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Resumo endodontia

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Resumo – Endodontia
Instrumentos endodônticos
Função: servem para comunicar o ápice à raiz do dente. Com isso o procedimento deve ser feito com a combinação do instrumento junto com a irrigação a base de cloro. O instrumento retira a dentina infectada e carrega o biofilme; o cloro mata o microorganismo e o mesmo não consegue invadir o osso. 
Podem ser classificados: 
· Quanto ao acionamento: manual ou mecanizado.
· Quanto ao desenho da parte de trabalho: farpados, tipo K, tipo Hedstrom e especiais.
· Quanto ao tipo de movimento executado: limas (lixar) ou alargadores.
· Quanto a natureza da liga metálica: aço inoxidável e de níquel-titânio.
· Quanto ao processo de fabricação: torcidos ou usinados. 
Limas: são projetadas para serem empregadas por meio de movimentos longitudinais alternados em relação ao eixo do instrumento, denominado limagem. Faz a raspagem de parte da superfície dentinária de um canal radicular. 
Alargador: são projetados para serem empregados por meio de movimento de alargamento com giros. Faz corte da parte da superfície dentinária de um canal radicular. 
Parte dos instrumentos:
· Cabo:é a extremidade pela qual se empunha o instrumento endodôntico. Para cabos de diâmetros maiores, a força necessária para girar (movimento de alargamento) o instrumento endodôntico, o interior de um canal radicular, é menor. É de acionamento manual, cada cor representa um numero que corresponde ao tamanho da ponta do instrumento, quanto maior o número maior será a dureza e maior a limpeza.
· Hastes de acionamento:É a extremidade para a fixação e acionamento mecânico (contra ângulo) de um instrumento endodôntico. A haste é cilíndrica com diâmetro universal de 2, 30 mm para encaixar em qualquer contra ângulo. 
OBS: as hastes menores conferem comprimentos totais menores, que favorecem o emprego em dentes posteriores de pacientes com reduzida abertura bucal.
· Corpo: É a parte de um instrumento que se estende desde o cabo ou haste de acionamento até a extremidade da ponta.
· Intermediário: É a parte do corpo que se estende do cabo ou da haste de acionamento até a parte do trabalho. É o que faz variar o tamanho do instrumento, pois a parte de trabalho tem um tamanho fixo de 16 mm.
Ex: instrumento com 25 mm: 16 mm é da parte de trabalho e 9 mm é o intermediário. 
· Parte de trabalho: Parte do instrumento que se estende desde a ponta até o término da haste de corte. Somatório do comprimento da ponta e da haste de corte. É projetada para executar o corte e/ou a raspagem das paredes dentinárias internas de um canal radicular. 
· Ponta: É o extremo do instrumento com perfil cônico. Pode apresentar sessão reta transversal cilíndrica ou poligonal (triangular ou quadrangular). Quando apresenta ponta cilíndrica tem menos capacidade de corte e é melhor em canais com curvatura pois faz desvio com mais facilidade. Quando tem ponta poligonal tem mais capacidade de corte, porém em canais radiculares curvos e atresiados, pode ocorrer maior incidência de desvios e perfurações. 
OBS: os instrumentos mais finos não possuem atividade de corte e por isso já vem sem ponta poligonal.
OBS: a ponta é só uma sonda, um guia facilitador para chegar ao ápice,não corta, ajuda a limpar. Começa a cortar da base para a parte de trabalho. 
- Vértice da ponta: pode ser de 3 tipos: 
Pontiagudo: quando o vértice apresenta a forma de um triangulo com a extremidade aguçada, entra como uma lança e assim tem mais facilidade de perfurar descendo com mais facilidade. 
Obtuso: quando o vértice apresenta a forma arredondada facilitam o deslizamento do instrumento junto as irregularidades das paredes dos canais radiculares, reduzindo o risco de desvios e perfurações. 
Truncado: quando o vértice termina por segmento de reta. Esses favorecem o entupimento ou extravasamento de resíduos no ápice do canal radicular. 
OBS: os instrumentos finos são os truncados e os obtusos e os mais largos são os pontiagudos. 
- Base da ponta: é a área de transição entre a ponta e a parte de trabalho (haste de corte), é onde começa o corte. A passagem pode ocorrer por meio de um ângulo de transição(obtuso) ou curva de transição. Quando se tem um ângulo de transição, vai conferir uma capacidade de corte maior, a sua presença favorece a imobilização da ponta do instrumento induzindo a fratura por torção, principalmente dos instrumentos com diâmetros menores. Ao contrário a curva de transição da base da ponta permite o giro e o avanço do instrumento com menor carregamento em direção ao ápice do canal radicular. 
- Ângulo da ponta: angulo sólido formado pelo contorno da ponta. O vértice do ângulo é voltado para a ponta. Quanto menor o ângulo, menor será a resistência e maior será o comprimento da ponta, descendo mais facilmente, porém maior será o segmento apical do canal radicular que ficará com sua limpeza comprometida. Assim, para diminuir o comprimento da ponta o vértice dela é truncado ou arredondado. Quanto maior o ângulo, maior a resistência e menor o comprimento da ponta. 
· Haste de corte: é a porção da parte de trabalho que se estende da base da ponta ate o intermediário. Pode apresentar seção reta transversal de diferentes formas. 
· Aresta lateral de corte: é o gume da cunha (aresta) dos instrumentos cortantes. Quanto menor o ângulo da cunha, mais facilidade a cunha terá de cortar, assim uma cunha mais aguda facilita a penetração da aresta cortante no material a ser cortado e produz cavacos (raspas de dentina) pequenos, porém terá resistência de sua aresta cortante diminuída, o que pode danifica-la, perdendo mais rapidamente a capacidade de corte. 
 A aresta lateral de corte pode apresentar forma de filete ou de guia radial. A forma de filete é originada pelo encontro de duas paredes de canais contíguos de um instrumento de corte; a guia radial é originada da convergência de duas paredes de canais contíguos, porém com vértice truncado. A largura da guia radial é medida perpendicularmente ao angulo da hélice ou ao eixo do instrumento. 
 Podem estar dispostas na haste de corte na forma helicoidal ou paralela. A de forma paralela reduz a velocidade de avanço evitando o efeito de roscamento no interior de um canal radicular. 
- Hélice: é a aresta ou fio lateral de corte disposta na forma helicoidal traçada em volta de um cone ou de um cilindro. Seu sentido na maioria das vezes é da direita para esquerda. 
