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Resumo por: Yasmin Barros - @idealizavet @yasminbarro.s Hiperadrenocorticismo – HAC Nomenclatura: Hiperadrenocorticismo/ Hipercortisolismo/Síndrome de Cushing. Adrenal Todos os hormônios produzidos na córtex da adrenal são provenientes da molécula do colesterol. Feedback negativo: O hipotálamo é responsável pela síntese e secreção CRH que, por sua vez, exerce controle sobre a adenohipófise, estimulando a secreção do ACTH. O ACTH estimula o córtex da glândula adrenal a secretar glicocorticoides, principalmente o cortisol. As secreções excessivas de realizam um sistema de retroalimentação negativo (feedback negativo) sobre o hipotálamo e a hipófise, com intuito de promover a redução da secreção do CRH e ACTH, respectivamente. CRH: hormônio liberador de corticotrofina ACTH: corticotrofina ou hormônio adrenocorticotrófico. Aldosterona: responsável pelo controle dos íons K, Na e da água, bem como o controle da pressão arterial sistêmica, pela reabsorção de Na, Cl e H20 e pela esfoliação de K, através das células do túbulo renal, sudoríparas, salivares e intestinais. Além de fazer parte do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA). Etiopatologia O HAC típico caracteriza-se pela produção ou administração excessiva de glicocorticoides e seus efeitos no organismo como um todo. E pode ser divido em 2 tipos: HAC espontâneo (produção excessiva pelo organismo) e HAC iatrogênico (administração excessiva exógena). Hipófise dependente (HACHD) – mais comum: ocasionada geralmente por uma neoplasia benigna (adenoma) localizada na adeno-hipófise, produtora de ACTH que estimula a produção de cortisol pelas adrenais. Raças predisponentes (menor que 15 kg): poodle, teckel, schnauzer. Adrenal dependente (HACAD): ocasionada geralmente por uma neoplasia maligna (carcinoma) localizada na adrenal, produtora de cortisol. Raças predisponentes (de grande porte): labrador, entre outros. Iatrogênico: administração excessiva de corticoides exógenos. Ex: poodle em tratamento para dermatite atópica. Sinais clínicos O cortisol interfere na produção e na ação do hormônio antidiurético (ADH) nos rins, promovendo excesso de diurese: poliúria e polidpsia compensatória. O cortisol induz a diminuição da concentração de CRH que, por sua vez, possui ação inibitória sobre o centro hipotalâmico da fome: polifagia. Os glicocorticoides são imunomoduladores, por isso é comum ter: dermatite recorrente, infecções na bexiga e cavidade oral. Também pode ocorrer hepatomegalia, atribuída ao efeito dos glicocorticoides no metabolismo lipídico e glicídico, culminando no acúmulo de gorduras e carboidratos no fígado. O corticoide causa atrofia muscular e fraqueza muscular nas fibras musculares do tipo 2, desta forma, pela gravidade e posicionamento quadrupede dos animais, o abdômen fica penduloso, pela fraqueza abdominal e pela hepatomegalia. A musculatura intercostal também enfraquece, podendo levar a dispneia. Há receptores de corticoide na pele do tronco dos animais que causam retardo no crescimento de pelos e alopecia simétrica bilateral não pruriginosa, poupando cabeça e extremidades dos membros. Adicionalmente, a pele se torna fina e inelástica, principalmente no abdômen ventral, pois o cortisol tem ação inibitória sobre as mitoses celulares do tecido epidérmico, provocando atrofia. A pele mais fina somada à distensão abdominal permite visualizar a vasculatura subcutânea, fato denominado de telangiectasia. A hipertensão arterial sistêmica também pode ocorrer, pois o corticoide faz a manutenção do tônus vascular, na presença de excesso de cortisol, tem-se a hipertensão do vaso. Pode-se ter depósito lipídico corneal (manchas brancas na córnea), que não tem remoção e que pode evoluir para cegueira. Outro distúrbio está ligado ao cálcio, sendo comum ter a calcificação de tecidos moles e a calcinose cutânea (depósito de cálcio na pele). Cegueira súbita/convulsão: em pacientes que tiverem adenomahipofisário que cresça e comprima sistema nervoso e nervo óptico (a hipófise é localizada em baixo do quiasma óptico). Rarefação pilosa em tronco, poupando membros e cabeça Abdômen pênduloso. Alopecia em tronco, poupando membros e cabeça. 