Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Seja bem Vindo! Curso Odontologia na Estratégia da Saúde da Família CursosOnlineSP.com.br Carga horária: 55hs Conteúdo Programático: Sistema Único de Saúde - SUS Estratégia Saúde da Família Organização da Saúde Bucal na Atenção Básica Monitoramento e Avaliação Indicadores de Saúde Bucal Processo de Trabalho em Equipe Organização da Demanda Campo da Atenção na Saúde Bucal Doenças Bucais e seus Fatores Doenças e Agravos mais Comuns Cáries Dentárias Doenças Periodontais Câncer Bucal Traumatismos Dentários Fluorose Dentária Edentulismo Má oclusão Atenção à Saúde Bucal nas Etapas da Vida Do nascimento até 2 anos Dos 2 aos 9 anos Dos 10 aos 19 anos Dos 20 aos 59 anos Acima dos 60 anos Gestante Portadores de Necessidades Especiais Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) Bibliografia Sistema Único de Saúde – SUS O Sistema Único de Saúde (SUS) é um sistema brasileiro de saúde pública, considerado como um dos maiores do mundo, a partir de 1988 tornou-se responsabilidade do Estado pela Constituição Federal Brasileira. Esse sistema presta serviços de saúde gratuitos a todos os cidadãos brasileiros. Fazendo todos os tipos de atendimento necessários aos enfermos, tais como, atendimento ambulatorial, exames, cirurgias, transplantes, entre outros. O Sistema Único de Saúde também dispõe de equipes de saúde para, junto à população, disponibilizar informações referentes à vacinação e prevenção de surtos, efetuando fiscalizações, tais como: vigilância sanitária, fiscalização de registros de remédios e alimentos. Atenção Básica Desde quando surgiu o conceito de Atenção Primária em Saúde (APS), na Declaração de Alma-Ata (formulada na Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, em 1978) ele tem sofrido diversas interpretações. No Brasil, o Ministério da Saúde tem denominado Atenção Primária como Atenção Básica. Essa definição refere-se a um grupo de ações relacionadas ao primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, focadas na: • Promoção da saúde. • Prevenção de agravos. • Diagnóstico. • Tratamento. • Reabilitação. • Manutenção da saúde. O conceito da Atenção Primária ou Atenção Básica pode ser melhor explicado a partir da ciência de suas características próprias: o primeiro contato, a longitudinalidade a integralidade ou abrangência e a coordenação - Primeiro Contato: refere-se à acessibilidade e ao uso de serviços para todo novo problema para quem procura por atendimento médico. É a possibilidade do acesso, levando em conta a estrutura disponível, no sentido da existência de barreiras. Uma forma de facilitar o primeiro contato é o atendimento existir próximo à residência do usuário. - Longitudinalidade : é receber com regularidade o atendimento e o cuidado da equipe de saúde, logo construir um ambiente de relação recíproca e humanizada entre a equipe de saúde, indivíduos e família. Pode ser entendida como a relação entre o usuário e o profissional de saúde, e a continuidade enquanto oferta regular dos serviços. - Abrangência : se refere às ações planejadas para um determinado serviço e de que maneira se adequar às necessidades da população. Nesse contexto, é preciso esclarecer que as equipes de saúde devem achar o equilíbrio entre o atendimento clínico individual e as iniciativas coletivas que objetivam a prevenção. - Coordenação: está relacionada à possibilidade do serviço oferecer a continuidade do atendimento, a manutenção do usuário no sistema ou possibilitar encaminhamento a diferentes níveis de atendimento quando houver necessidade. Surgem mais três aspectos a partir desses princípios ordenadores: • A centralização na família. • A competência cultural. • A orientação comunitária. A centralização na família indica conhecer os integrantes e os problemas de saúde de um grupo familiar, de forma a e conhecer a família como um espaço singular. A competência cultural remete a capacidade de reconhecer a diversidade de características e necessidades específicas de diferentes populações, que podem estar afastadas dos serviços pelas suas distinções culturais como as diferenças étnicas e raciais, entre outras. A orientação comunitária relaciona-se a compreensão de que as necessidades estão ligadas ao contexto social, e que o reconhecimento dessas necessidades pressupõe o conhecimento do contexto físico, econômico e cultural. A Atenção Básica vê o indivíduo levando em conta: • sua singularidade; • sua complexidade; • sua integralidade; • sua inserção sociocultural. Levando em conta esses aspectos, a Atenção Básica procura promover a saúde, prevenindo e tratando doenças; além de buscar reduzir danos e sofrimentos que possam causar comprometimento as possibilidades de viver de maneira saudável. A Atenção Básica tem por fundamentos: • Disponibilizar serviços de saúde de qualidade a toda população, sem distinções. E descentralizar o sistema tornando gestor do sistema o executivo municipal. • Integrar os serviços de prevenção com o intuito de evitar que se agravem, utilizando o controle sanitário, viabilizar os tratamentos, promovendo trabalhos em equipe. • Promover a união de esforços entre os profissionais de saúde e a comunidade de modo a desenvolver a continuidade das ações de saúde. • Estimular os profissionais da saúde e acompanhá-los em seu processo de formação. • Elaborar acompanhamento de resultados, com o intuito de verificar as metas atingidas. • Incentivar a população a participar de projetos sociais. A efetivação da Atenção Básica tem como aspecto fundamental a promoção de saúde através de uma estratégia que busca melhorar a qualidade de vida, reduzindo situações vulneráveis que trazem riscos à saúde, a partir da construção de políticas públicas saudáveis que levem a população a uma situação de bem-estar. Estratégia Saúde da Família A Estratégia Saúde da Família é um projeto iniciado em 1994 pelo Governo Federal que visa à reorganização da Atenção Básica no país, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. Além dos princípios gerais da Atenção Básica, a Estratégia Saúde da Família deve: • Substituir a rede de Atenção Básica tradicional nos locais onde operam, integrando a comunidade e trabalhando em conjunto no cadastramento familiar. • Ter uma postura de liderança em relação às informações na prevenção de doenças comuns a população, promovendo ações de inclusão à cidadania. • Intermediar a união entre a comunidade local e instituições sociais utilizando como base o diagnóstico situacional e adequado à família. De maneira geral a saúde bucal sempre foi tratada de forma isolada, sem seguir os padrões de organização de outros serviços de saúde do SUS. No momento atual, esse quadro é sempre alterado, buscando integrar a saúde bucal aos serviços de saúde em geral. Em janeiro de 2004, o Ministério da Saúde elaborou o documento “Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal”. Esta nova organização busca inserir a saúde bucal, como um de seus programas assistências, ajudando não só aos doentes, como também promovendo o bem estar da família. Destacando-se o cuidado como ponto principal na reestruturação desse modelo, humanizando as relações entre os programas de saúde e a comunidade, assumindo um papel de coadjuvante nos serviços. Atuar em programaspontuais direcionados ao cuidado de crianças, adolescentes, adultos e idosos, bem como em programas complementares e específicos, tais como saúde da mulher, saúde do trabalho, programa de apoio a pessoas com necessidades especiais, etc. Organização da Saúde Bucal na Atenção Básica Na organização das ações e serviços de saúde, o planejamento permite entender quais são os mais relevantes problemas e necessidades de uma determinada população. Possibilita analisar esses problemas, assim como procura criar propostas com condições de oferecer soluções levando a um plano de ação. O sucesso do planejamento está diretamente relacionado ao comportamento dos profissionais, lideres e representantes da comunidade. Não basta entender o “por que” de planejar, é preciso saber “como” planejar. Isso não é possível de se realizar sozinho, de forma intuitiva e pouco sistematizada, sem socializar institucionalmente os projetos elaborados. O planejamento precisa ser feito em uma linguagem compreensível a todos, objetivando a parceria em todos os momentos. É necessário ressaltar como é importante a utilização da Epidemiologia no planejamento de atividades de Saúde Bucal. Isso permite: • conhecer como se distribuem as principais doenças bucais; • o monitoramento de riscos; • a avaliação do impacto das medidas adotadas; • estimar necessidades de recursos para os programas. É importante que os agentes de saúde analisem as necessidades da população para verificar riscos, epidemias e outros problemas que precisam de atendimentos imediatos. Porém, esse processo precisa ser acompanhado utilizando um sistema de informação que ofereça dados, produzindo, informações consistentes, que permitam gerar novas ações. Estão incluídos no trabalho usual das Equipes Saúde da Família métodos de reconhecimento do território e da população, assim como dados a respeito da rotina familiar e social. Essas informações servem como dados