Buscar

Clínica de Pequenos Animais - Dermatologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Dermatopatias Parasitárias
Dermatopatia Características Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento
Sarna Demodécica
-Demodiciose
-Sarna negra
Agente etiológico
Demodex canis
Demodex injai
Demodex cornei,
Demodex cynis
Predisposição
•Filhotes
•Adultos/Idosos
imunossuprimidos
(buscar causa base)
•Não é zoonose
•Não é contagiosa
•Se desenvolve quando
há imunossupressão
•Piora com uso de
corticóides
Lesões
•Lesões em regiões de
membros e face
•Alopecia/rarefação
pilosa, hiperpigmentação
•Quadros graves:
inflamação, eritema,
edema, pústulas
(infecção bacteriana
secundária)
Manifestações Clínicas
•Dor
•Pouco prurido
(exceto em casos com
piodermite secundária)
Identificação + Anamnese +
Exame físico + Exame
dermatológico
+ Exame parasitológico do
raspado cutâneo - EPRC
•Positividade de 100%
•Raspado profundo na lesão
até atingir a derme com
lâmina de bisturi e observar
no microscópio
Outras opções: EPF (exame
parasitológico de fita -
durex), decalque/imprinting,
biópsia e histopatológico
(cães de pele grossa: sharpei)
•Acaricidas
Lactonas Macrocíclicas
-Moxidectina: oral 2x por semana
-Ivermectina*: oral todos os dias
-Doramectina*: SC 2x por semana
Duração: 12 semanas ou mais
Reavaliação após 8 semanas; alta com 3
resultados negativos com intervalo de 15
dias
Isoxazolinas
-Fluralaner (Bravecto): de 3 em 3 meses
-Afoxolaner (Nexgard): a cada 30 dias
-Sarolaner (Simparic): a cada 35 dias
-Lotilaner (Credeli): a cada 30 dias
Não é necessário controlar com 3 raspados
Tratamento suporte
Banhos: 1 a 3 vezes por semana
-Peróxido de Benzoíla (2,5 a 5%)
Efeito queratolítico: remove hiperqueratose
-Clorexidine (1 a 2%)
Efeito bactericida
Antibioticoterapia: para infecções
bacterianas secundárias
Não utilizar corticóides!
Dermatopatia Características Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento
Escabiose Canina
Agente etiológico
Sarcoptes scabiei var.
canis
Predisposição
Filhotes com mais de 1
ano
•É zoonose (30%)
•É transmitida por contato
direto e através de fômites
contaminados
Lesões
•Lesões em regiões de
borda de pavilhão
auricular, cotovelo,
jarrete e região
abdominal; não acomete
o dorso
•Alopecia,
hiperqueratose,
descamação, escoriação
Manifestações Clínicas
Prurido intenso e agudo
Identificação + Anamnese +
Exame físico + Exame
dermatológico
+ Exame parasitológico do
raspado cutâneo - EPRC
•Positividade de 50%
•Raspado superficial em
maior extensão, na borda do
pavilhão auricular, cotovelo
ou jarrete
-Se der negativo: fazer o
diagnóstico terapêutico (se
melhorar: é escabiose; se não
melhorar: diagnóstico
diferencial de alergia)
Outra opção: EPF (fita durex)
•Acaricidas
Lactonas Macrocíclicas
-Moxidectina: oral
-Ivermectina*: oral ou injetável
-Doramectina*: injetável
-Selamectina tópica (Revolution)
-Fluralaner/Afoxolaner/Sarolaner/
Lotilaner
-Moxidectina + Imidacloprina
Tratamento suporte
Banhos: Semanais com Peróxido de Benzoíla
(2,5 a 5%) ou Clorexidine (1 a 2%)
Corticoterapia: 0,5 mg/kg 1 vez ao dia por
5 dias; alívio do prurido devido à
hipersensibilidade ao ácaro
Tratar todos os contactantes e higienizar
o ambiente!