Número de hélices: é o número de filetes ou de guias radiais presente na haste de corte helicoidal de um instrumento. O seu número diminui com o aumento do diâmetro e da conicidade da haste de corte e com o aumento do passo da hélice; cresce com o aumento do comprimento da haste de corte e do número de arestas laterais de corte. 
Ângulo da hélice: é o ângulo agudo formado pela hélice e o plano contendo o eixo do instrumento. Quanto menor o ângulo da hélice mais eficiente é a ação de alargamento e maior o comprimento do passo da hélice; e quanto maior o ângulo da hélice mais eficiente a ação de limagem do instrumento e menor o comprimento do passo da hélice (distância entre vértices ou cristas de uma mesma aresta de corte). 
· Canal do instrumento: é um sulco presente entre as arestas de corte contíguas na superfície externa da haste de corte de um instrumento endodôntico. Pode estar disposto na haste de corte na forma helicoidal ou paralela ao eixo do instrumento. O canal helicoidal é projetado para o transporte de resíduos oriundos do corte ou desgaste da dentina. O número de canais corresponde ao número de arestas de corte. 
-Parede ou superfície do canal: a parede de haste de corte presente entre as arestas de haste de corte contíguas. 
· Eixo do instrumento: linha central na direção axial do instrumento. 
· Núcleo do instrumento: parte central da haste de corte de um instrumento. Na sessão reta longitudinal o perfil do núcleo pode ser cônico (com o diâmetro maior voltado para o intermediário) ou cônico reverso. Na sessão reta transversal o perfil do núcleo é cilíndrico. Com o aumento da conicidade da haste de corte, mantendo-se o núcleo coma forma cônica, haverá redução da flexibilidade do instrumento. A forma do núcleo além de interferir na flexibilidade, também determina a profundidade do canal presente na haste de corte do instrumento. 
· Seção reta transversal: são intersecções das linhas das paredes dos canais contíguos. Essas linhas podem apresentar silhuetas retas, côncavas, convexas, e côncavo-convexa. 
Dimensão dos instrumentos 
· Comprimento dos instrumentos: é representado pela soma dos comprimentos do intermediário e da parte de trabalho. O que varia é o tamanho do intermediário. 
- Quanto maior o comprimento do instrumento, maior será a flexibilidade, maior será a possibilidade de manter a forma original do canal curvo após a instrumentação.
-Quanto menor o comprimento do instrumento, maior será a resistência a flambagem do instrumento e maior será a dificuldade ao avanço no sentido apical.
· Diâmetro externo dos instrumentos: o diâmetro da ponta da parte de trabalho de um instrumento endodôntico é denominado D0 e quando a parte de trabalho apresentar 16mm de comprimento, será de D0 A D16. 
- Quanto maior o diâmetro em D0, maior será a rigidez, a resistência a flambagem e a resistênciaa fratura por torção.
- Quanto menor o diâmetro, maior será sua flexibilidade e resistência à fratura por fadiga induzida por flexão rotativa e menor será a resistência a flambagem. 
· Séries: os diâmetros nominais em D0, expressos em mm correspondem aos números dos instrumentos padronizados e variam entre 6 a 140. Sendo divididos em: 
- Especial: de 6 a 10
-Primeira série: de 15 a 40
-Segunda série: de 45 a 80
-Terceira série: de 90 a 140 
Obs;aumento é de 0,02 mm (ex: número 06: DO=0,06mm/número 08: D0=0,08mm); até o numero 60 aumenta 0,05mm; a partir do 60 até o 140 aumenta 0,1mm. (caso tiver dúvida olha tabela na pag 289 do livro). 
· Conicidade dos instrumentos: a conicidade de um instrumento é a relação entre o aumento do diâmetro por unidade de comprimento (mm) da parte de trabalho. A conicidade dos instrumentos convencionais é de 0,02mm, ou seja, há aumento de 2% a cada 1mm da parte de trabalho. Conicidades maiores podem existir em instrumentos especiais de Ni-Ti mecanizados, como valores de 0,04- 0,06- 0,08- 0,1- 0,12mm. 
Para instrumentos de mesmo diâmetro em D0, quanto menor a conicidade, maior a flexibilidade e a resistênciaa fratura por fadigae vice-versa. 
Instrumentos manuais
· Extirpa polpa: o cabo é cilíndrico, não tem conicidade, apresentam em sua parte de trabalho farpas levantadas da própria haste metálica e dispostas circularmente formando um ângulo interno agudo com eixo do instrumento. Tem como indicação remoção da polpa dentária.
Foram projetados para serem acionados com movimento de remoção que é constituído por 3 etapas: penetração até o segmento apical do canal radicular; rotação de 1 a 2 voltas sobre o seu eixo no sentido horário ou anti-horário; e tração em direção cervical.
OBS: não devem ser usados na remoção de tecido pulpar nos casos de rizogênese (formação radicular da polpa) incompleta, pois poderiam provocar a ruptura do tecido em um ponto muito próximo dos tecidos perirradiculares. E também não devem ser usados em canais atresiados. Caso for utilizar esse instrumento, usar um mais fino, pois tem que entrar folgado. 
· Instrumentos tipo K:São instrumentos que atuam como lima ou alargadores. São fabricados por torção ou usinagem (quando a liga é de NiTi é feito por usinagem e quando for de aço inoxidável é por torção). Podem ser acionados manualmente ou mecanicamente. A parte de trabalho possui 16 mm de comprimento e conicidade 0,02 mm (podem ser encontrados conicidades maiores). 
Instrumentos quadrangulares e triangulares de diâmetros iguais, o volume de material removido pelo triangular é maior, mas o número de aresta de corte é menor. Além disso, o diâmetro do núcleo de um instrumento quadrangular é maior do que o diâmetro triangular, isso possibilita uma maior resistência aos instrumentos quadrangulares. Instrumentos triangulares suportam uma maior deformação plástica antes da fratura do que instrumentos quadrangulares.
Vantagens dos instrumentos triangulares: limpa mais, o núcleo é menor sendo mais flexível, pois tem menos capacidade de deformação, permite que o cloro entre com mais facilidade devido a menor quantidade de aresta.
Vantagens dos instrumentos quadrangulares: tem grande resistência mecânica, mais rígidos e tem menos chance de parafusar, são indicados para fazer cateterismo (entupimento).
São divididos nas séries: 
- Especial: de 6 a 10. São os menores instrumentos tendo seção transversal quadrangular pois assim tem mais resistência, girando menos a ponta do instrumento tendo menos chance de fraturar. Como essa série é composta por materiais finos, se for triangular vai ter muito pouco núcleo metálico e maior chance de fraturar.
