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hipófise e hipotalamo - Biofísica e Fisiologia II

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Tallita Lougon – Med 104 
ANATOMIA 
 P2 Guyton: Capítulos 75, 76 e 29 (ADH) e 46 (Proteína G e receptores) 
Introdução a fisiologia endócrina: Hipófise e 
hipotálamo 
 
I N T E R - R E L A C I O N A M E N T O D E V Á R I O S T I P O S 
D E S I S T E M A S D E M E N S A G E I R O S Q U Í M I C O S 
Conceitos: 
• Neurotransmissores: são liberados por terminais de axônios de 
neurônios nas junções sinápticas e atuam localmente. 
 
Na imagem ao lado podemos observar: Os neurotransmissores ficam 
armazenados dentro das vesículas sinápticas e são liberados na fenda sináptica 
e agindo na célula que está depois da fenda sináptica. A entrada de cálcio vai 
despolarizar a célula e causar a extrusão das vesículas sinápticas. 
 
• Hormônios Neuroendócrinos ou Neuro-hormônios: são 
liberados por neurônios no sangue circulante e influenciam a 
função das células alvo em outro local do corpo. 
 
Na imagem ao lado podemos observar: exemplos dos neurônios do 
hipotálamo vão até a hipófise posterior (axônios compridos) e liberam 
diretamente no sangue os neuro-hormônios produzidos pelos neurônios do 
hipotálamo. 
 
• Hormônios Endócrinos: são liberados por glândulas ou células 
especializadas no sangue circulante e influenciam a função das 
células alvo em outro local do corpo. 
 
 
O pâncreas possui função endócrina e exócrina. Como exemplo de produção 
de secreção endócrinas, temos: insulina e glucagon. 
 
 
 
H I P Ó F I S E E H I P O T Á L A M O 
B I O F Í S I C A E F I S I O L O G I A T A L L I T A L O U G O N 
@tallita. eu 
 
Tallita Lougon – Med 104 
A Ç Ã O D E V Á R I O S T I P O S D E S I S T E M A S D E 
M E N S A G E I R O S Q U Í M I C O S 
• Parácrina: Secretadas por células no líquido extracelular e afetam células alvo vizinhas de tipo 
diferente. Em outras palavras: Célula secreta uma substância que age em células adjacentes com 
receptores específicos. 
• Autócrina: Secretadas por células no líquido extracelular e afetam a função das mesmas células que 
os produziram. Em outras palavras: A célula está secretando substâncias e nessa mesma célula 
existem receptores para essa substância que ela está secretando, então quando essa substância caí 
no interstício ela vai age na mesma célula. 
• Sinalização endócrina: As células produzem uma substância (hormônio), vai cair na corrente 
sanguínea e vai ser levada pelos vasos sanguíneos para atuar nas células alvos distantes. 
• Sinalização Sináptica: A célula nervosa secretando o neurotransmissor que vai agir na célula alvo 
que está bem depois da sinapse. 
• Citocina: São peptídeos secretados por células no líquido extracelular e podem funcionar como 
hormônios autócrinos, parácrinos e endócrinos (interleucinas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Q U E É U M H O R M Ô N I O ? 
Substância produzida por uma glândula, que secretada na corrente 
sanguínea, é transportada e tem efeito num órgão ou parte específica 
do corpo. 
Na imagem temos: vasos sanguíneos com as hemácias e os hormônios (azul e 
amarelo), onde, cada um irá atuar em uma célula alvo. Então, ele vai precisar 
atravessar a membrana, e precisa ser lipossolúvel pode haver receptor 
específico na membrana, no citoplasma e até no núcleo da célula. Receptores no 
citoplasma ou no núcleo o hormônio terá que atravessar a membrana 
(substâncias que atravessam a membrana celular: lipídios, substâncias lipossolúveis). 
Hormônio amarelo: se liga a um receptor que está na membrana da célula alvo. Costumam ser hidrossolúveis. 
Hormônio azul: se liga a um receptor que está no citoplasma da célula alvo. 
 
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C O N C E I T O S G E R A I S D O S H O R M Ô N I O S : 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C L A S S I F I C A Ç Ã O D O S H O R M Ô N I O S 
( E S T R U T U R A Q U Í M I C A ) : 
Proteicos e Polipeptídicos - Hidrofílicos: hormônios produzidos pela hipófise anterior, pâncreas, 
paratireoide. Conseguem deslizar na água. Exemplo: GH. 
Esteroides - hidrofóbicos: hormônios secretados pelo córtex adrenal, ovários, testículos e placenta. 
Conseguem atravessar bem a membrana celular. Exemplos: cortisol e hormônios sexuais 
Derivados do aminoácido tirosina (aminas): Exemplos: hormônios da tireoide e da medula adrenal. 
 
