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NEOPLASIA MALIGNA DE COLO DE ÚTERO

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NEOPLASIA MALIGNA DE COLO DE ÚTERO 
terça-feira, 8 de junho de 2021 16:03 
 
• É um câncer que tem incidência reduzida com o rastreamento citológico e vacina da HPV 
• HPV é prevalente em 99,7% dos tumores do colo uterino. Virtualmente, a totalidade dos 
carcinomas invasores do colo do útero ocorrem em mulheres que foram infectadas por HPV - 
tem efeito causal 
→ 70% dos casos estão relacionados com HPV tipo 16 ou 18 
• Fatores de risco para lesões precursoras e carcinoma do colo uterino 
→ Fator de risco: infecção por HPV de alto risco 
→ Cofatores de risco (favorecem a aquisição ou a persistência da infecção por HPV): número 
de parceiros sexuais da mulher e do parceiro, início precoce da atividade sexual, 
tabagismo, imunodepressão, uso de contraceptivo oral (estrogênio) 
• Tipo histológico mais comum é o escamoso (espinocelular), seguido pelo adenocarcinoma 
 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA 
• Na fase inicial, é assintomático e é diagnosticado pelo exame citológico (rastreamento) - 
estádio Ia micro invasivo 
• Nas fases mais avançadas, pode causar leucorreia aquosa e depois fétida, sangramento pós-
coito e depois espontâneo, insuficiência renal (oligúria ou anúria - obstrução dos ureteres), 
edema unilateral de membro inferior (fase bem avançada, pois caracteriza importante 
comprometimento linfonodal) 
 
ESTADIAMENTO 
• Sempre que falar de tumor é necessário estadiamento, pois cria linguagem universal, classifica 
extensão da doença para o planejamento terapêutico, compartilha experiências clínicas, 
compara tratamentos e diferentes manejos da doença 
• À medida que tumor progride compromete as estruturas vizinhas - bexiga, reto, paramétrio, 
ureter e vagina 
• Estadiamento adotado é o da FIGO de 2018 
• Estádio I: restrito ao colo do útero 
→ Ia: diagnóstico microscópico através da conização - diagnosticada apenas pela 
microscopia - invasão estromal com no máximo 5 mm de profundidade, invasão de vasos 
venosos ou linfáticos não altera estadiamento 
✓ Ia 1: invasão estromal < 3 mm de profundidade 
✓ Ia 2: invasão estromal > ou = 3 mm e < 5 mm 
→ Ib: diagnóstico já pode ser clínico - colo com aspecto tumoral - carcinoma invasor com 
invasão estromal mais profunda > ou = 5mm 
✓ Ib 1: carcinoma invasor < 2 cm na maior dimensão 
✓ Ib 2: carcinoma invasor com 2 a <4 cm na maior dimensão 
✓ Ib 3: carcinoma invasor > ou = 4 cm na maior dimensão 
→ Quando tumor é pequeno, para delimitar a extensão é feita a cirurgia de conização 
• Estádio II: invasão parcial dos paramétrios e/ou vagina - não atinge parede pélvica ou terço 
inferior da vagina 
→ IIa: envolvimento limitado aos dois terços superiores da vagina, sem invasão parametrial 
✓ IIa 1: carcinoma invasor < 4 cm na maior dimensão 
✓ IIa 2: carcinoma invasor > ou = a 4 cm na maior dimensão 
→ IIb: tumor com invasão parametrial, mas sem atingir parede pélvica 
• Estádio III: invasão total dos paramétrios (até parede óssea) e/ou total da vagina (terço inferior) 
e/ou causa hidronefrose ou rim não-funcionante e/ou envolve linfonodos pélvicos e/ou para-
aórticos 
→ Cadeias de linfonodos: aórticos, ilíacos comuns, ilíacos internos (hipogástricos), ilíacos 
externos, inguinais 
→ IIIa: tumor estende até terço inferior da vagina, sem extensão para parede pélvica 
→ IIIb: tumor estende até parede pélvica e/ou causa hidronefrose ou rim não funcionante 
→ IIIc: envolvimento de linfonodos pélvicos e para-aórticos, identificado com r (imagem) e p 
(biópsia) 
✓ IIIc 1: somente linfonodos pélvicos positivos 
✓ IIIc 2: linfonodos para-aórticos positivos 
• Estádio IV: invasão de bexiga e/ou reto - estende-se além da pelve ou invade (com 
comprovação por biópsia) a mucosa da bexiga ou do reto 
→ IVa: extensão para órgãos pélvicos adjacentes 
→ IVb: metástases para órgãos distantes 
• Cerca de 62% dos casos são detectados em estádio 0 e I, quando são assintomáticos - 
detectados através de exames para rastreamento. Enquanto 39% são diagnosticadas acima do 
estágio II, quando procuram serviços de saúde por apresentarem sintomas - 25% já em estádio 
III 
• Estadiamento da FIGO originalmente era feito somente baseado no exame clínico, mas 
atualmente é cirúrgico 
→ Estadiamento clínico: informações do exame clínico e exames subsidiários 
→ Estadiamento anatomopatológico fornece informações prognósticas mais precisas, 
inspeção e biópsias durante a cirurgia, diagnóstico histológico das biópsias e de peças 
cirúrgicas 
• Exame clínico 
→ Inspeção com ou sem colposcopia: avalia aspecto do colo do útero - epitelizado, ulcerado, 
tumoral, presença de sangramento 
→ Toque vaginal: avalia o colo (tumoral ou não), comprometimento do fundo de saco e da 
vagina 
→ Toque retal: avalia comprometimento dos paramétrios e da mucosa retal 
• Exames subsidiários: RX de tórax sempre (pulmão), US sem restrição, TC abdome e pelve para 
estadiamento e planejamento, ressonância magnética pélvica é preferível a tomografia - 
cistoscopia/retossigmoidoscopia deve ser feita em tumores maiores que 4 cm se suspeita de 
invasão - PET-CT para avaliar linfonodos 
→ Ideal: tomografia de abdome e ressonância pélvica 
→ Ecografia pélvica-abdominal: avalia eventual patologia anexial, avalia vias urinárias e rins, 
avalia linfonodos e avalia fígado 
• Avaliação de linfonodos pode ser feita por cirurgia (linfadenectomia - linfoceles, linfedema), 
biópsia de linfonodo sentinela, RNM, TC, US ou PAAF 
 
PLANO TERAPÊUTICO 
 
 
 
• Radioterapia 
→ Tele: equipamento emite radiação que atinge órgão a uma certa distância - acelerador 
linear 
→ Braqui: material radioativo em contato com a área de lesão 
• Radioterapia é a mais importante no tratamento. Radio sozinha pode até curar câncer 
avançado, a quimio nunca consegue. 
• Quimio muitas vezes é nefrotóxica e algumas pacientes tem insuficiência renal pós-renal pela 
compressão/obstrução 
• Fatores de relevância prognóstica: estadiamento, tamanho tumoral, status linfonodal e invasão 
do corpo uterino - esses parâmetros não são considerados no estadiamento da FIGO, mas têm 
maior relevância prognóstica que achados clínicos 
 
•

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