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Seja bem Vindo! 
 
Curso Odontologia na 
Estratégia da Saúde da 
Família 
CursosOnlineSP.com.br 
 Carga horária: 55hs 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conteúdo Programático: 
 
Sistema Único de Saúde - SUS 
Estratégia Saúde da Família 
Organização da Saúde Bucal na Atenção Básica 
Monitoramento e Avaliação 
Indicadores de Saúde Bucal 
Processo de Trabalho em Equipe 
Organização da Demanda 
Campo da Atenção na Saúde Bucal 
Doenças Bucais e seus Fatores 
Doenças e Agravos mais Comuns 
Cáries Dentárias 
Doenças Periodontais 
Câncer Bucal 
Traumatismos Dentários 
Fluorose Dentária 
Edentulismo 
Má oclusão 
Atenção à Saúde Bucal nas Etapas da Vida 
Do nascimento até 2 anos 
Dos 2 aos 9 anos 
Dos 10 aos 19 anos 
Dos 20 aos 59 anos 
Acima dos 60 anos 
Gestante 
Portadores de Necessidades Especiais 
Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) 
Bibliografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Único de Saúde – SUS 
 
 O Sistema Único de Saúde (SUS) é um sistema brasileiro de 
saúde pública, considerado como um dos maiores do mundo, a 
partir de 1988 tornou-se responsabilidade do Estado pela 
Constituição Federal Brasileira. 
 Esse sistema presta serviços de saúde gratuitos a todos os 
cidadãos brasileiros. Fazendo todos os tipos de atendimento 
necessários aos enfermos, tais como, atendimento ambulatorial, 
exames, cirurgias, transplantes, entre outros. 
 O Sistema Único de Saúde também dispõe de equipes de 
saúde para, junto à população, disponibilizar informações 
referentes à vacinação e prevenção de surtos, efetuando 
fiscalizações, tais como: vigilância sanitária, fiscalização de 
registros de remédios e alimentos. 
 
Atenção Básica 
 Desde quando surgiu o conceito de Atenção Primária em 
Saúde (APS), na Declaração de Alma-Ata (formulada na 
Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, em 
1978) ele tem sofrido diversas interpretações. 
 No Brasil, o Ministério da Saúde tem denominado Atenção 
Primária como Atenção Básica. Essa definição refere-se a um 
grupo de ações relacionadas ao primeiro nível de atenção dos 
sistemas de saúde, focadas na: 
 
• Promoção da saúde. 
• Prevenção de agravos. 
• Diagnóstico. 
• Tratamento. 
• Reabilitação. 
• Manutenção da saúde. 
 
 O conceito da Atenção Primária ou Atenção Básica pode ser 
melhor explicado a partir da ciência de suas características 
próprias: o primeiro contato, a longitudinalidade a integralidade ou 
abrangência e a coordenação 
 - Primeiro Contato: refere-se à acessibilidade e ao uso de 
serviços para todo novo problema para quem procura por 
atendimento médico. 
 
 É a possibilidade do acesso, levando em conta a estrutura 
disponível, no sentido da existência de barreiras. Uma forma de 
facilitar o primeiro contato é o atendimento existir próximo à 
residência do usuário. 
 - Longitudinalidade : é receber com regularidade o 
atendimento e o cuidado da equipe de saúde, logo construir um 
ambiente de relação recíproca e humanizada entre a equipe de 
saúde, indivíduos e família. 
 
 Pode ser entendida como a relação entre o usuário e o 
profissional de saúde, e a continuidade enquanto oferta regular dos 
serviços. 
 - Abrangência : se refere às ações planejadas para um 
determinado serviço e de que maneira se adequar às necessidades 
da população. 
 
 Nesse contexto, é preciso esclarecer que as equipes de 
saúde devem achar o equilíbrio entre o atendimento clínico 
individual e as iniciativas coletivas que objetivam a prevenção. 
 - Coordenação: está relacionada à possibilidade do serviço 
oferecer a continuidade do atendimento, a manutenção do usuário 
no sistema ou possibilitar encaminhamento a diferentes níveis de 
atendimento quando houver necessidade. 
 
