Prévia do material em texto
Revisão Tegumentar Avaliação de casos Profa MSc Rita Carmona Universidade Anhembi Morumbi Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária www.sbdv.com.br Caso 1. • Zóio can Pug macho 12 anos de idade • “Problema de coluna” grave tratado com Dr Wagner Sato • Faz fisioterapia semanalmente • Há 1 mês quadro de prurido intenso, agudo e “aumento de volume em membros”. Tratado com diurético, sem melhora • Nunca teve dermatopatias • Nega medicação • Tutores com lesões cutâneas Caso 1. • QUAIS INFORMAÇÕES IMPORTANTES • QUAL O SEU DIAGNÓSTICO Borda de Pavilhões Auriculares Articulação Úmero-rádio-ulnar Articulação Tíbio-társica Transmissão inter e intraespécie Caninos (68,5%); Humanos (28,3%)- EPM/UNIFESP ✓ Exame Parasitológico de Raspado Cutâneo • Eu “nunca” encontro ácaro...positividade em 50% Caso 1. • Diagnóstico EPRC: 50% de positividade EPF: perto dos 50% de positividade Locais e maneira de fazer Diagnóstico terapêutico Caso 1. • TRATAMENTO LACTONAS MACROCÍCLICAS: IVERMECTINA, DORAMECTINA E SELAMECTINA ISOXAZOLINAS: FLURALANER, AFOXALANER, SAROLANER OU LOTINALER CORTICÓIDE: PREDNISOLONA – DOSE BAIXA 5 DIAS Caso 2. • Link can West Highland White Terrier macho 6 anos de idade • Alérgico há anos...SIC • Trata com corticoide tópico e sistêmico • Surgimento de lesão ulcerada com eliminação de material piossanguinolento, formação de crostas em abdomem • Fez uso de antibiótico sistêmico, sem melhora • Tutores com lesões cutâneas Caso 2. • QUAIS INFORMAÇÕES IMPORTANTES • QUAL O SEU DIAGNÓSTICO Fonte: Scott et al., 1996 Caso 2. • Demodiciose, demodicidose ou sarna demodécica • Mais comum em cães jovens (menos de 1 ano de idade) • Quando em adultos, existe causa de base • Demodex canis • Demodex injai • Demodex cornei • Demodex cyonis Demodex canis Fonte: arquivo pessoal Demodex cornei WCVD 7 Lluís Ferrer e Iván Ravera WCVD 7 Lluís Ferrer e Iván Ravera Caso 2. • Diagnóstico EPRC: 100% de positividade Exceto: Sharpei (biópsia para exame histopatológico) EPF: perto dos 100% de positividade Caso 2. • TRATAMENTO LACTONAS MACROCÍCLICAS: IVERMECTINA, DORAMECTINA E MOXIDECTINA ISOXAZOLINAS: FLURALANER, AFOXALANER, SAROLANER OU LOTINALER CORTICÓIDE NÃO PODE SER USADO Caso 3. • Yasmin, fel, fêmea, SRD, 1 ano de idade • Adotada há 2 semanas • Refere lesão circular eritematosa em região cefálica • Nega prurido • Nega terapia • Tutor com lesão cutânea Caso 3. • QUAIS INFORMAÇÕES IMPORTANTES • QUAL O SEU DIAGNÓSTICO Micose superficial Agente etiológico – Fungos queratinofílicos •Microsporum canis • Microsporum gypseum • Trichophyton mentagrophytes • Trichophyton rubrum • Raças: Persa e Yorkshire • Animais jovens (< 1 ano de idade) • Importância em gatis Diagnóstico •Cultivo micológico •Lâmpada de Wood •Exame direto Caso 3. • Tratamento Anti-fúngico sistêmico: • Griseofulvina • Cetoconazol – muitos efeitos adversos • Itraconazol Mínimo 6 semanas Tratamento tópico: banhos xampu: cetoconazol, miconazol, clorexidine Caso 4. • Sem nome, SRD, macho, adulto • Encontrado na rua • Não sabe referir sobre antecedentes mórbidos • Lesões cutâneas caracterizadas: lesões em goma, nódulos ulcerados e eliminação de material sanguinolento e deposição de crostas hemáticas Caso 4. • QUAIS INFORMAÇÕES IMPORTANTES • QUAL O SEU DIAGNÓSTICO Esporotricose ✓Micoses de implantação ✓Transmissão Zoonótica – Gatos: proporção alarmante no Brasil – Região Metropolitana do RJ ✓Sporothrix brasiliensis Epidemiologia em felinos • No Brasil: Machos Faixa etária média: 24 meses Apresentação clínica: duas, três ou mais áreas acometidas Topografia: cefálica, membros torácicos e mucosas Larsson, 2011; Pereira et al, 2014 •Citológico (citofungoscópico) Materiais: aspiração de nódulos, impressão de lesão ulcerada... Coloração: Panótico Gatos: “quase” 100% dos casos •Histopatologia (PAS) •Cultura fúngica Diagnóstico Caso 4. • Tratamento Anti-fúngico sistêmico: • Itraconazol • Itraconazol + iodeto de potássio Mínimo 4 meses Tratamento tópico: NÃOOOOOOOOOO !! Caso 5. • Luna, SRD (Cocker), fêmea, 3 anos de idade • Encontrado na rua • Não sabe referir sobre antecedentes mórbidos • Lesões cutâneas caracterizadas: pústulas, lesões em colarinho epidérmico e crostas melicéricas • Prurido discreto • Fez uso de cefalexina (posologia correta) sem melhora • Banhos