H O R M Ô N I O S P R O T E I C O S : 
São sintetizados no retículo endoplasmático das diferentes 
células endócrinas. 
São sintetizados primeiro como proteínas maiores, 
biologicamente inativas (pré- pró-hormônios), e clivados para 
formar pró-hormônios menores. 
 
 
 
 
Crescimento e 
desenvolvimento 
 
Reprodução 
Regulação da 
disponibilidade energética 
Manutenção do meio 
interno (homeostase) 
Modulação do 
comportamento 
 
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H O R M Ô N I O S E S T E R O I D E S : 
• A estrutura química é semelhante à do colesterol e, na maioria dos casos, eles são sintetizados a 
partir do próprio colesterol. 
• São sintetizados por células endócrinas produtoras de esteroides e por serem lipossolúveis se 
difundem livremente pela membrana celular para o líquido intersticial e para o sangue. Exemplos: 
cortisol e hormônios sexuais. 
 
H O R M Ô N I O S A M I N A D O S ( D E R I V A D O S D E 
T I R O S I N A ) : 
• Os hormônios da tireoide e da medula adrenal são formados pela ação de enzimas nos 
compartimentos citoplasmáticos das células glandulares. 
• De modo semelhante aos hormônios proteicos, armazenados em grânulos secretores, as 
catecolaminas também são liberadas das células da medula adrenal por exocitose. 
 
T R A N S P O R T E S D O S H O R M Ô N I O S N O S 
T E C I D O S 
• Hidrossolúveis (peptídeos e catecolaminas): são 
transportados dissolvidos no plasma. 
• Os hormônios esteroides e da tireoide circulam no 
sangue ligados a proteínas plasmáticas. 
 
Os hormônios agem nas células alvo que apresentam 
receptores específicos para estes. 
A imagem mostra o hormônio e o seu receptor especifico (célula alvo). 
Se a célula não tiver o receptor específico para determinado hormônio, 
ele não irá atuar nela, atuando apenas na célula alvo. 
 
O número e a sensibilidade dos receptores hormonais são 
regulados. 
Algumas situações no organismo podem levar à: 
Upregulation: Aumento do número de receptores na membrana 
celular. Exemplo: Diversos hormônios vão conseguir se ligar aos 
receptores e vão aumentar suas ações na célula, porque vai ter mais 
receptor. 
Downregulation: Diminuição do número de receptores na 
membrana celular, eles podem ser endocitados ou destruídos. 
Exemplo: está com algum hormônio em excesso e quer diminuir a 
ação desse hormônio ele vai endocitados para o interior da célula e 
vai diminuindo ou podem ser destruídos por alguma ação 
enzimática. 
 
Tallita Lougon – Med 104 
M E C A N I S M O S D E A Ç Ã O H O R M O N A L 
Hormônios Hidrossolúveis: vai se ligar ao receptor de membrana (não consegue entrar na célula 
normalmente), ativa um segundo mensageiro e gera efeitos na célula. 
Hormônios Lipossolúveis: vão se ligar a receptores intracelulares (porque são hormônios que atravessam 
facilmente a membrana celular) que se ligam a regiões específicas do DNA induzindo expressão gênica. 
 
L O C A L I Z A Ç Ã O D O S D I F E R E N T E S T I P O S D E 
R E C E P T O R E S 
Membrana Celular: hormônios proteicos peptídicos e catecolamínicos. 
Citoplasma Celular: hormônios esteroides. 
Núcleo da Célula: receptores para hormônios da tireoide. 
 
T I P O S D E R E C E P T O R E S 
 
 
 
 
 
A partir do momento que um hormônio se ligar a um receptor numa célula alvo (Dependendo do tipo de 
transmissor essa resposta vai ser mais rápida ou mais lenta), pode acontecer algumas coisas, como: 
Ligados a canais iônicos: São os receptores ionotrópicos, tem resposta rápida. Irá abrir os canais iônicos.Ligados à proteína G: São os receptores 
metabotrópicos, estão na membrana celular. Quando 
o hormônio chega e se liga ao receptor, o GDP) é 
substituído pelo GTP, esse trifosfato que possibilita a 
energia para que a subunidade alfa se separe da 
unidade beta e gama e vá ativar uma enzima, gerando 
efeitos na célula. Quando o GTP é substituído por GDP, 
ela volta a proteína G com as 3 subunidades (alfa, beta 
e gama), se acopla e fica inativa de novo. Esses 
hormônios levam a produção de um 2º mensageiro 
que vai levar as respostas celulares. Se esse receptor 
for ligado a uma proteína G, essa proteína vai acabar 
levando a ativação ou inativação de algumas enzimas 
que vai ocasionar alguma resposta dentro dessas células. 
Ligados a canais iônicos
Ligados a proteína G
Ligados à enzimas 
Receptores intracelulares
 
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Ligados a enzimas. 
Receptores intracelulares: Resposta lenta podendo levar dias. Em geral, eles vão acabar ocasionando 
alguma resposta na transcrição e tradução, muitas vezes vai haver uma ligação do receptor junto com o 
hormônio em um sítio do DNA e, isso vai levar a uma transcrição em geral de RNA mensageiro e depois uma 
tradução, ou seja, formação de proteínas. 
 
