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Dermatopatias Parasitárias Dermatopatia Características Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento Sarna Demodécica -Demodiciose -Sarna negra Agente etiológico Demodex canis Demodex injai Demodex cornei, Demodex cynis Predisposição •Filhotes •Adultos/Idosos imunossuprimidos (buscar causa base) •Não é zoonose •Não é contagiosa •Se desenvolve quando há imunossupressão •Piora com uso de corticóides Lesões •Lesões em regiões de membros e face •Alopecia/rarefação pilosa, hiperpigmentação •Quadros graves: inflamação, eritema, edema, pústulas (infecção bacteriana secundária) Manifestações Clínicas •Dor •Pouco prurido (exceto em casos com piodermite secundária) Identificação + Anamnese + Exame físico + Exame dermatológico + Exame parasitológico do raspado cutâneo - EPRC •Positividade de 100% •Raspado profundo na lesão até atingir a derme com lâmina de bisturi e observar no microscópio Outras opções: EPF (exame parasitológico de fita - durex), decalque/imprinting, biópsia e histopatológico (cães de pele grossa: sharpei) •Acaricidas Lactonas Macrocíclicas -Moxidectina: oral 2x por semana -Ivermectina*: oral todos os dias -Doramectina*: SC 2x por semana Duração: 12 semanas ou mais Reavaliação após 8 semanas; alta com 3 resultados negativos com intervalo de 15 dias Isoxazolinas -Fluralaner (Bravecto): de 3 em 3 meses -Afoxolaner (Nexgard): a cada 30 dias -Sarolaner (Simparic): a cada 35 dias -Lotilaner (Credeli): a cada 30 dias Não é necessário controlar com 3 raspados Tratamento suporte Banhos: 1 a 3 vezes por semana -Peróxido de Benzoíla (2,5 a 5%) Efeito queratolítico: remove hiperqueratose -Clorexidine (1 a 2%) Efeito bactericida Antibioticoterapia: para infecções bacterianas secundárias Não utilizar corticóides! Dermatopatia Características Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento Escabiose Canina Agente etiológico Sarcoptes scabiei var. canis Predisposição Filhotes com mais de 1 ano •É zoonose (30%) •É transmitida por contato direto e através de fômites contaminados Lesões •Lesões em regiões de borda de pavilhão auricular, cotovelo, jarrete e região abdominal; não acomete o dorso •Alopecia, hiperqueratose, descamação, escoriação Manifestações Clínicas Prurido intenso e agudo Identificação + Anamnese + Exame físico + Exame dermatológico + Exame parasitológico do raspado cutâneo - EPRC •Positividade de 50% •Raspado superficial em maior extensão, na borda do pavilhão auricular, cotovelo ou jarrete -Se der negativo: fazer o diagnóstico terapêutico (se melhorar: é escabiose; se não melhorar: diagnóstico diferencial de alergia) Outra opção: EPF (fita durex) •Acaricidas Lactonas Macrocíclicas -Moxidectina: oral -Ivermectina*: oral ou injetável -Doramectina*: injetável -Selamectina tópica (Revolution) -Fluralaner/Afoxolaner/Sarolaner/ Lotilaner -Moxidectina + Imidacloprina Tratamento suporte Banhos: Semanais com Peróxido de Benzoíla (2,5 a 5%) ou Clorexidine (1 a 2%) Corticoterapia: 0,5 mg/kg 1 vez ao dia por 5 dias; alívio do prurido devido à hipersensibilidade ao ácaro Tratar todos os contactantes e higienizar o ambiente! Dermatopatia Características Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento Escabiose Felina -Sarna Notoédrica Agente etiológico Notoedres cati Predisposição: Gatos, jovens, com acesso à rua ou que vivem em gatis •Pode acometer cães e humanos •É zoonose •É transmitida por contato direto ou indireto Lesões •Lesões em região cefálica Manifestações Clínicas Prurido