instituições de ensino da rede privada e da rede municipal que integram o 
Sistema Estadual de Ensino deve contemplar o mínimo de 800 (oitocentas) horas distribuídas em um 
mínimo de 200 (duzentos) dias letivos e demais peculiaridades para cada rede. 
 
4. A Deliberação n° 002/200 – CEE, em seus Artigos 2° e 3°, dispõe para o Sistema Estadual de 
Ensino: 
 
“Art. 2º – São consideradas como efetivo trabalho escolar as reuniões pedagógicas, organizadas, 
estruturadas a partir da proposta pedagógica do estabelecimento e inseridas no seu planejamento 
anual. 
 
Art. 3º – Pode o estabelecimento considerar, como dias de efetivo trabalho escolar, os dedicados ao 
trabalho docente organizado, também em função do seu aperfeiçoamento, conquanto não 
ultrapassem cinco por cento (5%) do total de dias letivos estabelecidos em lei, ou seja, dez (10) dias 
no decorrer do ano letivo. 
 
Parágrafo único – O estabelecimento deverá organizar o ano letivo de modo que os alunos tenham 
garantidas as oitocentas (800) horas de efetivo trabalho escolar previstas em lei”. (sem grifo no 
original) 
 
5. De acordo com o Parecer n° 631/97–CEE, o trabalho escolar dos docentes, relativo às atividades 
de reflexão acerca de sua prática pedagógica não pode ser contado como “horas letivas”, pois estas 
exigem a presença física dos alunos. 
 
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17 
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6. Para fins de garantia das oitocentas horas são consideradas as atividades de cunho pedagógico, 
desde que incluídas no Projeto Político-Pedagógico da instituição de ensino e exijam frequência dos 
alunos sob efetiva orientação dos professores, podendo ser realizadas em sala de aula e/ou outros 
locais pedagogicamente adequados ao processo ensino-aprendizagem. 
 
7. É de responsabilidade das instituições pertencentes ao Sistema Estadual de Ensino garantir, para 
todos os seus alunos, em todos os turnos de funcionamento, o mínimo de oitocentas horas anuais. 
 
8. Para a rede estadual e conveniada são computados como dias letivos, porém, sem carga horária 
para o aluno, os dias destinados para: 
 
a) semana pedagógica: 04/02 a 06/02; 25/07 e 26/07; 
b) planejamento: 07/02 e 08/02; 
c) replanejamento: 01 (um) dia; 
d) formação continuada: 02 (dois) dias. 
 
 
9. Para considerar como dias letivos os destinados para reunião pedagógica/semana 
pedagógica/formação continuada (até 5%), as instituições pertencentes ao Sistema Estadual de 
Ensino deverão observar o atendimento da oferta das 800 (oitocentas) horas. Nos casos em que 
houver prejuízo de carga horária, deverá ser realizada a devida complementação de carga horária 
para os alunos, a fim de garantir o cumprimento da lei quanto à carga horária. 
 
10. Os dias em que são desenvolvidas atividades pedagógicas, contempladas no Projeto Político-
Pedagógico, com os alunos e com a presença dos respectivos professores, são considerados letivos, 
e a carga horária será a correspondente à duração da atividade. 
 
11. Para efeito de complementação da carga horária e/ou reposição de dias letivos serão 
consideradas, para as instituições do Sistema Estadual de Ensino, as atividades definidas no Projeto 
Político-Pedagógico da instituição de ensino. 
 
12. As instituições da rede estadual que ofertam o Ensino Médio organizado por Blocos de 
Disciplinas semestrais, devem garantir o cumprimento de 400 (quatrocentas) horas distribuídas em 
um mínimo de 100 (cem) dias letivos em cada semestre. 
 
13. As instituições de ensino da rede privada que ofertam Educação Profissional Técnica de nível 
médio deverão observar o cumprimento da carga horária e período mínimo de integralização 
constante no Plano de Curso aprovado pelo Conselho Estadual de Educação. 
 
14. As instituições de ensino da rede pública que ofertam Educação Profissional Técnica de nível 
médio deverão cumprir a carga horária prevista na Matriz Curricular e o período mínimo de 
integralização do curso, constantes no Plano de Curso aprovado pelo Conselho Estadual de 
Educação, dentro de, no mínimo, 200 dias letivos para cursos de matrícula anual e 100 dias para os 
cursos de matrícula semestral. 
 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
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15. As instituições de ensino da rede estadual e conveniada, que ofertam Educação de Jovens e 
Adultos, devem garantir os 200 dias letivos anuais e a carga horária das disciplinas determinadas na 
Proposta Pedagógica aprovada pelo Conselho Estadual de Educação. 
 
16. A oferta da Educação de Jovens e Adultos na rede municipal e na rede privada deverá garantir a 
carga horária determinada na Deliberação n° 05/10-CEE. 
 