1° foto: dificuldade de reepelificação após tricotomia peridural. 2° foto: alopecia em tronco Abdômen penduloso e telangectasia (mapeamento vascular). Calcinose cutânea e colaretes advindo das dermatites recorrentes. Depósito lipídico da córnea. Alterações laboratoriais do HAC O hipercortisolismo estimula produção de plaquetas e hemácias: trombocitose e plaquetas no limite superior de normalidade. Pode ter eritrocitose de leve a inexistente. Desvio a direita (neutrófilos hipersegmentados): o corticoide enrijece a parede dos vasos, dificultando a saída das células, consequentemente elas ficam mais tempo na circulação e continuam seguimentando. O corticoide é imunossupressor, portanto diminui a produção de linfócitos: podendo aparecer a leucograma de estresse: neutrofilia sem desvio esquerda com provável desvio a direita; linfopenia, eosinopenia e pode acontecer monocitose. Como particularidade dos cães, os glicocorticoides induzem a produção hepática da fosfatase alcalina glicocorticoide-induzida, uma isoenzima que em 90% dos casos resulta no aumento de 5 a 40 vezes das concentrações séricas de fosfatase alcalina (FA), que não é de origem hepática. Pode ter produção enzimática de ALT que não é proporcional ao aumento de FA. Sendo assim, em animais com FA muito alta e não ictéricos, deve-se desconfiar de origem óssea ou induzida por esteroides. FA aumentada em felinos tem grande chance de ser lipidose hepática. Para buscar distúrbios colestáticos nos gatos que não seja lipidose, a melhor enzima é a GGT, pois a FA tem uma meia vida muito curta em gatos. Alteração de triglicérides e colesterol. Hiperglicemia: o corticoide é um hormônio hiperglicemiante (fator de resistência insulínica – Diabetes mellitus secundária ao HAC), que se permanecer causando glicotoxicidade pode passar a ser diabético insulino-dependente). Redução da densidade urinária, devido a inibição do ADH e aumento da diurese. Proteinúria variável, decorrente da hipertensão, já que pode-se ter lesão glomerular e principalmente tubular. Infecção urinária, pela diminuição da imunidade celular e de mucosa (boca/bexiga/pele). Exames de imagem Ultrassonografia abdominal: teste de triagem para HACAD, geralmente tem-se uma adrenal maior com alterações morfológicas e a outra contralateral hipotrofiada, já que o tumor é produtor de cortisol e por feedback negativo inibe o estímulo do ACTH para as adrenais, hipotrofiando a adrenal que não tem o tumor presente. Solicitar sempre a avaliação das adrenais, pois no HACHP, as adrenais geralmente vão se apresentar hipertrofiadas bilateralmente, pela alta estimulação de ACTH. Tomografia computadorizada ou ressonância magnética: confirmação e avaliação do HACHD; na suspeita de síndrome do macro tumor hipofisário causando sinais neurológicos de convulsão e cegueira central; indicada também quando o paciente é adrenal-dependende e precisa realizar um plano cirúrgico, para analisar o grau de acometimento de estruturas adjacentes. Diagnóstico Sinais clínicos Alterações laboratoriais compatíveis Exames de imagem Testes endócrinos: Teste de supressão com dexametasona; Teste de estimulação com ACTH; Dosagem de ACTH endógeno; Razão cortisol/creatinina urinária: teste de triagem, não é muito utilizado pelo seu alto custo – precisa-se avaliar de 5 a 10 amostras de urina coletada pela manhã. Há animais que vão estar na janela diagnóstica,portanto nos casos de HACHP a neoplasia já vai estar produzindo uma quantidade a mais de ACTH que produz um pool de cortisol