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- Ana���s� A anamnese representa uma parte muito importante para o diagnóstico e, às vezes, por si só, é suficiente para se chegar a uma conclusão. ⦁ Data do início da doença: tem o objetivo de estabelecer a duração da doença Aguda - horas ou dias Recente/Subaguda - semanas ou poucos meses Longa duração/Crônica - muitos meses ou anos ⦁ Evolução cronológica dos sintomas: tem o objetivo de saber quando e como os sintomas foram surgindo ou desaparecendo, pois isso reflete a história natural das doenças. ⦁ Exames e tratamentos realizados: avaliar e interpretar os resultados, principalmente quando se trata de epilepsia, cefaleia e acidentes vasculares cerebrais. ⦁ Estado atual do paciente: exame físico no momento do exame, com o objetivo de conhecer o ciclo evolutivo que a enfermidade vem apresentando até aquele momento. ⦁ Antecedentes familiares: deve ser perguntado com destaque para as doenças musculares e heredodegenerativas, investigar sobre consanguinidade dos pais, doenças contagiosas e incompatibilidade sanguínea materno-fetal. ⦁ Antecedentes pessoais: o destaque para os antecedentes varia de acordo a história da doença atual. Condições pré-natais - ocorrência de traumatismo, toxemia gravídica, infecções, uso de medicamentos teratogênicos, tentativas de abortamento, movimentos fetais. Condições do nascimento - esclarecer se o parto foi normal e a termo; se cesáreo, qual o motivo; se houve demora no trabalho do parto; se foi usado fórceps; se existiu circular de cordão; se houve necessidade de manobra de reanimação ou de incubadora; o peso e a estatura do recém nascido; se ocorreu icterícia, cianose ou palidez; se chorou ou não logo ao nascer Condições do desenvolvimento psicomotor - como ocorreu o aleitamento; se o bebê sugou os seios e a mamadeira de modo eficiente; em que época firmou a cabeça, sentou, andou e falou. Vacinações - indagar sobre a vacinação antipoliomielite, antissarampo e outras. Doenças anteriores - Viroses, meningite, traumatismo cranioencefálico, teníase, tuberculose, doenças sexualmente transmissíveis, tripanossomíase, alcoolismo, carência alimentar, intoxicações acidentais ou profissionais, doenças iatrogênicas, intervenções cirúrgicas, convulsões, diabetes melito, hipertensão arterial, cardiopatias, alergia. Hábitos de vida - dados sobre a alimentação, moradia, uso de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas e hábitos sexuais. - Sin��� e S��t��a� A- Distúrbio da consciência ⦁ Estado de vigília: percepção consciente do mundo exterior de si mesmo. ⦁ Obnubilação: consciência é comprometida de modo pouco intenso, mas seu estado de alerta é discreto a moderadamente comprometido. ⦁ Sonolência: estado em que o paciente é facilmente despertado, responde mais ou menos apropriadamente e volta logo a dormir. ⦁ Estupor/Torpor: estado no qual o paciente desperta com estímulos intensos e ele abre os olhos e se movimenta espontaneamente. ⦁ Confusão mental: perda de atenção, pensamento não é claro, as respostas são lentas e não há percepção normal temporoespacial, podendo surgir alucinações, ilusões e agitação. ⦁ Estado de coma: estado no qual o paciente não acorda ou se movimenta mesmo com estímulos intensos. Obs: a diferença básica entre obnubilação e estupor/torpor é a força do estímulo aplicado. Atualmente, evita-se o uso dos termos supracitados, pois vários observadores podem ter noções diferentes sobre cada uma delas. Passou então a ser usada a Escala de Coma de Glasgow para avaliar o nível de consciência. B- Cefaleia ⦁ Enxaqueca/Migrânea: dor paroxística, duração de 4 a 72h, unilateral (alternante), pulsátil, moderada a severa, piora com atividade física, foto/fonofobia, náusea e/ou vômitos. ⦁ Cefaleia tensional: dor bilateral, tipo pressão/aperto, não pulsátil, leve a moderada, sem piora com atividade física, fono/fotofobia pode estar presente, náusea/vômito ausente. Ocorre frequentemente no fim da tarde e início da noite. ⦁ Cefaleia em salvas: dor intensa, agitação (pela dor), unilateral fronto-orbitátia/temporal, duração de 15 a 180 minutos. ⦁ Hemicrania paroxística: unilateral, duração