Identificação + Anamnese + Exame físico + Exame dermatológico + Exame parasitológico do raspado cutâneo - EPRC •Positividade de 80% •Acaricidas Lactonas Macrocíclicas -Moxidectina/Ivermectina/Doramectina -Selamectina tópica -Fluralaner/Afoxolaner/Sarolaner/ Lotilaner •Raspado superficial em região cefálica ou no pavilhão auricular -Se der negativo: fazer o diagnóstico terapêutico; se não melhorar: diagnóstico diferencial de alergia Outra opção: EPF (fita durex) -Moxidectina + Imidacloprina Tratamento suporte Banhos: Semanais com Peróxido de Benzoíla (2,5 a 5%) ou Clorexidine (1 a 2%) Corticoterapia: 0,5 mg/kg 1 vez ao dia por 5 dias; alívio do prurido devido à hipersensibilidade ao ácaro Tratar todos os contactantes e higienizar o ambiente! *Não utilizar Ivermectina e Doramectina nas raças: Pastor Australiano, Pastor de Shetland, Border Collie, Sheepdog Collie Dermatopatias Fúngicas Dermatopatia Características Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento Esporotricose Agente etiológico Sporothrix schenckii Sporothrix brasiliensis Predisposição Gatos de 24 meses •Micose profunda de implantação •Dermatopatia com maior potencial zoonótico •Transmitida por: mordedura, arranhadura e contato (transmitida através de microlesões; não afeta a pele íntegra) •Pode acometer cães •Deve ser notificada •Piora com o uso de corticóides Formas: cutânea localizada,cutâneo-linfáti ca, cutânea disseminada, extra-cutânea Lesões •Lesões em região cefálica, membros torácicos e mucosas (briga) •Duas, três ou mais áreas acometidas •Lesões nodulares, ulceradas e podem ser necróticas. Manifestações Clínicas •Muita dor •Não há prurido Identificação + Anamnese + Exame físico + Exame dermatológico +Exame citológico ou citofúngico •Buscar a lesão ulcerada, coletando material e corar. Com óleo de imersão, observar no microscópio Outras opções: cultura, biópsia + histopatológico (lesões fechadas) Diagnóstico diferencial: Neoplasias (carcinoma), criptococose. Tratamento sistêmico Duração: 4 a 9 meses •Antifúngico -Itraconazol Oral: 10 a 20 mg/kg a cada 24h Cuidado com TGI e fígado (monitorar enzimas: ALT, AST, GGT e FA) Continuar 30 dias após a cura Casos refratários | Lesões nasais Itraconazol (100mg/gato) + Iodeto de potássio (5mg/kg) Lesão persistente -Anfotericina injetável na lesão: 1x/sem. -Crioterapia/Ozonioterapia Não utilizar corticóides! Dermatopatia Características Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento Criptococose Agente etiológico Cryptococcus neoformans Predisposição Animais imunossuprimidos •Micose profunda (levedura) •Menor potencial zoonótico •Infecção ao inalar o agente presente nas fezes de pombos Lesões •Lesões em região nasal Identificação + Anamnese + Exame físico + Exame dermatológico + Exame citológico -corado com tinta Nanquin Lesões fechadas Biópsia + histopatológico Tratamento sistêmico Duração: 4 a 9 meses •Antifúngico -Itraconazol Oral: 10 mg/Kg a cada 24h Cuidado com o fígado e TGI Continuar 30 dias após a cura Não utilizar corticóides! Dermatofitose Agente etiológico Microsporum canis Predisposição •Filhotes com menos de 1 ano •Persa, Yorkshire •Importância em gatis •Micose superficial •É zoonose (casos de zoonose reversa) •Transmitida por contato direto e através de fômites •Tropismo por camada córnea, unhas e pelos Lesões •Lesão circular, alopecia, eritema, hiperqueratose •Lesão pode ser focal, multifocal ou difusa Manifestações Clínicas •Sem prurido ou com prurido discreto Identificação + Anamnese + Exame físico + Exame