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Tallita Lougon – Med 104 ANATOMIA P2 Guyton: Capítulos 75, 76 e 29 (ADH) e 46 (Proteína G e receptores) Introdução a fisiologia endócrina: Hipófise e hipotálamo I N T E R - R E L A C I O N A M E N T O D E V Á R I O S T I P O S D E S I S T E M A S D E M E N S A G E I R O S Q U Í M I C O S Conceitos: • Neurotransmissores: são liberados por terminais de axônios de neurônios nas junções sinápticas e atuam localmente. Na imagem ao lado podemos observar: Os neurotransmissores ficam armazenados dentro das vesículas sinápticas e são liberados na fenda sináptica e agindo na célula que está depois da fenda sináptica. A entrada de cálcio vai despolarizar a célula e causar a extrusão das vesículas sinápticas. • Hormônios Neuroendócrinos ou Neuro-hormônios: são liberados por neurônios no sangue circulante e influenciam a função das células alvo em outro local do corpo. Na imagem ao lado podemos observar: exemplos dos neurônios do hipotálamo vão até a hipófise posterior (axônios compridos) e liberam diretamente no sangue os neuro-hormônios produzidos pelos neurônios do hipotálamo. • Hormônios Endócrinos: são liberados por glândulas ou células especializadas no sangue circulante e influenciam a função das células alvo em outro local do corpo. O pâncreas possui função endócrina e exócrina. Como exemplo de produção de secreção endócrinas, temos: insulina e glucagon. H I P Ó F I S E E H I P O T Á L A M O B I O F Í S I C A E F I S I O L O G I A T A L L I T A L O U G O N @tallita. eu Tallita Lougon – Med 104 A Ç Ã O D E V Á R I O S T I P O S D E S I S T E M A S D E M E N S A G E I R O S Q U Í M I C O S • Parácrina: Secretadas por células no líquido extracelular e afetam células alvo vizinhas de tipo diferente. Em outras palavras: Célula secreta uma substância que age em células adjacentes com receptores específicos. • Autócrina: Secretadas por células no líquido extracelular e afetam a função das mesmas células que os produziram. Em outras palavras: A célula está secretando substâncias e nessa mesma célula existem receptores para essa substância que ela está secretando, então quando essa substância caí no interstício ela vai age na mesma célula. • Sinalização endócrina: As células produzem uma substância (hormônio), vai cair na corrente sanguínea e vai ser levada pelos vasos sanguíneos para atuar nas células alvos distantes. • Sinalização Sináptica: A célula nervosa secretando o neurotransmissor que vai agir na célula alvo que está bem depois da sinapse. • Citocina: São peptídeos secretados por células no líquido extracelular e podem funcionar como hormônios autócrinos, parácrinos e endócrinos (interleucinas). O Q U E É U M H O R M Ô N I O ? Substância produzida por uma glândula, que secretada na corrente sanguínea, é transportada e tem efeito num órgão ou parte específica do corpo. Na imagem temos: vasos sanguíneos com as hemácias e os hormônios (azul e amarelo), onde, cada um irá atuar em uma célula alvo. Então, ele vai precisar atravessar a membrana, e precisa ser lipossolúvel pode haver receptor específico na membrana, no citoplasma e até no núcleo da célula. Receptores no citoplasma ou no núcleo o hormônio terá que atravessar a membrana (substâncias que atravessam a membrana celular: lipídios, substâncias lipossolúveis). Hormônio amarelo: se liga a um receptor que está na membrana da célula alvo. Costumam ser hidrossolúveis. Hormônio azul: se liga a um receptor que está no citoplasma da célula alvo. Tallita Lougon – Med 104 C O N C E I T O S G E R A I S D O S H O R M Ô N I O S : C L A S S I F I C A Ç Ã O D O S H O R M Ô N I O S ( E S T R U T U R A Q U Í M I C A ) : Proteicos e Polipeptídicos - Hidrofílicos: hormônios produzidos pela hipófise anterior, pâncreas, paratireoide. Conseguem deslizar na água. Exemplo: GH. Esteroides - hidrofóbicos: hormônios secretados pelo córtex adrenal, ovários, testículos e placenta. Conseguem atravessar bem a membrana celular. Exemplos: cortisol e