de 2 a 45 minutos, frequente. ⦁ Hemicrania continua: unilateral e contínua, dor moderada e sem outras manifestações. ⦁ Cefaleia cevicogênica: unilateral ou bilateral (predominância em um dos lados), dor moderada a intensa, pode ser pulsátil, duração de horas a semanas, pode acompanhar náuseas, vômitos e foto/fonofobia. ⦁ Cefaleia em pontada idiopática: dor em pontada de curta duração (fração de segundos), frequência variada, diversos pontos/lados da cabeça. ⦁ Outros tipos de cefaleia: pós-traumática, por ingestão de alimentos gelados, benigna do exercício, associada à atividade sexual, por uso abusivo de analgésicos, arterite temporal, sinusite, infecções dentárias, disfunção temporomandibular, neuralgia do trigêmeo e alterações da Pressão Intracraniana. C- Dor na face: diversos tipos/intensidade/caráter/irradiação/localização conforme etiologia variável. Neuralgia do trigêmeo - dor extremamente intensa, percebida como agulhada, choque ou faísca, no território de um dos três ramos periféricos do V nervo craniano. Além disso, é estritamente unilateral, podendo ser desencadeada por estimulação em uma determinada área (zona gatilho), sendo a comissura labial o ponto mais comum. D- Tontura e vertigem ⦁ Tontura com nítida sensação de rotação: representada pela vertigem, na qual o paciente tem a sensação de girar em torno do ambiente, ou vice versa. A vertigem se instala agudamente e se acompanha de náuseas, vômitos, desequilíbrio, palidez e sudorese. Se estiver na posição vertical, parado ou andando, o paciente pode cair. Esta sensação independe da posição do paciente, persistindo inclusive quando o paciente está com os olhos fechados. ⦁ Tontura com sensação de iminente de desequilíbrio: palidez, escurecimento visual e sudorese intensa. Melhora em decúbito dorsal. ⦁ Tontura manifestada com a sensação de desequilíbrio: descontrole do sistema motor. Inicia quando anda e melhora quando sentado. ⦁ Tontura com sensação desagradável na cabeça: vagamente descrita pelos pacientes como “cabeça oca”, “cabeça leve” ou “cabeça grande”. E- Movimentos involuntários ou transtornos do movimento ⦁ Convulsão: movimentos musculares súbitos e incoordenados, involuntários e paroxísticos que ocorrem de maneira generalizada ou apenas em segmentos do corpo (focais). Tônica: fase de enrijecimento Clônica: contrações musculares sucessivas, rítmicas, intensas e generalizadas. Tônico-clônica: fase de enrijecimento, seguido de contrações musculares sucessivas, intensas e generalizadas. ⦁ Tetania: crise exclusivamente tônica, involuntária, nos MMSSII (mãos e pés). ⦁ Fasciculações: Contrações breves, arrítmicas e limitadas a um feixe muscular. F- Amnésia: Perda de memória, permanente ou transitória. G- Distúrbios visuais ⦁ Ambliopia: redução da acuidade visual/perda parcial da visão. ⦁ Amaurose: Perda total da visão/cegueira Obs: tanto a ambliopia quanto a amaurose podem ser uni ou bilaterais, definitivas ou transitórias, súbitas ou graduais. ⦁ Hemianopsia: perda da visão na metade do campo visual ⦁ Diplopia: visão dupla H- Distúrbios auditivos ⦁ Hipoacusia: perturbação auditivo-deficitária parcial. ⦁ Acusia: perturbação auditivo-deficitária total. ⦁ Zumbido/tinido: uni ou bilateral, constante ou não. I- Distúrbio das funções cerebrais superiores ⦁ Comunicação por meio da linguagem, fala, escrita e leitura: Disfonia: alteração no timbre da voz, que se torna rouca ou bitonal. Disartria: alteração na articulação da palavra falada ou fala, por disfunção neurológica. Dislalia: Dislalia: perturbação da articulação da palavra falada ou fala, sem disfunção neurológica / Troca de letra. Ex: Cebolinha Disritmolalia: perturbação no ritmo da fala. No qual pode ser muito rápida (taquilalia) ou quando há interrupção do ritmo da fala (gagueira) Dislexia: dificuldade de capacitar-se para a leitura ensinada ou escrita. Disgrafia: irregularidade na grafia.Afasia: perda total da linguagem. Afasia de Broca/afasia motora ou verbal - dificuldade do paciente na expressão da fala ou da escrita. Afasia de Wernicke/afasia receptiva ou sensorial - dificuldade na compreensão da fala e da escrita. Para diferenciar afasia de Broca da