- Primeira série: de 15 a 40. Existem dois tipos de instrumentos tipo K na primeira série, o K-file sendo de seção transversal quadrangular e o K-flexofile sendo de seção transersal triangular.
- Segunda série: de 45 a 80. São instrumentos do tipo K-file, porém sua seção transversal é triangular.
- Terceira série: de 90 a 140. São instrumentos do tipo K-file, porém sua seção transversal é triangular.
OBS: instrumentos especiais e de primeira série apresentam pontas cone circular e extremidade obtusa, curva de transição, ângulo agudo de inclinação das hélices, seção transversal quadrangular. E instrumentos de segunda e terceira série apresentam pontas cone piramidal e extremidade pontiaguda, ângulo de transição mais aberto, seção transversal triangular. 
A ponta desse instrumento pode ser cônica circular ou cônica piramidal, a extremidade da ponta pode ser pontiaguda, obtusa ou truncada. A passagem da ponta para haste de corte não deve apresentar ângulo de transição e sim curva de transição, pois a presença de ângulo pode provocar transporte apical ou favorecer a imobilização da ponta causando fratura por torção. O angulo da ponta quanto menos agudo mais chance de parafusar, e o angulo mais agudo mais chance de fraturar.
O perfil da aresta de corte apresenta forma de filete. Os de seção triangular apresentam ângulo de corte de aproximadamente 60° e os de seção quadrangular apresentam ângulo de corte de 90°. Quanto menor o ângulo de corte, maior será a capacidade de corte. 
· Instrumentos tipo H ou Limas tipo Hedstrom: O objetivo desse instrumento é fazer a limagem, que deve ser feita em cada parede separadamente após o alargamento com instrumentos tipo K. Pode usar em canais com curvaturas, porém não se deve ultrapassar essa curvatura.A parte de trabalho possui 16 mm de comprimento mínimo e se caracteriza por apresentar apenas uma aresta lateral de corte disposta na forma helicoidal que apresenta seção reta transversal em forma de vírgula. A ponta das limas apresentam figuras de cone circular. 
Essas limas foram projetadas para serem acionadas manualmente por meio do movimento de limagem, sendo quanto maior a rigidez maior a sua eficiência de raspagem.
· Instrumentos C-Pilot: usado no cateterismo de canais atresiados (bem estreitos). Sua parte de trabalho possui 17mm.
Instrumentos acionados a motor
São considerados alargadores e não brocas. É uma ferramenta de corte para alargar furos com o fim de se obter um furo com diâmetro maior, com superfície lisa, bem acabada ou tornar cônico um furo cilíndrico que tenha sido aberto com uma broca. 
· Alargadores de Gates-Glidden: são encontrados nos números de I a VI e nos comprimentos úteis de 15 e 19. O comprimento da haste de acionamento é de 13 mm, são montados em contra ângulo, com sentido de corte à direita e em baixa rotação, devem ser introduzidos girando no interior do canal radicular. Esses instrumentos são fabricados em aço inoxidável, por usinagem, sendo formados por duas hastes de diâmetros diferentes.
A haste de diâmetro maior é cilíndrica e forma a haste de acionamento e a de diâmetro menor constitui o corpo do instrumento. A haste de acionamento do alargador apresenta estriasque indicam o número do instrumento. A haste de diâmetro menor forma o corpo que é constituído pela parte de trabalho localizado na extremidade do corpo e pelo intermediário. A ponta é formada pela intercessão das arestas laterais de corte, é cônica circular, não cortante e o vértice da sua extremidade é truncado. Quanto menor o ângulo da ponta, mais suave será a passagem da base da ponte para a haste de corte do instrumento, ou seja, a passagem se faz por meio de uma curva de transição e não por um ângulo de transição.
A parte de trabalho é formada pela ponta e pela haste de corte do instrumento. A haste de corte é curta e apresenta forma helíptica (arco) com três arestas laterais de corte, igualmente espaçadas e dispostas a parte da ponta, na direção longitudinal ao eixo do instrumento e logo a seguir na forma de hélice (direção oblíqua) com sentindo anti-horário.
Obs: a disposição das arestas de corte, na direção longitudinal a partir da ponta dos alargadores gates-glidden, impede que esses instrumentos quando em uso no interior e canal radicular sofram efeito de enroscamento.
Obs: As hélices não apresentam um passo completo em virtude do pequeno comprimento da haste de corte em virtude do pequeno comprimento da haste de corte, ou seja, não completam uma volta.
A seção reta transversal apresenta forma de tríplice U e possui três canais e três arestas laterais de corte igualmente distantes. Estas arestas são formadas pela interseção da guia radial da parede do canal helicoidal do instrumento.
O corte da dentina se dá no movimento de giro e de penetração (avanço) do instrumento na direção do eixo do canal radicular em sentido apical. Sendo o comprimento do canal radicular maior do que o do canal helicoidal do instrumento, durante o emprego, o instrumento deve ser introduzido para cortar dentina e retirada sucessivamente do interior do canal radicular a fim de possibilitar a saída do material excisado em sentido cervical.
· Alargadores de Largo: são montados em contra ângulo, com sentido de corte à direita e em baixa rotação. Esses instrumentos são fabricados em aço inoxidável, por usinagem, sendo formados por duas hastes de diâmetros diferentes.
A haste de diâmetro maior é cilíndrica e forma a haste de acionamento e a de diâmetro menor constitui o corpo do instrumento. A haste de acionamento do alargador apresenta estrias que indicam o número do instrumento. A haste de diâmetro menor forma o corpo que é constituído pela parte de trabalho localizado na extremidade do corpo e pelo intermediário. A ponta é formada pela intercessão das arestas laterais de corte, é cônica circular, não cortante e o vértice da sua extremidade é truncado. Quanto menor o ângulo da ponta, mais suave será a passagem da base da ponte para a haste de corte do instrumento, ou seja, a passagem se faz por meio de uma curva de transição e não por um ângulo de transição.
A parte de trabalho é formada pela ponta e pela haste de corte do instrumento.
A haste de corte tem forma cilíndrica, com três arestas laterais de corte, igualmente espaçadas e dispostas a parte da ponta, na direção longitudinal ao eixo do instrumento e logo a seguir na forma de hélice (direção oblíqua) com sentindo anti-horário.