hormônios sexuais Derivados do aminoácido tirosina (aminas): Exemplos: hormônios da tireoide e da medula adrenal. H O R M Ô N I O S P R O T E I C O S : São sintetizados no retículo endoplasmático das diferentes células endócrinas. São sintetizados primeiro como proteínas maiores, biologicamente inativas (pré- pró-hormônios), e clivados para formar pró-hormônios menores. Crescimento e desenvolvimento Reprodução Regulação da disponibilidade energética Manutenção do meio interno (homeostase) Modulação do comportamento Tallita Lougon – Med 104 H O R M Ô N I O S E S T E R O I D E S : • A estrutura química é semelhante à do colesterol e, na maioria dos casos, eles são sintetizados a partir do próprio colesterol. • São sintetizados por células endócrinas produtoras de esteroides e por serem lipossolúveis se difundem livremente pela membrana celular para o líquido intersticial e para o sangue. Exemplos: cortisol e hormônios sexuais. H O R M Ô N I O S A M I N A D O S ( D E R I V A D O S D E T I R O S I N A ) : • Os hormônios da tireoide e da medula adrenal são formados pela ação de enzimas nos compartimentos citoplasmáticos das células glandulares. • De modo semelhante aos hormônios proteicos, armazenados em grânulos secretores, as catecolaminas também são liberadas das células da medula adrenal por exocitose. T R A N S P O R T E S D O S H O R M Ô N I O S N O S T E C I D O S • Hidrossolúveis (peptídeos e catecolaminas): são transportados dissolvidos no plasma. • Os hormônios esteroides e da tireoide circulam no sangue ligados a proteínas plasmáticas. Os hormônios agem nas células alvo que apresentam receptores específicos para estes. A imagem mostra o hormônio e o seu receptor especifico (célula alvo). Se a célula não tiver o receptor específico para determinado hormônio, ele não irá atuar nela, atuando apenas na célula alvo. O número e a sensibilidade dos receptores hormonais são regulados. Algumas situações no organismo podem levar à: Upregulation: Aumento do número de receptores na membrana celular. Exemplo: Diversos hormônios vão conseguir se ligar aos receptores e vão aumentar suas ações na célula, porque vai ter mais receptor. Downregulation: Diminuição do número de receptores na membrana celular, eles podem ser endocitados ou destruídos. Exemplo: está com algum hormônio em excesso e quer diminuir a ação desse hormônio ele vai endocitados para o interior da célula e vai diminuindo ou podem ser destruídos por alguma ação enzimática. Tallita Lougon – Med 104 M E C A N I S M O S D E A Ç Ã O H O R M O N A L Hormônios Hidrossolúveis: vai se ligar ao receptor de membrana (não consegue entrar na célula normalmente), ativa um segundo mensageiro e gera efeitos na célula. Hormônios Lipossolúveis: vão se ligar a receptores intracelulares (porque são hormônios que atravessam facilmente a membrana celular) que se ligam a regiões específicas do DNA induzindo expressão gênica. L O C A L I Z A Ç Ã O D O S D I F E R E N T E S T I P O S D E R E C E P T O R E S Membrana Celular: hormônios proteicos peptídicos e catecolamínicos. Citoplasma Celular: hormônios esteroides. Núcleo da Célula: receptores para hormônios da tireoide. T I P O S D E R E C E P T O R E S A partir do momento que um hormônio se ligar a um receptor numa célula alvo (Dependendo do tipo de transmissor essa resposta vai ser mais rápida ou mais lenta), pode acontecer algumas coisas, como: Ligados a canais iônicos: São os receptores ionotrópicos, tem resposta rápida. Irá abrir os canais iônicos.Ligados à proteína G: São os receptores metabotrópicos, estão na membrana celular. Quando o hormônio chega e se liga ao receptor, o GDP) é substituído pelo GTP, esse trifosfato que possibilita a energia para que a subunidade alfa se separe da unidade beta e gama e vá ativar uma enzima, gerando efeitos na célula. Quando o GTP é substituído por GDP, ela volta a proteína G com as 3 subunidades (alfa, beta e gama), se acopla e fica inativa de novo. Esses hormônios levam a produção de um 2º mensageiro