afasia de Wernicke, pode pedir ao paciente que mova os olhos para o lado direito, se o paciente obedecer ao comando, ele tem afasia de Broca. ⦁ Estado mental: avaliação da orientação temporoespacial, memória e linguagem. Pode ser avaliado aplicando o Miniexame do Estado Mental (MEEM) ⦁ Gnosias: está relacionada a reconhecimento/diagnóstico, função específica do córtex cerebral Agnosia auditiva: perda do reconhecimento dos sons Cegueira/Agnosia visual: perda do reconhecimento da visão dos objetos Astereoagnosia: perda do reconhecimento dos objetos colocados sobre sua própria mão ao ser suprimida pela visão Somatoagnosia: perda do reconhecimento do próprio corpo em relação ao espaço Prosopoagnosia: perda do reconhecimento da fisionomia alheia Autoprosopoagnosia: perda do reconhecimento da própria fisionomia ⦁ Praxias: atividade gestual consciente e intencional Apraxia: dificuldade ou incapacidade de desenvolver atividade gestual consciente e intencional, está relacionada com a coordenação motora. Apraxia construtiva: perda de gestos organizados (desenhar, modelar e copiar). Apraxia ideomotora: dificuldade ou incapacidade de executar gestos simples Apraxia ideatória: perda da capacidade de executar gestos simples de maneira conjunta. Apraxia do vestir: incapacidade ou dificuldade de realizar o ato de despir-se ou vestir-se. Apraxia da marcha: dificuldade da marcha, principalmente do início. Apraxia bucolinguofacial: alteração dos gestos da mímica facial, da boca e da língua J- Marcha ou equilíbrio dinâmico ⦁ Disbasia: qualquer distúrbio da marcha, uni ou bilateral. Marcha heliocópode, ceifante ou hemiplégica: ao andar o paciente mantêm o MSD ou MSE fletido em 90º no cotovelo e em adução, e a mão fechada em leve pronação; o membro inferior do mesmo lado espático e o joelho não flexiona, perna se arrasta pelo chão com movimento de semicírculo na troca dos passos. Típica de paciente que sofreu AVC. Marcha anserina ou de pato: paciente acentua a lordose lombar ao caminhar e vai inclinando o tronco ora pra direita ora pra esquerda, alternadamente. Marchaparkinsoniana: paciente anda como um bloco enrijecido, sem movimento automático dos MMSS, cabeça permanece inclinada para frente o os passos são miúdos e rápidos. Marcha cerebelar ou do ébrio: paciente ao caminhar apresenta ziguizagueira como um bêbado. Marcha tabética: paciente mantém olhar fixo no chão, MMII são levantados explosivamente e os calcanhares tocam o chão de maneira pesada. Marcha de pequenos passos: paciente com passos muito curtos, arrastando o pé (como se estivesse dançando “marchinha”). Marcha vestibular: paciente apresenta lateropulsão quando anda, como se fosse empurrado para o lado quando tenta mover-se. Só é empurrado para um lado. Marcha escarvante: paciente com paralisia do movimento de flexão do pé, ao caminhar toca o solo com a ponta do pé. Ao andar levanta acentuadamente o membro inferior. Marcha claudicante: paciente manca em um dos lados. Marcha em tesoura ou espástica: Os MMII enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam e as pernas se cruzam uma na frente da outra. K- Coordenação motora ⦁ Ataxia: perda de coordenação motora ⦁ Diadococinesia: é a realização de movimentos rápidos e alternados ⦁ Eudiadococinesia: é a capacidade de realizar movimentos rápidos e alternados ⦁ Disdiadococinesia: dificuldade em realizar movimentos rápidos e alternados. ⦁ Adiadococinesia: é a incapacidade de realizar movimentos rápidos e alternados. L- Pupilas ⦁ Discoria: irregularidade do contorno pupilar ⦁ Midríase: diâmetro da pupila aumentado ⦁ Miose: diâmetro da pupila diminuido ⦁ Isocoria: igualdade nos diâmetros ⦁ Anisocoria: desigualdade nos diâmetros. Exame Físico Avaliação Habilidade Interpretação Demonstração Pescoço e Coluna Cervical Limitação dos movimentos Movimento de extensão, flexão, rotação e lateralização da cabeça. Graduação de leve a grave. Relacionado a doenças osteomusculares, meningites, HSA (hemorragia subaracnoidea) e outras. Rigidez de nuca Paciente em DD e MMSSII estendidos, examinador coloca uma das mãos na região occipital e, suavemente, tenta fletir a cabeça do paciente. Espera-se movimento