17. As instituições de ensino da rede estadual, que se encontram nas situações amparadas pelo Art. 
23, §2° e Art. 28, da Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional n° 9394/96, tais como, 
localizados na zona rural, escolas docampo, escolas indígenas, escolas das ilhas, escolas 
quilombolas e escolas itinerantes, poderão elaborar proposta de calendário diferenciado, ao 
aprovado pela Resolução n° 7102/2012-GS/SEED, respeitando as peculiaridades de cada região, 
encaminhando ao Núcleo Regional de Educação, até 17/12/2012, o qual, após análise e emissão de 
parecer, o remeterá à Superintendência da Educação, para a devida homologação. 
 
18. Cabe à instituição de ensino, da rede estadual e conveniada, prever no Calendário Escolar: 
 
a) um dia para replanejamento (considerado letivo, porém sem carga horária para o aluno); 
b) dias destinados às reuniões pedagógicas (não considerados como dias letivos); 
c) Semana de Integração Escola/Comunidade: em caso do município sediar os Jogos Oficiais do 
Estado do Paraná, a Semana de Integração Escola/Comunidade das instituições de ensino deste 
município deverá coincidir com as datas do referido evento; e, na rede conveniada, coincidir com a 
Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla (considerar dias e horas letivas); 
 
d) um dia para o feriado municipal; 
e) no município em que for instituído mais de um feriado, este poderá ser contemplado, porém, 
desde que garantida a oferta do mínimo de 200 dias e 800 horas; 
f) dias para Conselhos de Classe, em contra-turno ou aos sábados (não considerados como dias 
letivos). Este item (e) não se aplica à Educação de Jovens e Adultos. 
 
19. Cabe à instituição de ensino da rede privada prever, no Calendário Escolar, os dias dos exames 
finais, caso haja esta oferta. 
 
20. Para qualquer interrupção no desenvolvimento do ano letivo programado, independentemente da 
razão, na rede estadual, conveniada, municipal e privada, deverá ser providenciada a devida 
reposição, tanto em termos de carga horária (mínimo de 800 horas) quanto em número de dias 
letivos (mínimo de 200 dias). A instituição de ensino deverá comunicar o fato ao Núcleo Regional 
de Educação e encaminhar proposta de reposição do(s) dia(s) não trabalhado(s), a fim de atender os 
mínimos estabelecidos em lei. 
 
21. A reposição deverá ser presencial, isto é, com a presença física do aluno e do professor. 
 
22. Atividades realizadas pelos alunos sem a presença do professor não são consideradas como dias 
letivos, nem computada a sua carga horária. 
 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
19 
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23. O Calendário Escolar da rede estadual, após aprovado pelo Conselho Escolar, e os calendários 
das redes municipais e privadas, deverão ser encaminhados ao Núcleo Regional de Educação para 
homologação, até o dia 17/12/2012. 
 
24. O Calendário proposto pela instituição de ensino da rede estadual e conveniada, após aprovado 
e homologado pelo Núcleo Regional de Educação, não poderá sofrer alterações, salvo em casos 
excepcionais e com autorização da Superintendência da Educação. 
 
25. O Calendário proposto por instituição de ensino da rede privada e da rede municipal, que sofrer 
alteração após homologação, deverá ser encaminhada nova proposta com justificativa para o Núcleo 
Regional de Educação. 
 
26. Quanto ao preenchimento do Livro Registro de Classe da rede estadual e conveniada: 
 
a) iniciar os registros a partir do dia 04/02; 
 
b) nos dias 04/02 a 06/02; 25/07 e 26/07, no campo de conteúdos, registrar Semana Pedagógica; 
07/02 e 08/02, no campo de conteúdos, registrar Planejamento; no dia definido pela instituição para 
o Replanejamento, registrar no campo de conteúdos, Replanejamento nos 02(dois) dias definidos 
pelo NRE, no campo conteúdos, registrar, Formação Continuada; no campo destinado à frequência, 
anular os espaços, e, no campo Observações, registrar: amparo legal Deliberação n° 002/02-CEE. 
 
27. Compete ao Núcleo Regional de Educação: 
 
a) enviar às instituições de ensino da rede estadual e conveniada, de sua jurisdição, a presente 
Instrução e a Resolução n° 7102/2012 – GS/SEED, com o modelo de Calendário Escolar anexo; 
 
b) enviar às instituições de ensino da rede municipal e privada, de sua jurisdição, a presente 
Instrução; 
 
c) orientar as instituições de ensino das redes estadual, municipal e privada, que integram o Sistema 
Estadual de Ensino, na elaboração dos Calendários Escolares; 
 
d) solicitar, da rede privada, cópia(s) da(s) Matriz(es) Curricular(es) vigente(s) para o ano de 2013, 
para auxiliar na análise do Calendário Escolar; 
 
e) aprovar e homologar os Calendários Escolares. 
 
28. Nas instituições de ensino da rede estadual, conveniada, municipal e privada, somente poderá ser 
considerado encerrado o ano letivo após o cumprimento integral do Calendário Escolar homologado. 
 
29. É de responsabilidade da equipe diretiva, pedagógica e docentes da instituição de ensino fazer 
cumprir o Calendário Escolar no que se refere aos dias letivos e à carga horária. 
 
