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Neuroanato (parte 2) - Tronco encefálico, Nervos Cranianos e Cerebelo

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Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica Aplicada II – Prof. Emílio 
 Tronco Encefálico 
 
 O tronco encefálico é formado pelo bulbo, ponte e mesencéfalo; quarto 
ventrículo. 
 
 Os limites do tronco encefálico são: 
 
 Limite caudal (inferior): forame magno. É o limite com a medula 
espinal. 
 
 Limite cranial (superior): linha imaginária que vai da comissura 
posterior ao corpo mamilar (hipotálamo). 
 
 
 Os ventrículos são cavidades que existem dentro do encéfalo, em que 
existem líquor. O ventrículo que está no tronco encefálico é o quarto ventrículo. 
 
Bulbo 
 Existe um feixe, denominado trato corticoespinhal, na parte anterior, que sai do córtex e vai para a medula espinal. 
Esse trato corticoespinhal desce para o bulbo, formando duas estruturas chamadas pirâmides bulbares, onde se 
compacta. 
 
 Parte do trato corticoespinhal cruza para o outro lado. O local desse cruzamento é denominado decussação das 
pirâmides. Assim, a ordem que sai do lado esquerdo do córtex vai cruzar para movimentar o lado direito. 
 
 Há uma estrutura lateral no bulbo, denominada oliva bulbar (anterior). É uma dilatação, que ocorre por ser um núcleo. 
Alguns desses núcleos olivares, principalmente os inferiores, tem relação com a aprendizagem motora. 
 
 Na parte posterior do bulbo, há o tubérculo grácil, que é a sinapse do fascículo grácil. Lateralmente, há o tubérculo 
cuneiforme. 
 
 Há um sulco entre o bulbo e a ponte, denominado sulco bulbo-pontino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Decussação 
das pirâmides 
Pirâmides 
bulbares 
Oliva bulbar 
Tubérculo grácil 
Tubérculo cuneiforme 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica Aplicada II – Prof. Emílio 
Ponte 
 Há uma estrutura denominada pedúnculo cerebelar médio (braço da ponte), que 
conecta a ponte ao cerebelo. 
 
 Há também o pedúnculo cerebelar inferior, que conecta o bulbo ao cerebelo. 
 
 O pedúnculo cerebelar superior, que conecta o mesencéfalo ao cerebelo. 
 
 Existe um sulco, chamado de sulco basilar, que é onde a artéria basilar passa. 
 
 
Assoalho do IV ventrículo 
 Por dentro do IV ventrículo, há: 
 
 Trígono do vago: onde se encontra o núcleo do nervo vago. 
 
 Trígono do hipoglosso: acima do trígono do vago. Onde se encontra o 
núcleo do nervo hipoglosso. 
 
 Colículo facial: acima do trígono do hipoglosso, maior. Onde se encontra o 
núcleo do nervo facial. 
 
 
 Há uma área triangular, denominada área vestibular. Essa área está 
relacionada com o nervo de VIII par craniano, o nervo vestibulococlear. 
 
Mesencéfalo 
 É a parte mais superior do tronco encefálico, que se conecta ao cérebro. 
 
 Conecta-se ao cerebelo através do pedúnculo cerebelar superior. 
 
 Comunica-se com o cérebro anteriormente através do pedúnculo cerebral. 
 
 Há um tipo de “buraco”, entre o pedúnculo, denominado fossa interpeduncular. 
 
 Na parte posterior, há quatro “bolinhas”, chamadas colículos. São dois colículos 
superiores (relacionados com a visão) e dois colículos inferiores (relacionados com 
a audição). Juntos, são chamados de corpos quadrigêmeos. 
 
 O mesencéfalo é dividido em duas partes: a parte da anterior e a parte posterior. 
 
 Parte anterior: é a parte do pedúnculo cerebral. 
 
 Parte posterior: chamada de tecto/teto. 
 
 O que separa o pedúnculo cerebral do teto é o canal que liga o III ao IV 
ventrículo, chamado de aqueduto cerebral. 
 