que será suficiente para causar os sinais clínicos e alterações laboratoriais, mas que ainda responda ao mecanismo de feedback negativo. O que pode acontecer também nos casos de HACAD, onde o tumor vai estar produzindo esporadicamente concentrações de corticoide, impedindo que detecte nos testes. Esses pacientes não são tratados diretamente como HAC, uma vez que a falta de cortisol é fatal, logo o ideal é ficar retestando esse animal e procurar outros fatores que possam estar influenciando o aparecimento dos sinais clínicos e alterações nos exames laboratoriais. Testes de supressão com dexametasona Administração exógena para testar o feedback negativo. Em animais sem HAC, há a inibição da produção de CRH/ACTH, fazendo com que tenha diminuição do cortisol endógeno). Não se pode usar prednisolona, pois a molécula é muito parecida com o cortisol endógeno, logo a medicação é dosada juntamente com o cortisol endógeno. Não pode ser feito em pacientes que tomaram corticoides nos últimos 20 dias anteriores. É realizado somente nos pacientes com suspeita de HAC espontâneo, seja HACHP ou HACAD, pois no paciente com HAC iatrogênico o eixo já está suprimido pelo corticoide exógeno que está sendo administrado. Baixa dose – teste padrão para diagnóstico de HAC (TSBDD) Coletar sangue para dosagem de cortisol basal Administração de 0,01 mg/kg (cães) e 0,1 mg/kg (gatos) IV de dexametasona Coletar outras amostras de sangue para dosagem de cortisol 4 e 8 horas após a administração da dexametasona. 1,4 µg/dL: valor de corte de cortisol Se o animal sai de qualquer valor basal e 8 horas após vai para valores abaixo de 1,4, indica que ele teve supressão da produção do cortisol endógeno, após a administração de um cortisol exógeno: não possui HAC. Na quarta hora, o paciente também tem que manifestar supressão de pelo menos 50% do valor basal ou para valores abaixo de 1,4 µg/dL. E nessa hora, é possível avaliar se o HAC do paciente tende ser HACAD ou HACHD, pois a causa principal do HACHP são os adenomas benignos, que fazem com que as células tenham uma memória celular momentânea do que era ser uma célula normal, realizando sua função de abaixar a concentração de corticoide na presença do excesso dele no organismo. Porém, o adenoma não responde na oitava hora. O diagnóstico é feito pela oitava hora. HACAD: gráfico praticamente linear sempre acima de 1,4, já que os tumores adrenais não são dependentes do ACTH para produção de cortisol. Há casos em que o paciente tem HACHP proveniente de adenomas mais indiferenciados ou carcinomas de hipófise, que não possuem memória celular, apresentando um gráfico linear, nas condições: >1,4 µg/dL no cortisol basal, >50% do basal na quarta hora e >1,4 µg/dL na oitava hora. Nesses casos, há a possibilidade de fazer o teste de alta dose para forçar a memória celular ou realizar a dosagem de ACTH endógeno ou ainda solicitar tomográfica ou ressonância. Suprimiu adequadamente o eixo: não tem HAC. Animal tem HAC. Na quarta hora abaixou para cerca de 50% do valor basal: provavelmente é HACHP. Alta dose (forçar a diferenciação entre HACHD e HACAD para cães) – TSAAD: somente para cães Mesmo procedimento, só que com 0,1mg/kg IV de dexametasona (dose 10x superior) – mesma interpretação; Dosagem de ACTH endógeno Teste útil na diferenciação entre HACHD e HACD. Valor de referência de ACTH endógeno: cães 10-45 pg/ml (varia entre laboratórios). Em casos de HACHD: os níveis de ACTH endógeno vão estar elevados, pois a origem do problema é a superprodução de ACTH pela neoplasia (adenoma hipofisário). Em casos de HACAD: os níveis de ACTH vão estar reduzidos, pois ele produz corticoide independente de ACTH, suprimindo o eixo de feedback negativo. Pode-se dosar o ACTH direto, caso o teste seja feito em uma cidade que tenha laboratório que realize, para fazer a coleta no próprio laboratório, pois o ACTH é