fácil e amplo. Resistência está relacionada à HSA e meningite. Prova de Brudzinski Paciente em DD e MMSSII estendidos, examinador repousa uma das mãos sobre p tórax do paciente e a outra na região occipital, executando uma flexão forçada da cabeça. Positiva (alteração) quando o paciente flete p MMII e fisionomia de sensação dolorosa. Coluna Lombossacra Limitação dos movimentos Movimentos de flexão, extensão, rotação e lateralização da coluna Observa-se limitação na amplitude de movimentos e em que grau Prova de Lasègue Paciente em DD e MMII estendidos, examinador levanta um dos membros estendidos. Positiva: paciente reclama de dor na face posterior do membro examinado, estando num ângulo de 30* Prova de Kerning Extensão da perna, estando a coxa fletida em ângulo reto sobre a bacia e a perna sobre a coxa Positiva: paciente sente dor ao longo do trajeto do nervo ciático e tenta impedir o movimento. Marcha Alteração de marcha Solicite para que o paciente deambule/ande pelo consultório Se houver alteração, deve classificar o tipo de disbasia Equilíbrio Prova de Romberg/Equilíbrio estático Paciente em posição vertical, com os pés juntos e olhando para frente, permanecendo assim por alguns segundos. Em seguida ordena-se para que o paciente feche os olhos. Positiva quando apresenta oscilações do corpo, com desequilíbrio e forte tendência à queda. Teste da marcha Paciente em posição vertical, deve pedir para ele andar em linha reta. Alteração: marcha insegura, com desvio ou queda. Teste de Fukuda Paciente em posição vertical e com os braços estendidos anteriormente na altura dos ombros deve pedir ao paciente que execute 60 passos sem sair do lugar Desvios laterais até 30* e deslocamento anterior de até 1 metro é considerado normal. Manobra de Dix-Hallpike Deve pedir ao paciente que sente com as pernas estendidas sobre a maca. Com o paciente sentado, vira se sua cabeça passivamente em um ângulo de 45° com o plano sagital para o lado testado. Faz se movimento rápido e contínuo, deitando o paciente e finalizando a manobra com a cabeça do paciente ultrapassando a borda da maca e pendurada para trás em torno de 15° Essa manobra investiga se há nistagmo de posição.Para a avaliação o paciente deve permanecer nessa posição por 30 s e com os olhos abertos. Força muscular Verificação força no bíceps braquial Paciente com braço fletido, examinador com mão em punho e cotovelo. Paciente com movimento de flexão do antebraço, com oposição aplicada pelo examinador Verificação força no tríceps braquial Paciente com braço fletido, examinador com mão em punho e cotovelo. Paciente com movimento de extensão do antebraço, com oposição aplicada pelo 6 examinador. Verificação força dos punhos Examinador com mão em punho e dedos. Paciente com movimento de flexão do punho, com oposição aplicada pelo examinador Verificação força dos dedos e polegar Examinador com mão em punho e sob os dedos. Paciente com movimento de flexão dos dedos, com oposição aplicada pelo examinador Verifica flexão e extensão da perna Paciente em DD. Examinador com mão em perna e coxa. Paciente com movimento de flexão e extensão da perna, com oposição aplicada pelo examinador Verifica flexão e extensão da coxa Paciente em DD e perna fletida em 90º. Examinador com mão em perna e coxa. Paciente com movimento de flexão e extensãoda coxa, com oposição aplicada pelo examinador Verifica flexão dorsal e plantar dos pés Paciente em DD. Examinador com mão em joelho e pés. Paciente com movimento de flexão e extensão do pé, com oposição aplicada pelo examinador Teste dos braços estendidos O paciente sentado ou em pé deve manter os membros superiores estendidos para frente no plano horizontal, com os dedos afastados entre si. Essa posição deve ser mantida por 2 min. Manobra de Mingazzini Paciente em DD, com as coxas fletidas em 90*, e as pernas fletidas sobre as coxas. Essa posição deve ser mantida por 2 minutos Obs: a interpretação da força muscular é feita por meio de classificação, sendo utilizada 3 formas de classificar (descrição da força, de acordo com grau ou de acordo com porcentagem) Classificação I: Força normal nos 4 membros, Força