importantíssimos para o planejamento, acompanhamento de ações e à avaliação. Compõem estes processos: - analisar o local de atuação, criar mapas da topografia, condições sociais e situações de risco. Criar e gerenciar banco de dados, com informações acerca dos pacientes, identificando potenciais situações de risco ou vulnerabilidade; - periodicamente levantar as condições e situações, visitando a comunidade local, para um acompanhamento mais próximo e eficaz, repassando informações aos órgãos interligados, como por exemplo conselhos locais ou municipais, possibilitando a interação da comunidade. É necessário que o planejamento seja uma atividade cotidiana, permanente, capaz de realizar uma releitura da realidade, garantindo direcionalidade às ações desenvolvidas, corrigindo rumos, enfrentando imprevistos e caminhando em direção aos objetivos propostos. Esta abordagem visa evitar que o planejamento se transforme em um plano estático, que após ser elaborado não sofre mais nenhuma atualização ou reorientação. Parâmetros Para organizar ações e serviços de saúde é preciso estabelecer parâmetros que visem promover uma forma de gerenciamento que busque na efetividade um melhor planejamento, tornando possível acompanhar e avaliar, e dando às equipes de saúde uma qualidade distinta em seu processo de trabalho. É preciso que as secretarias municipais de saúde estabeleçam parâmetros para acompanhar as ações das equipes permitindo a avaliação das equipes de saúde bucal e assim, guiar o método de trabalho. A extensão da assistência deve ser considerada quando se definem os parâmetros a partir de objetivos previamente definidos, tendo como base os recursos disponíveis para o enfrentamento de problemas. É importante para facilitar o monitoramento e a avaliação: • ser estabelecido um número mínimo de procedimentos e consultas; • a elaboração de parâmetros e o correto uso dos sistemas de informação. Monitoramento e Avaliação A avaliação tem o objetivo de oferecer suporte ao processo de tomada de decisão no âmbito do Sistema de Saúde. Para uma melhor avaliação dos problemas, foram adotados critérios de averiguação dos serviços a serem desenvolvidos. Incluindo, para tanto, novas práticas sanitárias nos serviços de saúde. Compondo então, uma maneira de avaliar a efetividade das ações de saúde e o nível do serviço de saúde prestado. É fundamental utilizar instrumentos de gestão como o Pacto de Indicadores, o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) e, o Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) no processo de tomada de decisões. Os períodos de avaliação feitos pela equipe são de grande importância para orientar os processos que visam consolidar, implementar e reformular as práticas. Sistema de Informação em Saúde é um grupo de métodos de coleta, processamento e armazenamento de dados, com o objetivo de produzir e transmitir informações para o processo decisório a respeito das ações a serem feitas, avaliando seus resultados e as consequências provocadas na situação de saúde. SIA/SUS (Sistema de Informação Ambulatorial do SUS ) É um sistema usado em todas as esferas da gestão, compondo-se em um valioso instrumento de informação a respeito da rede de serviços e os procedimentos realizados pelas Unidades de Saúde. Todos os municípios devem alimentar o SAI/SUS com os procedimentos em saúde bucal no nível da atenção básica existentes em sua tabela de procedimentos. • Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB) É um sistema de informação da Estratégia Saúde da Família que permite conhecer as condições da população acompanhada. Na esfera da Saúde Bucal, deve ser mantido somente pelas Equipes Saúde Bucal da Estratégia Saúde da Família. Os lançamentos são os seguintes: • procedimentos coletivos; • atividade educativa em grupo; • visitas domiciliares. Além destes sistemas de informação, é recomendável que os municípios criem, de acordo com suas necessidades, outras ferramentas que permitam uma avaliação mais profunda das equipes de saúde e que possibilite a discussão dentro dos parâmetros pré-estabelecidos. É preciso ter atenção para preencher diariamente de maneira precisa todos os procedimentos e atividades que foram feitos. Utilizar diários individuais permite que a equipe de saúde tenha uma base de dados para avaliar o desempenho de cada um de seus componentes. Os mapas de procedimentos não são de uso exclusivo da coordenação de saúde do município, também devendo ser utilizados em nível local pelas equipes de saúde na discussão de estratégias para a resolução dos problemas de saúde da população, que também participa dessas discussões através dos conselhos locais de saúde. • Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) É um sistema de informação de cadastro de: • estabelecimentos de saúde; • de profissionais; • de equipamentos de saúde; • de Equipes Saúde da Família com ou sem Equipes Saúde Bucal. É utilizado pelo Ministério da Saúde para o início e manutenção do repasse dos incentivos financeiros da Estratégia Saúde da Família – Portaria nº 750/GM, de 10 de outubro de 2006. Indicadores de Saúde Bucal O Ministério da Saúde através do Pacto de Indicadores da Atenção Básica definiu para a área de saúde bucal dois indicadores básicos: • cobertura de primeira consulta odontológica programática; • cobertura ação coletiva de escovaçãodental supervisionada Também foram definidos dois indicadores complementares: • média de procedimentos odontológicos básicos individuais; • proporção de procedimentos odontológicos especializados em relação às ações odontológicas individuais. Estes indicadores servem de ferramenta para monitorar e avaliar as atuações e serviços de saúde bucal na esfera da atenção básica no País. A equipe de saúde deve analisar e entender estes indicadores. Conforme for preciso, deve-se buscar outros indicadores buscando melhorar a qualidade dos serviços da atenção básica e da condição de saúde da população. Um dos indicadores que devem ser buscados é o que diz respeito a um determinado número de pessoas que recebem uma primeira avaliação odontológica, ou primeiro contato com consulta odontológica. Também no grupo dos identificadores temos as consultas em ações coletivas, que tem como foco a educação para uma melhor saúde bucal. Além dos anteriores, existe também um indicador que avalia a média de procedimentos odontológicos realizados por pessoa, tendo como base os fatores de localização e os socioeconômicos. Por fim, temos o indicador de procedimentos aplicado às diversas especialidades odontológicas realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esses indicadores nos dão uma visão geral, e também específica, dos números e necessidades do programa. Processo de Trabalho em Equipe A organização dos serviços de saúde abrange o atendimento ao usuário nas Unidades Básicas de Saúde e outras atividades realizadas para a população. Uma maneira de organizar o trabalho é implantar o trabalho em equipe, em que os profissionais, de acordo com seus conhecimentos e com os recursos disponíveis, buscam a melhor solução que cada problema exige. Embora formem a equipe de trabalho de uma Unidade Básica de Saúde, esses profissionais, muitas vezes, não estão prontos e ou dispostos para atuar de forma integrada. É um grande desafio lidar com esse ambiente, de possíveis conflitos, resistências e de disputas. O programa de Saúde da Família é composto por uma variedade de profissionais que atendem diversas áreas de atuação, bem como, um território em determinada comunidade, que por sua vez é composta por vários grupos familiares, sendo os últimos o foco do programa. Construir a interdisciplinaridade é um desafio posto às Equipes Saúde da Família no processo de trabalho em equipe. No trabalho em equipe, nenhum integrante do grupo deve sair da sua área de atuação específica, mas a forma com que se lida com os problemas é que assume uma nova dimensão. Passam a ser uma responsabilidade de todos da equipe: • conhecer • compreender • tratar • controlar. No passado, as práticas da Saúde Bucal no Setor Saúde eram realizadas de maneira distante, sendo restringida à prática do cirurgião dentista com seu equipamento. Hoje, as ações de Saúde Bucal pelas Equipes da Família procuram superar esse modelo antiquado de trabalho. É preciso que exista um grande esforço de todos os profissionais para que se construa esse novo modo de operação, que deve resultar num movimento contínuo de reflexão sobre as práticas de saúde, numa aproximação entre os diferentes profissionais da equipe e também dessa equipe com a comunidade. Se aproximar do usuário cria a oportunidade de se conhecer, de maneira mais profunda, os problemas que eles levam consigo. Assim, busca-se estabelecer uma relação de troca, permitindo que todos possam ensinar e aprender. As competências do Cirurgião-Dentista trazem muitos benefícios aos seus pacientes, algumas dessas competências são: - Fazer um diagnóstico preciso. - Avaliar e planejar procedimentos odontológicos, com o intuito de minimizar possíveis epidemias. - Receber o paciente, orientar e executar tratamento odontológico. - Conferir resultados dos exames e propor soluções e tratamentos. - Orientar