Obs: a disposição das arestas de corte, na direção longitudinal a partir da ponta dos alargadores gates-glidden, impede que esses instrumentos quando em uso no interior e canal radicular sofram efeito de enroscamento.
Obs: As hélices não apresentam um passo completo em virtude do pequeno comprimento da haste de corte em virtude do pequeno comprimento da haste de corte, ou seja, não completam uma volta.
A seção reta transversal apresenta forma de tríplice U e possui três canais e três arestas laterais de corte igualmente distantes. Estas arestas são formadas pela interseção da guia radial da parede do canal helicoidal do instrumento.
O que diferencia um alargador largo de gates é:
- O instrumento deve ser introduzido girando a direita em sentido apical na direção do eixo do canal radicular no máximo até atingir a penetração de toda a sua parte de trabalho e, a seguir, pressionado lateralmente, acompanhado de um deslocamento circundante, incorporando todo o contorno dos seguimentos achatado do canal radicular
- Devem ser utilizados no desgaste anti-curvatura direcionando a instrumentação as zonas volumosas ou zonas de segurança localizado no segmento cervical da raiz dentária
- Possui maior resistência a fratura devido seu maior diâmetro do intermediário e comprimento da parte de trabalho dos alargadores largo em relação aos gates de mesmo número.
- Os alargadores de gates começam com o diâmetro de 0,5 já os de largo começam com diâmetro de 0,7 e ambos vão aumentando de dois em dois mm, sendo assim o de gates termina em 1,50 mm e o de largo em 1,70 mm
Conceitos:
· Ligas metálicas: obtidos pela fusão de dois ou mais metais.
· Aço inoxidável: material que tem um aumento da resistência ao calor e a corrosão e a tenacidade.
· Liga Niquel-Titânio: são caracterizados pelo efeito memória de forma e a superelasticidade. O efeito memória de forma é a capacidade dos materiais de sofrer deformação de acordo com a forma da raiz de cada dente, porém quando colocado na autoclave ele volta a forma original. A superelasticidade é um caso do efeito memória de forma, em que a recuperação da forma acontece apenas com a retirada da tensão sem necessidade de aquecimento.
OBS: o NiTi ganha do aço pois possui um efeito memória de forma assim mais deformidade elástica e superelasticidade. E perde do aço inoxidável por possuir menos corte e menor deformidade plástica, assim não da pra ver a deformidade que um instrumento sofreu então não se percebe quando ele irá fraturar.
Propriedades mecânicas
· Resistência mecânica: indica a capacidade de os materiais resistirem à solicitação externa, estática ou dinâmica sem apresentar fratura. O instrumento endodôntico tem mais resistência que a dentina, isso explica o fato dele cortar a dentina; a dentina é mais resistente que o instrumento quando este fratura no canal. 
OBS: A capacidade de corte pode variar em função da dureza e da tenacidade da dentina. A resistência do instrumento deve ser maior quanto maior for a dureza e a tenacidade da dentina. Com a perda do corte, aumenta-se a força aplicada ao instrumento podendo induzir a sua fratura por torção. 
· Força: grandeza vetorial que, aplicada a um corpo deforma-o ou tende a mudar seu estado de repouso ou movimento.
· Tensão: relação entre a força aplicada em um corpo por unidade de área na qual atua (tensão e pressão).
OBS: a tensão e a força podem ser classificadas em: normais (compressivas ou trativas) e cisalhantes. Quando a força é distribuída em uma superfície do corpo perpendicular à direção de aplicação é denominada normal. É chamada de compressiva para comprimir e de trativa alongar. Quando uma força aplicada for distribuída paralelamente é denominada cisalhante, como por exemplo,a raspagem feita pela lima Hedstrom. 
· Deformação: quando uma força atua em um corpo impendido de alterar sua posição a força tende a deformar o corpo. Essa deformação pode ser elástica (temporária) ou plástica (permanente). NiTi tem deformação elásticas e o aço inoxidável tem deformação plástica. 
· Elasticidade: é a propriedade que indica a capacidade do material sofrer grandes deformações elásticas. É medida pelo módulo de elasticidade. Quanto menor o módulo de elasticidade, maior a elasticidade e menor a rigidez. E quanto maior o módulo de elasticidade, menor a elasticidade e maior a rigidez. 
OBS: ordem de flexibilidade quanto ao tipo de instrumento: NiTi> K-flexofile> K-file. Ex: O K-file 30 e o K- flexofile 30, o k-file tem maior módulo de elasticidade.
Ordem de flexibilidade de mesma liga: triangular > quadrangular. 
Quanto ao diâmetro: instrumento de maior diâmetro são menos flexíveis e tem maior modulo de elasticidade que o instrumentode menor diâmetro. Ex: Instrumento 30 e Instrumento 80: o instrumento 80 te maior módulo de elasticidade.
Quantoao comprimento (altura): instrumentos maiores são mais flexíveis e tem menor modulo de elasticidade. 
· Comportamento elástico em torção: é a deformação elástica apresentada por um instrumento tendo uma de suas extremidades imobilizadas e na outra aplicada um torque. Ex: ponta do instrumento fica imobilizada e o que mexe é no cabo. 
· Comportamento elástico em flambagem: é a deformação elástica apresentada pelo instrumento quando submetido ao carregamento compressivo ao longo do seu eixo. Quanto mais curto o instrumento, maior a flambagem, sendo indicado para canais que tem pouco volume como de idosos e incisivos (usa instrumento com intermediário menor para flambar menos). Quanto maior o módulo de elasticidade, maior a resistência a flambagem, assim maior será sua capacidade de avançar no canal. 
· Comportamento elástico em flexão: é a deformação elástica pelo 
instrumento quando submetido a um carregamento localizado na sua extremidade e na direção perpendicular ao seu eixo. 
· Limite elástico: é definido como a maior tensão que um material pode ser submetido de tal modo que retorne as suas dimensões originais quando a força é removida.
· Plasticidade: capacidade de um material sofrer grandes deformações sem atingir fratura. 
· Maleabilidade: é a capacidade de o material sofrer deformação plástica com forças compressivas. O instrumento dobra e desdobra sem fraturar.
· Ductibilidade: facilidade de o material ser estirado ou reduzido a forma de fio pelo alongamento (força trativa) total do corpo antes da fratura.
OBS: K-flexofile tem pouco limite elástico porém muita plasticidade e ductilidade.
· Limite de escoamento: define o final da região elástica e inicio da plástica.