 
Receptores ionotrópicos: Ligados a canais iônicos e a abertura desses canais vai causar hiperpolarização 
ou despolarização da célula. Abertura de canais de K+ causa hiperpolarização (tem mais dentro da célula, 
quando ele sai da célula ele é um íon de carga + e se a célula está perdendo íons positivos ela fica mãos 
negativa, mais hiperpolarizada). Abertura de canal de Na+ ele vai para dentro da célula despolarizando. 
Receptores metabotrópicos: Esquema de segundo mensageiro, ligados a proteína G (ativação ou inibição 
de uma enzima). Esse efeito pode ocasionar várias coisas, como: abertura de canal iônico, produção de um 
segundo mensageiro e isso tudo pode causar a fosforilação de algumas proteínas (algumas enzimas quando 
são fosforiladas se tornam ativas outras se tornam inativas) e isso pode levar o aumento do cálcio no 
citoplasma. 
Receptores ligados a quinases: As quinases causam fosforilação de enzimas e, isso pode induzir uma série 
de coisas dependendo da enzima a ser fosforilada, inclusive pode induzir transcrição de algum gene e depois 
síntese de proteínas. 
Receptores nucleares: Veio a substância entrou no núcleo o hormônio. Exemplo: hormônio da tireoide. Ele 
entra no núcleo para se ligar ao seu receptor e ocorre a modificação na transcrição gênica e depois síntese 
de proteínas, causando os efeitos. 
Sempre uma molécula sinalizadora vai se ligar a sua proteína receptora que pode ser de qualquer tipo 
citado acima e, com isso vai ocorrer a alteração de algumas proteínas e vai ter a resposta do efeito 
dessa substância. 
 
 
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A Ç Ã O D A A D E N I L C I C L A S E ( A M P C ) C O M O 
S E G U N D O M E N S A G E I R O 
(O AMPc ativa a proteína cinase dependente de AMPc que fosforila enzimas.) 
• A epinefrina é produzida na medula adrenal. 
• Os neurônios do sistema nervos simpático vão produzir noradrenalina. 
• Na medula quando você tem ativação do sistema nervoso simpático você pode ter: liberação pelos 
neurônios de noradrenalina e também pela medula adrenal que joga direto na corrente sanguínea 
noradrenalina e adrenalina. 
 
Na imagem a epinefrina (adrenalina) chega na célula e, se liga 
ao seu receptor. Esse receptor vai estimular a adenilil ciclase 
que vai produzir o AMPc e ele como segundo mensageiro vai 
ter ação de ativar ou inativar enzimas. 
 
Exemplo: no caso da epinefrina, o AMPc pode ativar o glicogênio 
fosforilase, que vai degradar glicogênio em glicose no fígado. A 
adrenalina faz isso, porque está no momento de estresse você 
precisa correr e tem que ter glicose na corrente sanguínea. E ao 
mesmo tempo esse glicogênio inativa o glicogênio sintase (que 
é aquela que forma o glicogênio, armazena glicose) e para o 
armazenamento de glicose. 
 
 
O S I S T E M A D E S E G U N D O M E N S A G E I R O D O S 
F O S F O L I P Í D E O S - F O S F O L I P A S E C 
Algum ligante se liga ao receptor e ativa a fosforilase C 
(segundo mensageiro). Ela vai fazer produção de 
diacilglicerol (DAG) e inositol trifosfato IP3. O 
diacilglicerol (DAG) que ativa a proteína quinase C e 
fosforila (ativa ou inativa) alguns alvos causando 
alguma resposta nas células. 
Já o inositol trifosfato (IP3), em geral vai provocar 
aumento do cálcio intracelular (isso acontece da 
seguinte forma: no retículo endoplasmático ele se liga 
e abre canais de cálcio liberando para dentro da célula 
e também das mitocôndrias para o citoplasma celular 
e, aumenta o cálcio no citoplasma). Esse aumento de 
cálcio pode fazer várias coisas, como: ativar proteínas e 
fazer a extrusão de grânulos (mais importante). 
 