30. Os casos omissos serão resolvidos pela Superintendência da Educação. 
 
Curitiba, 27 de novembro de 2012. 
 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
20 
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Meroujy Giacomassi Cavet/Superintendente da Educação 
Fonte: Secretaria de Educação do Estado do Paraná – www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br 
 
 
 
Em seu material você possui duas instruções para orientação, elaboração, 
inspeção, aprovação do Calendário Escolar, sendo uma do Estado de Minas Gerais e outra do 
Estado do Paraná para o ano letivo de 2013. 
Para ampliar os seus conhecimentos a cerca do Calendário Escolar, verifique em sua cidade as 
instruções para elaboração do calendário escolar do ano Letivo de 2013, seja ela da escola pública 
ou privada. 
 
• As Escolas que possuírem Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental e 
Médio, suplência, organizado em series semestrais, haverá o cumprimento de 200 dias 
letivos, ou seja, duas séries ao ano, o Calendário Escolar em especial a esse alunado, deve 
contemplar 100 (cem) dias para um período ou série e 100 (cem) dias para a serie ou 
período subsequente, obedecendo as mesmas particularidades e instruções para a 
elaboração do Calendário Escolar do ensino regular quanto a recessos, feriados, férias 
regulamentares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.4. Atividade de conclusão da Unidade I: 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
21 
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/
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Janeiro/2013 Fevereiro/2013 Março/2013 
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 
 1 2 3 4 5 1 2 1 2 
6 7 8 9 10 11 12 3 4 5 6 7 8 9 3 4 5 6 7 8 9 
13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16 10 11 12 13 14 15 16 
20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23 17 18 19 20 21 22 23 
27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 
24/
31 
25 26 27 28 29 30 
1 – Confraternização Universal 12 - Carnaval 29 – Paixão / 31 - Páscoa 
 
Abril/2013 Maio/2013 Junho/2013 
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 
 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 1 
7 8 9 10 11 12 13 5 6 7 8 9 10 11 2 3 4 5 6 7 8 
14 15 16 17 18 19 20 12 13 14 15 16 17 18 9 10 11 12 13 14 15 
21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22 
28 29 30 26 27 28 29 30 31 
23/
30 
24 25 26 27 28 29 
21 - Tiradentes 1 – Dia do Trabalho / 30 - Corpus 
Christi 
 
 
 
Outubro/2013 Novembro/2013 Dezembro/2013 
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 
 1 2 3 4 5 1 2 1 2 3 4 5 6 7 
6 7 8 9 10 11 12 3 4 5 6 7 8 9 8 9 10 11 12 13 14 
13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16 15 16 17 18 19 20 21 
20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23 22 23 24 25 26 27 28 
27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30 29 30 31 
12 – Nossa Sr.ª Aparecida 
15 –Dia do Professor 
 02 – Finados 
15 – Proclamaçãoda República 
 25 – Natal 
 Início do 
período letivo 
 Recesso 
somente para 
alunos 
 Atividade 
Pedagógica 
 Início das 
aulas 
 
 
Feriado ou 
Dia Santo 
 Término 
das aulas 
 
Dias 
Letivo
s 
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. 1.º sem. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 2.º sem. Total 
 
 
 200 
 
Alertamos para o seguinte: 
 
1 - Não estão previstos os feriados municipais – Verifique os feriados de sua CIDADE 
 
Julho/2013 Agosto/2013 Setembro/2013 
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 
 1 2 3 4 5 6 1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 
7 8 9 10 11 12 13 4 5 6 7 8 9 10 8 9 10 11 12 13 14 
14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 17 15 16 17 18 19 20 21 
21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 
28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 31 29 30 
 7 – Independência do Brasil 
 
Textos extraídos Do Livro Práticas do Inspetor no Contexto Escolar: Anderson Oramisio Santos 
22 
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2 - O Dia 20 de novembro “Dia Nacional da Consciência Negra, em alguns Estados já é Feriado por Lei, em outros Estados 
é dia letivo. Verifique em seu Estado antes de orientar e homologar o Calendário Escolar 
 
 
01 – Elaborar o Calendário Escolar, de acordo com as orientações propostas nas páginas 
anteriores. 
 
02- O ideal é que cada aluno elabore um Calendário de acordo com as orientações propostas ou de 
acordo com as instruções para elaboração do calendário de seu Estado/Município. 
 
03- Socialização do conhecimento adquirido para aprovação e homologação do Calendário Escolar 
entre os colegas da turma. 
 
 
Bom Trabalho!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE II 
 
 
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2. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR: CONCEITO, LIMITES, POSSIBILIDADES 
 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, ao ser promulgada, trouxe 
muitas inovações que já estavam incorporadas à estrutura curricular e à dinâmica do ensino-
aprendizagem, como resultantes de discussões em diversos momentos pedagógicos. 
 
A partir de uma visão crítica no campo do currículo, os educadores e as regulamentações da LDBEN 
nº 9.394/96, vem propondo algumas discussões referente a constituição do conhecimento escolar 
através da análise de como se processa a apropriação dos diferentes saberes, transformando-os em 
saberes escolares, discutem-se também os mecanismos utilizados para produção/construção dos 
saberes. 
 