· Rigidez: indica a capacidade do material resistir a carregamentos elásticos sem apresentar deformação plástica. É medida pelo módulo de elasticidade, quanto maior o valor do módulo, maior a rigidez do metal, maior o diâmetro e menor a elasticidade.
· Fragilidade: é a capacidade de um material romper-se com facilidade sem antes deformar. É o oposto de plasticidade e um material fraco não é necessariamente fraco.
· Tenacidade à fratura: quantidade de energia que um material pode absorver antes da fratura. É a resistência a propagação de trincas. O instrumento K-flexofile é mais tenaz.
· Dureza: é a resistência do material a penetração, a deformação plástica e ao desgate mecânico. Quanto maior a dureza do material, maior a resistência a tração, ao corte, ao dobramento e à abrasão. Quando a dureza aumenta, a tenacidade e a plasticidade diminui e a fragilidade aumenta.
· Limite de resistência: tensão máxima suportada pelo instrumento antes da fratura. 
· Encruamento: é o mecanismo de aumento da resistência mecânica (endurecimento) por deformação plástica a frio (o aumento da resistência mecânica, o material fica mais rigido e menos elástico). Quanto maior o encruamento, menor a tenacidade e maior a possibilidade a fratura. 
Preparo químico - mecânico do sistema de canais radiculares
Na realização do preparo não se pode separar procedimentos mecânicos de químicos, pois o resultado final do preparo de um canal radicular decorre da interação dos instrumentos endodônticos com as substancias químicas auxiliares e com a irrigação e aspiração.
A função do tratamento do canal é a desinfecção/neutralização, modelagem do canal principal, permitir uma obturação hermética (conseguir colocar uma quantidade de material dentro do canal para matar todas as bactérias e não deixa-las crescerem)
· Limpeza e desinfecção: Visa a eliminação de irritantes como micro-organismos, seus produtos e tecido pulpar vivo ou necrosado. Durante o preparo a limpeza é lograda pela ação mecânica dos instrumentos endodônticos junto às paredes internas do canal radicular principal. Aliada a essa ação mecânica, uma ação química de limpeza de canais é obtida pelo emprego de soluções químicas auxiliares de instrumentação, como exemplo o cloro que tem função de absorver gordura e proteína. 
Todo tecido pulpar mesmo vivo e não infectado deve ser eliminado no momento do preparo do canal para não servir de substrato a uma proliferação bacteriana. 
OBS: Em dentes vivos não tem bactéria dentro do canal, ela esta na coroa/carie, devendo fazer biopulpectomia (não mata a bactéria, impede que ela entre no canal e se prolifere), pois já possuem células de defesa dentro do dente tentando elimina-las, tendo uma maior chance de sucesso do tratamento. Já em dentes necrosados é preciso matar a bactéria, com isso é feito a necropulpectomia (eliminação de irritantes do interior de canais radiculares). Porem não há forma nenhuma de esterilizar o canal, mas sim realizar um protocolo profilático.
· Biofilme intrarradicular: Quando ocorre o insucesso do tratamento endodôntico, o profissional tenta refazer o tratamento, abrindo o canal e limpando e obturando-o. Porém, se novamente ocorrer o insucesso, tem que fazer uma cirurgia chamada absectomia (corta o ápice da raiz), pois assim ira fazer exames para ver quais microrganismos esta atrapalhando a limpeza. 
- Quanto maior a lesão, maior a quantidade de microrganismo, maior a virulência e maiores são os sintomas (edema ou fistula).
· Biofilme perirradicular: Infecção fora do canal, no cemento, não tem como eliminar, pois o biofilme esta dentro do cemento, tendo que fazer cirurgia, mas é raro. 
· Ampliação e modelagem: visam por meio da instrumentação a confecção de um canal cônico com menor diâmetro apical e maior diâmetro coronário, mantendo a forma anatômica original por isso utiliza-se instrumentos mais flexíveis como de níquel-titânio. 
OBS:Os instrumentos que alargam precisam tocar em todas as paredes, porém em áreas em que não conseguem fazer limpeza (cantos e perto furca) usa sempre Hedstrom, pois não trabalha na instrumentação principal e nunca vai em curvatura. 
· Falhas na instrumentação (erros e dificuldades):
1. Em canais curvos, a ampliação do volume acompanhada do desenvolvimento de um formato cônico e a permanência da forma original do canal são tarefas difíceis de serem alcançadas. Deve-se escolher um instrumento que é flexível;
2. Tipo de movimento empregado;
3. Técnica de instrumentação;
4. Localização da abertura;
5. Formação de degraus, perfurações e deslocamentos apicais internos ou externos são acidentes indesejáveis observados na instrumentação de canais curvos. Insistir em um degrau, que acontece com o uso de um instrumento não apropriado, pode levar a um desvio (canal sem comunicação), o desvio pode levar a perfuração (canal em contato com o meio externo);
6. Obliteração: quando não é feito a devida irrigação os restos de dentina não irão ficar em suspensão e sim entupindo o canal. 
OBS: deve sempre limpar o terço cervical antes do apical para não levar bactérias para a porção apical, pois as células de defesa do terço apical estão acostumadas com um tipo de bactéria e ao chegar outro tipo ocorre uma resposta inflamatória grande.
· Movimentos dos instrumentos: 
· Movimento de remoção: é usado na remoção de polpa dentária, bolinhas de algodão, cones de papel com instrumentos extirpa polpa ou limas Hedstrom (desde que não esteja tocando nas paredes da dentina). Também é usado na remoção inicial do material obturador como guta percha com instrumentos tipo K e limas Hedstrom. 
Esse movimento é feito com o avanço do instrumento no canal, duas rotações à direita e tração para retirar o instrumento. 
OBS: não deve fazer o giro 2 vezes se o instrumento estiver tocando na dentina por isso o diâmetro do instrumento deve ser menor que o do canal. E não deve fazer o giro 2 vezes quando o instrumento estiver parafusando.
· Movimento de exploração ou cateterismo: é utilizado no cateterismo de canais radiculares amplos com o objetivo de conhecer a anatomia interna, o esvaziamento inicial do canal e a determinação da odontometria (para medir o comprimento do dente). O instrumento endodôntico indicado é o tipo K de aço inoxidável acionados com as mãos que devem possuir diâmetros menores que o dos canais radicularese não necessitam ser pré-curvados (dobrados). 
O cateterismo deve ser feito em duas etapas, na inicial deve ser feito uma desinfecção ampla no terço cervical e depois faz o cateterismo final chegando ao ápice. 