extremamente lábil, sendo necessário colher em seringa refrigerada, transportar e centrifugar em ambientes refrigerados (3 a 7°C) e congelar imediatamente para o laboratório realizar o exame, para que assim o valor de ACTH seja fidedigno. Teste de estimulação com ACTH Analisa a capacidade da adrenal de produzir corticoide Coletar sangue para dosagem de cortisol basal Administração de ACTH sintético 5 µg/kg – IV (Synacthen ou Cortrosyn) ou ACTH EL (U/mL) na dose de 0,04ml/kg – melhor custo benefício. Coletar outra amostra de sangue para dosagem de cortisol 1 hora após o ACTH (cães) e 30 min e 1 hora após o ACTH (gatos). Cada indivíduo tem um cortisol basal dependente do seu estilo de vida. Porém, após estimulação com ACTH, a adrenal aumenta a produção de corticoide endógeno, em pelo menos 2x. No HAC seja hipófise ou adrenal dependente, após estimulação com ACTH, o cortisol basal (geralmente mais alto) salta para valores acima de 22 µg/dL. Pacientes com carcinoma adrenal, por mais que não sejam dependente de ACTH, o ACTH consegue estimular outras células a produzirem mais corticoide, então eles também dão um salto mais esperado do que pacientes sem HAC. O paciente que ficar entre 16 e 22 µg/dL vai estar na janela diagnóstica. E a recomendação é repetir o teste após 4 meses ou trocar o teste (supressão com dexametasona) após 4 meses. O paciente tem hipercortisolismo. Não pode-se dizer que o paciente tenha HAC por esse resultado. Tratamento Modalidades de tratamento do HAC espontâneo. HAC adrenal dependente: a melhor opção é a adrenalectomia cirúrgica, favorecendo o prognóstico do paciente, porém como se trata de carcinoma que geralmente é altamente invasivo e causador de metástase regional (adrenal fica localizada no polo cranial ao rim, ao lado da artéria aorta abdominal e da cava caudal), torna- se necessário um planejamento cirúrgico com auxílio de exames como: ressonância magnética ou tomografia computadorizada, para avaliar se é possível remover a adrenal sem prejudicar os grandes vasos, podendo até ser necessário realizar uma nefrectomia. Ela não é indicada quando, se tem uma invasão muito grande nas estruturas adjacentes ou quando se tem metástase para outros órgãos, como fígado e pulmão. Adrenalectomia medicamentosa: pode ser feita com o mitotano que é um quimioterápico (adrenocorticolítico – faz lise das células corticais da adrenal), porém por se tratar de um carcinoma, dificilmente será realizada um adrenalectomia medicamentosa eficaz para impedir a progressão da doença. Por isso, deve-se priorizar majoritariamente a adrenalectomia cirúrgica quando possível. HAC hipófise dependente: controle da produção do cortisol, pelo uso do mitotano (adrenocorticolítico) ou do trilostano (adrenocorticostático – diminui a produção de corticoide). Hipofisectomia: remoção da hipófise. Porém não é indicada, já que vai predispor ao acometimento de hipoadrenocortismo (pela falta de ACTH) e hipotireoidismo (pela falta de TSH). Além disso, é na hipófise posterior que há o armazenamento de ocitocina e ADH, que em alguns casos, será preciso a reposição de ADH, como imediatamente após a cirurgia, porém o hipotálamo (onde o ADH é produzido) com o passar do tempo consegue se organizar em relação ao organismo. Adicionalmente, por vezes será preciso a reposição de aldosterona, devido ao desbalanço que vai acontecer nos sinais para as glândulas adrenais. Esse tratamento é mais utilizado na Europa e possui altos índices de eutanásia pós o procedimento, pois os tutores não conseguem tratar tantas consequênciasque são geradas. Redução da produção de cortisol (HACHD): Objetiva-se reduzir a capacidade de produção de cortisol pela córtex adrenal Mitotano: fase de indução, fase de manutenção. Dosagem diferente em cada fase. Acompanhamento pelo TEACTH e pela diminuição dos sinais clínicos, principalmente PU/PD. Existe