os pacientes sobre saúde bocal, tais como, higiene necessária para a prevenção de cárie dental e doenças periodontais. - Realizar atendimentos de urgência odontológica, como cirurgias. - Desenvolver relatórios e laudos técnicos específicos. - Trabalhar seguindo as normas de segurança, qualidade, produtividade, higiene e preservação ambiental. - Desenvolver tarefas necessárias à área de atuação, utilizando-se de equipamentos e programas de informática. - Desenvolver tarefas indispensáveis ao exercício da função, tais como a divulgação à prevenção. - Vistoriar os equipamentos e insumos necessários para o atendimento. O técnico em higiene dental têm, por sua vez, algumas competências, tais como: • Manter os equipamentos odontológicos em bom estado de conservação e realizar manutenções. • Promover acompanhamento próximo à população para levantar possíveis problemas e muitas vezes evitá-los, e auxiliar nas dúvidas. • Ajudar os companheiros de consultório e agente de saúde nos programas de prevenção a saúde bucal. • Verificar a disponibilização de equipamentos e insumos para os atendimentos. Por sua vez, o auxiliar de consultório dentário possuem algumas competências, como podemos verificar a seguir: • Elaborar campanhas para educação e divulgação de atendimento a saúde bucal. • Efetuar a limpeza e esterilização dos equipamentos utilizados na consulta e cirurgia. • Fazer reserva e organização de material a ser usado pelo profissional de saúde. • Auxiliar o cirurgião com a manipulação dos equipamentos necessários para a execução da cirurgia. • Analisar os equipamentos e quando necessário enviá-los à manutenção dos mesmos, e conservá-lo de forma eficaz para evitar o excesso de gastos com a substituição. • Fazer o agendamento de consultas clínicas. • Interagir com a população de forma a aproximar-se dando auxilio e analisando possíveis problemas. Organização da Demanda É um dos grandes problemas que aflige os serviços de saúde bucal, principalmente nas atividades assistenciais. Essa questão deve ser bastante discutida entre usuários e funcionários, pois todas as pessoas que fazem parte dessa rede de atendimento tem direito a ela, que se resume em toda a população. É necessária uma organização para evitarmos esses tipos de problemas, pois se bem organizado, o atendimento pode ser mais eficaz. Todo o tipo de educação é de grande valia a população, ou seja, fazendo a educação à saúde, com campanhas preventivas de doenças, e atendimento clínico, podemos diminuir o agravamento de estado clínico dos pacientes. O planejamento integrado das atividades e sua organização é uma forma importante para o fortalecimento da equipe. Estas atividades devem estar integradas às demais realizadas na unidade de saúde, e os profissionais habilitados para agir de maneira multiprofissional e interdisciplinar. Garantir Acesso á Demanda Espontânea. A organização dos serviços de saúde bucal deve ser feita de modo a atender casos de urgência e responder às necessidades da população. É preciso que a equipe de saúde desenvolva modos apropriados de receber as diferentes formas com que a população procura os serviços de saúde, respeitando a particularidade do caso de cada indivíduo. O acolhimento pode permitir a expansão do acesso aos serviços de saúde, e para adequar a forma de se trabalhar em direção a sanar as necessidades da população. Isso quer dizer que a unidade de saúde deve ter seu acesso mudado, de modo a romper qualquer obstáculo que dificulte o acesso dos usuários. Esses obstáculospodem ser o cartaz definindo o número de consultas disponíveis, fichas e triagem. Não basta garantir o acesso, é preciso reorganizar e qualificar os profissionais na recepção. Eles devem apenas oferecer direções ao usuário no serviço, já que a decisão sobre o seu ingresso na assistência é da equipe. A ordem de chegada não deve ser o principal critério para o atendimento dos casos, mas a sua gravidade ou o sofrimento do paciente. O que se prioriza é o atendimento a qualquer urgência. O acolhimento compõe-se em uma forma de atendimento que deve ser realizado em todos os lugares e momentos, não apenas se limitando a identificar a situações de risco ou de urgências. Isso é diferente de triagem. Triagem é uma forma de separar quem poderá e quem não poderá ser atendido, de acordo com que o serviço tem para oferecer, e não considerando as necessidades dos usuários. Na triagem podemos avaliar de forma eficiente os casos de maior risco, dando prioridade ao seu atendimento. Essa prioridade dá-se a pessoas que necessitem de atendimento especial e continuo, para evitar que o caso desses usuários se agrave ainda mais. Cabe às equipes, juntamente com a comunidade, considerando as condições sociais, definir a estratégia e os grupos que tem prioridade para atenção em saúde bucal programada. Para determinar que a pessoa ou família faça parte do grupo de prioridade é necessária uma avaliação de um profissional de saúde qualificado para analisar os riscos e possíveis agravos. O uso deste critério não quer dizer que as pessoas que não se encontram no grupo prioritário não receberão atendimento. Os protocolos técnicos podem contribuir para a definição de prioridades. A definição deste grupo deve levar em conta as necessidades da população a partir de critérios epidemiológicos das áreas de atendimento das unidades de saúde, devendo ser debatida com a população. Há vários procedimentos a serem realizados para controlar patologias e evitar possíveis epidemias, como o acompanhamento do paciente. O acompanhamento deve acontecer em pacientes que já finalizaram seus tratamentos, com o intuito de manter o serviço realizado, e auxiliando-o a criar hábitos saudáveis, evitando novos problemas. O atendimento domiciliar do programa Saúde da Família que é realizado pelo agente de saúde, tem entre seus principais focos o cadastramento de famílias, com visitas realizadas mensalmente para a atualização e acompanhamento dos indivíduos do grupo familiar. A definição das prioridades e objetivos no que concerne a atuação dos agentes de saúde, bem como, as visitas familiares tem como objetivo melhor direcionamento e organização das ações de assistência social. Os fatores territoriais como, por exemplo, a localização das unidades básicas e sua definição permite a realização das visitas domiciliares e de um atendimento melhor direcionado à comunidade. As ações de atendimento multidisciplinar e domiciliar recebe o nome de Atenção Domiciliar e é realizada por uma equipe no domicílio a partir de um diagnóstico da situação corrente e de suas condições e limitações. As equipes compostas pelos agentes de saúde da família tem a atribuição de promover ações de prevenção direcionadas à comunidade, identificando e diagnosticando para poder empregar efetivamente um melhor diagnóstico e também um melhor tratamento. A reabilitação é desenvolvida de maneira a favorecer o desenvolvimento e adaptação, buscando sempre melhorar a autonomia e independência do cidadão. Ainda no que se refere à atenção domiciliar, podemos elencar outras duas modalidades específicas que são respectivamente a assistência domiciliar que é uma modalidade de assistência que compreende o processo das equipes de atendimento domiciliar constantes deste nível de atenção, de outro lado à internação domiciliar. O objetivo da atenção domiciliar é responder as necessidades da população com perdas funcionais e a elaboração de atividades referentes à vida diária das pessoas. A equipe operacional deve executar suas ações sempre antecipadas por um planejamento estrategicamente construído levando em consideração o usuário-família, além de, considerar as atribuições inerentes a cada um dos membros que compõem a equipe. Visando o pleno atendimento da assistência domiciliar e também, assegurando que as necessidades do usuário-família sejam atendidas exige- se que a equipe crie um sistema que englobe planejamento de ações que se integre a comunidade e seja executado de maneira dinâmica, ou seja, acompanhando as mudanças na medida em que elas ocorrem e adaptando as ações coordenadas a realidade do usuário. A participação efetiva no processo de atendimento é uma recomendação feita às famílias participantes, visando também uma melhor distribuição das equipes de trabalho. Para marcar uma visita em domicilio, devemos verificar a complexidade da necessidade do usuário, pois esse agendamento deve ser realizado pelo agente de saúde e envolve uma equipe de atendimento e especialistas. Em casos mais graves a equipe deve direcionar o usuário a hospitais e centros odontológicos, pois só neles há equipamentos para o atendimento. Campo da Atenção na Saúde Bucal Quando falamos de saúde bucal, estamos nos referindo a algo que vai além dos tratamentos dentários, pois a saúde bucal interfere diretamente na saúde do indivíduo. As equipes de saúde bucal tem que analisar os problemas bucais para evitar um problema que possa agravar e tornar algo mais complexo. Pois se deixar, por exemplo, que um problema dentário fique muito grave pode se tronar uma infecção. Portanto, é necessário que as equipes de saúde sejam devidamente treinadas para avaliar qualquer tipo de risco, de preferência na