O movimento é realizado com pequenos avanços e sentido apical, com discretos movimentos de rotação à direita e à esquerda (giro parcial alternado) e com pequenos retrocessos. 
OBS: em canais atresiados e idosos com canais calcificados se faz o giro parcial alternado com um ¼ de volta e com instrumentos mais curtos. 
· Movimento de alargamento: processo destinado a ampliar através de um material de corte deixando o diâmetro do canal com um furo cônico ou cilíndrico, o diâmetro do instrumento deve ser maior que o do canal. O alargamento consiste no giro e no deslocamento compressivo simultâneos. Quanto mais se amplia, mais limpa e mais destrói. 
O primeiro instrumento utilizado é denominado IAI (instrumentos apical inicial) e a partir dele conta-se mais quatros instrumentos. Ex: se usar um instrumento 30 como IAI, usa-se depois os 35, 40, 45, 50. 
- Movimento de alargamento parcial à direita: esse movimento é indicado no cateterismo de canais atresiados. É feito através do avanço do instrumento no sentido apical, seguido de uma rotação a direita que faz o corte das paredes dentinárias (1/4 da volta), em seguida a tração arranca a dentina cortada ampliando seu diâmetro.
Os instrumentos para esse tipo de movimento devem apresentar seção reta transversal quadrangular, ponta cônica circular, curva de transição e mais curtos evitando assim a flambagem.
- Movimento de alargamento parcial alternado: esse movimento é indicado na instrumentação de canais radiculares retos ou curvos com menos resistência. No segmento apical do canal, a forma da seção reta transversal após a instrumentação deve ser circular para permitir a adaptação da guta-percha, ponta cônica circular e com curva de transição.
Aplica-se uma força no sentido apical acompanhada de rotação parcial alternada, ou seja à direita e à esquerda, provocando cortes das paredes dentinárias. A rotação parcial à esquerda tem como objetivo liberar o instrumento no interior de um canal, enquanto a direita é para corte.
- Movimento de alargamento contínuo: esse movimento é indicado quando o canal já está mais folgado. É feito através da aplicação de uma força no sentido apical do canal acompanhado simultaneamente de rotação contínua à direita, a seguir fraciona-se ligeiramente o instrumento em sentido cervical. A repetição dessas manobras promove o avanço do instrumento no sentido apical, seguido do corte e do arrancamento da dentina completando o circulo de corte e ampliando o diâmetro do canal radicular.O instrumento geralmente é acionado com dispositivos mecânicos.
É feito com instrumentos de aço inoxidável ou NiTi (Gates ou Largo) e em canais com segmentos cervicais retos. Ex: Gates 1 = instrumento 50 ; Gates 2 = inst. 70 (e assim sucessivamente pulando de 20 em 20 até Gates 6). Largo 1 = inst. 70 ; Largo 2 = inst. 90 (e assim sucessivamente pulando de 20 em 20 até Largo 6).
- Vantagens do movimento de alargamento: permite a ampliação de um canal curvo ou reto e mantém a instrumentação no eixo central do dente; favorece a adaptação do material obturador através da seção reta transversal circular, forma cônica, pois assim consegue uma melhor limpeza do canal limpando todas as paredes iguais.
- Ângulo de rotação: Quanto menor o ângulo de rotação, menor será o avanço do instrumento, o esforço de corte, a imobilização da ponta e a fratura do instrumento.
Deve-se começar a instrumentar um canal com instrumento quadrangular, pois o triangular gira mais (120°) e tem mais chance de fraturar a ponta. 
· Movimento de limagem (ou raspagem): Faz força paralela a superfície removendo o material (força cisalhante) com a Hedstron. Esse instrumento tem que entrar folgado, pois tem núcleo metálico pequeno e assim pode fraturar com facilidade. 
- Movimento longitudinal alternado: As limas são empregadas por meio de um movimento longitudinal alternado (avanço e retrocesso) na raspagem de parte da superfície de um canal radicular. 
- Limagem circundante: é quando o movimento de limagem é repetido equitativamente por todo o contorno do canal. 
- Contra-indicação do movimento de limagem: instrumentos rígidos não devem entrar em canais curtos pois podem ocasionar transporte apical interno, desviando dentro do canal e sobrando ainda espaço suficiente para nutrição da bactéria; não se deve levar instrumentos rígidos á região apical. 
OBS: instrumento K-file 2° série pode fazer alargamento e limagem, pois tem um núcleo muito grande e diâmetro bem parecido por toda a sua extensão. Quanto menor o diâmetro tem-se menos metal, assim será menos rígido e não retira dentina.
· Classificação dos canais radiculares: 
-Quanto à anatomia: podem variar em número, tamanho, forma, divisões, fusões e estágios de desenvolvimento. 
-Quando ao diâmetro: pode ser amplo, mediano, atresiado ou estreito. 
-Quanto à direção: podem ser retilíneo ou curvo.
· Classificação para fins de tratamento endodôntico:
-Classe I: canal amplo ou mediano, reto ou com curvatura suave. A exploração do canal é acessível ate o forame apical. 
-Classe II: canal atresiado, com curvatura moderada. A exploração do canal é acessível ate o forame apical. 
-Classe III: canal atresiado com curvatura acentuada. Difícil acesso ao forame. 
-Classe IV: canais atípicos, como com dupla curvatura radicular e com dilaceração radicular. 
· Limite apical: é o ponto mais apical que o instrumento deve atuar, é 1mm do ápice radicular radiográfico. 
· Considerações anatômicas: 
- Segmento apical:pode ser considerado a região mais crítica do sistema de canais radiculares. Essa região contem segmento apical do canal principal, o forame apical e uma maior incidência de ramificações, que permitem uma intima relação com os tecidos periradiculares sendo necessária a limpeza e desinfecção para o sucesso do tratamento endodôntico. 
- Canal dentinário: é cônico com menor conicidade, maior comprimento, tendo o menor diâmetro voltado para o ápice radicular, sendo formada pelas paredes dentinárias, que se estendem da embocadura do canal até a junção cemento-dentinária. 
- Canal cementário: é cônico com maior conicidade, menor comprimento (em jovens 0,5mm e adultos 0.7mm), tendo o maior diâmetro voltado para o ápice radicular (em joven0,5mm e adultos 0,7mm), se estende da junção cemento-dentinária ate o forame apical que é geralmente circular. 