Dermatopatia Características Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento
Escabiose Felina
-Sarna Notoédrica
Agente etiológico
Notoedres cati
Predisposição: Gatos,
jovens, com acesso à rua
ou que vivem em gatis
•Pode acometer cães e
humanos
•É zoonose
•É transmitida por
contato direto ou
indireto
Lesões
•Lesões em região
cefálica
Manifestações Clínicas
Prurido
Identificação + Anamnese +
Exame físico + Exame
dermatológico
+ Exame parasitológico do
raspado cutâneo - EPRC
•Positividade de 80%
•Acaricidas
Lactonas Macrocíclicas
-Moxidectina/Ivermectina/Doramectina
-Selamectina tópica
-Fluralaner/Afoxolaner/Sarolaner/
Lotilaner
•Raspado superficial em
região cefálica ou no
pavilhão auricular
-Se der negativo: fazer o
diagnóstico terapêutico; se
não melhorar: diagnóstico
diferencial de alergia
Outra opção: EPF (fita durex)
-Moxidectina + Imidacloprina
Tratamento suporte
Banhos: Semanais com Peróxido de Benzoíla
(2,5 a 5%) ou Clorexidine (1 a 2%)
Corticoterapia: 0,5 mg/kg 1 vez ao dia por
5 dias; alívio do prurido devido à
hipersensibilidade ao ácaro
Tratar todos os contactantes e higienizar
o ambiente!
*Não utilizar Ivermectina e Doramectina nas raças: Pastor Australiano, Pastor de Shetland, Border Collie, Sheepdog Collie
Dermatopatias Fúngicas
Dermatopatia Características Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento
Esporotricose
Agente etiológico
Sporothrix schenckii
Sporothrix brasiliensis
Predisposição
Gatos de 24 meses
•Micose profunda de
implantação
•Dermatopatia com
maior potencial
zoonótico
•Transmitida por:
mordedura, arranhadura
e contato (transmitida
através de microlesões;
não afeta a pele
íntegra)
•Pode acometer cães
•Deve ser notificada
•Piora com o uso de
corticóides
Formas: cutânea
localizada,cutâneo-linfáti
ca, cutânea disseminada,
extra-cutânea
Lesões
•Lesões em região
cefálica, membros
torácicos e mucosas
(briga)
•Duas, três ou mais
áreas acometidas
•Lesões nodulares,
ulceradas e podem ser
necróticas.
Manifestações
Clínicas
•Muita dor
•Não há prurido
Identificação + Anamnese +
Exame físico + Exame
dermatológico
+Exame citológico ou citofúngico
•Buscar a lesão ulcerada,
coletando material e corar. Com
óleo de imersão, observar no
microscópio
Outras opções: cultura, biópsia +
histopatológico (lesões fechadas)
Diagnóstico diferencial: Neoplasias
(carcinoma), criptococose.
Tratamento sistêmico
Duração: 4 a 9 meses
•Antifúngico
-Itraconazol
Oral: 10 a 20 mg/kg a cada 24h
Cuidado com TGI e fígado
(monitorar enzimas: ALT, AST, GGT e FA)
Continuar 30 dias após a cura
Casos refratários | Lesões nasais
Itraconazol (100mg/gato) + Iodeto de
potássio (5mg/kg)
Lesão persistente
-Anfotericina injetável na lesão: 1x/sem.
-Crioterapia/Ozonioterapia
Não utilizar corticóides!
Dermatopatia Características Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento
Criptococose
Agente etiológico
Cryptococcus
neoformans
Predisposição
Animais
imunossuprimidos
•Micose profunda
(levedura)
•Menor potencial
zoonótico
•Infecção ao inalar o
agente presente nas
fezes de pombos
Lesões
•Lesões em região
nasal
Identificação + Anamnese +
Exame físico + Exame
dermatológico
+ Exame citológico
-corado com tinta Nanquin
Lesões fechadas
Biópsia + histopatológico
Tratamento sistêmico
Duração: 4 a 9 meses
•Antifúngico
-Itraconazol
Oral: 10 mg/Kg a cada 24h
Cuidado com o fígado e TGI
Continuar 30 dias após a cura
Não utilizar corticóides!
Dermatofitose
Agente etiológico
Microsporum canis
Predisposição
•Filhotes com menos
de 1 ano
•Persa, Yorkshire
•Importância em gatis
•Micose superficial
•É zoonose (casos de
zoonose reversa)
•Transmitida por
contato direto e
através de fômites
•Tropismo por camada
córnea, unhas e pelos
Lesões
•Lesão circular,
alopecia, eritema,
hiperqueratose
•Lesão pode ser focal,
multifocal ou difusa
Manifestações
Clínicas
•Sem prurido ou com
prurido discreto
Identificação + Anamnese +
Exame físico + Exame
dermatológico
+ Lâmpada de Wood
Se positivo: Diagnóstico fechado!