discretamente diminuída, Força moderadamente diminuída, Força muito reduzida e Força abolida. Classificação II: Grau V: força normal; Grau IV: movimento completo contra a força da gravidade e contra certa força do examinador; Grau III: movimento contra a força da gravidade; Grau II: movimento completo sem a força da gravidade e Grau I: discreta contração muscular Grau 0: nenhum movimento observável Classificação III: 100%: força normal, 75%: movimento completo contra a força da gravidade e contra certa resistência aplicada pelo examinador, 50%: movimento contra a força da gravidade, 25%: movimento completo sem a força da gravidade, 10%: discreta contração muscular e 0%: nenhum movimento observável. Tônus Muscular Avaliação do tônus muscular Paciente em DD e completo relaxamento muscular. Examinador: Inspeciona a existência ou não de achatamento das massas musculares em contato com o leito, avalia os movimentos passivos dos MMSSII, avaliando a passividade e a extensibilidade . Palpa as massas musculares e averigua o grau de consistência muscular. Realiza balanço passivo (examinador segura e balança o antebraço, observando o movimento da mão). Busca identificar a diminuição (hipotonia) ou o aumento (hipertonia) do tônus muscular Coordenação motora Prova dedo-nariz Com o membro superior estendido lateralmente, solicita-se ao paciente, em pé ou sentado, tocar a ponta do nariz com o indicador, com olhos aberto e depois fechado Espera-se que o paciente toque o dedo diretamente no nariz Prova calcanhar-joelho Em DD o paciente é solicitado a tocar o joelho oposto com o calcanhar do membro a ser examinado, com olhos aberto e depois fechado Espera-se que o paciente toque o joelho diretamente com o calcanhar Prova dos movimentos alternados Determine que o paciente realize movimentos rápidos e alternados (abrir e fechar a mão, supinação e pronação, extensão e flexão dos pés) Espera-se que o paciente realize os movimentos adequadamente Reflexos superficiais Cutâneo-plantar (sinal de Babinski) DD e MMII estendidos, o examinador estimula superficialmente a região plantar, próximo a borda lateral e desliza no sentido posteroanterior, fazendo um leve semicírculo na parte mais anterior Resposta normal/Babinski negativo: flexão dos dedos Resposta anormal/Babinski positivo: extensão dos dedos Obs: o sinal de Babinski é presente em RN e não é patológico Reflexo cutâneo-abdominal DD com parede abdominal em completo relaxamento, o examinador estimula o abdome do paciente no sentido da linha mediana em três níveis: superior, médio e inferior Contração do musculo abdominal (determinado por leve deslocamento da cicatriz umbilical no lado estimulado) Reflexos profundos Aquileu Estimulo feito através da percussão com martelo de reflexos na região do tendão de Aquilies. Flexão do pé Patelar Estimulo feito através da percussão com martelo de reflexos na região do tendão rotuliano (porção inferior do joelho) Extensão da perna Flexor dos dedos Estímulo feito através da percussão com martelo de reflexos na região da face anterior do punho Flexão dos dedos da mão Supinador Estímulo feito através da percussão com martelo de reflexos na região do punho – apófise estilóide do rádio Flexão do antebraço Pronador Estímulo feito através da percussão com martelo de reflexos na região do punho – processo estiloide da ulna Pronação da mão e antebraço Biciptal Estímulo feito através da percussão com martelo de reflexos na região do cotovelo/fossa antecubital – tensão distal do bíceps Flexão do antebraço Triciptal Estímulo feito através da percussão com martelo de reflexos na região do cotovelo/porção inferior do antebraço – tensão distal do tríceps Extensão do antebraço Sensibilidade Tátil Roçar em várias partes do corpo um pedaço de algodão ou pincel macio Térmica Tubos de ensaio com água quente e fria tocam várias partes do corpo Dolorosa Estilete rombo, capaz de provocar dor sem ferir, deve ser tocado em várias partes do corpo Vibratória Diapasão é estimulado e colocado em saliências ósseas Cinético-postural (batiestesia) Deslocando qualquer segmento do corpo em várias direções, em certo momento, fixa-se o