- Junção cemento-dentinária: é definido como região de transição onde o canal dentinario e cementario se unem, sendo o local de maior constrição e menor diâmetro do canal radicular, onde a polpa termina e o periodonto começa. A constrição apical esta próxima à junção cementodentinária e não junto a ela, de forma oval ou irregular; ela esta distante aproximadamente 0,5mm do forame apical ou seja 1mm do ápice radicular. A média do diâmetro das foraminas apicais é de 0,2 a 0,5mm. 
· Patência apical: é quando o instrumento sai um pouco do ápice, mas não faz modelagem e nem corta dentina, só tira tecido (debridamento) que vai suprir a bactéria, é feito por instrumentos mais finos. Nos canais vivos (não infectados) não precisa fazer patência. 
· Comprimento de patência: é valor inteiro do dente, da borda incisal ate a abertura foraminal, incluindo os canais dentinário e cementário. Toda vez que for fazer patencia, tem que ser com instrumento de patencia, o qual não modela, só faz o debridamento. 
· Comprimento de trabalho: é 1mm (representado pelo canal cementário) aquém do comprimento de patencia. Ex: CT + 1mm = CP, ou seja um dente de 23mm tem comprimento de patencia = 23mm e o comprimento de trabalho 22mm. 
OBS: inicia-se uma instrumentação com instrumento 10, o qual representa o instrumento de patência; faz-se irrigação e inundação; passa para o instrumento 15; irriga, inunda; volta para o instrumento 10 e assim sucessivamente. Sempre tem que voltar no instrumento 10, pois como é um instrumentode patencia não ira precipitar a dentina e nem entupir o canal e ele limpa o canal até o ápice incluindo o canal cementário, onde os outros instrumentos não atuam. 
OBS:a seleção do primeiro instrumento é feito de acordo com o diâmetro do canal e com o comprimento do dente, na maioria das vezes sendo o inst. 10. 
· Batente apical: conhecido também como ombro apical, parada apical de instrumentação ou degral apical, onde o material obturador se encaixa. Quanto mais alarga o ápice, mais ombro tem para segurar o material. 
OBS: pacientes mais jovens o IAI será mais calibroso e pacientes mais velhos, será mais fino. Ex: o IAI 15 significa que é o primeiro instrumento que se prende no comprimento de trabalho, assim deve seguir uma regra de mais quatro instrumentos (20, 25, 30, 35), no qual o instrumento 35 será o instrumento de memória. Dessa forma irá usar sempre o instrumento 10 no comprimento de patência e o 35, pois ele vai remodelar o canal. 
Instrumentação de canais radiculares
É realizada em duas etapas distintas:
· Pré-instrumentação: tem como objetivo a eliminação ou regularização das interferências anatômicas, buscando a determinação do comprimento de trabalho, do comprimento de patência e a criação do leito do canal radicular. Não busca limpeza, ampliação e a modelagem de um canal radicular. É constituída da localização do canal, do cateterismo ou exploração inicial do canal, da ampliação cervical do canal, da complementação do cateterismo, da determinação do comprimento de trabalho e de patência do canal, e da instrumentação inicial ou leito do canal ou glide path. 
É iniciada após a radiografia, se necessário é feito anestesia, depois é feito o isolamento, faz a limpeza e desinfecção da coroa, se faz o acesso. 
· Localização dos canais radiculares: Após a remoção completa de todo o teto cavitário, os orifícios dos canais radiculares devem ser localizados por meio de sondas clínicas de pontas retas e afiladas. 
· Cateterismo ou exploração inicial: Ao encontrar o canal, usa-se um instrumento com vértice da ponta obtusa e truncada, ponta cônica com ângulo ou curva de transição, sendo eles o K-8, K-10 ou flexo-15. Nesse momento não pode ir no segmento apical, tendo que deixar 3 mm apicais para não levar biofilme da região cervical para apical e vice-versa (CEI = CDR – 3 mm). Ex: se o dente tem 18 mm, o instrumento deve entrar 15mm. 
Para canais atresiados o instrumento usado no cateterismo geralmente tem dificuldade de alcançar o comprimento de exploração inicial, nesses casos realiza-se a ampliação cervical para eliminar as interferências anatômicas que dificultam o avanço do instrumento de cateterismo. 
· Ampliação cervical: ao entrar com instrumento e o mesmo sair folgado, quer dizer que o canal esta ampliado, favorecendo o avanço em sentido apical do instrumento empregado no cateterismo de um canal atresiado. Quando se tem dificuldade de entrar no canal antes de usar a Gattes usa instrumentos tipo K de aço inoxidável de seção reta transversal quadrangular de 21 mm de comprimento e de números 25 e 30 acionados manualmente pelo movimento de alargamento parcial à direita. A seguir é feito uma ampliação com alargadores Gates I, II, III e as vezes IV (sempre do mesmo comprimento), não devendo ultrapassar metade do comprimento do dente na radiografia deixando cônico. 
Tem como vantagem fazer com que o instrumento entre reto e não sofra a influência das paredes do canal. Quando já se tem um canal amplo não precisa fazer essa etapa.
OBS: durante essa etapa a instrumentação não deve ultrapassar de 3 a 5 mm da embocadura do canal.
 
· Complementação da exploração:após a ampliação cervical, instrumento empregado na exploração (K-10 e flexo-15) atinge com facilidade o comprimento estabelecido. A seguir ajusta-se o CT e o CP que é determinado por meio do raio-x ou localizador. Para o CT, o vértice da ponta do instrumento deve ficar de 1 a 2 mm do vértice radiográfico do dente. Quanto ao CP, a extremidade do instrumento deve ficar na abertura do forame do canal radicular. É realizada com instrumentos tipo K ou especial de comprimento de 21, 25 ou 31mm, de número 8 ou 10 acionados manualmente por movimento de alargamento com rotação parcial à direita ou alternada. Nesse momento já foi feito a limpeza inteira do canal, com exceção de 2mm aquém do forame. 
· Instrumentação inicial ou Leito do Canal (Glide path): com base no comprimento de patencia, instrumenta-se o canal em toda a sua extensão com instrumento tipo K ou especial de aço inox de números 10 ou 15, acionados manualmente com movimentos de alargamento parcial a direita ou alternado. Essa instrumentação até o CP tem como objetivo a criação do leito de um canal radicular por meio da eliminação ou regularização das interferências anatômicas. Depois que fez tudo isso, desce com o instrumento 15 até o final para diminuir a possibilidade de obstrução apical pela preciptação de dentina.