Pode haver falso negativo!
Citologia
Identificação de artroconídeos (forma
reprodutiva)
Outras opções:cultivo micológico,
método colorimétrico
(dermabacter), exame direto,
histopatológico
Tratamento tópico
Xampus: Clorexidine 3%, Miconazol 2%,
Cetoconazol 2%, Terbinafina 2%
1- 2 banhos por semana | gatos: spray
Tratamento sistêmico
Duração: 4 a 6 semanas
•Antifúngico
-Itraconazol
5 a 10 mg/kg a cada 24h
Tratar todos os contactantes!
Tratamento ambiental
-Hipoclorito de sódio
-Amônia quaternária
Dermatopatias Bacterianas
Dermatopatia Classificação Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento
Piodermite
Infecção tegumentar
bacteriana
Agente etiológico
Staphylococcus
pseudointermedius
Ocorrência
-60 a 70% dos cães
adultos
-Rara em gatos
De superfície: bactérias
se proliferam na
camada córnea
ex: Intertrigo (acomete
regiões em que há atrito
da pele)
Superficial: bactérias
acometem a epiderme
Superficiais Especiais:
Impetigo: cães com
menos de 6 meses de
idade(autolimitante)
Impetigo bolhoso:
idosos com
imunossupressão ou
hiperadrenocorticismo
Dermatite úmida
aguda (piotraumática):
aguda, auto induzida,
cachorros de pelame
denso; causada por ciclo
prurido-trauma ou por
ausência de ventilação.
Maioria dos casos:
Secundária à
alergopatia: dermatite
atópica + piodermite
superficial
Lesões
Piodermite de
superfície:
Eritema, exsudato
Piodermite superficial:
Pápula, pústula,
colarinho epidérmico,
crostas melicéricas,
alopecia em roedura
de traça (cães de
pelame curto)
Impetigo: pustular,
acometem locais sem
envolvimento folicular
(abdômen)
Dermatite úmida
aguda: lesão com
aspecto úmido e sinais
de inflamação
Piodermite profunda:
Lesões sanguinolentas,
edema, nódulos,
vesículas, fístulas,
crostas melicéricas e
hemorrágicas.
Identificação + Anamnese +
Exame físico + Exame
dermatológico
Diagnóstico Clínico
•Laboratorial: Citológico
Grande quantidade de
Staphylococcus, neutrófilos
degenerados
Não utiliza-se cultura e
antibiograma para o diagnóstico!
Diagnósticos diferenciais:
dermatofitose (exame citológico) e
sarna demodécica (exame
parasitológico)
Diferencial de dermatofitose:
As duas causam lesões circulares
Dermatofitose: é pouco comum e
acomete animais jovens
Piodermite: é mais comum, acomete
animais adultos e apresenta lesões
com pus e/ou crosta melicérica
•Cultura e Antibiograma
Avaliar o histórico de uso de antibióticos
para verificar resistência bacteriana ao
uso de beta-lactâmicos, causada pelo
gene Mec-A, utilizando oxacilina:
Sensível: não resistente a beta-lactâmicos
Não sensível: resistente a beta-lactâmicos
Piodermite superficial
Banhos + Antibiótico tópico
Duração mínima do tratamento: 21 dias
Imersão em solução de Hipoclorito de
sódio (2,5 mL diluído em 1L de água) 2 a
3 por semana
+
2 a 3 banhos por semana com Clorexidine
2-3% (ou Peróxido de Benzoíla ou Irgasan)
+
•Antibiótico tópico
Uma vez ao dia
-Ácido fusídico 2%
-Mupirocina (pomada)
Se o tutor não conseguir fazer o
tratamento tópico: 1 a 2 banhos com
Clorexidine 2-3% + antibiótico sistêmico
Obs: Hidratar os pelos (hidrapet)
Profunda: epiderme,
derme e até hipoderme
Etiologia:
1- evolução da superficial
2- imunossupressão
3- secundária a sarna
demodécica
-Primária ou Secundária
-Não é transmissível
-Pode ser secundária à
alergopatias, doenças
parasitárias (sarna
demodécica), fúngicas,
seborreia, displasias
foliculares (alopecia x),
hiperadrenocorticismo,
banho inadequado e
algumas terapias
Piodermite
mucocutânea (acomete
região de junção da
pele com a mucosa):
processo inflamatório
importante, edema,
áreas de erosão,
eritema, lesão
sanguinolenta
Piodermite Profunda
Banhos + antibiótico sistêmico
Duração mínima do tratamento: 45 dias
Imersão em solução de Hipoclorito de
sódio (2,5 mL diluído em 1L de água) 2 a
3 por semana
+
Mínimo de 2 banhos por semana com
Clorexidine 2-3% (ou Peróxido de Benzoíla
ou Irgasan)
+
Antibiótico sistêmico
-Empírico ou sensível à oxacilina
1. Cefalosporina: cefalexina,
cefadroxila e cefovecina
2. Amoxacilina com clavulanato de
potássio
3. Clindamicina
-Resistente a oxacilina
1. Macrolídeos: clindamicina
2. Tetraciclinas: doxiciclina
3. Quinolonas (marbofloxacina,
enrofloxacina, pradofloxacina)
4. Rifampicina
5. Cloranfenicol
6. Aminoglicosídeos
3,4,5,6 - Cuidado!
