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Gabriela Pelegrini – Universidade Do Vale do Paraíba gabibarban2114@gmail.com Principios da Reabilitação Cardíaca Introdução: o A imobilidade caracteriza-se pela perda de capacidade funcional, pela supressão dos movimentos articulares e, pela incapacidade de mudança postural; o A síndrome da imobilidade é um conjunto de alterações que ocorrem no indivíduo acamado por um período prolongado; o Esta síndrome evolui para problemas circulatórios, respiratórios e muitas vezes psicológicos; o Muito da morbidade e mortalidade associada ao paciente restrito ao leito advém dessas complicações músculo- esqueléticas e viscerais. Efeitos da imobilização no Sistema Cardiovascular o Diminuição do Volume total de sangue; o Diminuição da concentração de Hemoglobina; o Aumento da FC máxima; o Diminuição do consumo máximo de O2; o Diminuição da tolerância ortostática Efeitos da imobilização no Sistema Respiratório o Diminuição da capacidade vital; o Diminuição da capacidade residual funcional; o Diminuição do volume expiratório forçado; o Alterações da relação ventilação x perfunsaõa (V/Q); o Diminuição na pressão artéria de O2 (Pao2); o Diminuição da diferença alvéolo-arterial de O2 em pacientes anestesiados Efeitos da imobilização no Sistema Metabólico o Aumento da excreção de Cálcio; o Aumento da excreção de Nitrogênio; o Aumento da excreção de Fósforo; o Aumento da excreção de Magnésio Efeitos da imobilização no Sistema Musculoesquelético o Diminuição da massa muscular; o Diminuição da força muscular; o Aumento da osteoporose (osteopenia); Imagem B: Cadeia cinética aberta o Platôs tibiais rolam e deslizam para frente o Tíbia realiza a rotação externa o A Tíbia que se movimenta em relação ao Fêmur Imagem B: Cadeia cinética aberta o Platôs tibiais rolam e deslizam para frente o Tíbia realiza a rotação externa o A Tíbia que se movimenta em relação ao Fêmur Im ag e m B: Ca de ia ci né tic a ab er ta o P l a t ô s t i b i a i s Ima ge m B: Cad eia ciné tica abe rta o P l Gabriela Pelegrini – Universidade Do Vale do Paraíba gabibarban2114@gmail.com o Mudança no tecido conectivo periarticular e intra-asrticular Posicionamento em supino 1. Sustentar a cabeça num grande traveseiro, sem flexioar a coluna torácica; 2. Travesseiro embaixo da escápula hemiplégica, mantendo a protração; 3. Travesseiro embaixo da nádega e coxa hemiplégica; 4. Extensão de cotovelo, punho e dorsiflexão e dedos estendidos; 5. Membros inferiores estendidos. Posicionamento em Decúbito lateral, sobre o lado não afetado (paciente hemiplégico) 1. Cabeça sobre o travesseiro; 2. Tronco em ângulo reto com a superficie do leito; 3. Membro superior hemiplégico fica sustentado sobre o travesseiro à frente do paciente; 4. O outro membro supeiror fica em qualquer lugar que seja mais confortável para o paciente; 5. Membro inferior hemiplégico é trazido para frente e completamente sustentado sobre um travesseiro com flexão de quadril e joelho (cuidado para que o pé não penda em supinação por sobre a borda do travesseiro); 6. O outro membro inferior permanece plano sobre a cama em alguma extensão de quadril com leve flexão de joelho. Papel do fisioterapeuta Prevenção Primária: Avaliação dos fatores de risco; Prevenção Secundária: Diagnóstico precoce, para diminuir a duração ou a gravidade de doenças e sequelas; Prevenção Terciária: Avaliar o grau de incapacitação, promover a reabilitação e restaurar a função de pacientes com doenças irreversíveis. Gabriela Pelegrini – Universidade Do Vale do Paraíba gabibarban2114@gmail.com Objetivos da Reabilitação na Fase I o Promover o posicionamento adequado no leito; o Previnir perda de capacidade física; o Evitar complicações respiratórias e tromboembólicas; o Facilitar a alta precoce do paciente internado Reabilitação Cardíaca – Fisioterapia respiratória o Pacientes Pré-cirurgia; o Pacientes Pós-cirurgia; o Pacientes não cirúrgicos Manobras de Higiene Brônquica; Manobras de Reexpansão Pulmonar; Reeducação Respiratória; Estímulo da tosse (ativa, ativa assistida ou Huffing) Complicações respiratórias no período hospitalar o Atelectasia; o Hipoxemia; o Tosse produtiva; o Dispneia; o Broncoespasmo; o Hipercapnia; o Derrame pleural; o Pneumonia; o Pneumotórax; o Insuficiência Respiratória; o Intubaçao Exames de RX do tórax Reabilitação Cardíaca – Fisioterapia Motora Exercícios passivos; Exercícios ativo-asssitidos ou ativos livres de MMII (flexão- extensão de quadril e joelho); Exercícios ativo assistido de MMSS; Exercícios metabólicos (extremidades); Estimular sentar fora do leito; Deambulação pela UTI, quarto e corredores; Descida de escadas (gradativamente, inicio de 1 lance); Gabriela Pelegrini – Universidade Do Vale do Paraíba gabibarban2114@gmail.com