OBS GERAL: a cada etapa da pré instrumentação do canal é realizado a irrigação e aspiração seguidas de inundação da cavidade pulpar com solução química auxiliar (hipoclorito de sódio a 2,5%) com o objetivo de remover os detritos mantidos em suspenção no interior do canal e permitir a renovação da substancia química auxiliar. 
· Instrumentação: deve ser iniciada após a criação do leito de um canal. 
· Instrumentação segmentada ou escalonada: os instrumentos serão empregados inicialmente no segmento cervical representado por dois terços do CT; e a seguir no segmento apical de um canal, representados por um terço do CT. 
- Instrumentação do segmento cervical: usa-se alargadores cervicais de aço inox mecanizados (Gattes e Largo) descendo e tirando até chegar dois terços do CDR. Começando com a Gattes I podendo ir até Gattes IV (primeiro pré superior e molares usa Gattes até III, e o resto pode chegar até IV). Pode ser usado também instrumentos tipo K de 1 a 5 mm de amplitude até atingir o comprimento do segmento cervical. Essa instrumentação pode ser feita de forma paliçada ou desce de uma vez só, o que determina isso é o tamanho do canal (Gattes nunca vai alem da curvatura). A Largo corrige as irregularidades que o alargamento em paliçada deixa. 
OBS: nos casos de molares e pré molares existe uma projeção de dentina que impede que o instrumento entre reto. Tem que fazer um desgaste anticurvatura com um leve esforço pois esses instrumentos não foram feitos para isso. Nos incisivos abaixo do cíngulo tem que fazer o desgaste anticurvatura. A medida que a parede vai se desgastando, a entrada do instrumento se torna mais reta. É realizada com Gattes. 
Vantagens: 
1. promove a eliminação de parte do conteúdo do canal, tanto para dentes com polpa vital como para os com polpa necrosadas, minimizando o risco de sua compactação para o segmento apical ou mesmo de extrusão para região perirradicular. 
2. A maior remoção do tecido dentário junto ao segmento cervical favorece o avança do sentido coroa-ápice dos instrumentos de menos diâmetro.
3. A ampliação prévia do segmento cervical permite que durante a instrumentação do segmento apical somente a região de menor diametro do instrumento mantém em contato com a parede do canal radicular. Como conseqüência um instrumento tem um menor carregamento, diminuindo o esforço de corte e fratura por torção.
4. Facilita a instrumentação do segmento apical, reduzindo a possibilidade de defeitos, como deslocamento apical, interno ou externo. 
5. Permite o volume maior de solução química dentro do canal durante a instrumentação. Para soluções químicas de uma mesma concentração, quanto maior o volume maior será a atividade solvente de tecido e atividade antimicrobiana. 
6. Promove pela sua maior conicidade uma zona de escape acentuada, em nível cervical durante a instrumentação dos segmentos médio e apical diminuindo a pressão unidirecional apical, com redução significativa de material extruido via forame e consequentemente menor incidência de dor pós operatória. 
7. Permite maior penetração de agulha irrigadora em sentido apical (até 3 mmaquém do apice) facilitando assim a irrigação-aspiração e uma melhor limpeza do segmento terminal do canal radicular. 
8. Facilita a compactação do material obturador do canal radicular. 
Desvantagens: um desgaste exagerado do segmento cervical aumenta o risco de perfurações radiculares e de fraturas verticais durante a manobra. 
- Instrumentação do segmento apical: é realizada com instrumentos flexo-file de forma crescente. Podem também ser usados instrumentos de NiTi, com esses a ampliação vai ser maior pois é mais flexível. Deve definir quem será IAI levando ate o CT e assim vai ter uma retenção pois informa o diâmetro anatômico da região apical. 
Com isso, se faz o escalonamento em que avança a partir do instrumento de memória. O escalonamento é feito aumentando o numero do instrumento e fazendo o recuo de 1 mm a cada instrumento (programado). E a cada instrumento volta com o instrumento de patência, com o de memória para não entupir o segmento apical. 
Vantagem: 
1. Tem maior volume de substancias irrigadoras no ápice.
2. Favorece o mecanismo de irrigação pois a seringa avança mais até o limite apical. 
3. A medicação intra-canal em maior quantidade dentro do dente, favorecendo a limpeza e a modelagem do canal. 
4. Facilita a obturação do canal e seleção do cone de guta-pecha principal. 
OBS FINAL: irrigar, aspirar e inundar sempre logo após o acesso; repetir o instrumento de patencia sempre após a cada instrumentação; repetir o instrumento de memória sempre no escalonamento; usar hedstrom sempre que não atingir sessão circular; não usar gattes, largo e hedstrom em canais curvos após a curvatura. 
ODONTOMETRIA
É a determinação do limite do canal dentinário através de radiografias e localizadores apicais. Os pontos para a odontometria são: estipular o limite apical de trabalho, raio-x com visão 2D, variações da saída do forame apical.
É usado pois: pacientes mais velhos tem maior distancia foraminal pela maior produção de cemento, deixando o canal cementário maior; nem todo ápice coincide com a saída foraminal a qual pode estar lateralmente ao ápice, por isso é importante usar o localizador. Pois somente com a radiografia não se consegue observar esse dois fatores.
O localizador informa o limite CDC (limite cementodentinario) e o forame apical, já a radiografia não informa. O instrumento vai ate o limite CDC e quando se ultrapassa esse limite tem uma constricção apical que é o local de maior retenção, se ultrapassa essa constricção tem um local de expulsividade.
Qualque limite alem ou aquém da constricção apical não constitui um ponto ideal para limitar um instrumento. 
- preparo além: traumatizar a área perirradicular, causar iatrogenias, lesão tecidual e reparo deficiente.
- preparo aquém: deixa remanescentes orgânicos, causa falhas no vazamento, aumenta colônia de microorganismos que geram uma persistência da lesão. 
OBS: o preparo ideal deve ser 1 mm aquém do ápice radiográfico porque fica dentro do canal dentinario e limpa todo o conteúdo, eliminando o material necrótico. 
Método de igle: traça uma reta ao longo eixo do dente começando nas maiores cúspides e terminando no maior ápice. Depois faz dois traços perpendiculares ao eixo do dente, o primeiro traço é referente a oclusal e o segundo referente ao plano apical. Então estabelece a distancia de segurança (CDR-3mm).
· Limitações da técnica radiográfica: arco zigomático que tem uma maior radiopacidade sobre os molares; sobreposição de raízes com mais de um canal; localização da saída foraminal; localização do limite CDC; na radiografia só mostra a face vestibular a qual sobrepõe a raiz ligual, não mostrando os canais nessa face.

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