que vai levar as respostas celulares. Se esse receptor for ligado a uma proteína G, essa proteína vai acabar levando a ativação ou inativação de algumas enzimas que vai ocasionar alguma resposta dentro dessas células. Ligados a canais iônicos Ligados a proteína G Ligados à enzimas Receptores intracelulares Tallita Lougon – Med 104 Ligados a enzimas. Receptores intracelulares: Resposta lenta podendo levar dias. Em geral, eles vão acabar ocasionando alguma resposta na transcrição e tradução, muitas vezes vai haver uma ligação do receptor junto com o hormônio em um sítio do DNA e, isso vai levar a uma transcrição em geral de RNA mensageiro e depois uma tradução, ou seja, formação de proteínas. Receptores ionotrópicos: Ligados a canais iônicos e a abertura desses canais vai causar hiperpolarização ou despolarização da célula. Abertura de canais de K+ causa hiperpolarização (tem mais dentro da célula, quando ele sai da célula ele é um íon de carga + e se a célula está perdendo íons positivos ela fica mãos negativa, mais hiperpolarizada). Abertura de canal de Na+ ele vai para dentro da célula despolarizando. Receptores metabotrópicos: Esquema de segundo mensageiro, ligados a proteína G (ativação ou inibição de uma enzima). Esse efeito pode ocasionar várias coisas, como: abertura de canal iônico, produção de um segundo mensageiro e isso tudo pode causar a fosforilação de algumas proteínas (algumas enzimas quando são fosforiladas se tornam ativas outras se tornam inativas) e isso pode levar o aumento do cálcio no citoplasma. Receptores ligados a quinases: As quinases causam fosforilação de enzimas e, isso pode induzir uma série de coisas dependendo da enzima a ser fosforilada, inclusive pode induzir transcrição de algum gene e depois síntese de proteínas. Receptores nucleares: Veio a substância entrou no núcleo o hormônio. Exemplo: hormônio da tireoide. Ele entra no núcleo para se ligar ao seu receptor e ocorre a modificação na transcrição gênica e depois síntese de proteínas, causando os efeitos. Sempre uma molécula sinalizadora vai se ligar a sua proteína receptora que pode ser de qualquer tipo citado acima e, com isso vai ocorrer a alteração de algumas proteínas e vai ter a resposta do efeito dessa substância. Tallita Lougon – Med 104 A Ç Ã O D A A D E N I L C I C L A S E ( A M P C ) C O M O S E G U N D O M E N S A G E I R O (O AMPc ativa a proteína cinase dependente de AMPc que fosforila enzimas.) • A epinefrina é produzida na medula adrenal. • Os neurônios do sistema nervos simpático vão produzir noradrenalina. • Na medula quando você tem ativação do sistema nervoso simpático você pode ter: liberação pelos neurônios de noradrenalina e também pela medula adrenal que joga direto na corrente sanguínea noradrenalina e adrenalina. Na imagem a epinefrina (adrenalina) chega na célula e, se liga ao seu receptor. Esse receptor vai estimular a adenilil ciclase que vai produzir o AMPc e ele como segundo mensageiro vai ter ação de ativar ou inativar enzimas. Exemplo: no caso da epinefrina, o AMPc pode ativar o glicogênio fosforilase, que vai degradar glicogênio em glicose no fígado. A adrenalina faz isso, porque está no momento de estresse você precisa correr e tem que ter glicose na corrente sanguínea. E ao mesmo tempo esse glicogênio inativa o glicogênio sintase (que é aquela que forma o glicogênio, armazena glicose) e para o armazenamento de glicose. O S I S T E M A D E S E G U N D O M E N S A G E I R O D O S F O S F O L I P Í D E O S - F O S F O L I P A S E C Algum ligante se liga ao receptor e ativa a fosforilase C (segundo mensageiro). Ela vai fazer produção de diacilglicerol (DAG) e inositol trifosfato IP3. O diacilglicerol (DAG) que ativa a proteína quinase C e fosforila (ativa ou inativa) alguns alvos causando alguma resposta nas células. Já o inositol trifosfato (IP3), em geral vai provocar aumento do cálcio intracelular (isso acontece da seguinte forma: no retículo endoplasmático ele se liga e abre canais de cálcio liberando