Conforme Veiga (1995, apud SEC, caderno temático, p.13) “currículo é um importante elemento 
constitutivo da organização escolar. Currículo implica, necessariamente, a interação entre sujeitos 
que têm um mesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente”. Ainda esclarece 
dizendo: 
 
Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização 
dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos 
historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, 
transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de 
construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito. 
Neste sentido, o currículo refere-se à organização do conhecimento escolar. (VEIGA, 
1995 apud SEC, caderno temático, p.13). 
 
O conhecimento escolar é dinâmico, envolve a cultura, a educação, sujeitos em movimento em um 
constante processo de ensino e aprendizagem. A escola expressa no chamado conhecimento escolar 
ou o currículo escolar que se adequa à faixa etária dos alunos conforme as Diretrizes e Orientações 
do Conselho Nacional de Educação. 
Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos. O primeiro é o de que o 
currículo não é um Instrumento neutro. O currículo passa ideologia, e a escola precisa identificar e 
desvelar os componentes ideológicos do conhecimento escolar que a classe dominante utiliza para e 
manutenção de privilégios. A determinação do conhecimento escolar, portanto, Implica uma análise 
interpretativa e critica, tanto da cultura dominante, quanto da cultura popular. O currículo expressa 
uma cultura. (VEIGA, 1998, p.11-35). 
O segundo ponto é o de que o currículo não pode ser separado do contexto social, uma vez que ele é 
historicamente situado e culturalmente determinado. O terceiro ponto diz respeito ao tipo de 
organização currículo que a escola deve adotar. Em geral, nossas instituições têm sido orientadas 
para e organização hierárquica e fragmentada do conhecimento escolar. (VEIGA, 1998, p.11-35). 
Com base em Bernstein (1989), chamo a atenção para o fato de que a escola deve buscar novas 
formas de organização curricular, em que o conhecimento escolar (conteúdo/disciplinas) estabeleçam 
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uma relação aberta e Inter - relacione-se em torno de uma idéia integradora. A esse tipo de 
organização curricular, podemos pensar em um currículo integrado que busque reduzir o isolamento 
e o distanciamento entre as diferentes disciplinas curriculares, procurando agrupa-lás num currículo 
mais abrangente, o que diferentes autores chamam de um currículo multicultural. (CANEN, 2001, 
p.15-44). 
 
Currículo Escolar - Formação Básica e Parte Diversificada 
 
As diretrizes para inclusão de uma base nacional comum na composição curricular do ensino 
fundamental e médio serão definidas pelo Conselho Nacional de Educação. A lei 9.394/96, nos seus 
artigos 26 e 27, destacam alguns componentes da base nacional comum e da parte diversificada 
ensino fundamental, tais como: 
A base nacional comum na Educação Básica constitui-se de conhecimentos, saberes e valores 
produzidos culturalmente, expressos nas políticas públicas e gerados nas instituições produtoras do 
conhecimento científico e tecnológico; no mundo do trabalho; no desenvolvimento das linguagens; 
nas atividades desportivas e corporais; na produção artística; nas formas diversas de exercício da 
cidadania; e nos movimentos sociais. (CNE, Resolução nº 04/2010). 
As disciplinas que integram a base nacional comum nacional: 
a) a Língua Portuguesa; 
b) a Matemática; 
c) o conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil, 
incluindo-se o estudo da História e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena, 
d) a Arte, em suas diferentes formas de expressão, incluindo-se a música; 
e) a Educação Física , na forma do § 3º, do Art. 26, deverá estar integrada à proposta pedagógica da 
escola, ajustar-se-á às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos 
noturnos. 
f) o Ensino Religioso, de matrícula facultativa para os alunos, constitui disciplina obrigatória dos 
horários das escolas públicas de ensino fundamental e é parte integrante da formação básica do 
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cidadão, assegurando o respeito à diversidade cultural e religiosa do Brasil, podendo as escolas 
confessionais organizá-lo segundo sua orientação religiosa; 
As disciplinas da base nacional comum não são mais importantes que as da parte diversificada, as 
duas trazem um equilíbrio. A parte diversificada surge como um enriquecimento e um complemento 
da base nacional comum, o que valoriza as características regionais e locais da sociedade, da cultura, 
da economia e da comunidade escolar, perpassando todos os tempos e espaços curriculares 
constituintes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, independentemente do ciclo da vida no 
qual os sujeitos tenham acesso à escola. 
A parte diversificada, nocurrículo escolar é organizada de acordo com os interesses e 
particularidades de cada localidade, configurando-se, na forma de eixos temáticos, selecionados 
colegiadamente pelos sistemas educativos ou pela unidade escolar. A LDBEN nº 9.394/96, inclui o 
estudo de, pelo menos, uma língua estrangeira moderna na parte diversificada, cabendo sua escolha à 
comunidade escolar, dentro das possibilidades da escola, que deve considerar o atendimento das 
características locais, regionais, nacionais e transnacionais, tendo em vista as demandas do mundo do 
trabalho e da internacionalização de toda ordem de relações. 
A parte diversificada do currículo tem por objetivo permitir que em cada região fosse possível 
incorporar estudos de interesse da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. (LDBEN). 
Em se tratando de uma língua moderna estrangeira na parte diversificada do currículo, temos mais 
uma novidade que é Lei nº 11.161/2005, que torna obrigatório a oferta no Ensino Médio da Língua 
Espanhola, embora facultativa para o estudante, bem como possibilitada no Ensino Fundamental, do 
6º ao 9º ano , de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da 
comunidade escolar, dentro de suas possibilidades, tornando mais um expoente de aprendizagem 
para os nossos alunos. 
O currículo oficial das escolas brasileiras trazem os temas transversais ou transversalidade – que a 
escola deve considerar relacionadas aos “aspectos essenciais da vida do cidadão”, como ética, saúde, 
meio-ambiente, sexualidade, pluralidade cultural, vida familiar e social. A grande novidade no 
currículo do ensino fundamental é a inclusão desses novos temas, a serem trabalhados, associados às 
áreas convencionais, conforme recomendam os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino 
Fundamental (MEC,1997), que dizem: “A escola deve abrir a oportunidade para que os alunos 
aprendam sobre temas normalmente excluídos e deve atuar propositalmente na formação de valores e 
atitudes”. 
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Os Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC,1997), não é um currículo formal, ele é apenas um 
instrumento legal, elaborado por uma equipe técnica do Ministério da Educação, com o objetivo de 
orientar os Estados e Municípios de parâmetros curriculares para elaborarem os currículos ou a 
proposta pedagógica dos Estados e Municípios, em conformidade com a LDBEN nº 9.394/96 - Art. 
12: 
 Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão 
a incumbência de: 
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; 
 