prevenção de problemas. Com a necessidade de um planejamento mais eficaz, busca- se que as equipes de saúde bucal e as equipes de saúde da família façam parcerias, que atuem nos setores que apresentam as maiores deficiências e que visem ações coletivas para o desenvolvimento de ambientes saudáveis. Com essa união próxima a comunidade as equipes de saúde bucal podem criar ambientes de educação a população, promovendo palestras que auxiliam na prevenção, com mudanças de atitudes culturalmente danosas. O incentivo a sociedade de criar hábitos saudáveis, tais como: alimentação balanceada e saneamento básico, auxiliam a criação de cidadãos com menos problemas de saúde. Toda campanha que vise o desenvolvimento social ajuda o indivíduo a controlar suas vidas de forma autônoma. Educação na Saúde Bucal Quando nos referimos à saúde bucal pensamos em processos necessários a evitar doenças começando com mudanças de hábitos. Maus hábitos são comuns na vida das pessoas, e a equipe de saúde bucal visa auxiliá-los com campanhas educativas para ensinar os cidadãos a criar um novo modo de vida. Os agentes fazem campanhas com a finalidade de ensinar a devida higienização bucal, tais como, devida escovação e também o incentivo do uso de fio dental. As pessoas são orientadas sobre a necessidade do autocuidado, recebem informações sobre as principais doenças que ocorrem na região bucal, e também a forma de evitá-las e tratá-las, como segue: • Orientação para uma melhor alimentação e dieta saudável; • Cuidados emergenciais após um trauma dentário, bem como a prevenção ao álcool, fumo e exposição solar, também são fatores que devem ser informados. As Ações educativas devem ser sempre planejadas, devem levar em conta principalmente informações relevantes aos fatoresde risco comum e do ciclo de vida. As ações educativas são atribuídas aos membros de uma equipe de saúde bucal, porém todos os profissionais de saúde, tais como os auxiliares, podem e devem contribuir na condução dos trabalhos em grupo. De modo a desenvolver ações educativas, práticas ou teóricas e melhor difundi-las na comunidade. Os agentes comunitários tem uma função primordial no programa, que é a divulgação das informações inerentes à saúde bucal, desse modo eles devem atualizar sua equipe com informações relevantes, bem como planejamento de boas práticas de atuação. Sendo indispensável à presença de um cirurgião dentista, principalmente no tocante ao conteúdo técnico específico. Como medida organizacional de extrema importância, devem ser revisadas todas as práticas pedagógicas, de modo a esclarecer pontos obscuros no decorrer dos trabalhos. As revisões ou checklist devem ser constantes nos processos educacionais, principalmente quando da abordagem de temas de importância elevada, bem como na abordagem para educação de adultos e jovens. As ações educacionais precisam levar em conta os fatores geográficos, sociais e culturais buscando sempre contextualizar com o meio em que é aplicado. Entre vários fatores a serem considerados, podemos elencar alguns relevantes: • Respeito à cultura local, lembrando que mesmo dentro de um município, podemos ter culturas contrastantes em diversos aspectos; • Interação com a linguagem local, mesmo não utilizando a mesma e nunca repreender um interlocutor, utilizar de linguagem compreensível; • Ética pode ser uma palavra com entendimento amplo, porém é necessária na interação como a comunidade; • Além da interação é interessante contextualizar com a comunidade, se inteirar acerca de suas necessidades e condições de trabalho, bem como buscar sempre melhorar a imersão junto à comunidade; • Promover junto à comunidade um censo de auto percepção acerca da saúde bucal; • Adequar os processos de aprendizagem aos diversos grupos que compõem uma comunidade, como também direcionar uma linguagem adequada a cada cidadão em educacionais e socioeconômicos; • Reflexão, o agente de saúde deve capacitar e promover a reflexão sobre temas relativos à higiene e saúde. Outro ponto relevante são as ações coletivas, pois proporcionam a oportunidade de divulgar informações a um maior número de pessoas de uma única vez, devendo, porém respeitar os enfoques do programa no que diz respeito a alguns temas. São eles: • Geografia e população. As atividades educacionais podem ser voltadas para a população como um todo ou para uma parcela específica. Desse modo, quando direcionada ao todo deve conter informações genéricas, inerente a toda a população, tais como: tabagismo, alcoolismo, exposição ao sol, entre outras. Quando direcionada a uma parcela específica deve-se avaliar a população em questão e direcionar temas e situações que contextualizem. • A definição de grupos e áreas de atuação também devem ser trabalhadas. Deve-se, portanto, estabelecer critérios de risco, avaliar as possibilidades de atuação adequando-as aos recursos disponíveis. • Concomitantemente devem ser definidos grupos operativos distribuídos por unidade de saúde, com a finalidade de integração e democratização do conhecimento. Nesses grupos são trabalhados, ainda que minimamente, a causalidade dos agravos, bem como técnicas de prevenção e educação. • Entre fatores considerados de extrema importância, está a inclusão da família nas atividades educacionais, sendo dever do agente identificar grupos de risco. • Estabelecer critérios de risco ou identificar fatores determinantes do processo saúde doença. • Além do atendimento familiar o agente deve realizar o atendimento de forma particularizada para atender as necessidades. Quando julgar necessário, preparar o indivíduo para uma autonomia no cuidado. As ações educativas coletivas podem e devem preparar cada indivíduo para o autocuidado, dando informações relevantes como é o caso da explicação correta da assepsia dos dentes como segue: O jeito certo de limpar os dentes l' Passo- Escove o lado dos dentes voltado para a bochecha pressionando suavemente a escova da gengiva até a ponta dos dentes. Depois escove o lado de dentro dos dentes do mesmo jeito faça isso em todos os dentes superiores e inferiores, sem esquecer nenhum. Escove também a parte de trás dos últimos dentes. 2• Passo - Escove a superfície do dente que usamos para mastigar. O movimento é suave, de vai e vem e deve alcançar todos os dentes, superiores e inferiores. A escova deve ir até os últimos entes lá no fundo da boca. 3• Passo – A inda não acabou. Escovar a língua é muito limpo, tente, pois ela acumula restos. alimentares e bactérias que provocam mau hálito. Faça movimentos cuidadosos com a escova "varrendo" a língua da parte interna até a ponta. 4• Passo- Passe o fio ou fita dental entre todos os dentes devagar para não machucar a gengiva. Depois que o fio passar pelo ponto mais apertado entre os dentes, leve-o até o espaço existente entre a gengiva e o dente e pressione-o sobre o dente, puxando a sujeira até a ponta do dente. Primeiro de um lado, depois do outro. Conceitos de promoção à saúde Os conceitos de promoção à saúde englobam o campo político e utiliza métodos de analise e atuação, para definir as condições sociais inerentes à qualidade de vida e também a saúde das pessoas. Esses métodos são pautados pelas resoluções ocorridas na primeira conferência da ONU datada do ano de 1986, a partir da qual, começaram a se difundir os conceitos básicos acerca de saúde coletiva, bem como firmaram compromissos e metas para os planos de atendimento a saúde coletiva. Algumas das definições da mencionada convenção realizada na cidade de Otawa em 1986 buscam, entre outras coisas: • Desenvolver na população, ambiente salutar, ou seja, que o ambiente proporcione saúde ao cidadão, criando métodos de identificação das condições elementares de saúde; • Avaliar os demais setores de saúde, buscando sempre construir políticas de saúde complementar; • Promover estratégias de saúde comunitária, utilizando meios de comunicação de massa; • Estimular no cidadão o desenvolvimento pessoal e social permitindo aos próprios indivíduos desenvolverem ações de saúde entre seus pares; • Reorganizar os serviços de saúde, atribuir metas de atuação e acima de tudo buscar igualdade no trabalho clínico curativo. Em termos gerais, a saúde de forma individualizada ultrapassa as atribuições do setor de saúde. Portanto, o foco das ações de saúde é a população de forma ampla e genérica, devendo esta, sempre buscar minimizar as desigualdades sociais. De maneira geral, deve-se avaliar os fatores ocasionadores de risco comum, e trabalhar na intenção de obter resultados que desenvolvam toda a comunidade, identificando e propondo soluções para os agravos mais comum à determinada comunidade. Desse modo, doenças comuns a toda sociedade como, por exemplo, o diabetes, a cárie dentária e a obesidade tem como fator comum a alimentação, devendo ser esse o fator de risco a ser trabalhado. Existe hoje em dia um novo modelo voltado para as questões da saúde familiar que tem por base alguns fatores importantes, tais como: • A assimilação das pessoas, sobre as questões de saúde e qualidade de vida; • A adequação das questões de saúde a várias realidades sociais econômicas e culturais, promovendo uma melhor adaptação aos vários grupos queformam