para dentro da célula e também das mitocôndrias para o citoplasma celular e, aumenta o cálcio no citoplasma). Esse aumento de cálcio pode fazer várias coisas, como: ativar proteínas e fazer a extrusão de grânulos (mais importante). Tallita Lougon – Med 104 R E C E P T O R E S C I T O P L A S M Á T I C O S O U N U C L E A R E S Vários hormônios, incluindo os hormônios esteroides adrenais e os gonádicos, os hormônios da tireoide, os hormônios retinoides e a vitamina D, ligam-se a receptores proteicos dentro da célula, e não na membrana celular. Como esses hormônios são lipossolúveis, eles prontamente atravessam a membrana celular e interagem com os receptores no citoplasma ou no núcleo. M E C A N I S M O D E A Ç Ã O D O S H O R M Ô N I O S E S T E R O I D E S ( L I P O F Í L I C O S ) Eles são lipofílicos, andam na corrente sanguínea ligados a proteínas plasmáticas. Quando chega na célula alvo, ele se desliga dessa proteína e atravessa a membrana celular. O hormônio esteroide depois que atravessa a membrana ele se liga a um receptor e forma o complexo hormônio-receptor, que vai entrar no núcleo, se ligar a cromatina do DNA e vai regular em alguns genes a transcrição. Eles se ligam a um sítio próprio na cromatina que reconhece ele e, vai ocorrer a formação do RNAm. O RNAm vai sair da célula e vai provocar a síntese de proteína que vai ajudar a ter o efeito biológico desse hormônio. H O R M Ô N I O S D A T I R E Ó I D E : M E C A N I S M O D E A Ç Ã O Eles vêm pela corrente sanguínea ligado à proteína plasmática, quando chegam na célula alvo se desprendem e atravessam a membrana celular e a membrana celular. Lá no núcleo que ele vai se ligar ao seu receptor e formar o complexo receptor-hormônio. Esse complexo se liga à cromatina causando a produção de um RNA, que vai levar a produção de uma proteína, que geralmente vai estar ligada aos efeitos biológicos do hormônio. Depois que o T4 entra na célula ele é convertido em T3 (realmente que vai agir). Tallita Lougon – Med 104 • A tiroxina é um hormônio, insolúvel em água que é levada para a célula alvo através de uma proteína transportadora. Por ser lipofílica, a tiroxina pode passar facilmente através da membrana celular. • A tiroxina contém quatro iodos e é conhecida pela abreviatura T4 (tetraiodotironina). • A glândula tireoide também secreta pequenas quantidade de uma molécula semelhante que tem apenas três iodos, chamado de triiodotironina (T3). Ambos entram na célula alvo, mas todo t4 ao entrar é convertido em T3. • Assim apenas a forma T3 do hormônio entra no núcleo e se liga na proteína receptora nuclear. O complexo proteína receptora-hormônio, por sua vez, se liga aos elementos da resposta hormonal específicos do DNA. • A ligação do complexo hormônio-receptor tem um efeito direto no nível de transcrição no local onde se liga. O RNA mensageiro (RNAm), produzido, em seguida codifica as proteínas específicas. Hipotálamo/ Hipófise A hipófise fica localizada em uma fosseta óssea bem perto do quiasma óptico, na sela túrcica/turca (parecido com o formato de uma célula de cavalo). Caso clínico: Se houver um tumor na sela túrcica vai comprimir o quiasma, pode alterar a visão do paciente.Como é no quiasma, em geral, essa alteração altera o campo de visão do paciente (alguma das partes o campo visual está sendo perdida). O R I G E M E M B R I O N Á R I A D A H I P Ó F I S E : Origem embrionária de duas fontes diferentes: 1) Neuroectoderma (diencéfalo): neuro-hipófise 2) Ectoderma (estomadeo, teto da cavidade bucal): adeno-hipófise Neuro-hipófise: origem no tecido neural. Adeno-hipófise: origem na bolsa de Rathke Hipotálamo: produz uma série de hormônios liberadores, que vão na hipófise anterior induzir a produção dos hormônios. Exemplos: ocitocina e vasopressina (ADH) são produzidos no hipotálamo e viajam pelos axônios dos neurônios hipotalâmicos até a hipófise posterior e, depois essas substâncias vão ser liberadas na corrente sanguínea e vão agir nas células alvo (Ocitocina: mama envolvida na ejeção do leite, contração da musculatura do útero e outros/ ADH: rim). Tallita Lougon – Med 104 Posterior: Neuro- hipófise (não produz hormônios, eles são produzidos no hipotálamo) Anterior: Adeno-hipófise H I P Ó F I S E P O S T E R I O R / N E U R O - H I P Ó F I S E • Não produz hormônios, ocitocina e ADH são produzidos no hipotálamo. • Ela armazena e libera os hormônios produzidos pelo hipotálamo nos núcleos paraventricular e supra-óptico - ocitocina e ADH são produzidos nessas regiões. Eles descem viajando pelo axônio de um neurônio, por isso que eles são neuro-hormônios, vem pelo axônio de um neurônio, são aqueles pré-pró-hormônios que são substâncias maiores que vão ser clivadas e quando chegam aqui vão ser clivadas no hormônio mesmo e liberados na corrente sanguínea. • Neuro-hipófise-hormônios: armazenados na neuro- hipófise. • Síntese ocorre nos neurônios hipotalâmicos (núcleos supra-óptico e paraventricular). • Ocitocina é produzida principalmente no paraventricular (também é produzida no supra-óptico). Age principiante nas mamas e no útero. • ADH (vasopressina) é produzido principiante no supra- óptico (também é produzido no paraventricular). Age principalmente nos túbulos renais. O C I T O C I N A • Hormônio principalmente relacionado a gestação. • Atua no miométrio e glândulas mamárias. • Muito importante na amamentação, porque causa a ejeção do leite no aleitamento. Além disso, estimula a contração uterina no trabalho de parto. • Tem relação com o prazer: altas concentrações plasmáticas de ocitocina foram observadas durante o orgasmo. • Ela aumenta a contração da musculatura lisa uterina (miométrio). Tallita Lougon – Med 104 • As células mioepiteliais contraem aumentando a secreção do leite para os ductos, favorecendo a ejeção. • Favorece a involução uterina, o útero vai ficando cada vez mais contraído após o nascimento do bebê. • Melhora a ejaculação pela contração estimulante das vesículas seminais, túbulos seminíferos, epidídimo e da próstata. • Efeito positivo em comportamentos pró-sociais, como seu papel na facilitação da confiança e do apego entre indivíduos. • Associada a presença de empatia (se colocar no lugar do outro) - comportamento empático • Efeitos que favorecem a formação e mineralização óssea. • Em suma: importante nas fases do trabalho de parto e aleitamento. S Í N T E S E , T R A N S P O R T E A X O N A L E A R M A Z E N A M E N T O D A O C I T O C I N A A ocitocina vai ser sintetizada nos núcleos supra-óptico e paraventriculares. Ela é transportada pelo axónio e, armazenada em vesículas nas terminações nervosas na neuro hipófise. Quando acontece o estímulo essas vesículas vão ser liberadas. L I B E R A Ç Ã O D E O C I T O C I N A Exemplos de estímulos: a distensão do colo uterino (no nascimento o bebê está passando ali, está tendo aquela dilatação, está distendendo aquela região do colo uterino), outro estímulo é a sucção do mamilo (quando o bebê começa a puxar o leite, também é um estímulo para produção da ocitocina). Então, ocorre a despolarização dessa célula e a exocitose das vesículas de ocitocina. E F E I T O S D A O C I T O C I N A N O P U E R P É R I O Ação na glândula mamária Contração das células mioepiteliais Favorece a ejeção do leite Involução uterina Tallita Lougon – Med 104 As células mioepiteliais vão se contrair aumentando a secreção desse leite para os ductos lactíferos e isso vai favorecer a ejeção do leite e, depois que nasce o bebê favorece a involução uterina. V A S O P R E S S I N A ( A D H ) - P R O D U Z I D O N O H I P O T Á L A M O O ADH também é produzido no hipotálamo. O hormônio vai se ligar ao receptor V2, vai ativar a proteína G e vai ativar a Adenil ciclase e formar o AMPc (segundo mensageiro). Ele vai estimular a fosfoquinase A a realizar fosforilação de proteínas que vai levar a ativação dos genes que vão produzir a aquaporina 2 e estimular a exocitose das que já tinham sido. Ou seja, sítios vão ser ativados que vai fazer a transcrição