segmento. Usa-se hálux ou polegar À pressão (barestesia) Compressão manual em qualquer parte do corpo, em especial nos músculos Estereognesia Reconhecimento de objeto (chave, botão, grampo cabelo) na mão sem o auxílio da visão Proprioceptiva Colocar um dos membros numa determinada posição e solicitar para que coloque o membro homólogo na mesma posição Grafestesia Capacidade de perceber a escrita de palavras ou números escrita sobre a pele Obs: para a avaliação da sensibilidade, é necessário que o paciente esteja de olhos fechados, e deve evitar sugestões e roupas que possam atrapalhar o resultado do teste. Para a interpretação da sensibilidade, o normal é que o paciente reconheça o tipo e o local do estímulo sensitivo. Nervos cranianos Nervo Função Exame Interpretação Demonstração I- Olfatório Olfação Aproximar de cada narina substâncias com odores característicos; como café, canela, cravo, álcool, estando o paciente de olhos fechados. O paciente deve reconhecer o aroma. É importante afastar as condições que interfiram no olfato, como sinusite e resfriado. II- Óptico Visão Teste da Acuidade visual Campo visual Fundoscopia Interpretação de acordo com o exame Teste da acuidade visual/Teste de Snellen - paciente deve estar posicionado a 6m (20 pés) da tabela; os pacientes que usam óculos devem utilizá-los durante o exame. Deve pedir ao paciente que cubra um dos olhos com um cartão e leia a menor linha possível, deve-se registrar qual a menor linha que o paciente conseguiu ler. O olhar do paciente deve estar na altura da terceira linha. A leitura é feita de cima para baixo e o ideal é ler-se até 20/20. Campo visual/Campimetria - é dividido em estático e cinético Estático - Deve pedir ao paciente que olhe na direção dos olhos do examinador, enquanto esse retribui o olhar. Deve colocar as duas mãos a uma distância de cerca de 60 cm, ou lateralmente às orelhas do paciente. Mova os dedos das duas mãos ao mesmo tempo e traga os dedos lentamente para a frente e para a linha média, em direção à linha central da visão. Em cada posição, deve pedir ao paciente para dizer quando ele percebe os movimentos dos dedos. Cinético - De frente para o paciente, mova um alfinete de 5 mm com a cabeça vermelha desde os limites de cada quadrante do campo visual até a linha média, ao longo de uma linha entre os meridianos horizontal e vertical.Peça ao paciente para avisar quando perceber a cor vermelha pela primeira vez. Fundoscopia/Oftalmoscopia - Para fazer a oftalmoscopia é necessário que o ambiente esteja escurecido; além disso deve ajustar o oftalmoscópio de acordo com a necessidade do examinador. Para a realização do exame, deve-se segurar o oftalmoscópio com a mão direita para examinar o olho direito do paciente e segurarcom a mão esquerda para examinar o olho esquerdo do paciente. Deve segurar o oftalmoscópio com firmeza, apoiado na face medial da órbita. Oriente o paciente a olhar discretamente para cima e por sobre seu ombro, fixando um ponto específico na parede diretamente à frente. O examinador deve ser colocar a uma distância de 30 cm do paciente, iluminar a pupila com o feixe de luz e observar o brilho alaranjado na pupila (reflexo vermelho). Deve manter o feixe de luz focalizado no reflexo vermelho, aproxime o oftalmoscópio da pupila em um ângulo de 15° até se aproximar bem dela, quase tocando os cílios do paciente. Para examinar o disco óptico deve se localizar uma estrutura oval ou arredondada, de coloração amarelo-alaranjada a rosa. Na inspeção do disco óptico deve observar a nitidez ou a definição do contorno do disco, a coloração do disco , o tamanho da escavação fisiológica central e a simetria comparativa. III - Oculomotor IV - Troclear VI - Abducente III - movimentação do bulbo do olho, inervação do esfincter da pupila e do músculo ciliar IV - inervação do músc. oblíquo superior V- inervação do músc. reto lateral Teste do H Prova de Convergência ocular Reflexo fotomotor (direto, consensual e acomodativo) Interpretaç ão de acordo com o exame que foi realizado Teste do H - Para testar os seis movimentos extraoculares (MEO) deve pedir ao paciente que acompanhe com os olhos o um lápis