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AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DO TÓRAX

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AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DO TÓRAX 
NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO 
GERAL 
 Opacidade arredondada, bem margeada, < 3 cm 
 Lesões maiores que 3 cm são consideradas massas e malignas até que se prove o contrário 
 Benigno 
→ Calcificações difusas, centrais, laminadas ou em pipoca 
→ Estabilidade e tamanho de nódulo por mais de 2 anos 
→ Forma triangular com localização subpleural 
→ Margens 
a) Espiculadas: malignidade 
b) Lobuladas: meio termo 
c) Lisas: benignidade 
 Broncograma aéreo: malignidade (carcinoma broncoalveolar) 
 Componentes sólidos e de vidro fosco: tendência a malignidade 
 
 
 
 
 
 
REALCE PELO CONTRASTE 
 Avalia-se o contraste do nódulo antes e depois 
a aplicação do contraste 
 Se o nódulo pós contraste aumentou sua 
densidade (> 15 UH) = maior risco de ser 
maligno 
 Se o aumento é inferior a 15 UH = valor 
preditivo muito alto para benignidade 
 Critérios de seleção 
→ Nódulo > 5 mm 
→ Relativamente esférico 
→ Homogêneo, sem necrose, gordura ou 
calcificação 
→ Sem artefatos de movimento 
 
 
 
AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DO TÓRAX 
PADRÃO NODULAR 
GERAL 
 Múltiplos pequenos nódulos (5-10mm) 
esparsos pelo pulmão 
 A distribuição dos nódulos é o fator mais 
importante 
→ Randômico: ocupam tanto o centro 
quando a região perilinfática 
→ Centrolobular: estão no meio do lóbulo 
pulmonar secundário 
→ Perilinfático: nódulos se encontram na 
região dos septos interlobulares 
1. PERILINFÁTICO 
 Localizado nas fissuras, pleura e septos interlobulares 
 Doença de DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA 
 Os nódulos perilinfáticos são observados na sarcoidose 
→ Silicose, pneumoconiose do trabalhador de carvão e disseminação 
linfática de carcinoma 
 
2. CENTROLOBULAR 
 Doença de DISSEMINAÇÃO BRONQUICA 
 Doenças infecciosas das vias aéreas, pneumonite 
de hipersensibilidade, bronquiolite respiratória, 
carcinoma brônquio-alveolar, edema pulmonar e 
vasculite 
 
 Arvore em brotamento 
→ Tem a aparência de uma estrutura 
ramificada irregular com nódulos 
periféricos = bronquíolo + líquido 
→ Representa bronquíolos dilatados e 
impactados (cheio de muco ou pus) 
→ Tuberculose, MAC e broncopneumonia 
bactéria 
* Alvéolo + líquido = aspecto de nódulo 
3. RANDÔMICO 
 Doença de DISSEMINAÇÃO HEMATOGENICA 
 Metástases hematogênicas, tuberculose miliar, 
infecções fúngicas miliares, sarcoidose pode 
mimetizar esse padrão quando extensa 
 
IMPORTANTE 
→ Se nódulos NÃO TOCAM a pleura, são 
CENTROLOBULARES 
a) Pneumonia de hipersensibilidade 
b) Infecção 
→ Se TOCAM, pode ser PERILINFÁTICO ou 
RANDÔMICO 
a) Sarcoidose, silicose 
b) Metástase, infecção miliar por 
tuberculose ou fungo 
 
 
 
AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DO TÓRAX 
PADRÕES DE BAIXA ATENUAÇÃO 
Histiocitose Linfangioleiomiomatose Tuberculose 
 
Doença de Wegner Carcinoma de células 
escamosas 
 
 
 
 
3. BRONQUIECTASIAS 
 Dilatação brônquica irreversível, pode 
ser focal ou difusa 
 Decorre de infecção crônica, obstrução 
de vias aéreas ou anormalidades 
brônquicas congênitas 
 Manifesta-se com diâmetro interno do 
brônquio maior do que a o da artéria 
pulmonar adjacente = SINAL DO ANEL 
DE SINETE 
 Cilíndrica, varicosa e sacular 
 
4. FAVEOLAMENTO 
 Pequenos espaços císticos com paredes 
espaçadas e irregulares, em várias camadas 
contíguas, subpleurais 
 Fibrose pulmonar 
 