Muitos efeitos colaterais
Dermatopatias Alérgicas
Dermatopatia Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento
Dermatite alérgica à
picada/saliva de pulga
DAPP | DASP | DAPE
Agente etiológico
Ctenocephalides felis
Ctenocephalides canis
(cães/gatos/humanos)
Predisposição:
2 a 3 anos de idade
Manifestações Clínicas
- principalmente em terço corpóreo
distal (região lombossacral ou
dorsolombar)
•Prurido
•Lesões pápulo-crostosas
•Eritema
•Escoriação
•Alopecia
•Lignificação
•Hiperpigmentação
•Colarinhos epidérmicos
Reação de hipersensibilidade imediata
e tardia (I e IV)
Identificação + Anamnese + Exame
físico + Exame dermatológico +
Diagnóstico clínico por exclusão
Suspeita 1: DAPP
Suspeita 2: Alergia alimentar
Suspeita 3: Dermatite atópica
-Presença de pulgas
-Quando não há pulgas visíveis no
animal:
Manobra de Mackenzie: escovar o animal
(ou passar pente fino) em busca de fezes
de pulgas que ao serem colocadas em
algodão molhado demonstram presença de
sangue
Eliminação de pulgas + controle
ambiental (higienização)
-Selamectina (Revolution)
-Imidacloprida com moxidectina
(Advocate)
-Fipronil (Frontline)
Durante o período de investigação:
aplicar por 2 semanas
Isoxazolinas
Tratamento muito seguro e eficaz!
Auxilia no controle ambiental
-Fluralaner (Bravecto): a cada 3 meses
-Afoxolaner (Nexgard): a cada 30 dias
-Sarolaner (Simparic): a cada 35 dias
-Lotilaner (Credeli): a cada 30 dias
Coleiras anti-pulgas
-Seresto: permetrina + imidacloprida
(6 meses de proteção)
Indicado para: cães de sítio, tutores que
não tem tempo ou esquecem de fazer o
tratamento; e são mais baratas.
Gatos: Selamectina (segura) ou
Bravecto transdermal
Se o quadro clínico não melhorar:
investigar alergia alimentar!
Dermatopatia Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento
Alergia alimentar
Definição:
Distúrbio cutâneo, pruriginoso
causado pela ingestão de um
ou mais ingredientes presentes
na dieta do animal
Predisposição:
2 a 3 anos de idade
As alergias são causadas
por proteínas com alto
peso molecular:
1ºCarne bovina
2ºFrango
3ºQueijo
4ºTrigo
Milho, peixe, ovo, soja, arroz
Não é tão comum!
Manifestações Clínicas
Mesmas manifestações apresentadas
em casos de dermatite atópica
•Prurido em região de face, ventral,
interdigito, otite de repetição
•Distúrbios gastrointestinais (20% dos
casos)
•Urticária e angioedema de
recorrência
Identificação + Anamnese + Exame
físico + Exame dermatológico +
Diagnóstico clínico por exclusão
Suspeita de DAPP descartada:
Alergia alimentar ou Dermatite atópica
Única forma de fechar diagnóstico de
alergia alimentar: dieta de
eliminação/exclusão
•Dieta caseira com fonte de proteína
inédita (que o animal nunca entrou em
contato antes: coelho, rã...)
