Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CICLO CARDÍACO E DÉBITO CARDÍACO FISIOLOGIA DO MÚSCULO CARDÍACO ✓ O ciclo cardíaco vai está orientado da maneira que as veias cavas vão trazer sangue para o átrio direito. A veia cava superior vai trazer sangue da região superior do corpo, e a veia cava inferior traz sangue das outras partes do corpo. Do átrio direito o sangue encontra o ventrículo direito, mas antes é necessário que esse sangue passe pela válvula tricúspide (válvula átrio ventricular). ✓ O ventrículo direito vai bombear sangue para a artéria pulmonar e capilares pulmonares, passando pela válvula semilunar pulmonar. Nos capilares pulmonares existe trocas gasosas, os alvéolos pulmonares entregam o oxigênio para o sangue e o sangue entrega gás carbônico, e é nesse momento que o sangue se torna arterial. ✓ O sangue retorna dos pulmões para veias pulmonares que desembocam no átrio esquerdo que encaminha sangue para o ventrículo esquerdo, passando pela válvula átrio ventricular bicúspide ou mitral. ✓ O ventrículo esquerdo permite o bombeamento de sangue para a artéria aorta, desde que esse sangue consiga ultrapassar a resistência oferecida pela válvula semilunar aórtica. ✓ Da artéria aorta e de suas ramificações temos a oxigenação de todo o organismo humano. ✓ Para que haja esses movimentos de contração e relaxamento dos compartimentos cardíacos, vamos ter o músculo atrial, músculo ventricular e fibras especializadas excitatórias e condutoras que têm seu comportamento despolarizador iniciado pelos nódulos sinoatrial e atrioventricular. CONTRAÇÃO MUSCULAR CARDÍACA ✓ A contração muscular cardíaca é influenciada por sinais miogênicos (sinais originados nas proximidades da musculatura cardíaca). ✓ No coração temos basicamente dois tipos de células: células marcapasso e células contrateis. ✓ As células auto excitáveis ou células marcapasso representa cerca de 1% do total de células presente no tecido cardíaco. Essas células vão gerar potencial de ação espontaneamente, pois elas estão o tempo inteiro se despolarizando criando potencial de ação que se espalha para fibras cardíacas contráteis. Além disso, não desempenham força contrátil, não tem sarcômeros organizados e estão basicamente vinculadas ao nódulo sinoatrial e ao nódulo atrioventricular. ✓ As células contráteis são células tipicamente estriadas de contração involuntária. Organizadas em sarcômeros que quando se encurtam geram a contração e quando se relaxam geram o relaxamento. POTENCIAL DE AÇÃO – CÉLULAS CONTRÁTEIS ✓ A membrana vai se despolarizar (por causa da abertura dos canais de sódio voltagem independente) até que essa despolarização chega até canais de cálcio de abertura lenta, estes canais vão permitir a entrada de cálcio nas células cardíacas contrateis. Quando o cálcio entra na célula vai se ligar a receptores do reticulo sarcoplasmático e vai aumentar a liberação de cálcio que estava armazenado, este cálcio liberado vai formando faíscas de cálcio (liberação de cálcio em pequenas quantidades) até atingir um nível de sinal de cálcio, suficiente para remover a troponina C e permitir o deslizamento da tropomiosina expondo o sitio ativo na fibra de actina permitindo o acoplamento das cabeças de miosina no sitio ativo de actina, fazendo movimento em remada aproximando as fibras de actina opostas, caracterizando a contração muscular. ✓ O cálcio é desacoplado dos sarcômeros, as fibras de actina voltam a se afastar resultando no relaxamento. O cálcio que estava disponível pra realizar a contração, em partes, volta para o reticulo sarcoplasmático para ser armazenado de novo. A outra parte do cálcio vai ser trocada com o sódio, o cálcio sai da célula, o sódio entra, e o sódio que entra vai sair pela ação da bomba de sódio e potássio para o potássio poder entrar reequilibrando a membrana. GRÁFICO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR CARDÍACA POTENCIAL DE AÇÃO – CÉLULAS MARCAPASSO ✓ Primeiramente temos a abertura de canais de sódio e quando essa abertura atinge um limiar de potencial começa a abertura maciçamente de canais de cálcio das células marca passo até chegar um pico. Quando chega nesse pico, se fecham os canais de sódio e canais de cálcio fica impedida a carga positiva de entrar, ocorre então a abertura do canal de potássio reconduzindo o potencial de ação da célula marcapasso que rapidamente volta para uma nova despolarização. ✓ As células marcapasso estão continuamente se despolarizando para gerar os sinais elétricos que vão chegar nas células contráteis cardíacas para que elas possam contrair e relaxar bombeando sangue sequencialmente no ciclo cardíaco e depois na circulação sanguínea de forma geral. ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA ✓ A presença de maior número de despolarizações por intervalo de tempo. ESTIMULAÇÃO PARASSIMPÁTICA ✓ O número de despolarizações é menor por intervalo de tempo. ELETROCARDIOGRAMA ✓ É uma técnica que vai avaliar a atividade elétrica do coração. ✓ Tem a formação da onda P, depois a formação da onda QRS, depois a formação da onda T, voltando para o repouso até um novo ciclo eletrocardiográfico. ✓ Quando se despolariza o nó sinoatrial e começa a se despolarizar os átrios, começa a formar no eletrocardiograma a onda P. A onda P termina a sua formação quando os átrios estão completamente despolarizados e nódulo atrioventricular também se despolariza. ✓ Quando a despolarização começa a atingir o feixe de His, começa a formação da onda Q. ✓ Quando tem o encaminhamento da despolarização do feixe de His para as fibras de Purkinje, começa a formação da onda R. ✓ Propagação da despolarização para os ventrículos formando a onda S. ✓ Quando ocorre a repolarização das células dos ventrículos, começa a formação da onda T. ✓ Com o retorno do potencial de repouso, finaliza a formação da onda T e finaliza o ciclo cardíaco. CICLO CARDÍACO ✓ Pré-carga: grau de tensão do músculo cardiáco quando começa a se contrair. Equivalente à pressão diastólica final quando o ventrículo está cheio. ✓ Pós-carga: carga contra a qual o músculo exerce sua força contrátil. Pressão de sangue na aorta após a saída do ventrículo. Praticamente igual à resistência da circulação sanguínea. VOLUME SISTÓLICO (VS) ✓ Sístole – contração dos átrios/ventrículos. ✓ Diástole – relaxamento dos átrios/ventrículos. ✓ O volume sistólico é o volume bombeado em uma contração pelo coração em cada ciclo cardíaco. ✓ O volume sistólico matematicamente é o volume de sangue antes da contração (VDF – volume diastólico final) menos o volume de sangue depois da contração (VSF – volume sistólico final). ✓ O volume sistólico é proporcional a quantidade de sangue que o compartimento cardíaco recebe (curva de Starling). DÉBITO CARDÍACO ✓ Débito cardíaco é uma medida fisiológica que atesta a eficiência do coração trabalhando, ou seja, mede o volume de sangue ejetado por um ventrículo em um determinado período de tempo. ✓ O débito cardíaco é matematicamente o volume sistólico (ml/batimento) multiplicado pela frequência cardíaca (batimento/min). ✓ Como o volume de sangue médio no corpo humano é de 5L, em média, o coração bombeia todo o sangue do corpo em 1 min. ✓ O débito cardíaco pode ser calculado também pela divisão entre a pressão arterial e a resistência periférica total dos vasos do corpo. Quanto maior a pressão arterial, maior o débito cardíaco. Por outro lado, quanto maior a resistência dos vasos, menor o débito cardíaco. DÉBITO CARDÍACO E SNA ✓ Quando se tem estimulação simpática é gerado excitabilidade no nódulo sinoatrial e nódulo atrioventricular, maispotencial de ação nas células marcapasso, maior frequência cardíaca, mais contração nas células cardíacas contráteis. ✓ O parassimpático inibe a frequência cardíaca. DÉBITO CARDÍACO E IDADE ✓ Quanto maior a idade (até a adolescência), maior o débito cardíaco. Com a idade mais avançada, o débito cardíaco vai diminuindo. DÉBITO CARDÍACO E METABOLISMO ✓ Quanto maior o metabolismo, maior o débito cardíaco. ✓ DÉBITO CARDÍACO E RVP (RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA) ✓ O débito cardíaco é inversamente proporcional a resistência vascular periférica. DÉBITO CARDÍACO E EF ICÁCIA ✓ Quando débito cardíaco é maior que o normal é chamado de hipereficaz, quando o débito cardíaco é menor que o normal é chamado de hipereficaz. ✓ Hipereficaz: estimulação nervosa e hipertrofia do músculo cardíaco. ✓ Hipoeficaz: valvulopatia, cardiopatia congênita e miocardite. RETORNO VENOSO ✓ Normalmente, o próprio coração não é o principal controlador do débito cardíaco. Diversos fatores da circulação periférica que afetam o fluxo sanguíneo de retorno para o coração através das veias é que são os principais controladores do débito cardíaco. ✓ O débito cardíaco é controlado pelo retorno venoso. ✓ Fatores que controlam o retorno venoso: pressão atrial direita, pressão média de enchimento sistêmico e resistência ao fluxo sanguíneo entre os vasos periféricos e o átrio direito. PRESSÃO ATRIAL DIREITA PRESSÃO MÉDIA DE ENCHIMENTO SISTÊMICO ✓ Bombeamento cardíaco interrompido (choque elétrico, fibrilação ventricular, etc) – fluxo sanguíneo cessa em poucos segundos. ✓ Sem fluxo sanguíneo – a pressão sanguínea é igual em todas as partes da circulação. Esse nível equilibrado de pressão é praticamente equivalente à pressão média de enchimento sistêmico. ✓ Quanto maior a pressão média de enchimento circulatório, maior o retorno venoso. RETORNO VENOSO E RESISTÊNCIA VASCULAR ✓ Quanto maior a resistência vascular, menor o retorno venoso.
Compartilhar