a população brasileira; • Identificação de territórios, pautado não somente por fatores de localização, como também levando em conta a similaridade cultural e socioeconômica de uma população alocada em determinada região. Sendo assim, a política nacional de saúde estabelece diretrizes para o planejamento e execução das ações de saúde, pautado em alguns princípios, como segue: • Empregar como princípio básico e fundamental a busca da igualdade social na melhoria da saúde e qualidade de vida; • Promover a interação dos vários setores sociais e de saúde com a finalidade de possibilitar a criação e desenvolvimento pleno das ações de saúde; • Criar laços com a comunidade, educando e fortalecendo a interação social, visando conscientizar e obter maior propagação das informações; • Utilizar novas técnicas de gestão organizacional, adotando práticas menos hierárquicas, que possam utilizar como reunião de esforços, tanto os profissionais de saúde como criação de redes de cooperação com a sociedade; • Promover a pesquisa e o desenvolvimento de novas técnicas de promoção á saúde, estabelecendo cenários de aplicação mapeamento de risco e eficácia das soluções empregadas; • Manter informados os profissionais de saúde e usuários do sistema de saúde, acerca das iniciativas e ações existentes, bem como exteriorizar essas informações à comunidade. Ações efetivas ou assistenciais As ações de assistência à saúde consistem em intervenções, que podem ser executadas isoladamente, ou seja, a um indivíduo ou em grupo, tendo como característica o fato de confrontarem os problemas de saúde que atingem a população de modo geral. As ações assistenciais devem, então, ser organizadas de forma abrangente, de modo a atender as necessidades comuns e individuais, bem como sua demanda. Doenças Bucais e seus Fatores Nesta unidade iremos abordar os agravos e doenças bucais, bem como os fatores que os ocasionam. Entre os temas principais, iremos abordar a cárie, doenças e traumas, fatores de risco e também suas consequências à saúde bucal. Doenças e Agravos mais Comuns As doenças mais prevalecentes em determinada comunidade, são de modo geral, o foco da assistência prestada pelo serviço de atenção Básica. Alguns dos agravos são encontrados na comunidade de um modo geral, devendo ser averiguados suas origens e ao mesmo tempo traçados planos de ação de combate. Dentre as doenças prevalecentes na sociedade atual, podemos citar algumas das quais são mais recorrentes e devem, portanto, receber mais atenção do serviço de saúde, são elas: • Cárie; • Doenças do periodonto; • Câncer bucal; • Traumas Por serem fatos mais recorrentes, devem ser melhor analisados e seus fatores definidos buscando encontrar soluções que possam ser aplicadas em grupo. Proporcionando, desse modo, uma maior difusão dos cuidados da saúde bucal. É atribuição das equipes de saúde, executar ações preventivas e reparatórias na comunidade local proporcionando uma melhora na saúde bucal. Sendo a higiene bucal fator preponderante para a prevenção das doenças bucais acima citadas, torna se também atribuição dos agentes de saúde à divulgação de informações, bem como palestras e demonstrações dos cuidados que devem ser tonados com a higiene bucal. Cáries Dentárias O que são Cáries Dentárias? Cáries dentárias são fissuras no dente decorrentes da aparição de bactérias, a criação de placas e tártaro que combinados com os ácidos da boca deterioram os dentes. Os dentes possuem uma camada dura em seu exterior que é chamada de esmalte, essa camada protege o dente evitando o contato de alimentos e outros itens em seu interior. Se o esmalte do dente desaparecer, o dente ficará exposto à ação das bactérias, causando facilmente a criação das cáries. A parte do dente abaixo do esmalte é macia, onde contém os nervos e vasos sanguíneos. Quando a cárie chega a essa região, o paciente começa a sentir dor. As cáries acontecem, na maioria das vezes, em crianças e adultos devido à falta da higiene bucal. Essa má higienização bucal facilita a proliferação de bactérias. Geralmente, a cárie em seu processo inicial, não apresenta sintomas para a pessoa afetada, a não ser nos casos mais graves quando a região do dente já está mais contaminada pela cárie. Quando a cárie chega ao nervo do dente, ou em sua raiz, ela pode ocasionar vários tipos de sintomas, sendo a dor o mais comum. Em casos que a pessoa não trata a cárie, o problema pode se agravar evoluindo a um abscesso no dente, que é uma doença mais grave e dolorosa. Quando não tratada, a cárie deixa um buraco no dente, deixando os nervos, vasos sanguíneos e até mesmo a raiz do dente expostos a germes e bactérias, podendo assim, infeccionar o dente, levando-o a doenças mais graves e até mesmo a perda do dente. Cáries dentárias são comuns a grande parte da população, mas não é um problema que necessite de tratamento de emergência, a não ser em casos mais graves, que o paciente estiver sentindo dor. Normalmente, é possível a prevenção desta doença através de bons hábitos de higiene, como é o caso da escovação diária. Sintomas Como informamos anteriormente, as cáries dentárias não apresentam sintomas em seu início. Os sintomas aparecem quando o grau de prejuízo do dente já está bem abalado. Nesses casos, a pessoa afetada pode sentir sensibilidades a alguns tipos de alimentos e dores. É comum que pessoas que possuem cáries que já afetaram boa parte do dente sintam sensibilidades ao comerem alimentos doces, quentes, frios e até ao tomarem líquidos. O que causa a Cárie Dentária? Em nossa boca há ácidos e bactérias que auxiliam na decomposição dos alimentos que agem junto à mastigação. A principal bactéria que cria a cárie é a Streptococus Mutans. A má higienização bucal é a principal causa da aparição de cáries dentárias, pois auxilia na proliferação de bactérias existentes na boca, possibilitando sua ação. E quando não é realizada a higienização da boca após a alimentação, as bactérias, junto com os restos de comida, criam uma camada que é chamada de placa. Essas placas bacterianas não removidas devidamente através da escovação e do uso do fio dental pode endurecer sobre o dente, e passa a ser chamado de Tártaro. O tártaro e a placa bacteriana, junto com as bactérias e ácidos que contém na boca desgastam o esmalte do dente, deixando-o suscetível a criação de buracos, que são as cáries. Normalmente as cáries começam com pequenos buracos na superfície do dente, mais quanto mais tempo esses buracos ficarem expostos a germes e bactérias. Sem o tratamento das cáries, elas podem se tornar maiores e mais profundos, podendo vir a virar doenças mais graves. Quando as cáries atingem muitas partes do dente, ou partes mais profundas, podem chegar aos nervos, vasos sanguíneos e até mesmo a raiz do dente. Tratamento O tratamento da cárie dentária é efetuado por profissionais da área de odontologia, chamados de dentistas. O tempo e tipo de tratamento variam de acordo com o nível da infecção causada pela cárie. O tratamento da cárie começa com a extração da mesma da região do dente, com o uso de brocas dentárias. O dentista lixa a região até retirar todo o conteúdo afetado. Muitas vezes, quando detectadas no início as cáries podem ser extraídas de forma simples, bastando apenas retirá-las com o uso da brocha de lixamento, não necessitando cobri-las com outras substâncias. Infelizmente, na maioria doscasos, quando detectadas, as cáries já estão mais avançadas no processo de deterioração do dente. Quando mais profundas, as cáries necessitam ser retiradas, com o lixamento, mais deixam um grande buraco que necessitam ser limpos e tampados. Os dentistas preenchem o dente com uma substância que impedem a entrada de micro-organismos na polpa do dente (parte interna do dente), conhecidas também como restauração. Restauração O que é restauração? A restauração é o preenchimento do dente com substâncias adequadas para a reestruturação do dente, de forma a tampar o buraco ocasionado pelas cáries evitando uma infecção. A restauração do dente auxilia na reestruturação do dente, fazendo-o a voltar para sua forma e função normal. Quando o dentista faz a restauração ele auxilia também, na prevenção do surgimento de futuras cáries no local. Pois a substância usada para fazer a restauração é mais densa que o dente. Tipo de restauração Não há apenas um tipo de restauração ideal, pois cada pessoa tem um tipo de dente e gengiva. Cada tipo de boca se adapta melhor a um tipo de material, pois o organismo da pessoa pode reagir de formas diferentes, causando, por exemplo, rejeições e alergias. A restauração pode ser feita com diferentes tipos de materiais, são eles: • Ouro – A restauração em ouro é feita sob medida, e é de longa duração, podendo durar mais de 20 anos, e tem uma grande aceitação pelos tecidos gengival. Mas por ser ouro é uma opção cara. • Porcelana – A restauração de porcelana são feitas sob medida. Essa restauração fica com a cor parecida com o dente, e é resistente a manchas. Seu preço é similar ao ouro. • Resina composta – A restauração com resina composta também é semelhante à cor do dente, dando uma aparência natural. Essa restauração pode ser feita mais rapidamente, pois é inserida