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R E C E P T O R E S C I T O P L A S M Á T I C O S O U 
N U C L E A R E S 
Vários hormônios, incluindo os hormônios esteroides adrenais e os gonádicos, os hormônios da tireoide, os 
hormônios retinoides e a vitamina D, ligam-se a receptores proteicos dentro da célula, e não na membrana 
celular. 
Como esses hormônios são lipossolúveis, eles prontamente atravessam a membrana celular e interagem 
com os receptores no citoplasma ou no núcleo. 
 
M E C A N I S M O D E A Ç Ã O D O S H O R M Ô N I O S 
E S T E R O I D E S ( L I P O F Í L I C O S ) 
Eles são lipofílicos, andam na corrente sanguínea 
ligados a proteínas plasmáticas. Quando chega na 
célula alvo, ele se desliga dessa proteína e atravessa 
a membrana celular. O hormônio esteroide depois 
que atravessa a membrana ele se liga a um receptor 
e forma o complexo hormônio-receptor, que vai 
entrar no núcleo, se ligar a cromatina do DNA e vai 
regular em alguns genes a transcrição. Eles se ligam 
a um sítio próprio na cromatina que reconhece ele e, 
vai ocorrer a formação do RNAm. O RNAm vai sair 
da célula e vai provocar a síntese de proteína que vai 
ajudar a ter o efeito biológico desse hormônio. 
 
H O R M Ô N I O S D A T I R E Ó I D E : M E C A N I S M O D E 
A Ç Ã O 
Eles vêm pela corrente sanguínea ligado à 
proteína plasmática, quando chegam na célula 
alvo se desprendem e atravessam a membrana 
celular e a membrana celular. Lá no núcleo que 
ele vai se ligar ao seu receptor e formar o 
complexo receptor-hormônio. Esse complexo 
se liga à cromatina causando a produção de um 
RNA, que vai levar a produção de uma proteína, 
que geralmente vai estar ligada aos efeitos 
biológicos do hormônio. 
Depois que o T4 entra na célula ele é convertido em T3 
(realmente que vai agir). 
 
Tallita Lougon – Med 104 
• A tiroxina é um hormônio, insolúvel em água que é levada para a célula alvo através de uma proteína 
transportadora. Por ser lipofílica, a tiroxina pode passar facilmente através da membrana celular. 
• A tiroxina contém quatro iodos e é conhecida pela abreviatura T4 (tetraiodotironina). 
• A glândula tireoide também secreta pequenas quantidade de uma molécula semelhante que tem 
apenas três iodos, chamado de triiodotironina (T3). Ambos entram na célula alvo, mas todo t4 ao 
entrar é convertido em T3. 
• Assim apenas a forma T3 do hormônio entra no núcleo e se liga na proteína receptora nuclear. O 
complexo proteína receptora-hormônio, por sua vez, se liga aos elementos da resposta hormonal 
específicos do DNA. 
• A ligação do complexo hormônio-receptor tem um efeito direto no nível de transcrição no local onde 
se liga. O RNA mensageiro (RNAm), produzido, em seguida codifica as proteínas específicas. 
 
Hipotálamo/ Hipófise 
 
A hipófise fica localizada em uma fosseta óssea bem perto do quiasma óptico, na sela túrcica/turca 
(parecido com o formato de uma célula de cavalo). 
 
Caso clínico: 
Se houver um tumor na sela túrcica vai comprimir o quiasma, pode 
alterar a visão do paciente.Como é no quiasma, em geral, essa 
alteração altera o campo de visão do paciente (alguma das partes o 
campo visual está sendo perdida). 
 
 
 
O R I G E M E M B R I O N Á R I A D A H I P Ó F I S E : 
Origem embrionária de duas fontes diferentes: 
1) Neuroectoderma (diencéfalo): neuro-hipófise 
2) Ectoderma (estomadeo, teto da cavidade 
bucal): adeno-hipófise 
 
Neuro-hipófise: origem no tecido neural. 
Adeno-hipófise: origem na bolsa de Rathke 
Hipotálamo: produz uma série de hormônios liberadores, que vão na hipófise anterior induzir a produção 
dos hormônios. Exemplos: ocitocina e vasopressina (ADH) são produzidos no hipotálamo e viajam pelos 
axônios dos neurônios hipotalâmicos até a hipófise posterior e, depois essas substâncias vão ser liberadas 
na corrente sanguínea e vão agir nas células alvo (Ocitocina: mama envolvida na ejeção do leite, contração 
da musculatura do útero e outros/ ADH: rim). 
 