de DNAm que vai ativar a produção de proteínas (aquaporina 2) que possibilita a passagem de água dentro da célula que leva a água de volta para o organismo (reabsorver a água que estava sendo eliminada na urina) e estimula a exocitose. E F E I T O S D O A D H A U M E N T A N D O A R E A B S O R Ç Ã O D E H 2 O As moléculas de água que estavam sendo eliminadas na urina vão ser reabsorvidas. Tallita Lougon – Med 104 E F E I T O S D O A D H • Vasoconstrição das arteríolas, importante no aumento da PA (efeito). • Aumento da reabsorção de água no ducto coletor e ducto distal final. • Concentração da urina (aumentada), porque vai ter menos água saindo. • Aumento da volemia. • Aumento da pressão arterial. • Redução da osmolaridade do plasma. • Provoca reabsorção de sódio e água nos túbulos renais. F A T O R E S Q U E A U M E N T A M A L I B E R A Ç Ã O D E A D H Quando você aumenta a osmolaridade do plasma, quando ele passa nos osmoreceptores (células que captam a osmolaridade do plasma) e tiver um plasma hiper osmolar, esses osmoreceptores irão gerar estímulos para que seja produzido mais ADH. Redução da volemia estimula o ADH e cria um estímulo no centro da sede para a pessoa beber mais água e, o ADH agindo absorve essa água. Quando ocorre a redução da pressão arterial os barorreceptores que são localizados tanto na carótida como na aorta, eles percebem a redução da pressão arterial e vão ocasionar estímulos para que seja produzido ADH. D O E N Ç A S R E L A C I O N A D A S A O A D H : Aumento da osmolaridade do plasma através dos osmorreceptores Redução da volemia Redução da PA através dos barorreceptores Deficiência de ADH ou da resposta ao ADH Diabetes insipidus Excesso de ADH Síndrome da secreção inapropriada de ADH (tumores) Tallita Lougon – Med 104 D E F I C I Ê N C I A D E A D H O U D A R E S P O S T A A O A D H • Chamada de diabetes insipidus. • A pessoa urina muito (poliúria), mas não tem relação com a glicose, apenas com a eliminação excessiva de água. E X C E S S O D E A D H • Causa a síndrome da secreção inapropriada de ADH (tumores). • Se a paciente tiver um tumor no hipotálamo ou na hipófise, gera uma excessiva produção e liberação, respectivamente. • Tumores ectópicos (sem ser no hipotálamo e hipófise) são as causas mais comuns. Exemplos: Tumores pulmonares. • Pacientes com excesso de ADH: osmolaridade plasmática e o sódio baixos, por isso vai aumentar a secreção de ADH. • Sintoma comum: paciente fica muito sonolento, dormindo o dia inteiro. Isso é causado pelo baixo sódio (osmolaridade baixa), associada à secreção inapropriada de ADH. • As células deste tumor produzem ADH, por isso fica elevado na corrente sanguínea. Ou seja, o ADH está sendo produzido em um local quenão é comum. D I A B E T E S I N S I P I D U S C L A S S I F I C A Ç Ã O • Neurogênica ou central: lesão no hipotálamo-hipofisária, é a não produção de ADH. • Nefrogênica: por deficiência ou ausência de resposta renal ao ADH, vai ter níveis aumentados de ADH. Ele é produzido e não tem resposta renal, ou seja, o rim não consegue concentrar a urina, por conta de não ter uma resposta mais ADH é secretado na corrente sanguínea, ficando muito elevado. D I A B E T E S I N S I P I D U S N E F R O G Ê N I C A Rim fica impossibilitado de concentrar a urina devido à uma alteração na resposta renal ao ADH. Níveis de ADH aumentados. Está acontecendo a produção no núcleo paraventricular, supra-óptico e, ele vai para a corrente sanguínea. Porém, existe algum impedimento nas células renais que não deixa esse ADH agir, causando a diabetes insipidus Nefrogênica. Existe a desmopressina que é uma substância análoga ao ADH que vai ter a mesma ação do ADH lá nos receptores D2 do rim. Ela age nesses receptores e causa o aumento das aquaporinas que vão permitir que essa água seja reabsorvida. D I A B E T E S I N S I P I D U S Q U A D R O C L Í N I C O • Poliuria (aumento do volume urinário) • Polidipsia (muita sede) DIFERENÇA DIABETES INSIPIDUS E MELLITUS Diabetes Mellitus