 
PADRÃO RETICULAR 
GERAL 
 Espessamento dos septos interlobulares por 
fluido, tecido fibroso ou infiltração por 
células 
 Quando LISO = edema pulmonar intersticial, 
linfangitecarcinomatosa ou 
proteinosealveolar 
 Quando NODULAR OU IRREGULAR = 
linfangitecarcinomatosa, sarcoidose e 
silicose 
 Principal causa: insuficiência cardíaca 
congestiva 
ESPESSAMENTO X VIDRO FOSCO 
 Exemplo de padrão reticular (lado esquerdo) e de 
vidro fosco com espessamento de septos (lado 
direito) 
 O padrão reticular mantém a cor do pulmão 
 No vidro fosco tem alteração da densidade 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DO TÓRAX 
PADRÕES DE BAIXA ATENUAÇÃO 
PADRÕES DE ALTA ATENUAÇÃO 
5. CONSOLIDAÇÃO 
 Aumento da densidade do parênquima pulmonar que obscurece os contornos 
dos vasos e brônquios 
 É possível ver os brônquios dentro da consolidação, sendo esse sinal chamado 
de broncograma aéreo 
 
4. SOBREPOSIÇÃO DE ACHADOS 
 Dois achados podem estar sobrepostos 
 Vermelho → Consolidação 
 Azul → Vidro fosco 
 
1. ENFISEMA 
 Áreas de baixa atenuação sem paredes visíveis → 
resultado de aprisionamento aéreo 
 Enfisema centrolobular 
→ Região central do lóbulo 2° 
→ Associado ao tabagismo 
→ NÃO toca na pleura 
 Enfisema Paraseptal 
→ Acomete a periferia das estruturas 
→ PERTO da pleura e das fissuras 
→ Associado ao pneumotórax espontâneo 
 Enfisema Panlobular 
→ Acomete tanto o centro quanto a periferia 
→ Associado com deficiência alfa-1 
antitripsina 
 
 
 
2. DOENÇAS CÍSTICAS PULMONARES 
 Cistos = áreas radiolúcidas com parede de 
espessura inferior a 3mm 
→ Histiocitose de células de Langerhans: 
múltiplos cistos redondos no lobo 
superior + tabagismo 
→ Linfangioleiomiomatose: múltiplos cistos 
distribuídos uniformemente + 
pneumotórax 
→ Pneumatocele 
→ Pneumonia intersticial linfocítica 
 Cistos = áreas radiolúcidas com parede de 
espessura superior a 3 mm 
→ Infecção: TB e fungos 
→ Embolia séptica 
→ Doença de Wegner 
→ Carcinoma de células escamosas 
 
 
 
AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DO TÓRAX 
ANATOMIA FUNCIONAL 
 Lóbulo pulmonar secundário → Alvéolo no centro → Recebe bronquíolo + arteríola 
→ Ao redor do alvéolo há o interstício 
 Parede dos lóbulos → Septos interlobulares (Veias + Vasos linfáticos) 
 
 Área centrolobular 
→ Parte mais central do lóbulo secundário 
→ Local das doenças que entram no pulmão através 
das vias aéreas 
 Área perilinfática 
→ Parte periférica do lóbulo secundário 
→ Local das doenças com disseminação linfática 
 
INTERPRETAÇÃO BÁSICA 
Padrão dominante Onde está no lóbulo 2° 
Alta atenuação Centrolobular 
Baixa atenuação Perilinfático 
Reticular Randômico 
Nodular 
 
 Alta atenuação (substituição do ar) 
→ Vidro fosco 
→ Consolidação 
 Baixa atenuação (diminuição da atenuação do pulmão 
ou lesões cheias de ar) 
→ Enfisema 
→ Cisto 
→ Bronquiectasia 
→ Faveolamento 
PADRÕES DE ALTA ATENUAÇÃO 
1. OPACIDADE EM VIDRO FOSCO 
 Aumento da densidade do parênquima pulmonar em 
que permanecem visíveis os contornos dos vasos e 
brônquios 
 
2. PAVIMENTAÇÃO EM MOSAICO 
 Vidro fosco + Espessamento 
septalsobreposto 
→ Proteinose alveolar, Sarcoidose 
→ Pneumonia, Infecção, Neoplasia 
→ Hemorragia pulmonar, Edema 
 
3. ATENUAÇÃO EM MOSAICO 
 Diferenças de densidade entre áreas pulmonares 
afetadas e não afetadas 
→ Doença obstrutiva das pequenas vias aéreas 
(bronquiolite constritiva) → áreas com ar 
aprisionado ficam enegrecidas 
→ Doença vascular oclusiva (TEP) → região 
com pouca perfusão fica enegrecida 
→ Doença parenquimatosa → processo 
infiltrativo

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