dermatológico + Lâmpada de Wood Se positivo: Diagnóstico fechado! Pode haver falso negativo! Citologia Identificação de artroconídeos (forma reprodutiva) Outras opções:cultivo micológico, método colorimétrico (dermabacter), exame direto, histopatológico Tratamento tópico Xampus: Clorexidine 3%, Miconazol 2%, Cetoconazol 2%, Terbinafina 2% 1- 2 banhos por semana | gatos: spray Tratamento sistêmico Duração: 4 a 6 semanas •Antifúngico -Itraconazol 5 a 10 mg/kg a cada 24h Tratar todos os contactantes! Tratamento ambiental -Hipoclorito de sódio -Amônia quaternária Dermatopatias Bacterianas Dermatopatia Classificação Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento Piodermite Infecção tegumentar bacteriana Agente etiológico Staphylococcus pseudointermedius Ocorrência -60 a 70% dos cães adultos -Rara em gatos De superfície: bactérias se proliferam na camada córnea ex: Intertrigo (acomete regiões em que há atrito da pele) Superficial: bactérias acometem a epiderme Superficiais Especiais: Impetigo: cães com menos de 6 meses de idade(autolimitante) Impetigo bolhoso: idosos com imunossupressão ou hiperadrenocorticismo Dermatite úmida aguda (piotraumática): aguda, auto induzida, cachorros de pelame denso; causada por ciclo prurido-trauma ou por ausência de ventilação. Maioria dos casos: Secundária à alergopatia: dermatite atópica + piodermite superficial Lesões Piodermite de superfície: Eritema, exsudato Piodermite superficial: Pápula, pústula, colarinho epidérmico, crostas melicéricas, alopecia em roedura de traça (cães de pelame curto) Impetigo: pustular, acometem locais sem envolvimento folicular (abdômen) Dermatite úmida aguda: lesão com aspecto úmido e sinais de inflamação Piodermite profunda: Lesões sanguinolentas, edema, nódulos, vesículas, fístulas, crostas melicéricas e hemorrágicas. Identificação + Anamnese + Exame físico + Exame dermatológico Diagnóstico Clínico •Laboratorial: Citológico Grande quantidade de Staphylococcus, neutrófilos degenerados Não utiliza-se cultura e antibiograma para o diagnóstico! Diagnósticos diferenciais: dermatofitose (exame citológico) e sarna demodécica (exame parasitológico) Diferencial de dermatofitose: As duas causam lesões circulares Dermatofitose: é pouco comum e acomete animais jovens Piodermite: é mais comum, acomete animais adultos e apresenta lesões com pus e/ou crosta melicérica •Cultura e Antibiograma Avaliar o histórico de uso de antibióticos para verificar resistência bacteriana ao uso de beta-lactâmicos, causada pelo gene Mec-A, utilizando oxacilina: Sensível: não resistente a beta-lactâmicos Não sensível: resistente a beta-lactâmicos Piodermite superficial Banhos + Antibiótico tópico Duração mínima do tratamento: 21 dias Imersão em solução de Hipoclorito de sódio (2,5 mL diluído em 1L de água) 2 a 3 por semana + 2 a 3 banhos por semana com Clorexidine 2-3% (ou Peróxido de Benzoíla ou Irgasan) + •Antibiótico tópico Uma vez ao dia -Ácido fusídico 2% -Mupirocina (pomada) Se o tutor não conseguir fazer o tratamento tópico: 1 a 2 banhos com Clorexidine 2-3% + antibiótico sistêmico Obs: Hidratar os pelos (hidrapet) Profunda: epiderme, derme e até hipoderme Etiologia: 1- evolução da superficial 2- imunossupressão 3- secundária a sarna demodécica -Primária ou Secundária -Não é transmissível -Pode ser secundária à alergopatias, doenças parasitárias (sarna demodécica), fúngicas, seborreia, displasias foliculares (alopecia x), hiperadrenocorticismo, banho inadequado e algumas terapias Piodermite mucocutânea (acomete região de