tem a ver com a incapacidade de produção ou reconhecimento de Insulina,urina com gosto doce. Diabetes Insipidus tem a ver com defeitos na produção ou reconhecimento do ADH. Urina sem gosto. Tallita Lougon – Med 104 • Urina (diluída densidade urinária < 1005) – densidade baixa • Hipovolemia • Desidratação – Só ocorre se o paciente não tiver acesso a água, se ele tiver ele vai beber até compensar isso. • Hipotensão arterial • Plasma hiper osmolar • Na+ > 145 Eq\L S Í N D R O M E D A S E C R E Ç Ã O I N A P R O P R I A D A D E A D H • Caracteriza-se pelo excesso de ADH • Geralmente causada por tumores ectópicos hiper secretantes Sintomas: H I P Ó F I S E A N T E R I O R / A D E N O - H I P Ó F I S E Hipófise anterior vai produzir: • TSH que vai estimular a glândula tireoide a produzir os hormônios da tireoide. • ACTH que vai estimular o córtex adrenal a produzir certos hormônios corticais. • FSH que vai nas mulheres agir nos ovários junto com o LH e, no caso dos homens age nos testículos e no sistema reprodutor masculino. • LH • Prolactina que está envolvida na produção do leite • GH Recebe estímulos do hipotálamo para produzir seus hormônios. E possui uma série de células que produzem diferentes hormônios. Redução do débito urinário Urina muito concentrada Aumento discreto da água corporal Hiponatremia dilucional (Na+ < 135mEq\L ) Aumento da pressão arterial Cefáleia Nauseas Convulsões Estupor Coma Tallita Lougon – Med 104 Nesse local temos o sistema porta (liga duas redes de capilares sem passar pelo coração). Liga uma rede de capilares do hipotálamo e, vai ter outra rede capilar na hipófise. Os hormônios liberadores hipotalâmicos são produzidos no hipotálamo entra nas veias e são conduzidos pelo sistema porta até os capilares da hipófise anterior e, vão estimular células da hipófise anterior a produzirem os diversos hormônios. Vão vim hormônios do hipotálamo que leva ao estímulo dessas células e cada uma vai produzir um hormônio que vai estimular uma glândula diferente. Apresenta células acidófilas e basófilas (possui coloração diferente das acidófilas): • Acidófilas: produzem prolactina (lactotróficas) e GH (somatotróficas). • Basófilas: produzem TSH (tireotróficas), FSH e LH (gonadotróficas) e ACTH (corticotróficas). P R O D U Ç Ã O H O R M O N A L P E L A S D I F E R E N T E S C É L U L A S D A A D E N O H I P Ó F I S E LH e FSH é muito importante para o ciclo menstrual. Na pubarca vai ser muito importante e, o GNRH vai ser produzido no hipotálamo e, vai ter a produção de LH e FSH que estimula o desenvolvimento nos homens dos testículos para a produção de testosterona e progesterona nas mulheres. Na menopausa esses hormônios vão ser produzidos em doses cada vez mais altas, porque os ovários estão parando de funcionar, produção ovariana está deficitária e vai haver uma maior quantidade de LH e FSH na tentativa de fazer o ovário produzir mais, só que essa tentativa é inútil, porque não tem mais folículos. Tallita Lougon – Med 104 R E L A Ç Ã O D O H I P O T Á L A M O C O M A A D E N O H I P Ó F I S E Algo vai estimular o hipotálamo que vai produzir hormônios de liberação que vão estimular a adeno-hipófise a realizar a sua secreção hormonal. H O R M Ô N I O S D O E I X O H I P O T Á L A M O / H I P Ó F I S E Se houver uma incapacidade do hipotálamo de produzir um desses hormônios liberadores, pode gerar uma deficiência daquela produção pela adeno- hipófise. A prolactina não funciona muito com isso de hormônio liberador. Ela é controlada por inibição constante da dopamina. Se precisar de leite vai parar a inibição pela dopamina e a prolactina será produzida. Tallita Lougon – Med 104 O hipotálamo produz um hormônio de liberação que vai estimular a hipófise que às vezes produz um hormônio trófico que vai estimular alguma glândula alvo a produzir os seus hormônios finais. E esse hormônio final pode inibir tanto o hipotálamo como a hipófise através do feedback negativo. Exemplo: o estrogênio e a progesterona inibem a produção