Tallita Lougon – Med 104 
Posterior: Neuro- hipófise (não produz hormônios, eles são 
produzidos no hipotálamo) 
Anterior: Adeno-hipófise 
 
 
 
H I P Ó F I S E P O S T E R I O R / N E U R O - H I P Ó F I S E 
• Não produz hormônios, ocitocina e ADH são 
produzidos no hipotálamo. 
• Ela armazena e libera os hormônios produzidos pelo 
hipotálamo nos núcleos paraventricular e supra-óptico - 
ocitocina e ADH são produzidos nessas regiões. Eles descem 
viajando pelo axônio de um neurônio, por isso que eles são 
neuro-hormônios, vem pelo axônio de um neurônio, são 
aqueles pré-pró-hormônios que são substâncias maiores que 
vão ser clivadas e quando chegam aqui vão ser clivadas no 
hormônio mesmo e liberados na corrente sanguínea. 
 
 
• Neuro-hipófise-hormônios: armazenados na neuro-
hipófise. 
• Síntese ocorre nos neurônios hipotalâmicos (núcleos 
supra-óptico e paraventricular). 
• Ocitocina é produzida principalmente no 
paraventricular (também é produzida no supra-óptico). 
Age principiante nas mamas e no útero. 
• ADH (vasopressina) é produzido principiante no supra-
óptico (também é produzido no paraventricular). Age 
principalmente nos túbulos renais. 
O C I T O C I N A 
• Hormônio principalmente relacionado a gestação. 
• Atua no miométrio e glândulas mamárias. 
• Muito importante na amamentação, porque causa a 
ejeção do leite no aleitamento. Além disso, estimula a 
contração uterina no trabalho de parto. 
• Tem relação com o prazer: altas concentrações 
plasmáticas de ocitocina foram observadas durante o 
orgasmo. 
• Ela aumenta a contração da musculatura lisa uterina 
(miométrio). 
 
Tallita Lougon – Med 104 
• As células mioepiteliais contraem aumentando a secreção do leite para os ductos, favorecendo a 
ejeção. 
• Favorece a involução uterina, o útero vai ficando cada vez mais contraído após o nascimento do 
bebê. 
• Melhora a ejaculação pela contração estimulante das vesículas seminais, túbulos seminíferos, 
epidídimo e da próstata. 
• Efeito positivo em comportamentos pró-sociais, como seu papel na facilitação da confiança e do 
apego entre indivíduos. 
• Associada a presença de empatia (se colocar no lugar do outro) - comportamento empático 
• Efeitos que favorecem a formação e mineralização óssea. 
• Em suma: importante nas fases do trabalho de parto e aleitamento. 
 
S Í N T E S E , T R A N S P O R T E A X O N A L E 
A R M A Z E N A M E N T O D A O C I T O C I N A 
A ocitocina vai ser sintetizada nos núcleos supra-óptico e 
paraventriculares. Ela é transportada pelo axónio e, 
armazenada em vesículas nas terminações nervosas na 
neuro hipófise. Quando acontece o estímulo essas 
vesículas vão ser liberadas. 
 
 
 
L I B E R A Ç Ã O D E O C I T O C I N A 
Exemplos de estímulos: a distensão do colo uterino (no 
nascimento o bebê está passando ali, está tendo aquela 
dilatação, está distendendo aquela região do colo 
uterino), outro estímulo é a sucção do mamilo (quando o 
bebê começa a puxar o leite, também é um estímulo para 
produção da ocitocina). Então, ocorre a despolarização 
dessa célula e a exocitose das vesículas de ocitocina. 
 
 
E F E I T O S D A O C I T O C I N A N O P U E R P É R I O 
 
Ação na 
glândula 
mamária
Contração das 
células 
mioepiteliais
Favorece a 
ejeção do leite
Involução 
uterina 
 
Tallita Lougon – Med 104 
As células mioepiteliais vão se contrair aumentando a secreção 
desse leite para os ductos lactíferos e isso vai favorecer a ejeção 
do leite e, depois que nasce o bebê favorece a involução uterina. 
 
 
 
 
V A S O P R E S S I N A ( A D H ) - P R O D U Z I D O N O 
H I P O T Á L A M O 
O ADH também é produzido no hipotálamo. O 
hormônio vai se ligar ao receptor V2, vai ativar a 
proteína G e vai ativar a Adenil ciclase e formar o 
AMPc (segundo mensageiro). Ele vai estimular a 
fosfoquinase A a realizar fosforilação de proteínas 
que vai levar a ativação dos genes que vão produzir a 
aquaporina 2 e estimular a exocitose das que já 
tinham sido. Ou seja, sítios vão ser ativados que vai 
fazer a transcrição de DNAm que vai ativar a 
produção de proteínas (aquaporina 2) que possibilita 
a passagem de água dentro da célula que leva a água 
de volta para o organismo (reabsorver a água que 
estava sendo eliminada na urina) e estimula a 
exocitose. 
 
E F E I T O S D O A D H A U M E N T A N D O A 
R E A B S O R Ç Ã O D E H 2 O 
 
 
 
 
 
 
 
 
As moléculas de água que estavam sendo eliminadas na urina vão ser reabsorvidas. 
 