junção da pele com a mucosa): processo inflamatório importante, edema, áreas de erosão, eritema, lesão sanguinolenta Piodermite Profunda Banhos + antibiótico sistêmico Duração mínima do tratamento: 45 dias Imersão em solução de Hipoclorito de sódio (2,5 mL diluído em 1L de água) 2 a 3 por semana + Mínimo de 2 banhos por semana com Clorexidine 2-3% (ou Peróxido de Benzoíla ou Irgasan) + Antibiótico sistêmico -Empírico ou sensível à oxacilina 1. Cefalosporina: cefalexina, cefadroxila e cefovecina 2. Amoxacilina com clavulanato de potássio 3. Clindamicina -Resistente a oxacilina 1. Macrolídeos: clindamicina 2. Tetraciclinas: doxiciclina 3. Quinolonas (marbofloxacina, enrofloxacina, pradofloxacina) 4. Rifampicina 5. Cloranfenicol 6. Aminoglicosídeos 3,4,5,6 - Cuidado! Muitos efeitos colaterais Dermatopatias Alérgicas Dermatopatia Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento Dermatite alérgica à picada/saliva de pulga DAPP | DASP | DAPE Agente etiológico Ctenocephalides felis Ctenocephalides canis (cães/gatos/humanos) Predisposição: 2 a 3 anos de idade Manifestações Clínicas - principalmente em terço corpóreo distal (região lombossacral ou dorsolombar) •Prurido •Lesões pápulo-crostosas •Eritema •Escoriação •Alopecia •Lignificação •Hiperpigmentação •Colarinhos epidérmicos Reação de hipersensibilidade imediata e tardia (I e IV) Identificação + Anamnese + Exame físico + Exame dermatológico + Diagnóstico clínico por exclusão Suspeita 1: DAPP Suspeita 2: Alergia alimentar Suspeita 3: Dermatite atópica -Presença de pulgas -Quando não há pulgas visíveis no animal: Manobra de Mackenzie: escovar o animal (ou passar pente fino) em busca de fezes de pulgas que ao serem colocadas em algodão molhado demonstram presença de sangue Eliminação de pulgas + controle ambiental (higienização) -Selamectina (Revolution) -Imidacloprida com moxidectina (Advocate) -Fipronil (Frontline) Durante o período de investigação: aplicar por 2 semanas Isoxazolinas Tratamento muito seguro e eficaz! Auxilia no controle ambiental -Fluralaner (Bravecto): a cada 3 meses -Afoxolaner (Nexgard): a cada 30 dias -Sarolaner (Simparic): a cada 35 dias -Lotilaner (Credeli): a cada 30 dias Coleiras anti-pulgas -Seresto: permetrina + imidacloprida (6 meses de proteção) Indicado para: cães de sítio, tutores que não tem tempo ou esquecem de fazer o tratamento; e são mais baratas. Gatos: Selamectina (segura) ou Bravecto transdermal Se o quadro clínico não melhorar: investigar alergia alimentar! Dermatopatia Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento Alergia alimentar Definição: Distúrbio cutâneo, pruriginoso causado pela ingestão de um ou mais ingredientes presentes na dieta do animal Predisposição: 2 a 3 anos de idade As alergias são causadas por proteínas com alto peso molecular: 1ºCarne bovina 2ºFrango 3ºQueijo 4ºTrigo Milho, peixe, ovo, soja, arroz Não é tão comum! Manifestações Clínicas Mesmas manifestações apresentadas em casos de dermatite atópica •Prurido em região de face, ventral, interdigito, otite de repetição •Distúrbios gastrointestinais (20% dos casos) •Urticária e angioedema de recorrência Identificação + Anamnese + Exame físico + Exame dermatológico + Diagnóstico clínico por exclusão Suspeita de DAPP descartada: Alergia alimentar ou Dermatite atópica Única forma de fechar diagnóstico de alergia alimentar: dieta de eliminação/exclusão •Dieta caseira com fonte de proteína inédita (que o animal nunca entrou em contato antes: coelho, rã...) •Dieta comercial com proteína hidrolisada (menor peso molecular) Marcas: Hills, Royal, Premier, Vetlife e Equilíbrio. Duração: em média 8 semanas Se apresentar melhora (boa resposta): Alergia alimentar confirmada -Realizar dieta provocativa, testando um alimento por vez OU manter a dieta hipoalergênica para o resto da vida Se não apresentar melhora (sem resposta): Alergia alimentar descartada Diagnóstico de dermatite atópica confirmado! Dermatopatia Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento Dermatite atópica Dermatite alérgica mais comum! Definição: Enfermidade cutânea alérgica inflamatória e pruriginosa, predisposta geneticamente e com certos caracteres clínicos, mais comumente associada ao desenvolvimento de IgE contra alérgenos ambientais. Predisposição: •2 a 3 anos de idade •Bulldog francês, yorkshire, golden, pastor alemão, lhasa apso, shih-tzu Alérgenos: •Ácaro de ambiente •Fungo de ambiente Produtos de limpeza e pólen: não causam alergia, causam irritação na pele e pioram o quadro de dermatite Patogenia Defeitos na função da barreira cutânea: camada córnea é falha, não protege e não retém água (pele ressecada) + reação inflamatória exagerada (alteração genética causa uma “tempestade de interleucinas” Manifestações clínicas Mesmas manifestações apresentadas em casos de alergia alimentar •Prurido intenso em região de face, ventral, interdigito, otite de repetição, patas, região periocular •Podem desenvolver infecção bacteriana secundária Quadros crônicos: hiperqueratose, hiperpigmentação Identificação + Anamnese + Exame físico + Exame dermatológico + Diagnóstico clínico por exclusão Suspeita de DAPP e Alergia alimentar descartadas! Duração: durante toda a vida •Evitar ou minimizar exposição ao alérgeno - cuidados com o ambiente: aspirar o pó, soluções acaricidas. + •Hidratação da pele: recompõe o material lipídico que se perde, promove a menor perda de água e menor entrada de alérgenos: Banhos: fitoesfingosinas, aloe vera, ceramidas, melaleuca, vitamina A e E Spray: sérumÁcidos graxos: orais e “top spot” + Terapia sistêmica Corticóide: Prednisona/Prednisolona Vantagem: efeito em 1 ou 2 dias, potencial alto em melhorar prurido e inflamação (inibe todas as IL) Desvantagem: muitos efeitos colaterais Usos: -Resgate em casos mais urgentes e crises alérgicas -Pacientes com menor poder econômico (mais barato) Dose: 0,5 mg/kg a cada 24h, fazer por 10-15 dias em dose resgate e depois fazer manutenção com os outros medicamentos abaixo: Ciclosporina Ação: Imunossupressor que inibe função de linfócitos T Indicação: pacientes crônicos com maior alteração tecidual Vantagem: menos efeitos colaterais quando comparado ao corticóide Desvantagem: menor ação, demora de 2 a 4 semanas para fazer efeito Uso: Ciclosporina + Corticóide por 2 semanas e depois retira o Corticóide e mantém a Ciclosporina Oclacitinib (Apoquel) Ação: inibe função de IL- 4/ 13/31 Vantagem: faz efeito após horas e causa menos efeitos colaterais Desvantagem: não é tão eficiente e pode parar de fazer efeito Loki Vetmab (Cytopoint) Ação: Imunoterapêutico - anticorpo produzido em laboratório que reconhece e destrói a IL 31: ação contra prurido Vantagem: Praticidade: injetável, aplicação a cada 4 ou 8 semana; muito segura e com poucos efeitos adversos Desvantagens: caro e não funciona em todos os casos Possibilidade de cura: Imunoterapia alérgeno-específica (vacinas) Anti-histamínico não funciona! Otopatias Otopatia Classificação Quadro Clínico e Diagnóstico Tratamento Otite Externa Otite mais comum! Acometimento da orelha