•Dieta comercial com proteína
hidrolisada (menor peso molecular)
Marcas: Hills, Royal, Premier, Vetlife e
Equilíbrio.
Duração: em média 8 semanas
Se apresentar melhora (boa resposta):
Alergia alimentar confirmada
-Realizar dieta provocativa, testando um
alimento por vez OU manter a dieta
hipoalergênica para o resto da vida
Se não apresentar melhora (sem
resposta): Alergia alimentar descartada
Diagnóstico de dermatite atópica
confirmado!
Dermatopatia Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento
Dermatite atópica
Dermatite alérgica mais
comum!
Definição:
Enfermidade cutânea alérgica
inflamatória e pruriginosa,
predisposta geneticamente e
com certos caracteres clínicos,
mais comumente associada ao
desenvolvimento de IgE contra
alérgenos ambientais.
Predisposição:
•2 a 3 anos de idade
•Bulldog francês, yorkshire,
golden, pastor alemão, lhasa
apso, shih-tzu
Alérgenos:
•Ácaro de ambiente
•Fungo de ambiente
Produtos de limpeza e pólen:
não causam alergia, causam
irritação na pele e pioram o
quadro de dermatite
Patogenia
Defeitos na função da barreira
cutânea: camada córnea é falha, não
protege e não retém água (pele
ressecada) + reação inflamatória
exagerada (alteração genética causa
uma “tempestade de interleucinas”
Manifestações clínicas
Mesmas manifestações apresentadas
em casos de alergia alimentar
•Prurido intenso em região de face,
ventral, interdigito, otite de repetição,
patas, região periocular
•Podem desenvolver infecção
bacteriana secundária
Quadros crônicos: hiperqueratose,
hiperpigmentação
Identificação + Anamnese + Exame
físico + Exame dermatológico +
Diagnóstico clínico por exclusão
Suspeita de DAPP e Alergia alimentar
descartadas!
Duração: durante toda a vida
•Evitar ou minimizar exposição ao
alérgeno - cuidados com o ambiente:
aspirar o pó, soluções acaricidas.
+
•Hidratação da pele: recompõe o
material lipídico que se perde, promove
a menor perda de água e menor
entrada de alérgenos:
Banhos: fitoesfingosinas, aloe vera,
ceramidas, melaleuca, vitamina A e E
Spray: sérumÁcidos graxos: orais e “top spot”
+
Terapia sistêmica
Corticóide: Prednisona/Prednisolona
Vantagem: efeito em 1 ou 2 dias,
potencial alto em melhorar prurido e
inflamação (inibe todas as IL)
Desvantagem: muitos efeitos colaterais
Usos:
-Resgate em casos mais urgentes e
crises alérgicas
-Pacientes com menor poder econômico
(mais barato)
Dose: 0,5 mg/kg a cada 24h, fazer por
10-15 dias em dose resgate e depois
fazer manutenção com os outros
medicamentos abaixo:
Ciclosporina
Ação: Imunossupressor que inibe função
de linfócitos T
Indicação: pacientes crônicos com maior
alteração tecidual
Vantagem: menos efeitos colaterais
quando comparado ao corticóide
Desvantagem: menor ação, demora de 2
a 4 semanas para fazer efeito
Uso: Ciclosporina + Corticóide por 2
semanas e depois retira o Corticóide e
mantém a Ciclosporina
Oclacitinib (Apoquel)
Ação: inibe função de IL- 4/ 13/31
Vantagem: faz efeito após horas e causa
menos efeitos colaterais
Desvantagem: não é tão eficiente e
pode parar de fazer efeito
Loki Vetmab (Cytopoint)
Ação: Imunoterapêutico - anticorpo
produzido em laboratório que reconhece
e destrói a IL 31: ação contra prurido
Vantagem: Praticidade: injetável,
aplicação a cada 4 ou 8 semana; muito
segura e com poucos efeitos adversos
Desvantagens: caro e não funciona em
todos os casos
Possibilidade de cura: Imunoterapia
alérgeno-específica (vacinas)
Anti-histamínico não funciona!