diretamente na cavidade do dente, mas não é considerada a melhor restauração, pois seu material desgasta com o tempo e pode manchar na presença de corantes, tendo como duração de três a dez anos. • Amálgama (prata) – A restauração com amálgama é feita com a mistura de várias substâncias, tais como, mercúrio, prata, cobre, estanho e algumas vezes zinco. Essa restauração não agrada todos os tipos de pessoas, pois possui uma cor mais escura, o que a torna mais barata. Prevenção Para prevenir o aparecimento de cáries dentárias a pessoa deve ter bons hábitos de higienização bucal, que são eles: • Escovar os dentes após as refeições, ao menos duas vezes ao dia, com o uso de creme dental com flúor. • Fazer o uso do fio dental entre todos os dentes, ao menos uma vez ao dia. • Lavar a boca com água para retirar resíduos da comida, na ausência da disponibilidade de escovar os dentes depois das refeições. • Após as refeições, se não tiver disponibilidade de fazer a escovação, mastigue chicletes (os famosos sem açúcar) que contenham xilitol e sorbitol, que são substâncias que substituem o açúcar. • Faça visitas periódicas ao dentista para realização de limpezas e acompanhamento profissional para prevenção de doenças. • Use produtos de enxague bucal que contenha flúor. Ações em Saúde Bucal Na maioria das vezes, a cárie aparece na população mais carente que não tem acesso à informação e a itens indispensáveis, como é o caso do flúor. Por este motivo, os agentes de saúde devem monitorar as necessidades junto à população, conscientizando-os e criando facilidade ao acesso a água fluoretada. Esse monitoramento ajuda a evitar epidemia de doenças. O agente de saúde, além de orientar, tem como missão agendar consultas junto ao dentista sempre que necessário. Doenças Periodontais Há vários tipos de doenças bucais, as que atingem a dentição, e as que podemos encontrar em casos de agravos referentes à saúde bucal como, por exemplo, as doenças que atingem a gengiva, o ligamento periodontal e o osso. Gengivite A gengivite é uma doença inflamatória que acomete a gengiva, o principal fator para o desencadeamento da gengivite é uma higiene oral deficiente ou inexistente. O acumulo de placa bacteriana decorrente da falte de higiene provoca a inflamação da gengiva, cuja coloração é alterada para um vermelho mais escuro e aumenta a sensibilidade, bem como o sangramento, evidenciam o diagnostico de gengivite. A gengivite é uma enfermidade muito comum, sendo ela a doença periodontal mais recorrente. Porém, há um limite para ser considerada gengivite, quando a inflamação atingem um tamanho maior que 3 mm ou atinge o osso, esta passa a se chamar periodontite como veremos adiante. Prevenção A prevenção da gengivite reside primordialmente em fatores de higiene bucal, como a correta escovação dos dentes, fio dental e também uma redução do consumo de açúcar. Tratamento O tratamento da gengivite consiste basicamente em uma limpeza mecânica realizada pelo dentista, geralmente a placa bacteriana é removida em até duas semanas. Periodontite A periodontite ou doença periodontal consiste no processo inflamatório iniciado na gengiva, avançando para os tecidos de suporte de periodontal. Também conhecida como “piorreia” a periodontite é uma doença que acomete a gengiva, osso e também os ligamentos que suportam os dentes. Existem vários fatores responsáveis por essa patologia, sendo a condição imunológica e a microbiota fatores preponderantes para a destruição do periodonto. A periodontite é, hoje em dia, uma das principais causas de perda da dentição na população adulta e a maior causadora de perda de dentes na população idosa. Essa doença acarreta, gradativamente, a degradação da estrutura responsável pela sustentação dos dentes. O quadro de periodontite é iniciado após um processo inflamatório que ataca o ligamento do periodonto, ocasionado por muitos fatores. A consequência disso é imposta pelo sistema imunológico do indivíduo que faz uma reabsorção óssea, sendo este um dos maiores problemas da periodontite. Outro dos problemas ocasionados pela periodontite é a mudança na posição dos dentes, podendo ocorrer ainda sangramentos na gengiva, alteração na coloração dos dentes, bem como, dores e sensibilidade nos dentes, diferenças ou até mudanças no paladar, sensibilidade e dores na gengiva e mau hálito. Há também os problemas secundários, como a proliferação de bactérias e até mesmo a destruição óssea, que podem ocorrer em função dos quadros de periodontite. Em grande parte dos casos agudos, pode haver projeção dos dentes para fora e também o aparecimento de pus. Projeção dos dentes para fora! Estudos recentes estabeleceram uma relação desta doença com doenças renais, artrite, diabetes, osteoporose, devendo-se então considerar o histórico de doenças pregressas do paciente como fatores indicadores de grupo de risco. Entre as doenças associadas à periodontite, podemos citar ainda infecções pulmonares e úlceras, muito embora estas últimas apresentem menor número de pesquisas que comprovem esses fatores relacionais. Prevenção Como na maioria das doenças odontológicas, a higiene e uma programação de visitas periódicas ao dentista são fatores preponderantes. Porém, fatores como alimentação, fumo, deficiências nutricionais, fatores emocionais e medicamentos podem contribuir para o aparecimento do quadro inflamatório. A correta escovação dos dentes, bem como o uso do fio dental, principalmenteapós as refeições e antes de dormir; uma dieta equilibrada, e evitar o consumo de açúcar são medidas que devem ser adotadas. Tratamento O tratamento da periodontite é realizado através da raspagens da área doente; técnicas de tratamentos a L.A.S.E.R também podem ser realizadas, porém em casos mais graves podem ser necessárias cirurgias periodontais ou até mesmo o uso de antibióticos. Câncer Bucal O que é câncer bucal? O câncer de boca ocorre frequentemente na região dos lábios, mas não é um câncer exclusivo dos lábios, pois ocorrem também na parte interior da boca, na garganta, nas amídalas ou nas glândulas salivares. O câncer bucal atinge qualquer tipo de pessoas, principalmente homens com idade superior a 40 anos. Os principais causadores da doença são o excesso do uso de cigarros e bebidas alcoólicas. Esse tipo de câncer, tão quanto os demais, podem levar a óbito caso o paciente não comece o tratamento. Em casos de detecção precoce, o tratamento pode ser mais fácil e eficaz. Sintomas O câncer de boca pode aparecer sem que a pessoa perceba, pois nem todos os sintomas são de fácil visualização. Mas como já aconselhamos anteriormente, é de suma importância o acompanhamento médico periódico, pois o profissional poderá reconhecer o câncer em seu estágio inicial. No caso de perceber algum problema na boca o médico e/ou dentista deverá ser informado para o quanto antes começar o tratamento. Os principais sintomas do câncer bucal são feridas nos lábios, interior da boca e nas gengivas. Essas feridas sangram com facilidade e não cicatrizam com facilidade. Outros sintomas que são mais fáceis de ser reconhecidos são: • Aparição de caroços ou inchaço na região da bochecha; • Perda da sensibilidade da boca ou parte dela; • Aparecimento de manchas na região da gengiva, da língua ou outra parte interna da boca, com coloração branca ou vermelha; • Sensibilidade na boca que dificulta a mastigação e o processo de engolir; • Dores na região bucal; • Inchaço; • Mudanças na voz sem motivos aparentes; • Sensação de que tenha algo em sua garganta Prevenção Parar de fumar ou mascar fumo é uma das principais formas de evitar o câncer bucal, pois esse mau hábito corresponde a 90% das causas de seu aparecimento. O causador de muitas doenças é o fumo, tais como, câncer de pulmão, câncer bucal, doenças cardíacas, entre tantas outras. O fumo geralmente remete o indivíduo a vários problemas de saúde, e os problemas de saúde atrapalham no tratamento de infecções de ferimentos e/ou cirurgias. O costume de algumas pessoas em mascar tabaco aumenta a possibilidade do aparecimento de câncer bucal em 50%. Eliminando esses maus hábitos as chances da pessoa evitar o câncer aumenta significativamente. Tratamento Com os resultados dos exames em mãos e diagnosticado o câncer, os especialistas (médicos) irão planejar o tratamento ideal para cada caso. Na maioria das vezes, é necessário um tratamento longo e bastante cansativo para o paciente. Muitas vezes é preciso a realização de cirurgias para a retirada do tumor, e um tratamento baseado em radioterapia e quimioterapia. Os tratamentos de radioterapia ou quimioterapia deixam o paciente bastante debilitado, podendo aparecer machucados na região dos lábios. Porém, quando detectados e iniciados o tratamento precocemente, as chances de cura são muito maiores, podendo em certas ocasiões, não necessitar fazer a cirurgia. Efeitos colaterais da radioterapia O tratamento baseado na radioterapia é muito forte ao nosso organismo o que ocasiona alguns efeitos colaterais durante seu uso. Normalmente, durante o uso da radioterapia, o paciente sente a boca ressecada, irritações nas partes sensíveis da boca, perda de paladar e até mesmo dificuldade de engolir os alimentos. A radiação recebida