externa: pavilhão auricular (pinna), conduto auditivo (ramos vertical e horizontal) e membrana timpânica Principal causa: •Gatos: otoacaríase (Otodectes cynotis) •Cães: alergopatias Maioria dos casos: Otite crônica: evolução com mais de 3 meses Classificação das Otites externas, segundo a etiologia: 1.Otite Ceruminosa Excesso de produção de cerúmen, com posterior inflamação discreta Causas: Predisposição genética: labrador (principalmente o chocolate), cocker americano, sharpei e persa Outras alterações: Hipotireoidismo, distúrbios de produção de glândulas sebáceas, manejo inadequado (excesso de limpeza do conduto auditivo), corpo estranho/pólipos (primário ou secundário | mais comum: unilateral) Ácaros: Otodectes cynotis, Demodex canis 2.Otite Eczematosa Inflamação importante com posterior excesso de produção de cerúmen Principal causa: alergopatias - alergia alimentar ou dermatite atópica Otites externas secundárias: Otite Fúngica: Malassezia Cerúmen escurecido (aspecto de borra de café) Otite Bacteriana: Staphylococcus Manifestações Clínicas Gerais •Eritema (pavilhões auriculares, meato e conduto auditivo) •Meneios cefálicos (chacoalham cabeça) •Prurido •Otorréia (aumento de secreção) •Dor •Otohematoma: é sempre um sinal de otite (ruptura dos vasos sanguíneos presentes no pavilhão auricular) Quadro crônico: alterações proliferativas - Estenose/Oclusão/ Fibrose/Mineralização Otite Ceruminosa •Eritema •Edema Otite Eczematosa •Eritema •Edema •Liquenificação •Descamação •Alteração na otoscopia: Hiperplasia de glândula ceruminosa (formação em caviar/sagu) Diagnóstico Identificação + Anamnese + Exame físico + Exame dermatológico + Otoscopia 1ºHigienizar o conduto auditivo: remover o excesso de cerúmen ou pus •Produtos ceruminolíticos Remoção do excesso de cerúmen Ácidos: Epiotic | Clean-up -Maior poder ceruminolítico -Não utilizar produtos ácidos em condutos auditivos muito inflamados! Uso: quadros com menor inflamação e cerúmen escuro, denso e duro (otite ceruminosa pura) Neutros: Surossolve | Phisio | Dermogen Oto | Soft Care Uso: quadros com maior inflamação e cerúmen menos denso (otite eczematosa) Inserir o produto dentro do conduto auditivo, massagear a orelha, limpar o excesso, após o animal chacoalhar a cabeça 3 a 5 dias (frequência varia de acordo com a quantidade de cerúmen) •Produtos mucolíticos Remoção de pus -Acetilcisteína: Sarolaner | Afoxolaner | Lotialaner •Lavagem ótica Remoção de pus em excesso Procedimento com o animal anestesiado Primeiro há proliferação de Malassezia, depois há o crescimento de Staphylococcus e quando o quadro se complica há o crescimento de Pseudomonas (maior virulência: faz úlcera em conduto auditivo, presença de pus mais esverdeado e causa muita dor) Otite Hiperplásica | Estenosante Secundária à Otite Eczematosa + Exame parasitológico de cerúmen: Ácaros (Otodectes cynotis, Demodex canis) ou Citológico (amostra corada com panótico): Malassezia, Staphylococcus (cocos), Pseudomonas (bacilos) Não é necessário fazer cultura de Malassezia! A Malassezia já existe no conduto auditivo, então para fechar o diagnóstico é necessário fazer a citologia para saber se a quantidade presente é patológica 2ºTratar a infecção de acordo com o diagnóstico (citologia) Tratamento tópico •Antifúngicos -Tratamento de Malassezia (leveduras) Miconazol | Nistatina | Clotrimazol | Terbinafina •Antibióticos Na maioria dos casos não há necessidade de realizar cultura e antibiograma, pois a quantidade de antibiótico é muito superior à concentração inibitória