A Língua Espanhola no Currículo Escolar. Por quê? 
 
A linguagem é o meio pelo qual as relações se expressam e é indiscutível o papel que ela 
desempenha na compreensão mútua, na promoção de relações políticas e comerciais, e, no 
desenvolvimento de recursos humanos. Em um mundo globalizado é fundamental poder se 
comunicar, e para entender e ser entendido é preciso comunicar-se na mesma linguagem. Utilizar-se 
dos mesmos sinais e símbolos daquele com quem se fala. (SEF/MEC,1999). 
A aprendizagem de uma língua estrangeira, juntamente com a língua materna, é um direito de todo o 
cidadão, conforme expresso na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 
9.396/96 e na Declaração Universal dos Direitos Lingüísticos, (OLIVEIRA,2003). 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, incorpora esta alternativa de novos 
conhecimentos quando em seus artigos 26, § 5º e 36, III obriga o ensino de pelo menos uma língua 
estrangeira moderna, a partir da 5ª série, no Ensino Fundamental e, uma obrigatória, e outra, 
optativa, no Ensino Médio, prudentemente, escolhidas pela comunidade escolar em consonância com 
as disponibilidades das instituições. 
Ao não definir qual a língua estrangeira que será obrigatória ou optativa, a LDBEN está remetendo 
para os sistemas de ensino dos Estados e dos Municípios a decisão de escolher o que melhor lhes 
convém e complementam a aprendizagem dos seus alunos. 
 
Plano Curricular – matriz Curricular 
 
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O plano curricular (quadro curricular) do ensino fundamental e do ensino médio será a expressão 
formal da concepção de currículo da escola, decorrente de sua proposta pedagógica e conterá, na 
forma do Ar. 26 da LDBEN nº 9.394/96, uma base nacional comum e uma parte complementar, 
diversificada, em cada estabelecimento de ensino. 
O Plano Curricular ou a Matriz Curricular, são expressos em um mapa significativo contendo o 
nome das disciplinas, carga horária e o número de aulas semanais que conterá em cada modalidade 
e níveis de ensino. 
Aqui também retratamos a flexibilidade da LDBEN nº 9.394/96 – Artigo 13, a autonomia dos 
estabelecimentos de ensino públicos e privados, assim não recebem mais uma matriz curricular 
pronta e básica para todo o País, com os nomes das disciplinas e número de horas/aulas. 
Todo estabelecimento de ensino público ou privado possui autonomia de elaborar e executar sua 
matriz curricular dentro dos padrões mínimos de orientação do Conselho Nacional de Educação e 
dos Conselhos Estaduais de Educação dos Estados, que repassam as diretrizes curriculares básicas às 
escolas. 
LEITURA OBRIGATÓRIA: Para ampliar seu conhecimento sobre a implementação da língua 
espanhola no currículo escolar, sugerimos a leitura da LEI Nº 11.161, DE 5 DE AGOSTO DE 2005, 
disponível no www.planalto.gov.br 
Que bom que você esteja apreciando as leituras. O importante também é você 
conhecer a legislação sobre a importância e implementação da Língua Espanhola no Currículo 
Escolar em uma das series do Ensino Médio, sendo de caráter opcional, que poderá ser oferecido 
em um sexto horário ou no contra-turno, por professores habilitados. 
Oriente a Gestão da Escola e a Secretária Escolar para que no ato da matrícula no Ensino Médio, 
os pais ou responsáveis dos alunos tenham o direito de fazer a opção para o oferecimento durante 
o ano letivo. 
 