Tallita Lougon – Med 104 
E F E I T O S D O A D H 
• Vasoconstrição das arteríolas, importante no aumento da PA (efeito). 
• Aumento da reabsorção de água no ducto coletor e ducto distal final. 
• Concentração da urina (aumentada), porque vai ter menos água saindo. 
• Aumento da volemia. 
• Aumento da pressão arterial. 
• Redução da osmolaridade do plasma. 
• Provoca reabsorção de sódio e água nos túbulos renais. 
 
F A T O R E S Q U E A U M E N T A M A L I B E R A Ç Ã O D E 
A D H 
 
 
Quando você aumenta a osmolaridade do plasma, quando ele passa nos osmoreceptores (células que 
captam a osmolaridade do plasma) e tiver um plasma hiper osmolar, esses osmoreceptores irão gerar 
estímulos para que seja produzido mais ADH. 
Redução da volemia estimula o ADH e cria um estímulo no centro da sede para a pessoa beber mais água e, 
o ADH agindo absorve essa água. 
Quando ocorre a redução da pressão arterial os barorreceptores que são localizados tanto na carótida como 
na aorta, eles percebem a redução da pressão arterial e vão ocasionar estímulos para que seja produzido 
ADH. 
 
 
D O E N Ç A S R E L A C I O N A D A S A O A D H : 
 
 
Aumento da 
osmolaridade do 
plasma através dos 
osmorreceptores
Redução da 
volemia 
Redução da PA 
através dos 
barorreceptores
Deficiência de ADH 
ou da resposta ao 
ADH
Diabetes insipidus
Excesso de 
ADH
Síndrome da secreção 
inapropriada de ADH (tumores)
 
Tallita Lougon – Med 104 
D E F I C I Ê N C I A D E A D H O U D A R E S P O S T A A O 
A D H 
• Chamada de diabetes insipidus. 
• A pessoa urina muito (poliúria), mas não tem 
relação com a glicose, apenas com a 
eliminação excessiva de água. 
 
E X C E S S O D E A D H 
• Causa a síndrome da secreção inapropriada de ADH (tumores). 
• Se a paciente tiver um tumor no hipotálamo ou na hipófise, gera uma excessiva produção e 
liberação, respectivamente. 
• Tumores ectópicos (sem ser no hipotálamo e hipófise) são as causas mais comuns. Exemplos: 
Tumores pulmonares. 
• Pacientes com excesso de ADH: osmolaridade plasmática e o sódio baixos, por isso vai aumentar a 
secreção de ADH. 
• Sintoma comum: paciente fica muito sonolento, dormindo o dia inteiro. Isso é causado pelo baixo 
sódio (osmolaridade baixa), associada à secreção inapropriada de ADH. 
• As células deste tumor produzem ADH, por isso fica elevado na corrente sanguínea. Ou seja, o ADH 
está sendo produzido em um local quenão é comum. 
 
D I A B E T E S I N S I P I D U S C L A S S I F I C A Ç Ã O 
• Neurogênica ou central: lesão no hipotálamo-hipofisária, é a não produção de ADH. 
• Nefrogênica: por deficiência ou ausência de resposta renal ao ADH, vai ter níveis aumentados de 
ADH. Ele é produzido e não tem resposta renal, ou seja, o rim não consegue concentrar a urina, por 
conta de não ter uma resposta mais ADH é secretado na corrente sanguínea, ficando muito elevado. 
 
D I A B E T E S I N S I P I D U S N E F R O G Ê N I C A 
Rim fica impossibilitado de concentrar a urina devido à uma alteração na resposta renal ao ADH. Níveis de 
ADH aumentados. 
Está acontecendo a produção no núcleo paraventricular, supra-óptico e, ele 
vai para a corrente sanguínea. Porém, existe algum impedimento nas células 
renais que não deixa esse ADH agir, causando a diabetes insipidus 
Nefrogênica. 
Existe a desmopressina que é uma substância análoga ao ADH que vai ter a 
mesma ação do ADH lá nos receptores D2 do rim. Ela age nesses receptores 
e causa o aumento das aquaporinas que vão permitir que essa água seja 
reabsorvida. 
 
D I A B E T E S I N S I P I D U S Q U A D R O C L Í N I C O 
• Poliuria (aumento do volume urinário) 
• Polidipsia (muita sede) 
DIFERENÇA DIABETES INSIPIDUS E MELLITUS 
Diabetes Mellitus tem a ver com a incapacidade de produção 
ou reconhecimento de Insulina,urina com gosto doce. 
 Diabetes Insipidus tem a ver com defeitos na produção ou 
reconhecimento do ADH. Urina sem gosto. 
 