 O pedúnculo cerebral é dividido internamente por uma substância negra 
(corpos de neurônios), que o separa em base e tegmento. 
 
 A doença de Parkinson atinge a substância negra, alterando-a. 
Sulco basilar 
Pedúnculo 
cerebelar médio 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica Aplicada II – Prof. Emílio 
 Nervos Cranianos 
 
 Existem diversos núcleos de nervos cranianos no tronco encefálico. 
 
 São 12 pares de nervos cranianos (24 no total). São eles: 
 
 Nervo olfatório. (I) 
 Nervo óptico. (II) 
 Nervo oculomotor. (III) 
 Nervo troclear. (IV) 
 Nervo trigêmeo. (V) 
 Nervo abducente. (VI) 
 Nervo facial. (VII) 
 Nervo vestíbulo-coclear. (VIII) 
 Nervo glossofaríngeo. (IX) 
 Nervo vago. (X) 
 Nervo acessório. (XI) 
 Nervo hipoglosso. (XII) 
 
Os nervos oculomotor, troclear e abducente têm relação com o movimento dos olhos. 
O nervo trigêmeo, além da mastigação, dá a sensibilidade da face. 
O nervo facial controla a mímica facial. 
O nervo vestíbulo-coclear se relaciona com a audição e o equilíbrio. 
O nervo glossofaríngeo tem como uma das funções dar a sensibilidade da língua. 
O nervo vago tem relação com o simpático e parassimpático. 
O nervo acessório tem relação com a faringe, língua, além de inervar o músculo esternocleidomastoideo e o músculo 
trapézio. 
O nervo hipoglosso é o nervo motor da língua. Sai do bulbo, próximo a oliva bulbar. 
 
 
 
 
 
Todos esses nervos, com exceção dos dois primeiros, tem relação com o 
tronco encefálico. Eles emergem dos núcleos presentes no tronco 
encefálico. 
N. hipoglosso 
N. acessório 
N. vago 
N. glossofaríngeo 
N. abducente 
N. facial 
N. vestíbulo-
coclear 
N. troclear 
N. trigêmeo 
N. oculomotor 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica Aplicada II – Prof. Emílio 
 Cerebelo 
 
 O cerebelo faz parte do encéfalo, mas não do cérebro. 
 
 Localizado posteriormente, atrás do IV ventrículo. 
 
 É como se fosse um cérebro pequeno. 
 
 Sua grande função, entre outras, é coordenar os 
movimentos. Ele processa as informações do ambiente 
motor. 
 
 Tem dois hemisférios cerebelares: hemisfério cerebelar direito e hemisfério cerebelar esquerdo. 
 
 No meio do cerebelo há uma “linha”, chamada de vermes cerebelar, que une os dois hemisférios cerebelares. 
 
 Sua parte externa tem uma substancia cinzenta, que é o córtex cerebelar; e uma parte interna, central, que é a 
medula. 
 
 No cerebelo existem inúmeras reentrâncias, sulcos, 
chamados de folhas. Há três mais importantes: 
 
 Fissura póstero-lateral: separa a parte mais 
antiga do cerebelo, relacionada com o equilibro, de 
todo o restante do cerebelo. 
 
 Fissura prima: separa a parte anterior do cerebelo 
da parte posterior. 
 
 Fissura horizontal. 
 
 
 É separado em lobos: 
 
 Lobo flóculo-nodular: é o lobo mais antigo. Está 
relacionado com o equilíbrio motor. É separado do 
resto do cerebelo pela fissura póstero-lateral. 
OBS: o lobo flóculo-nodular está em azul na imagem 
abaixo. 
 
 Lobo anterior e Lobo posterior: separados pela 
fissura prima. Possuem partes extremamente 
modernas, conectadas com a medula espinal e com 
o córtex cerebral. 
 
CORRELAÇÕES CLÍNICAS: 
Síndromes cerebelares: 
 
o Vestibulocerebelo: perda de equilíbrio. 
 
o Espinocerebelo: marcha atáxica. 
 
o Cerebrocerebelo: decomposição; disdiadococinesia; rechaço; tremor; dismetria. 
Geralmente causadas por lesões.

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