2.1. O ENSINO RELIGIOSO NO CURRÍCULO ESCOLAR 
No trabalho com educação e conhecimento escolar, o Inspetor Escolar, vai se deparar com 
flexibilidades e obstáculos para articular o conhecimento e herança pedagógica com experiências 
escolares de sucesso. 
Para tanto, trazemos algumas reflexões sobre o Ensino Religioso ou Educação Religiosa nos anos 
iniciais e finais do Ensino Fundamental da educação básica, alocado na Base Nacional Comum do 
currículo escolar. Vejamos o que diz o Artigo 33 da LDBEN n 9.394/96: 
“O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui 
disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à 
diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. “ 
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http://www.planalto.gov.br/
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A disciplina de Ensino Religioso, é uma questão bem complexa para supervisores, gestores e 
inspetor escolar, segundo a Lei, deverá compor a Base Nacional Comum e não estar no cômputo das 
800 horas. 
O Parecer CNE/CEB n° 12/97 trata da questão "ensino religioso e carga horária mínima”, também há 
vários questionamentos de inspetores sobre o Ensino Religioso se é computado para a totalização do 
mínimo de oitocentas horas e a resposta é NÃO. 
Por um motivo fácil de ser explicado. Carga horária mínima é aquela a que todos os alunos estão 
obrigados. Desde o art. 210, § 1° da Constituição Federal está definido: "O ensino religioso de 
matrícula), constituirádisciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental". 
O art. 33 da Lei n° 9.394/96, com a nova redação que lhe deu a Lei n° 9.415/97, de 22 de julho de 
1997, como não poderia deixar de ser, embora regulamentando o dispositivo constitucional 
mencionado, o faz mantendo facultativa a matrícula. 
Ora, se o aluno pode optar por frequentar, ou não, a referida disciplina, haverá quem optará por não 
fazê-lo. E quem assim decidir terá menos de oitocentas horas por ano, na hipótese de a escola se ater 
ao mínimo exigido por lei, o que art. 24, inciso I não admite.”. 
A questão a principio vamos norteá-la para a escola pública. A sistema estadual ou municipal de 
ensino devem oferecer na sua matriz curricular a disciplina Ensino Religioso e ou Educação 
Religiosa, aulas em horário normal de aula, com professores habilitados, sendo de matrícula 
facultativa e não obrigatória. 
A sociedade civil, a família pode utilizar da escola e do ensino que é público e gratuito, mas não 
constitui-se obrigatoriedade do aluno matriculado em assistir, participar das aulas de educação 
religiosa. 
A ação do inspetor escolar nesse caso, deve ser de buscar aporte teórico e de legislação da rede 
estadual, municipal e federal, que estiver vinculado no exercício das suas funções, propondo a gestão 
escolar alternativas cabíveis para os alunos que não se dispõem em participar e assistir de qualquer 
atividade pedagógica que diz respeito a disciplina de Ensino Religioso. bem como as particularidades 
da comunidade escolar que é atendida. 
No aspecto legal da legislação, a Inspeção Escolar pode propor: 
• Assinatura de termo de dispensa de disciplina de Ensino Religioso no horário de aula, com 
justificativa, assinado por responsável por alunos menores de 17 anos e assinado pelo aluno 
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maior de 18 anos, que deve ser assinado no ato da matrícula, bem como constar na pasta do 
aluno, se possível emissão de duas vias; 
• Sendo a disciplina de Ensino Religioso em horário de aulas, o aluno deve permanecer no 
espaço escolar (interior da escola), aguardando as demais aulas previstas no currículo e 
horário escolar. 
No aspecto pedagógico e metodológico pode propor: 
• A supervisão escolar, juntamente com equipe pedagógica e inspeção, elabore um projeto 
pedagógico ou projeto educativo ou interdisciplinar, para acolher os alunos que estão 
dispensados de cursar a disciplina Ensino Religioso, de forma que esse projeto, tenha 
acompanhamento , produto e resultado final. 
O Inspetor Escolar, deve sugerir elaboração de relatórios mensais das atividades que foram propostas 
afim de respaldar a dispensa do aluno e as atividades de conhecimento e saberes adquiridos na escola 
e ou no projeto. 
O que inspetor Escolar deve atentar a gestão e equipe pedagógica, com o rigor necessário, para que 
as dispensas de alunos para não cursarem a disciplina de ensino religioso em horário de aula, não se 
transforme em um hábito ou costume diário de todos os alunos e séries da escola. 
 
2.2 O ENSINO RELIGIOSO EM ESCOLAS CONFESSIONAIS 
 
A existência de estabelecimentos de ensino privados e confessionais é garantida pela Carta Magna, 
conquanto se subordinem aos princípios que regem a educação nacional e não conflitem com os 
princípios e garantias da cidadania, especialmente no tocante a "discriminação atentatória dos 
direitos e liberdades fundamentais" (art. 5°, XLI, CF). 
A liberdade de pensamento e consciência de crença direitos garantidos constitucionalmente (art. 5°, 
incisos IV e VI), decorre, para a organização do ensino, que um dos princípios básicos é o do 
"pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas 
de ensino" (art. 206, III - Constituição Federal). 
Diante dessa flexibilidade os estabelecimentos confessionais podem assumir, como elemento 
integrante de sua proposta pedagógica, o Ensino Religioso, de acordo com suas convicções e crenças 
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religiosas, já definido, pela Resolução CNE/CEB n° 2/98, como uma das "áreas de conhecimento" do 
Ensino Fundamental. 
O Parecer CNE/CEB n° 4/98, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino 
Fundamental, refere-se à Parte Diversificada como a que: 
 
"envolve os conteúdos complementares, escolhidos por cada sistema de ensino e 
estabelecimentos escolares, integrados à Base Nacional Comum, de acordo com as 
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da 
clientela, refletindo-se, portanto, na Proposta Pedagógica de cada Escola conforme o 
art. 26”. 
 