durante o tratamento da radioterapia pode ocasionar cáries. Logo é indicado que redobre o cuidado com a higienização. Divulgação de informações à população Em qualquer tipo de doenças é necessário o conhecimento prévio da população, para que possam evitar os riscos e prevenir a infestação. Os agentes de saúde devem realizar reuniões de conscientização sobre o problema, informando a toda a população sobre o que é a doença, auxiliá-los a evitar, ajudar a diagnosticar e agendar consultas em casos de suspeitas. Traumatismos Dentários Traumatismo dentário pode ocasionar fraturas, mobilidade e até mesmo perda dentárias. Também podem ocorrer fraturar externas como no caso de fraturas do maxilar. Os traumatismos dentários podem ser simples como nos casos de fraturas que não atingem uma grande parte do dente, tais como traumas na coroa. Os traumatismos nos dentes podem comprometer a vitalidade do dente, chamado de necrose da polpa. Levantamentos realizados por profissionais da área bucal informou que o trauma mais frequente é quando o dente sai da boca, esse problema é chamado de avulsão dental e o traumatismo que também ocorre muito devido a quedas. Causas O traumatismo dentário pode ser ocasionado por ferimentos mais graves, acidente ou quedas que tenha abalado à mandíbula. Sintomas O principal sintoma de traumatismo dentário são dores, principalmente se o trauma tiver afetado a dentina, gengiva ou mesmo o osso. Outro sintoma é a perda de fragmentos dentários, ou até mesmo o dente inteiro. Os dentes afetados por traumatismos podem perder sua vitalidade (morrer). Outro sintoma é a sensibilidade na região dos dentes e gengivas. Tratamento Em casos simples que o trauma afetou apenas a coroa do dente, o tratamento é apenas uma restauração com o uso de resinas compostas. O tratamento ideal em casos de traumatismo dentários consiste naquele que é efetuado o mais rápido possível, pois o profissional poderá receitar antibióticos para eliminar germes e bactérias que possam infeccionar a região. Caso um traumatismo ocorra o ideal é não tocar na raiz do dente, por ser uma área sensível, mantenha-o limpo. A dica que pode facilitar o reimplante do dente é em casos de adultos, colocá-lo na boca entre os dentes e a gengiva que o deixará imerso em saliva, quanto em crianças o melhor é colocá-lo imerso ao leite. Prevenção A prevenção consiste no cuidado para evitar pancadas que possam causar traumas. Outra forma são os agentes de saúde fazerem o mapeamento das principais causas e locais onde ocorrem com mais frequência. Com as informações em mãos, basta fazer palestras de orientação. Fluorose Dentária A fluorose dentária é uma má formação dos dentes causada pela ingestão em excesso de flúor, formando um esmalte hipomineralizado. Essa anomalia deforma a estrutura do esmalte do dente, causado aumento da porosidade, opacidade, manchas e até erosões na superfície do esmalte do dente. As manchas que aparecem no esmalte do dente podem ser na cor branca, marrom e até mesmo preta. O dente com fluorose dentária pode apresentar estrias horizontais. O esmalte do dente, como já vimos anteriormente, serve de proteção para o dente impedindo o contato de germes e bactérias com a parte interna do dente. Um dente com sua camada de proteção prejudicada podem ser afetados por diversos problemas bucais, causando até a perda dos dentes. Um dos principais grupos de pessoas que são afetadas é formado por pessoas com baixo peso corporal. Essa doença ocorre com o excessode flúor no dia-a-dia da criança que está em fase de formação dos dentes, logo do esmalte. Podemos encontrar flúor em diversos itens do nosso dia-a-dia, tais como na água de abastecimento público, no creme dental, enxaguante bucal, em alguns alimentos e bebidas, entro outros locais de fácil acesso. A ingestão de flúor diária ideal é de aproximadamente 0,7 ppm, sendo facilmente atingido no consumo de água vindas de abastecimentos públicos. Prevenção As principais formas de prevenção da fluorose dental é o controle da quantidade de flúor ingerida por crianças desde o nascimento, até os 6 anos de idade, pois essa a fase do desenvolvimento da dentição do indivíduo. É necessário também que o ministério da saúde controle melhor a quantidade de flúor disponibilizado no abastecimento de água pública, pois sua quantidade muda de acordo com a região e clima. Outra forma muito útil de evitar a fluorose dentária é o controle por parte dos responsáveis pelas crianças, sobre o que é ingerido por ela, controlando então o consumo de alimentos que possuem flúor. Tratamento O tratamento da fluorose dentária consiste em retirar a parte afetada pela doença, por meio de tratamento profissional, através do lixamento com o uso de brocas. Nos casos mais graves, é necessário um desgaste mais profundo, o que pode prejudicar a estrutura do dente, sendo assim é necessário o uso de coroas sobre os dentes. Edentulismo Edentulismo é a ausência de dentes. Muitas vezes, quando pensamos na ausência de dentes, lembramos de idosos, mas isso é um mito, o edentulismo pode ocorrer em qualquer idade. O edentulismo é uma doença causada pela má higienização bucal, traumas, e outras doenças bucais, que podem agravar-se à perda. Há muitos mitos que atrapalham na prevenção; pesquisas revelaram que a maioria das pessoas acham que a perda de dente é um fator comum com o passar dos anos, assim acham que não adiantará tratá-los. A falta dos dentes pode levar o paciente a ter sérios problemas, pois atrapalham no processo de mastigação, fazendo com que a pessoa engula alimentos mal triturados, ocasionando um esforço redobrado do estômago, podendo causar doenças como úlcera gástrica. Outros problemas que podem ser causados pelo edentulismo é a dificuldade de falar algumas palavras e afeta estética da pessoa atrapalhando sua convivência devido a sua baixa autoestima. O alinhamento dentário pode sofrer alteração com o passar do tempo, pois em casos de perda de dente, os dentes que estiverem próximos podem vir a ocupar o lugar deixado pela ausência do outro dente. Outro problema que pode acontecer, principalmente com idosos, é o escurecimento do esmalte do dente, normalmente decorrentes de problemas ocorridos na dentina. Um mau hábito muito conhecido por toda a população pode também afetar o estado de conservação do dente, é ele o ranger dos dentes, chamado também de Bruxismo. O Bruxismo, por forçar os dentes um contra o outro, pode levar a diminuir sua estrutura, podendo chegar a romper restaurações, ou mesmo desgastar o esmalte do dente, deixando-o exposto a vários tipos de doenças. Os idosos, com o passar dos anos, normalmente apresentam outras doenças que podem atrapalhar na higienização bucal, muitos possuem artrite, artrose, entre outras, e essas doenças não os deixam fazer a devida assepsia da boca. Má oclusão A má oclusão é a falta de simetria entre a maxila e a mandíbula, dificultando o encaixe correto da arcada dentária, podendo atrapalhar a evolução da formação óssea da face. Nos casos de má oclusão, 40% dos afetados possuem a doenças por causas genéticas. A má oclusão é um problema estético, podendo ser separado por tipos, tais como, Classe II, Classe III, Mordida Aberta, Mordida Cruzada, Mordida Profunda, e Apinhamento. Nos casos de má oclusão que não são genéticos, são causados por maus hábitos, tais como, o uso de chupeta, mamadeira, dedo, entre outros. Há casos de má oclusão que são influenciados por outras doenças, como são o caso de rinites, sinusites, traumas e tumores, etc. Muitas vezes, a má oclusão ocorre por não ter estímulos para a formação da árcade dentária, como em casos que a criança não recebe estímulos para a mastigação, comendo apenas alimentação pastosa e líquida. Atenção à Saúde Bucal nas Etapas da Vida Do nascimento até 2 anos A etapa do nascimento até os 24 meses é a mais importante para a formação do bebê. As equipes de saúde, devem então criar ações de educação sobre higienização bucal junto aos pais e pessoas que irão tomar conta das crianças, para que assim, o processo de crescimento da criança ocorra da melhor forma possível, ajudando na prevenção de futuros problemas. É de suma importância o acompanhamento médico nesta fase da vida do indivíduo. Para isso, os agentes de saúde devem acompanhar a criança e auxiliar aos pais, e agendar consultas médicas sempre que necessário. Muitas vezes, quando começado o surgimento dos dentes, o bebê passa a ter um excesso de salivação, bem como dores na gengiva, diarreias, entre outros sintomas que os deixa agitado. Mesmo que, ainda, sem dente é necessário uma devida higienização e cuidado, pois nessa fase é que se dá a formação dos dentes e uma má formação dentária pode ocasionar problemas futuros. A ingestão de flúor em excesso na época da formação dos dentes pode causar fluorose dentária no indivíduo. Outra situação importante é a amamentação, pois como sabemos, o leite materno é de essencial importância na formação óssea da criança, mas não deve ser a única forma de alimentação após os 6 meses, pois a criança necessita estimular o maxilar para evitar uma má-oclusão dentária. Hábitos de estimulação da mandíbula É de suma importância estimular a mandíbula do bebê, normalmente