mínima, superando qualquer resistência bacteriana -Tratamento de Staphylococcus (cocos) Florfenicol (primeira escolha) Ciprofloxacina | Neomicina | Gentamicina | Tobramicina -Tratamento de Pseudomonas (bacilos) Quinolonas: Ciprofloxacina | Enrofloxacina 3ºDesinflamar o conduto auditivo •Corticóides: de acordo com a gravidade da inflamação Glicocorticóides tópicos -Fluocinolona 0,01-0,02% (muito potente) -Betametasona 0,1% | Dexametasona 0,1% (potentes) -Hidrocortisona (aceponato) 0,11% -Mometasona 0,1% (potentes e com baixa absorção) -Prednisolona 0,25% |Triancinolona 0,1% (potência moderada) -Hidrocortisona 1% (pouco potente) Tratamento de Otite Estenosante •Corticóide sistêmico: Prednisolona: 1-2 mg/kg a cada 12-24h •Ciclosporina (oral) 5 a 10 mg/kg SID | início do efeito em 4 sem. Tratamento de casos em que há fibrose ou mineralização •Cirurgia: Ablação (remoção do conduto) Produtos trivalentes antifúngico + antibiótico + glicocorticóide Panolog | Otodem | Otomax | Otolin | Zelotril Oto | Otoguard Uma ou duas vezes ao dia por 21 dias Posatex | Easotic: Aplicação diária em 2 ciclos de 5 dias com pausa de 10 dias entre eles Osurnia: 2 aplicações com intervalo de 7 dias (ação por 28 dias) Neptra: 1 aplicação com ação por 28 dias Otopatia Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento Otite Média | Interna Acomete a orelha média: membrana timpânica, cavidade timpânica, ossículos (martelo, bigorna e estribo) e tuba auditiva (conexão com a nasofaringe) e orelha interna: vestíbulo, cóclea e canais semicirculares Principal causa: •Gatos: quadro respiratório (principalmente persa) •Cães: evolução da otite externa (crônica ou recorrente) Manifestações Clínicas Principal sintoma de otite média •Muita dor Sintomas de otite interna •Alterações neurológicas Quadro agudo: desorientação, andar em círculos, queda para o lado da lesão, dismetria, incoordenação motora Sintomas de otite média e interna •Êmese e disorexia •Perda de audição Síndrome de Horner: uma das manifestações de otite média Gatos: Anisocoria (uma pupila em midríase e a outra em miose), protrusão de terceira pálpebra, paralisia de face -Alterações para o lado da lesão Cães: head tilt, paralisia facial, desorientação ao andar, dismetria, incoordenação motora e muita dor Colesteatoma: uma das principais causas de otite média/interna em braquicefálicos Crescimento expansivo de epitélio escamoso estratificado dentro da bula timpânica, com invasão da orelha média e destruição óssea, secundária à otite externa crônica Identificação + Anamnese + Exame físico + Exame dermatológico + Otoscopia + Exame de imagem (procedimentos com anestesia) •Tomografia | Ressonância Essencial para diagnóstico de colesteatoma (braquicefálicos) •Vídeo-fibro-otoscopia: endoscopia do conduto auditivo Caso não haja a possibilidade de realizar esses exames: realizar um excelente exame otoscópico (com o animal anestesiado) parafechar o diagnóstico 1º Miringotomia Com o animal anestesiado, acessar a orelha média com o otoscópio ou fibra óptica, ao ver que há presença de muco e se o tímpano estiver íntegro, deve-se realizar um furo pequeno para retirar o muco presente 2º Lavar a bula timpânica 3º Retirada de material para Cultura e Antibiograma 4º Infundir medicação tópica 5º Reduzir inflamação •Corticóide sistêmico Fluocinolona | Dexametasona 6º Antibiótico sistêmico Quinolonas: Ciprofloxacina | Enrofloxacina Tratamento de Colesteatoma •Cirurgia: Ablação (remoção do conduto)
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