Otopatias
Otopatia Classificação Quadro Clínico e Diagnóstico Tratamento
Otite Externa
Otite mais comum!
Acometimento da orelha
externa: pavilhão auricular
(pinna), conduto auditivo
(ramos vertical e horizontal) e
membrana timpânica
Principal causa:
•Gatos: otoacaríase
(Otodectes cynotis)
•Cães: alergopatias
Maioria dos casos:
Otite crônica: evolução com
mais de 3 meses
Classificação das Otites externas,
segundo a etiologia:
1.Otite Ceruminosa
Excesso de produção de cerúmen, com
posterior inflamação discreta
Causas:
Predisposição genética: labrador
(principalmente o chocolate), cocker
americano, sharpei e persa
Outras alterações: Hipotireoidismo,
distúrbios de produção de glândulas
sebáceas, manejo inadequado (excesso de
limpeza do conduto auditivo), corpo
estranho/pólipos (primário ou secundário |
mais comum: unilateral)
Ácaros: Otodectes cynotis, Demodex canis
2.Otite Eczematosa
Inflamação importante com posterior
excesso de produção de cerúmen
Principal causa: alergopatias - alergia
alimentar ou dermatite atópica
Otites externas secundárias:
Otite Fúngica: Malassezia
Cerúmen escurecido (aspecto de borra de
café)
Otite Bacteriana: Staphylococcus
Manifestações Clínicas Gerais
•Eritema (pavilhões auriculares,
meato e conduto auditivo)
•Meneios cefálicos (chacoalham
cabeça)
•Prurido
•Otorréia (aumento de secreção)
•Dor
•Otohematoma: é sempre um sinal de
otite (ruptura dos vasos sanguíneos
presentes no pavilhão auricular)
Quadro crônico: alterações
proliferativas - Estenose/Oclusão/
Fibrose/Mineralização
Otite Ceruminosa
•Eritema
•Edema
Otite Eczematosa
•Eritema
•Edema
•Liquenificação
•Descamação
•Alteração na otoscopia: Hiperplasia
de glândula ceruminosa (formação
em caviar/sagu)
Diagnóstico
Identificação + Anamnese + Exame
físico + Exame dermatológico +
Otoscopia
1ºHigienizar o conduto auditivo: remover o
excesso de cerúmen ou pus
•Produtos ceruminolíticos
Remoção do excesso de cerúmen
Ácidos: Epiotic | Clean-up
-Maior poder ceruminolítico
-Não utilizar produtos ácidos em condutos
auditivos muito inflamados!
Uso: quadros com menor inflamação e
cerúmen escuro, denso e duro (otite
ceruminosa pura)
Neutros: Surossolve | Phisio | Dermogen Oto
| Soft Care
Uso: quadros com maior inflamação e
cerúmen menos denso (otite eczematosa)
Inserir o produto dentro do conduto auditivo,
massagear a orelha, limpar o excesso, após o
animal chacoalhar a cabeça
3 a 5 dias (frequência varia de acordo com a
quantidade de cerúmen)
•Produtos mucolíticos
Remoção de pus
-Acetilcisteína: Sarolaner | Afoxolaner |
Lotialaner
•Lavagem ótica
Remoção de pus em excesso
Procedimento com o animal anestesiado
Primeiro há proliferação de Malassezia,
depois há o crescimento de Staphylococcus
e quando o quadro se complica há o
crescimento de Pseudomonas (maior
virulência: faz úlcera em conduto auditivo,
presença de pus mais esverdeado e causa
muita dor)
Otite Hiperplásica | Estenosante
Secundária à Otite Eczematosa
+ Exame parasitológico de
cerúmen: Ácaros (Otodectes cynotis,
Demodex canis)
ou Citológico (amostra corada com
panótico): Malassezia, Staphylococcus
(cocos), Pseudomonas (bacilos)
Não é necessário fazer cultura de
Malassezia!