com xampu neutro Caso 5. • QUAIS INFORMAÇÕES IMPORTANTES • QUAL O SEU DIAGNÓSTICO Piodermite: infecção tegumentar bacteriana, superficial ou profunda, primária ou secundária (multietiológica) Staphylococcus pseudointermedius ✓Microbiota normal da pele dos cães ✓Cresce quando encontra condições adequadas Piodermite superficial ✓Piodermite de dobras ✓Piodermite muco cutânea ✓Dermatite úmida aguda ✓Impetigo Piodermite profunda ✓Lesões com nódulos, fístulas e eliminação de material piossanguinloento POR QUE A CEFALEXINA NÃO FEZ EFEITO NESSE CASO ✓Resistência bacteriana ✓Gene MecA – Pbp2A – resistência aos beta lactâmicos ✓Resistência à oxacilina Resistência à Oxacilina Todos os fármacos B-lactâmicos *Independentemente dos resultados de sensibilidade Cefalosporínicos Penicilínicos Carbapenêmicos (imipenem) Ampicilina-Sulfabactram Terapia •Terapia sistêmica Seguir a ordem: 1.Cefalosporinas: cefalexina, cefadroxila e cefovecina 2.Amoxacilina com clavulanato de potássio 3.Clindamicina – não é beta lactâmico Terapia •E se precisar de antibioticoterapia 1.Segue a ordem anterior 2.Se for resistente, quem vou escolher Terapia Sistêmica •1.Tetraciclinas – Doxicilina •2.Quinolonas – CUIDADO (enrofloxacina e marboflxacina) •3.Rifampicina - CUIDADO •4.Cloranfenicol - CUIDADO •5.Aminoglicosídeos - CUIDADO Tratamento •Duração MÍNIMA do tratamento Piodermite superficial: 21 dias (7 dias adicionais) Piodermite profunda: 45 dias (14 dias adicionais) Terapia Tópica •Tratamento tópico Xampus Peróxido de benzoíla 2,5% a 5% Igarsan 0,5-2% Clorexidine 0,5 a 4% Terapia Tópica Xampus Frequência de banhos ? semanalmente 2 vezes por semana Caso 6. • Rosa Helena, SRD fêmea, 1 ano de idade • Não sabe referir sobre antecedentes mórbidos • Prurido intenso desde os 5 meses de idade • Faz uso de fluralaner a cada 3 meses • Cede bem ao uso de corticoide • Realizado EPRC: negativo para Demodex canis Caso 6. • Descartando demodécica e escabiose • Realizado micológico: negativo • Alergia • A quê: ✓DAPP ✓Alergia Alimentar ✓Dermatite Atópica Alergopatia Eliminação de Pulgas DAPP Alergia Alimentar DIETA de ELIMINAÇÃO DERMATITE ATÓPICA Lesões pápulo-crostosas, alopecia, eritema, lignificação, hiperpigmentação, colarinhos epidérmicos, descamação . Distribuição das lesões: terço corpóreo distal Características Clínicas •Ampla variedade de lesões e distribuição Caso 6. • Dieta de eliminação • Dieta caseira (proteína inédita) • Dieta comercial (proteína hidrolisada) • Dieta caseira: batata, batata doce, arroz integral e carne de porco • 8 semanas Caso 6. • Alergia alimentar • Dieta provocativa Carne bovina Carne de frango Dieta caseira – nutrólogo ! Caso 6. • E se a Rosa Helena não tivesse respondido à dieta de eliminação Dermatite Atópica Patogênese Fatores Genéticos Defeitos na Função de Barreira Cutânea Comprometimento de resposta imunológica Fatores Ambientais ALTERAÇÕES DE BARREIRA CUTÂNEA Eosinófilos IL – 4 IL – 5 IgE PRURIDO IL-13 Linfócito B Mastócitos 86 Topografia lesional DERMATITE ATÓPICA INFLAMAÇÃO SINTOMAS COMPLICAÇÕES DISFUNÇÃO DE BARREIRA CUTÂNEA DISFUNÇÃO IMUNOLÓGICA RESTAURAÇÃO BARREIRA CUTÂNEA CUIDADOS COM BANHOS E USO DE EMOLIENTES TERAPIA ANTI- INFLAMATÓRIA CE CICLOSPORINA OCLACITINIBANTIBIÓTICOS ANTIFUNGICOS Classificação segundo anatomia ✓Otite externa ✓Otite média ✓Otite interna Rosser, 2004 FORSYTHE, 2016 Otite externa Classificação ✓Otite Ceruminosa ✓Otite Eczematosa ✓Otite Fúngica / Bacteriana ✓Otite Hiperplásica/Estenosante Otite externa Classificação ✓Secundariamente vai crescer Malassezia pachydermatis Staphylococcus pseudointermerdius Pseudomonas spp Proteus spp Otite externa Classificação ✓Estenose ✓Se for crônica pode evoluir para otite média/interna Otite externa ✓Parasitológico de cerúmen ✓Citologia Otite externa ✓Ceruminolítico previamente ✓Se for bacteriana: mucolítico (acetil cisteína) ✓Se tiver muito pus: lavagem ótica (anestesia) ✓Medicação com corticoide (para diminuir inflamação e atrofiar gld ceruminosa) ✓Fúngica: anti-fúngico e bacteriana: antibiótico Otite média ✓Exames de imagem Tomo Video-otoscopia Meringotomia Lavagem ótica Cultura e antibiograma Otite média Aplicação de antibiótico tópico (colírio por causa do tímpano) e corticóide Antibiótico sistêmico rita.castro@anhembi.br Obrigada ! mailto:rita.castro@uol.com.br