Tallita Lougon – Med 104 
• Urina (diluída densidade urinária < 1005) – densidade baixa 
• Hipovolemia 
• Desidratação – Só ocorre se o paciente não tiver acesso a água, se ele tiver ele vai beber até 
compensar isso. 
• Hipotensão arterial 
• Plasma hiper osmolar 
• Na+ > 145 Eq\L 
 
 
S Í N D R O M E D A S E C R E Ç Ã O I N A P R O P R I A D A 
D E A D H 
• Caracteriza-se pelo excesso de ADH 
• Geralmente causada por tumores ectópicos hiper secretantes 
 
Sintomas: 
 
 
H I P Ó F I S E A N T E R I O R / A D E N O - H I P Ó F I S E 
Hipófise anterior vai produzir: 
• TSH que vai estimular a 
glândula tireoide a produzir os 
hormônios da tireoide. 
• ACTH que vai estimular o 
córtex adrenal a produzir certos 
hormônios corticais. 
• FSH que vai nas mulheres 
agir nos ovários junto com o LH 
e, no caso dos homens age nos 
testículos e no sistema 
reprodutor masculino. 
• LH 
• Prolactina que está 
envolvida na produção do leite 
• GH 
 
Recebe estímulos do hipotálamo para produzir seus hormônios. E possui uma série de células que produzem 
diferentes hormônios. 
Redução do 
débito 
urinário 
Urina muito 
concentrada 
Aumento 
discreto da 
água corporal 
Hiponatremia 
dilucional
(Na+ < 135mEq\L )
Aumento da 
pressão 
arterial 
Cefáleia Nauseas Convulsões Estupor Coma
 
Tallita Lougon – Med 104 
Nesse local temos o sistema porta (liga duas redes de capilares 
sem passar pelo coração). Liga uma rede de capilares do 
hipotálamo e, vai ter outra rede capilar na hipófise. 
Os hormônios liberadores hipotalâmicos são produzidos no 
hipotálamo entra nas veias e são conduzidos pelo sistema porta 
até os capilares da hipófise anterior e, vão estimular células da 
hipófise anterior a produzirem os diversos hormônios. 
Vão vim hormônios do hipotálamo que leva ao estímulo dessas 
células e cada uma vai produzir um hormônio que vai estimular 
uma glândula diferente. 
 Apresenta células acidófilas e basófilas (possui coloração diferente das acidófilas): 
• Acidófilas: produzem prolactina (lactotróficas) e GH (somatotróficas). 
• Basófilas: produzem TSH (tireotróficas), FSH e LH (gonadotróficas) e ACTH (corticotróficas). 
 
P R O D U Ç Ã O H O R M O N A L P E L A S D I F E R E N T E S 
C É L U L A S D A A D E N O H I P Ó F I S E 
 
 
 
 
 
 
 
LH e FSH é muito importante para o ciclo menstrual. Na pubarca vai ser muito importante e, o GNRH vai 
ser produzido no hipotálamo e, vai ter a produção de LH e FSH que estimula o desenvolvimento nos homens 
dos testículos para a produção de testosterona e progesterona nas mulheres. Na menopausa esses 
hormônios vão ser produzidos em doses cada vez mais altas, porque os ovários estão parando de funcionar, 
produção ovariana está deficitária e vai haver uma maior quantidade de LH e FSH na tentativa de fazer o 
ovário produzir mais, só que essa tentativa é inútil, porque não tem mais folículos. 
 
Tallita Lougon – Med 104 
R E L A Ç Ã O D O H I P O T Á L A M O C O M A 
A D E N O H I P Ó F I S E 
Algo vai estimular o hipotálamo que vai produzir hormônios 
de liberação que vão estimular a adeno-hipófise a realizar a 
sua secreção hormonal. 
 
 
 
H O R M Ô N I O S D O E I X O H I P O T Á L A M O / 
H I P Ó F I S E 
Se houver uma incapacidade do 
hipotálamo de produzir um 
desses hormônios liberadores, 
pode gerar uma deficiência 
daquela produção pela adeno-
hipófise. 
A prolactina não funciona muito 
com isso de hormônio liberador. 
Ela é controlada por inibição 
constante da dopamina. Se 
precisar de leite vai parar a 
inibição pela dopamina e a 
prolactina será produzida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tallita Lougon – Med 104 
O hipotálamo produz um hormônio de liberação que vai estimular 
a hipófise que às vezes produz um hormônio trófico que vai 
estimular alguma glândula alvo a produzir os seus hormônios 
finais. E esse hormônio final pode inibir tanto o hipotálamo como a 
hipófise através do feedback negativo. 
Exemplo: o estrogênio e a progesterona inibem a produção de 
GNRH no hipotálamo e a produção de FSH e LH na hipófise. 
 