de GNRH no hipotálamo e a produção de FSH e LH na hipófise. Doenças Hipofisárias Hipersecreção hormonal hipofisária: em geral, ocorre um distúrbio em algumas células e elas vão passar a produzir determinado hormônio e, vai tem um distúrbio relacionado com aquele hormônio, ocasionando hipersecreção. Cada célula afetada pode causar o aumento de determinado hormônio: Exemplos: 1) se o paciente tiver uma hipersecreção de GH vai ocorre um crescimento muito grande, podendo ocasionar o gigantismo se essa hipersecreção ocorrer na infância, porque a cartilagem de conjugação dos ossos ainda não fechou e vai ter o crescimento dos ossos. 2) Se acontecer um aumento do TSH ocasiona hipertireoidismo (causa que não está na glândula tireoide. É uma causa da hipófise: hipertireoidismo central). 3) ACTH gera um excesso de cortisol. 4) Excesso de LH e FSH pode causar um excesso de testosterona nos homens e nas mulheres de estrogênio e progesterona. Deficiência hormonal: se for de um hormônio só é chamada de hipopituitarismo relacionado aquele hormônio e, se for de vários hormônios é chamada de pan-hipopituarismo. T U M O R E S H I P O F I S Á R I O S : • São as causas mais comuns de doenças hipofisárias. • 10% dos pacientes que fazem ressonância magnética apresentam microadenomas sem sintomas (incidentalomas), a pessoa só descobriu aquilo, porque fez o exame. • São geralmente benignos e de crescimento lento. Hipersecreção hormonal hipofisária Deficiência hormonal hipopituitarismo Tallita Lougon – Med 104 • O tumor tem autonomia secretora: não obedece aos mecanismos fisiológicos de feedback. • Não há relação entre o tamanho do tumor e a quantidade de hormônio secretado. T U M O R E S H I P E R S E C R E T A N T E S D E G H : G I G A N T I S M O Se ele acontecer ainda na infância causa gigantismo e no adulto causa acromegalia (tecidos moles crescem). C O M P R O M E T I M E N T O D O G H A N T E S D A P U B E R D A D E : N A N I S M O H I P O F I S Á R I O Estatura abaixo de 1m e 40 cm para mulheres e 1m e 45 cm para homens P A N - H I P O P I T U I T A R I S M O C O N G Ê N I T O / T U M O R / T R O M B O S E D E V A S O S H I P O F I S Á R I O S GH: causa nanismo hipofisário e distúrbios metabólicos.TSH: causa atrofia da tireóide e hipotireoidismo. Hipersecreção de TSH: provoca hipertireoidismo central. FSH/LH: causa atrofia gonadal, redução dos hormônios sexuais e infertilidade. ACTH: causa atrofia cortical adrenal, hipocortisolismo e redução da resposta metabólica ao estresse. PROLACTINA: causa impedimento de lactação. Tallita Lougon – Med 104 Síndrome de Sheehan: acontece devido a uma série de problemas no parto, como a hemorragia, e provocar déficit do volume circulante e necrose hipofisária. Não se sabe todos os mecanismos. A paciente fica com pressão baixa por falta de cortisol, pode ter T4 livres e TSH baixo, não consegue amamentar e outros. C A S O C L Í N I C O Criança de 10 anos de idade, com sintomas de poliúria, polidipsia e noctúria de evolução há 18 meses. Urina: densidade urinária 1003 NORMAL = 1010 a 1025 Volume urinário: 6,5 l PA: 80X55 mmHg Provável diagnóstico: diabetes insipidus. • O paciente tem deficiência de ADH. • A criança está com a pressão baixa (não está reabsorvendo água), poliúria (fazendo muito xixi) e osmolaridade urinária baixa (perdendo muita água na urina). • Conduta: a primeira coisa é verificar se a causa é neurológica ou nefrogênica, para saber se não está produzindo ou se produz e o rim não consegue utilizá-lo. Pode realizar exame de sangue ou de urina para descobrir se tem ADH em excesso ou em falta. Ou pode medicar com desmopressina (análoga ao ADH) para ver se vai alterar a densidade urinária. • Possíveis causas neurológicas: lesão nos núcleos paraventriculares e supra ópticos por tumor, isquemia ou cirurgia no local que possa ter matado as células (lesão traumática). O paciente pode ter diabetes insipidus por toda a vida ou só por um período.
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