ocorre de maneira espontânea através da sucção do peito da mãe para a amamentação. Há casos que as mães não conseguem amamentar seus filhos no peito, por vários problemas, nesses casos o ideal é a utilização da mamadeira, mas não deve, de maneira alguma, deixar o bico grande, pois o bebê deve ter o incentivo de fazer a sucção para estimular a formação mandibular. Outro item a ser usado para o estimulo da formação da mandíbula do bebê é o uso de chupetas, mas não deve ser utilizada como item indispensável, pois o excesso pode ocasionar problemas na formação da estrutura da mandíbula. Alimentação Saudável: O item mais importante é o aleitamento materno, pois possui as vitaminas e cálcio necessários para a formação do bebê. O leite materno pode ajudar na prevenção de doenças. Em casos de a mãe possuir o vírus da AIDS, ele precisa ser substituído pelo uso da mamadeira; deve ser evitado o uso de adicionais ao leite, como por exemplo: açucares, achocolatados, entre outros. O uso exclusivo do leite na alimentação do bebê deve acontecer até os 6 meses ou sob orientação médica. Os agentes de saúde precisam orientar os pais sobre quais alimentos necessitam ser adicionados a essa alimentação e em quais períodos devem ocorrer essas mudanças. Higiene bucal: Como já vimos anteriormente, é de suma importância à devida limpeza bucal, mesmo que ainda não possua dentes, para a realização dessa limpeza deve-se usar um pano ou gaze umedecidos em água filtrada. Somente quando o bebê já possuir dentes é que se faz necessário o uso de cremes dentais, pois o uso em idade inferior pode levar a ingestão do produto. O uso de substâncias que possuem flúor deve ser apresentado em pequenas quantidades sobre a supervisão dospais, pois o uso em excesso pode levar ao surgimento de fluorose dental. Dos 2 aos 9 anos Todos os períodos da vida são importantes para a formação do indivíduo, cada etapa com suas importâncias. Na etapa dos 2 aos 9 anos é importante criar bons hábitos, para isso, os agentes de saúde devem fazer palestras e visitas educativas para ajudar na prevenção de doenças bucais. Sabemos que os hábitos saudáveis e caráter de uma criança, na maioria das vezes, ocorrem por seguirem os exemplos que veem em casa, feitos por seus pais e familiares. Quando o acompanhamento da criança é feito corretamente pelos agentes de saúde, são avaliados, constantemente, os possíveis problemas bucais e agendadas as consultas necessárias. Todo tratamento deve ser iniciados nos primeiros sintomas, pois se deve evitar possíveis agravamentos. Quando ocorrem agravamentos que necessitam da extração do dente, isso pode ocasionar problemas de má oclusão na criança, comprometendo assim toda a arcada dentária. Por volta dos cinco anos é que começam a nascer os dentes incisivos e molares, estes permanentes e que necessitam de extremo cuidado com a higienização. Há problemas que são ocasionados por maus hábitos, tal como o uso excessivo da chupeta, que pode levar a criança a ter problemas de má oclusão. A chupeta tem seu lado bom, pois ajuda a criança a aprender a sugar os alimentos, mas deve ser retirada no máximo até 3 anos. Há crianças que criam o hábito de projetar a língua entre os dentes, empurrando-os para frente, podendo também ocasionar uma má oclusão. Existem vários hábitos, nessa época da vida que podem prejudicar a formação da mandíbula da criança, todos podem ser retirados gradativamente, pelos pais, como o mau hábito de roer unha. Os pais que perceberem desde o início o mau hábito poderão, de forma mais eficaz, retirá-lo sem que a criança sofra com o procedimento. Em casos que não for possível, ou que haja traumas na criança, o aconselhável é buscar orientação de um psicólogo, para assim não perdurar os problemas e não agravar a situação. É sempre importante frisar que o principal motivo da criação dos hábitos de uma criança é pelo exemplo, ou seja, as crianças costumam imitar o que os pais e responsáveis fazem. Alimentação Saudável: Cada região possuem cultura e hábitos diferentes, sendo que o tipo de alimentação difere de um local para outro. O importante, nessa fase da vida é incentivar que as crianças comam alimentos mais saudáveis que estimulem a mastigação. Como já sabemos os alimentos com açucares pode favorecer o aparecimento de cáries, então é de suma importância que os pais e responsáveis controlem sua ingestão, dando preferência a açucares naturais como as frutas e o leite. Quando crianças, o principal espelho para bons hábitos são os familiares, que deve contribuir para a formação e desenvolvimento da criança. A alimentação adequada auxilia na prevenção de doenças através dos nutrientes, vitaminas, entre outros fatores que contém a comida. É importante que os pais tentem acrescentar bons hábitos na alimentação das crianças, principalmente em época pré- escolar. A má alimentação pode prejudicar o crescimento da criança, e seu desenvolvimento mental, atrapalhando o acompanhamento do aprendizado na escola. Crianças entre 7 e 10 anos já conseguem fazer suas próprias escolhas, mas é função dos pais ou responsáveis que continuem incentivando os bons hábitos alimentares para que o desenvolvimento Higiene bucal: como em qualquer fase da vida, a escovação é fundamental e indispensável, mas para as crianças é necessário a supervisão de um adulto que possa auxiliá-lo e corrigi-lo quando o não fazimento de forma correta. Com o passar dos anos é interessante que os pais incentivem os filhos a fazerem a assepsia sozinho, pois dessa forma contribui para que a higienização bucal seja um hábito em suas vidas. Nesta etapa deve-se cuidar para que a escovação remova todas as impurezas, mas é necessário cuidado para não exagerar na quantidade de creme dental, pois as crianças, muitas vezes, engolem uma quantidade do produto, podendo causar fluorose dental. É importante ensiná-los quanto ao uso do fio dental. Dos 10 aos 19 anos A adolescência é a fase da vida que ocorre a menor quantidade de procura do sistema de saúde, esse caso só muda quando o problema de saúde afeta a estética. Para um contato mais eficaz é necessário que as equipes de saúde conheçam a linguagem e situações que vivem os adolescentes para assim, conseguirem encaminhá-lo para consultas e exames necessários. Na adolescência é mais comum acontecerem problemas com o uso de drogas e álcool, problemas com seus familiares, gravidez e até mesmo o contato com algumas doenças. Pelo desejo das adolescentes em serem magras, uma das principais doenças que acontecem nessa fase da vida é a Bulimia, essa doença pode ocasionar cáries e outros problemas dentários devido ao excesso de ácido na boca da paciente. Outro problema muito comum na adolescência é ocasionado pelo uso de piercing, pois muitos inflamam podendo ocasionar doenças infecciosas. Na região da boca existem milhões de bactérias que podem causar uma infecção. Nos casos em que sejam averiguadas suspeitas de quadros infecciosos ou também outros tipos de doenças, tais como, doenças respiratórias, obesidade, entre outras, os agentes de saúde devem agendar consultas com profissionais adequados à situação do paciente. Além disso, cabe também ao agente assegurar que informações inerentes aos riscos causados por tais condutas sejam devidamente transmitidas, bem como, aquelas referentes aos traumas dentários. Os dentes terceiro molares, costumam nascer em pessoas entre os 17 e 21 anos, e estes necessitam da mesma higienização que todos os outros dentes, mesmo nascendo em um lugar de difícil acesso. Como em qualquer fase da vida, os agentes de saúde são de extrema importância para auxiliar o indivíduo nas dúvidas e ajudando-os a criar bons hábitos. Os dentes na fase adulta são todos permanentes e os cuidados dos mesmos são muito importantes, pois a aparição de doenças pode ser ainda mais prejudicial, visto que estes serão os dentes que acompanhará o indivíduo para o resto de sua vida. Nessa fase da vida ocorre a maioria das doenças, pois as devidas higienizações não são realizadas corretamente, muitos adolescentes não se preocupam com os problemas que isso possa causar. Para que todo o devido cuidado seja realizado, é necessário que a equipe de saúde faça visitas à comunidade e acompanhe os adolescentes, auxiliando-os a procurar ajuda médica sempre que necessário. O acompanhamento precoce tem um excelente resultado, muitas vezes resolve os problemas e previne a aparição de mais doenças. Devemos sempre lembrar que os agentes de saúde, quando em contato com adolescentes , devem ter uma compreensão de sua realidade, para facilitar o contato com o mesmo, pois caso não intervenha de forma correta pode simplesmente ser ignorado por eles. Alimentação Saudável: Na adolescência é de suma importância uma boa alimentação, pois é nessa fase da vida que o caráter e características do indivíduo são formados. A alimentação nesta etapa da vida é a que, em muitos casos, será seguida para a vida adulta. Uma alimentação saudável e o incentivo a prática de esporte auxilia na formação do corpo e na prevenção de várias doenças. A maioria dos adolescentes preferem uma alimentação rica em carboidratos, mas esse tipo de nutrientes junto com a má higienização
Compartilhar