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Questionário de Tributário

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Questionário de Tributário 
1- Diferencie Garantia e Privilégios do Crédito Tributário.
As garantias e privilégios do crédito tributário estão previstas a partir do artigo 183 do Código Tributário Nacional. 
Em sentido amplo, as garantias são as medidas adotadas pelo legislador para assegurar o cumprimento da obrigação tributária pelo sujeito passivo, e os privilégios são uma espécie do gênero garantias, e se referem as medidas legislativas relacionadas à cobrança do crédito tributário. 
2- De acordo com a garantia de universalidade de cobrança, quais os bens do sujeito passivo que poderão ser executados, e os excluídos?
De acordo com o artigo 184 do CTN , que traz uma regra geral concernente aos privilégios do crédito tributário, assim dispõe: ”Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis”. 
Dessa forma, vê-se que é amplo o privilégio assegurado ao crédito tributário: mesmo bens gravados por garantia real ou por cláusulas de inalienabilidade ou impenhorabilidade respondem pelo crédito tributário.
3- Quando se presume fraudulenta a alienação de bens do sujeito passivo?
Visando a impedir o esvaziamento do patrimônio do sujeito passivo, o Código Tributário Nacional institui a presunção de ser fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas por sujeito passivo em débito por crédito tributário inscrito, exigindo do sujeito passivo a prova de que possui outros bens suficientes para a satisfação do crédito em seu Art. 185, o qual dispõe: “Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.”.
4- O que ocorre quando o devedor tributário, devidamente citado, não pagar e nem apresentar bens a penhora no prazo legal?
De acordo com o Art. 185-A do Código Tributário Nacional: “Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.”.
5- Como se dá a preferência do crédito tributário em relação aos outros créditos?
De acordo com o artigo 186 do Código Tributário Nacional: “O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho.”
6- Como se dá o concurso de preferência entre as fazendas?
Conforme dispõe o Art. 187 do CTN: A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. E ainda seu parágrafo único: O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: I - União; II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; III - Municípios, conjuntamente e pró rata.
7- Empresa X confecciona e fabrica produtos infantis. Em 30 de maio de 2002, a empresa foi autuada pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, pretendendo o pagamento da quantia de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) a título de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), sobre as operações de venda dos produtos por ela fabricados, referentes ao período de janeiro de 2001 a março de 2002, além de multa, juros e correção monetária. Em 20 de maio de 2010, após citada, a empresa foi intimada da penhora sobre bens de sua propriedade, em razão da execução fiscal do débito.
Questão: Como advogado(a) da Empresa X, dê seu parecer a respeito desse caso. 
A decadência deverá ser demonstrada, quanto aos exercícios atingidos pelo vício de caducidade, à luz do art. 173, I, CTN. São eles: o exercício de 2002 (junho em diante) a maio de 2005. Os demais exercícios, referentes a 2006 a 2010 (data do auto de infração), poderão fazer parte da autuação.
8- Uma sociedade empresária ABC Ltda. explora a atividade empresarial de montagem de estruturas de metal para shows e eventos, exercendo suas atividades principalmente no Município X, onde está sediada. Excepcionalmente, tal sociedade foi contratada para montar o palco de um único show no Município Y, executando ali o serviço. Quanto ao serviço prestado em caráter excepcional no Município Y, esse ente federado pretende cobrar o ISS.
Caso ambos os Municípios resolvam cobrar ISS pelo serviço prestado, qual seria a medida judicial típica e mais adequada, nos termos da legislação, para evitar que o contribuinte pague o imposto em duplicidade? Justifique. 
A medida judicial mais adequada seria a ação de consignação em pagamento, conforme o artigo 164, inciso III, do CTN, que dispõe: “A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.
9- Em 2015, devido a uma grande enchente que assolou o município X, foi aprovada uma lei que reabria, por um ano, o prazo de pagamento do IPTU já vencido dos contribuintes proprietários de imóveis localizados nas áreas atingidas pela enchente.
Com base nessa situação, responda aos itens a seguir.
A) Qual o nome do instituto tributário utilizado para ajudar os contribuintes das áreas mais atingidas pela enchente? 
Esse instituto é o da moratória, que é uma das modalidades de suspensão de exigibilidade do crédito tributário. Ele está previsto no artigo 151, I e artigo 152 a 155 do Código Tributário Nacional. Se caracteriza por ser uma prorrogação do prazo de pagamento do tributo pelo ente competente para constitui-lo. 
B) A lei poderia ter delimitado a aplicação desse instituto a apenas um conjunto de sujeitos passivos, como fez neste caso, aplicando-o somente aos contribuintes das áreas mais atingidas? Justifique.
Sim, pois a lei que institui a moratória pode delimitar os sujeitos passivos que dela irão se beneficiar, conforme o parágrafo único do artigo 152 do Código Tributário Nacional: Art. 152. A moratória somente pode ser concedida: Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.

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