 
 
 
 
Doenças Hipofisárias 
 
 
 
Hipersecreção hormonal hipofisária: em geral, ocorre um distúrbio em algumas células e elas vão passar 
a produzir determinado hormônio e, vai tem um distúrbio relacionado com aquele hormônio, ocasionando 
hipersecreção. Cada célula afetada pode causar o aumento de determinado hormônio: Exemplos: 
1) se o paciente tiver uma hipersecreção de GH vai ocorre um crescimento muito grande, podendo 
ocasionar o gigantismo se essa hipersecreção ocorrer na infância, porque a cartilagem de 
conjugação dos ossos ainda não fechou e vai ter o crescimento dos ossos. 
2) Se acontecer um aumento do TSH ocasiona hipertireoidismo (causa que não está na glândula 
tireoide. É uma causa da hipófise: hipertireoidismo central). 
 3) ACTH gera um excesso de cortisol. 
 4) Excesso de LH e FSH pode causar um excesso de testosterona nos homens e nas mulheres de 
estrogênio e progesterona. 
Deficiência hormonal: se for de um hormônio só é chamada de hipopituitarismo relacionado aquele 
hormônio e, se for de vários hormônios é chamada de pan-hipopituarismo. 
 
T U M O R E S H I P O F I S Á R I O S : 
• São as causas mais comuns de doenças hipofisárias. 
• 10% dos pacientes que fazem ressonância magnética apresentam microadenomas sem sintomas 
(incidentalomas), a pessoa só descobriu aquilo, porque fez o exame. 
• São geralmente benignos e de crescimento lento. 
Hipersecreção 
hormonal hipofisária
Deficiência hormonal 
hipopituitarismo
 
Tallita Lougon – Med 104 
• O tumor tem autonomia secretora: não obedece aos mecanismos fisiológicos de feedback. 
• Não há relação entre o tamanho do tumor e a quantidade de hormônio secretado. 
 
T U M O R E S H I P E R S E C R E T A N T E S D E G H : 
G I G A N T I S M O 
 Se ele acontecer ainda na infância causa gigantismo e no adulto causa acromegalia (tecidos moles 
crescem). 
 
 
 
 
 
 
C O M P R O M E T I M E N T O D O G H A N T E S D A 
P U B E R D A D E : N A N I S M O H I P O F I S Á R I O 
Estatura abaixo de 1m e 40 cm para mulheres e 1m e 45 cm para homens 
 
 
 
 
 
 
P A N - H I P O P I T U I T A R I S M O C O N G Ê N I T O / 
T U M O R / T R O M B O S E D E V A S O S 
H I P O F I S Á R I O S 
GH: causa nanismo hipofisário e distúrbios metabólicos.TSH: causa atrofia da tireóide e hipotireoidismo. Hipersecreção de TSH: provoca hipertireoidismo central. 
FSH/LH: causa atrofia gonadal, redução dos hormônios sexuais e infertilidade. 
ACTH: causa atrofia cortical adrenal, hipocortisolismo e redução da resposta metabólica ao estresse. 
PROLACTINA: causa impedimento de lactação. 
 
Tallita Lougon – Med 104 
Síndrome de Sheehan: acontece devido a uma série de problemas no parto, como a hemorragia, e 
provocar déficit do volume circulante e necrose hipofisária. Não se sabe todos os mecanismos. A paciente 
fica com pressão baixa por falta de cortisol, pode ter T4 livres e TSH baixo, não consegue amamentar e 
outros. 
 
C A S O C L Í N I C O 
Criança de 10 anos de idade, com sintomas de poliúria, polidipsia e noctúria de evolução há 18 meses. 
Urina: densidade urinária 1003 NORMAL = 1010 a 1025 
Volume urinário: 6,5 l 
PA: 80X55 mmHg 
 
Provável diagnóstico: diabetes insipidus. 
• O paciente tem deficiência de ADH. 
• A criança está com a pressão baixa (não está reabsorvendo água), poliúria (fazendo muito xixi) e 
osmolaridade urinária baixa (perdendo muita água na urina). 
• Conduta: a primeira coisa é verificar se a causa é neurológica ou nefrogênica, para saber se não está 
produzindo ou se produz e o rim não consegue utilizá-lo. Pode realizar exame de sangue ou de urina 
para descobrir se tem ADH em excesso ou em falta. Ou pode medicar com desmopressina (análoga 
ao ADH) para ver se vai alterar a densidade urinária. 
• Possíveis causas neurológicas: lesão nos núcleos paraventriculares e supra ópticos por tumor, 
isquemia ou cirurgia no local que possa ter matado as células (lesão traumática). O paciente pode 
ter diabetes insipidus por toda a vida ou só por um período.

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