enquanto examinador movimenta o objeto pelas seis principais direções do olhar conjugado. Deve ser traçado um H no ar, conduzindo o olhar do paciente para a extrema direita, para a direita e para cima; e para baixo e para a direita; em seguida, sem pausas, para a extrema esquerda; para a esquerda e para cima; e para baixo e para a esquerda. Deve fazer uma pausa durante o olhar conjugado para cima e para o lado, buscando detectar nistagmo. A movimentação do objeto deve ser feita a uma distância confortável do paciente. Se o paciente deslocar a cabeça junto com o olhar, deve segurar a cabeça do paciente Teste de convergência - deve pedir ao paciente que acompanhe seu dedo ou um lápis enquanto o examinador o desloca em direção ao dorso do nariz do paciente. Os olhos convergentes normalmente acompanham o objeto até cerca de 5 a 8 cm do nariz. O músculo relacionados a esse movimento é o músculo reto medial. Reflexo fotomotor - objetivo desse teste é avaliar a reação pupilar à luz. Deve pedir ao paciente que olhe para um ponto distante e ilumine obliquamente uma pupila de cada vez, com uma luz forte. Deve se pesquisar a reação direta (contração pupilar no mesmo olho) e a reação consensual (contração pupilar no olho oposto). Obs: se fizer o teste no olho direito e a pupila deste olho não apresentar reação, mas a pupila do olho esquerdo contrair, deve-se suspeitar de lesão no nervo oculomotor direito, pois a informação da luz chegou até o cérebro (contraiu o lado oposto), mas não executou contração do músculo que inerva a pupila (músculo esfíncter da pupila, inervado pelo nervo oculomotor) V - trigêmio Raiz motora Inervação dos músc. responsáveis pela mastigação Deve avaliar atrofia na regiaõ temporal e masseteriana. Avaliar a abertura da boca, o cerrar dos dentes e a lateralização da mandíbula Ausência de atrofia na região temporal e masseteriana; abertura da boca, cerrar os dentes, lateralização da mandíbula: sem alterações/limit ação V - trigêmio Raiz sensitiva Sensibilidade da face Reflexo córneo-palpebr al: mecha de algodão tocando entre a esclera e córnea, olhos voltados para lado oposto Avaliar a sensibilidade nos ramos olftálmicos, maxilar e mandibular No reflexo córneo-palpebr al o normal é ter contração orbicular ds pálpebras. A sensibilidade é avaliada quanto ao tipo e ao local. VII - Facial Inervação dos ⅔ anteriores da lingua, glândulas salivares e os músc. da mímica facial Solicita-se ao paciente que faça expressões faciais, como enrugar a testa, franzir o supercílio, fechar as pálpebras, mostrar os dentes, abrir a boca, inflar a boca, assoviar e contrair o platisma ou o Espera-se que o paciente faça o que foi solicitado músc. cutilar do pescoço VIII- Vestibulococlear Equilíbrio e audição Atrito suave das polpas digitais próximas da orelha do paciente Prova de Rinne Paciente deve acusar a percepção do som Teste de Rinne - Aplicar o diapasão na região mastoide, quando o paciente deixar de ouvir, coloca-se o aparelho próximo ao conduto auditivo. Rinne positivo: não tem problema de condução, o som é percebido pelo paciente quando aproxima o diapasão (CA>CO). Rinne negativo: som estiver mais alto durante a primeira parte do teste, ou se o paciente não ouvir o som dos braços do diapasão durante a segunda parte do teste (CO>CA) IX - Glossofarínego X - Vago Inervação das estruturas da laringe e faringe, dentre outras funções Solicita ao paciente que pronuncie as vogais “ah” e “eh” com o examinador realizando inspeção da cavidade oral. Avaliação das qualidades acústicas da voz (intensidade, tom, timbre e duração) Desvio do véu palatino e da parede posterior da faringe para o lado normal Voz sem alterações XI - Acessório Inervação de músc. do ombro Elevação do ombro (movimento do músculo trapézio), com examinador realizando força contrária Rotação da cabeça/pescoço (movimento do músculo esternocleidom astoídeo), com Paciente com força muscular preservada examinador realizando força contrária XII - Hipoglosso Movimentação da língua Movimento da língua em todos os lados/direções, encostando-a na bochecha e palpando-a para avaliar a consistência Movimento e consistência preservados