A Malassezia já existe no conduto
auditivo, então para fechar o
diagnóstico é necessário fazer a
citologia para saber se a quantidade
presente é patológica
2ºTratar a infecção de acordo com o
diagnóstico (citologia)
Tratamento tópico
•Antifúngicos
-Tratamento de Malassezia (leveduras)
Miconazol | Nistatina | Clotrimazol |
Terbinafina
•Antibióticos
Na maioria dos casos não há necessidade de
realizar cultura e antibiograma, pois a
quantidade de antibiótico é muito superior à
concentração inibitória mínima, superando
qualquer resistência bacteriana
-Tratamento de Staphylococcus (cocos)
Florfenicol (primeira escolha)
Ciprofloxacina | Neomicina | Gentamicina |
Tobramicina
-Tratamento de Pseudomonas (bacilos)
Quinolonas: Ciprofloxacina | Enrofloxacina
3ºDesinflamar o conduto auditivo
•Corticóides: de acordo com a gravidade
da inflamação
Glicocorticóides tópicos
-Fluocinolona 0,01-0,02% (muito potente)
-Betametasona 0,1% | Dexametasona 0,1%
(potentes)
-Hidrocortisona (aceponato) 0,11%
-Mometasona 0,1%
(potentes e com baixa absorção)
-Prednisolona 0,25% |Triancinolona 0,1%
(potência moderada)
-Hidrocortisona 1% (pouco potente)
Tratamento de Otite Estenosante
•Corticóide sistêmico: Prednisolona: 1-2 mg/kg
a cada 12-24h
•Ciclosporina (oral)
5 a 10 mg/kg SID | início do efeito em 4 sem.
Tratamento de casos em que há
fibrose ou mineralização
•Cirurgia: Ablação (remoção do conduto)
Produtos trivalentes
antifúngico + antibiótico + glicocorticóide
Panolog | Otodem | Otomax | Otolin |
Zelotril Oto | Otoguard
Uma ou duas vezes ao dia por 21 dias
Posatex | Easotic: Aplicação diária em 2
ciclos de 5 dias com pausa de 10 dias entre
eles
Osurnia: 2 aplicações com intervalo de 7 dias
(ação por 28 dias)
Neptra: 1 aplicação com ação por 28 dias
Otopatia Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento
Otite Média | Interna
Acomete a orelha média:
membrana timpânica,
cavidade timpânica, ossículos
(martelo, bigorna e estribo) e
tuba auditiva (conexão com a
nasofaringe) e orelha interna:
vestíbulo, cóclea e canais
semicirculares
Principal causa:
•Gatos: quadro respiratório
(principalmente persa)
•Cães: evolução da otite
externa (crônica ou
recorrente)
Manifestações Clínicas
Principal sintoma de otite média
•Muita dor
Sintomas de otite interna
•Alterações neurológicas
Quadro agudo: desorientação, andar em
círculos, queda para o lado da lesão,
dismetria, incoordenação motora
Sintomas de otite média e interna
•Êmese e disorexia
•Perda de audição
Síndrome de Horner: uma das
manifestações de otite média
Gatos: Anisocoria (uma pupila em
midríase e a outra em miose), protrusão
de terceira pálpebra, paralisia de face
-Alterações para o lado da lesão
Cães: head tilt, paralisia facial,
desorientação ao andar, dismetria,
incoordenação motora e muita dor
Colesteatoma: uma das principais causas
de otite média/interna em braquicefálicos
Crescimento expansivo de epitélio
escamoso estratificado dentro da bula
timpânica, com invasão da orelha média e
destruição óssea, secundária à otite
externa crônica
Identificação + Anamnese +
Exame físico + Exame
dermatológico + Otoscopia
+ Exame de imagem
(procedimentos com anestesia)
•Tomografia | Ressonância
Essencial para diagnóstico de
colesteatoma (braquicefálicos)
•Vídeo-fibro-otoscopia: endoscopia
do conduto auditivo
Caso não haja a possibilidade de
realizar esses exames: realizar um
excelente exame otoscópico
(com o animal anestesiado) parafechar o diagnóstico
1º Miringotomia
Com o animal anestesiado, acessar a
orelha média com o otoscópio ou fibra
óptica, ao ver que há presença de muco e
se o tímpano estiver íntegro, deve-se
realizar um furo pequeno para retirar o
muco presente
2º Lavar a bula timpânica
3º Retirada de material para Cultura e
Antibiograma
4º Infundir medicação tópica
5º Reduzir inflamação
•Corticóide sistêmico
Fluocinolona | Dexametasona
6º Antibiótico sistêmico
Quinolonas: Ciprofloxacina | Enrofloxacina
Tratamento de Colesteatoma
•Cirurgia: Ablação (remoção do conduto)

Continue navegando