A parte diversificada não deve ser entendida como uma "adição" à parte comum, mas um elemento 
estrutural que se abre para as múltiplas possibilidades de organização curricular existentes. Não 
existe, em consequência, uma rígida divisão estanque entre Base Nacional Comum e Parte 
Diversificada, já que, entre ambas, existe uma permanente possibilidade de troca e interação, sob a 
luz da flexibilidade da estrutura curricular assumida a partir da atual LDB. 
Nada impede, portanto, que os estabelecimentos privados, se assim o desejarem, insiram, em sua 
matriz curricular, o Ensino Religioso, seja na Base Nacional Comum, seja na Parte Diversificada, 
pois são ambas, como já definiu o Conselho Nacional de Educação, "componentes curriculares 
integrados e articulados entre si dentro de um todo maior" (cf. Resolução CNE/CEB n° 06/2001). 
Em se tratando de Ensino Religioso em Escolas Confessionais, salientamos que o trabalho do 
inspetor escolar, consiste em orientar os gestores escolares e na observância na aprovação da matriz 
ou plano curricular de manter um equilíbrio do número de aulas e carga horária com as demais 
disciplinas curriculares, para que não haja uma defasagem ou excessos em detrimento da disciplina 
Ensino Religioso. 
 
LEITURAS OBRIGATÓRIA: Para ampliar seu conhecimento sobre a Ensino Religioso na educação 
básica, sugerimos a leitura dos documentos oficiais. 
• Lei nº 9.475, de 22.07.1997 
• O Parecer CNE/CEB n° 12/97 
• O Parecer CNE/CEB n° 4/98 
• Resolução CNE/CEB n° 06/2001 
 
Disponível www.mec.gov.br 
Vamos refletir: 
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01- O que significa o termo - O Estado é Laico? 
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________ 
02 – O que significa proselitismo religioso? 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
03 - A Disciplina de Ensino Religioso, alocada na matriz curricular (Base Comum) nos termos da 
legislação vigente, é computada para a totalização do mínimo da carga horária de 800 horas? 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
 
 
2.3. FILOSOFIA E SOCIOLOGIA: DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS NO 
ENSINO MÉDIO 
 
As disciplinas escolares Filosofia e Sociologia no Ensino Médio, tornaram-se obrigatórias . 
O Parecer 38/2006 do CNE, homologado em 11 de agosto de 2006 pelo Ministério da Educação, 
estabelece que "os sistemas de ensino, no prazo de um ano a contarda data da publicação da 
resolução, devem fixar as medidas necessárias para a inclusão das duas matérias". 
Algumas escolas públicas já mantinham a Filosofia e a Sociologia nos currículos escolares, mas 
garantia ao educando somente em 01(uma) série do Ensino Médio. Na aprovação da Lei foi sugerido 
que a partir de 2008 fosse ampliando gradativamente o número de aulas de filosofia e sociologia ao 
longo do currículo escolar, o que no ano de 2010, estariam todos os alunos com sua matriz curricular 
com aulas de sociologia e filosofia nos três anos do Ensino Médio. 
Durante a aprovação da Matriz Curricular e na análise do histórico escolar o inspetor escolar deve 
fazer observância aos conteúdos de Filosofia e Sociologia nos três anos do Ensino Médio. 
LEITURAS OBRIGATÓRIA: Para ampliar seu conhecimento sobre o Ensino de Filosofia e Sociologia 
no Ensino Médio, sugerimos a leitura dos documentos oficiais. 
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http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pceb038_06.pdf
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• Lei nº 11.684 de 02.06.2008 
• Parecer CNE/CEB nº 38/2006 
• Resolução CNE/CEB nº 04 de 16 de agosto de 2006 
 
As disciplinas de Filosofia e Sociologia devem fazer parte do Currículo do 
Ensino Médio em todas as séries a partir de 2008. O Inspetor deve estar ciente desta legislação 
face a analise de histórico escolar de anos anteriores a 2007. 
 
 
 
 
2.4. ATIVIDADE DE CONCLUSÃO DA UNIDADE II: 
1. O que é Currículo Escolar? 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
2. O que é Base Nacional Comum e Parte Diversificada no Currículo Escolar? 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
3. Pesquise: 
- Currículo Formal 
- Currículo Real 
- Currículo Oculto 
 
 
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UNIDADE III 
 
3. A CARGA HORÁRIA MINÍMA DA ESCOLA DA EDUCAÇÃO BÁSICA: 
HORAS RELÓGIO (60 MINUTOS) OU HORAS-AULA (50 MINUTOS) 
 
Vamos realizar uma breve discussão diante dos relatórios e Pareceres do Conselho Nacional de 
Educação do Ministério da Educação referente a parametrização da carga horária de ensino a ser 
ministrada, a LDBEN nº 9.394/96. 
 