efeitos adversos importantes, como hepatite fulminante, além de ter maior potencial de causar hipoadrenocorticismo medicamentoso. Trilostano: 1-6 mg/kg, VO, BID. Acompanhamento pelo TEACTH e diminuição dos sinais clínicos, principalmente PU/PD. Sempre iniciar pela menor dose Utilizar primeiro o trilostano, caso o paciente não responda, entrar com mitotano. O principal objetivo do tratamento é manter o resultado de pós ACTH entre 2 e 5 µg/dL. Até 7 µg/dL com melhora dos sinais clínicos (PU/PD), não é necessário mexer na dose. Nessa paciente, não se faz necessário mexer na dose. Nessa paciente, houve uma grande melhora, mas o valor no pós ACTH continua alto, portanto é necessário fazer o ajuste de dose (nesse caso, não chega ao aumento nem de 25%). Monitoração do tratamento Cortisol basal não é o indicado, porém se ele estiver abaixo do mínimo considerado pro organismo funcionar é indicativo de insuficiência adrenal. Não adianta testar o eixo com testes de supressão, pois ele vai estar inibido pela medicação. O TEACTH é o indicado, pois vai estimular a adrenal para ver a capacidade dela de produção de corticoide. Tratamento concomitantes das consequências do HAC Hipertensão arterial/proteinúria: maleato de enalapril 0,5 mg/kg, VO, SID/BID. Dependendo do grau de hipertensão, pode-se entrar com anlodipino. Hiperlipidemia: Benzafibrato 4-10 mg/kg, VO, SID; Genfibrozila 7,5 mg/kg, VO, BID; Óleo de peixe 100-200 mg/kg, VO, SID. Repetir o exame após 1 mês (porém já apresenta resultados significativos em 7 dias), caso apresente melhora, é feito o reajuste da dose, até que o tratamento para HAC começa a surtir efeito e regule a dislipidemia e as demais consequências causadas pelo excesso de cortisol. Quando for de origem de colesterol, o tratamento será com estatinas (fitoesteróis estão sobre estudo e vem apresentando resultados positivos). Imunossupressão: Leucogen 3 ml/kg (para animais de porte pequeno) - 5 ml/kg (para animais de porte grande), VO, SID (empírico – não se tem confirmação cientifica); Filgratin quando se tem comprometimento de granulócitos, o que é raro no HAC (G-CSF) 5-10 ug/kg, SC, 5 dias. A retirada total para tratar as consequências raramente é possível, já que não é retirada a causa do HAC (adenoma/carcinoma). Monitoração dos pacientes com HAC Estáveis clinicamente A cada 3-4 meses para reavaliação: Hemograma; Bioquímicos (FA, ALT, creatinina, ureia, PT, albumina, colesterol, triglicérides); Pressão arterial sistólica; Urinálise e UP/C Ajustes na dieta Instáveis clinicamente (PU/PD, dispneia, aumento do abdômen, etc.) TEACTH + painel rotina endócrina Conclusão: Conscientizar o proprietário sobre a importância de manter o animal o mais saudável possível, pois se o animal ficar doente, ele vai precisar de cortisol, podendo ser mais do que ele consiga produzir devido ao efeito da medicação e dessa forma ele pode desenvolver hipoadreno relativo. Então, deve-se usar coleiras contra ectoparasitas, realizar a castração, entre outros cuidados básicos. Conscientizar o proprietário sobre os sinais de insuficiência adrenal, tanto por reação tóxica a medicação ou por hipoadreno relativo caso ele precise de mais cortisol. Os sintomas são: vômito, diarreia, fraqueza, letargia e tremor: relacionado a baixa de sódio e de corticoide e aumento de potássio. Caso ele tenha esses sintomas, orientar não administrar a medicação e levar o animal imediatamente para o veterinário. Prescrever e solicitar que o proprietário mantenha uma caixa de prednisona (‘‘antídoto’’) em casa durante todo o tratamento. Caso o tutor fique em dúvida sobre os sinais de insuficiência adrenal, o indicado é dar o antídoto, porque caso seja um quadro de hipoadreno, ele irá salvar seu animal, caso não for, a administração somente por um dia, não irá atrapalhar o tratamento.
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