Mobilização precoce o É um tipo de intervenção na reabilitação que facilita o movimento dos pacientes; o Buscando otimizar a funcionalidade e reduzir incapacidades; o O período prolongado de internação na UTI traz inúmeras alterações, dentre estas destaca-se fraqueza muscular Imobilismo Gera diminuição do tecido contrátil levando a redução na produção de força; O tempo em que o paciente permanecer imobilizado irá determinar a gravidade da alteração contrátil, devido as mudanças nas fibras musculares instríncecas; Presume-se que 7 dias de restrições no leito é suficiente para diminuir 30% da força muscular Doentes com maior tempo de internação em UTI sob ventilação mecânica estão sujeitos a maior perda de massa muscular, com uma recuperação funcional mais demorada, em relação aos doentes com menor tempo de internação; Vários fatores podem causar a fraqueza generalizada e contribuir para o prolongamento da internação do paciente crítico, o que o predispõe a maior risco de infecção hospitalar e outros agravos a sua saúde. Mobilização precoce – Polineuropatia do paciente crítico O termo “Ploneuropatia do Paciente crítico” (PPC) foi inicialmente introduzido por Bolton e col. em 1984, quando definiram um quadro predominantemente motor, de natureza axonal, simétrica e aguda, em pacientes internados em unidades de terapia intensiva. Esses pacientes apresentam dificuldade na retirada da Ventilação mecânica e reflexos profundos abolidos. o A disfunção deve-se à danos no axônio, na Bainha de Mielina ou em ambos; Gabriela Pelegrini – Universidade Do Vale do Paraíba gabibarban2114@gmail.com o Há diminuição na velocidade de condução nervosa; o Envolve as fibras sensoriais, motoras e autônomas, evoluindo no sentido distal para proximal; o A compressão prolongada reduz o suprimento sanguíneo e pode gerar a Desmielinização; o A musculatura enfraquecida envolve tanto os músculos respiratórios quanto periféricos, interferindo significamente no processo de desmame e extubação, necessitando assim da VM por mais tempo, o que favorece a ocorrência de infecções e a permanência na UTI. Resultando em mau prognóstico para os pacientes; o A fraqueza muscular adiquirida na UTI se apresenta de forma generalizada e simétrica. o Evidencias indicam que cerca de 25% dos pacientes sob VM em UTI cursam com fraqueza muscular adquirida, que pode levar a um aumento na permanência na UTI e de hospitalização, piorando também a qualidade de vida após a alta. Quando iniciar a mobilização do paciente? o É indicada para adultos internados em UTI, de preferencia com respiração espontânea, cooperativos e sem hipertensãointracraniana. o A mobilização precoce em pacientes durante a VM não cooperativos pode ser considerada limitação, mas não como contraindicação Atendimento Fisioterapêutico o Contempla a funcionalidade – a partir da posução deitada, sentar, levantar e andar; o As intervenções testadas estendem-se desde o posicionamento, até a atividade física de maior intensidade, sendo a progressão no fluxo descrito frequentemente associada ao aumento da intensidade. o A mobilização precoce reduz o tempo para desmame da VM e auxilia na recuperação funcional, sendo realizada através de atividades terapêuticas progressivas, tais como exercicios motores no leito, sedestação a beira leito, transferência para a cadeira, ortostaltismo e deambulação; o É uma intervenção simples em pacientes com instabilidade neurológica e cardiorespiratória. Adiar o inicio dos exercícios apenas colabora para intensificar os déficits funcionais do paciente porque a função fisica e o estado de saúde geral são aprimorados Gabriela Pelegrini – Universidade Do Vale do Paraíba gabibarban2114@gmail.com através da realização dos exercicios que podem previnir perdas e debilidades funcionais Observar os sinais e sintomas durante o Exercício físico Fadiga; Dispneia; Cianose; Palidez; Náuseas; Aumento 20bpm acima da frequência cardíaca de repouso; Pressão sistólica 200 mmHg acima dos níveis de repouso; Nesta fase a duração total dos exercícios devem ser em torno de 20 minutos, duas vezes ao dia; Caso o paciente apresente algum sintoma o exercicio deve ser interrompido imediatamente Protocolos de Reabilitação Os protocolos seguem os critérios de inclusão e evolução clínica. O fisioterapeuta acompanha as visitas médicas, e em conjunto da equipe, decide-se pelo inicio, pela progressão e pela interrupção do protocolo; o O fisio deve abrir uma ficha de avaliação fisioterapêutica e iniciar precocemente a fisioterapua respiratória e motora; o Os protocolos são normalmente compostos por etapas progressivas, iniciando com atividades de baixa intensidade e evoluindo de acordo com a resposta do paciente
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