Ao longo de seus 92 artigos, distribuídos por nove Títulos, foram utilizados, em diferentes momentos 
e para questões diversas, termos apropriados à mensuração como “horas”, “horas-aula”, “horas 
letivas”, “horas de trabalho efetivo”, “horas semanais de trabalho”, “horas semanais de aula”, “dias 
de trabalho acadêmico efetivo”, “duração”, “carga horária”, “tempo reservado” e “tempo integral”. 
Neste trabalho, ora apresentado destacamos sobre a distinção entre hora-aula e hora relógio e com 
relação ao tempo destinado ao recreio para fins de integrá-lo a carga horária. 
 
Na realidade, a pergunta parece ter em mente o que está em leis anteriores, como se pode ver em 
interpretações do Parecer CEB/CNE 038/2002 de 04/11/2002. ¨...E, na LDB 9.394/96 em seu artigo 
24, inciso I: a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de 
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duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando 
houver. 
A partir da nova LDBEN, Lei 9394/96, o Parecer CNE/CEB 05/97, de autoria do Conselheiro 
Ulysses de Oliveira Panisset, já definia com clareza que o conceito de hora responde ao padrão 
nacional e internacional de 60 minutos distinguindo-a do de hora-aula...” 
Também é novo o aumento da carga horária mínima para as 800 horas anuais. É de se ressaltar que o 
dispositivo legal (art. 24, I) se refere a horas-aula a serem cumpridas. 
 
O artigo 12, inciso III da LDB e o artigo 13, inciso V falam em horas-aula programadas e que 
deverão ser rigorosamente cumpridas pela escola e pelo professor. 
 
Já o artigo 24, inciso I obriga as 800 horas por ano e o inciso V do mesmo artigo fala em horas 
letivas. 
O artigo 34 exige o mínimo de quatro horas diárias, no ensino fundamental. 
Ora, como ensinam os doutos sobre a interpretação das leis, nenhuma palavra ou expressão existe na 
forma legal sem uma razão específica. Deste modo, pode ser entendido que quando o texto se refere 
à hora, pura e simplesmente, trata do período de 60 minutos. Portanto, quando obriga ao mínimo de 
“oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar”, a lei 
está se referindo a 800 horas de 60 minutos, ou seja, um total anual de 48.000 minutos. 
 
Quando, observado o mesmo raciocínio, dispõe que a “jornada escolar no ensino fundamental é de 4 
horas de trabalho efetivo em sala de aula”, está explicando que se trata de 240 minutos diários, no 
mínimo, ressalvada a situação dos cursos noturnos e outras formas mencionadas no artigo 34, § 2º, 
quando é admitida carga horária menor, desde que cumpridas às 800 horas anuais. 
 
Ainda de acordo com Lei 9394/96 e o Parecer CNE/CEB 05/97, ao elucidar a obrigatoriedade da 
ministração das horas-aula, a lei está exigindo (artigos 12, incisos III e 13, inciso V) que o 
estabelecimento e o professor ministrem as horas-aula programadas, independente da duração 
atribuída a cada uma. Até porque, a duração de cada módulo-aula será definido pelo 
estabelecimento de ensino, dentro da liberdade que lhe é atribuída, de acordo com as conveniências 
de ordem metodológica ou pedagógica a serem consideradas. O indispensável é que esses módulos, 
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somados, totalizem oitocentas horas, no mínimo, e sejam ministrados em pelo menos duzentos dias 
letivos. 
 
Ainda o Parecer CNE/CEB nº 08/2004 apresenta sobre essa questão: 
Às 800 horas na Educação Básica, os 200 dias e as horas de 60 minutos na carga horária são um 
direito dos alunos e é dever dos estabelecimentos cumpri-los rigorosamente. Este cumprimento visa 
não só equalizar em todo o território nacional este direito dos estudantes, como garantir um mínimo 
de tempo a fim de assegurar o princípio de padrão de qualidade posto no artigo 206 da Constituição 
Federal e reposto no Art. 3º da LDB. 
 
Dentro do direito dos alunos, o projeto pedagógico dos estabelecimentos pode compor as horas 
relógio dentro da autonomia escolar estatuindo o tempo da hora-aula. Assim a hora-aula está dentro 
da hora-relógio que, por sua vez, é o critério do direito do estudante, que é conforme ao ordenamento 
jurídico. 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece a distinção entre hora e hora – aula. A 
hora é uma indicação precisa da vigésima quarta parte do dia, calculada com referência a dois 
períodos de 12 horas ou a um período único de 24 horas e se remete aos acordos internacionais 
celebrados pelo Brasil, pelos quais a hora é constituída por 60 minutos. 
 
O direito dos estudantes é o de ter as horas legalmente apontadas dentro do ordenamento jurídico 
como o mínimo para assegurar um padrão de qualidade no ensino e um elemento de igualdade no 
país. Já a hora-aula é o padrão estabelecido pelo projeto pedagógico

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