Surgem mais três aspectos a partir desses princípios ordenadores: 
• A centralização na família. 
• A competência cultural. 
• A orientação comunitária. 
 
 A centralização na família indica conhecer os integrantes 
e os problemas de saúde de um grupo familiar, de forma a e 
conhecer a família como um espaço singular. 
 A competência cultural remete a capacidade de 
reconhecer a diversidade de características e necessidades 
específicas de diferentes populações, que podem estar afastadas 
dos serviços pelas suas distinções culturais como as diferenças 
étnicas e raciais, entre outras. 
 A orientação comunitária relaciona-se a compreensão de que 
as necessidades estão ligadas ao contexto social, e que o 
reconhecimento dessas necessidades pressupõe o conhecimento 
do contexto físico, econômico e cultural. 
 
 A Atenção Básica vê o indivíduo levando em conta: 
• sua singularidade; 
• sua complexidade; 
• sua integralidade; 
• sua inserção sociocultural. 
 
 Levando em conta esses aspectos, a Atenção Básica 
procura promover a saúde, prevenindo e tratando doenças; além de 
buscar reduzir danos e sofrimentos que possam causar 
comprometimento as possibilidades de viver de maneira saudável. 
 
 A Atenção Básica tem por fundamentos: 
• Disponibilizar serviços de saúde de qualidade a toda população, 
sem distinções. E descentralizar o sistema tornando gestor do 
sistema o executivo municipal. 
• Integrar os serviços de prevenção com o intuito de evitar que se 
agravem, utilizando o controle sanitário, viabilizar os 
tratamentos, promovendo trabalhos em equipe. 
• Promover a união de esforços entre os profissionais de saúde e a 
comunidade de modo a desenvolver a continuidade das ações de 
saúde. 
• Estimular os profissionais da saúde e acompanhá-los em seu 
processo de formação. 
• Elaborar acompanhamento de resultados, com o intuito de 
verificar as metas atingidas. 
• Incentivar a população a participar de projetos sociais. 
 
 A efetivação da Atenção Básica tem como aspecto 
fundamental a promoção de saúde através de uma estratégia 
que busca melhorar a qualidade de vida, reduzindo situações 
vulneráveis que trazem riscos à saúde, a partir da construção de 
políticas públicas saudáveis que levem a população a uma situação 
de bem-estar. 
 
 
 
Estratégia Saúde da Família 
 
 A Estratégia Saúde da Família é um projeto iniciado em 1994 
pelo Governo Federal que visa à reorganização da Atenção Básica 
no país, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. 
 Além dos princípios gerais da Atenção Básica, a Estratégia 
Saúde da Família deve: 
 
• Substituir a rede de Atenção Básica tradicional nos locais 
onde operam, integrando a comunidade e trabalhando em 
conjunto no cadastramento familiar. 
• Ter uma postura de liderança em relação às informações na 
prevenção de doenças comuns a população, promovendo ações de 
inclusão à cidadania. 
• Intermediar a união entre a comunidade local e instituições sociais 
utilizando como base o diagnóstico situacional e adequado à 
família. 
 
 De maneira geral a saúde bucal sempre foi tratada de forma 
isolada, sem seguir os padrões de organização de outros serviços 
de saúde do SUS. 
 No momento atual, esse quadro é sempre alterado, buscando 
integrar a saúde bucal aos serviços de saúde em geral. Em janeiro 
de 2004, o Ministério da Saúde elaborou o documento “Diretrizes da 
Política Nacional de Saúde Bucal”. 
 Esta nova organização busca inserir a saúde bucal, como um 
de seus programas assistências, ajudando não só aos doentes, 
como também promovendo o bem estar da família. 
 Destacando-se o cuidado como ponto principal na 
reestruturação desse modelo, humanizando as relações entre os 
programas de saúde e a comunidade, assumindo um papel de 
coadjuvante nos serviços. 
 Atuar em programaspontuais direcionados ao cuidado de 
crianças, adolescentes, adultos e idosos, bem como em programas 
complementares e específicos, tais como saúde da mulher, saúde 
do trabalho, programa de apoio a pessoas com necessidades 
especiais, etc. 
 
Organização da Saúde Bucal na Atenção Básica 
 Na organização das ações e serviços de saúde, o 
planejamento permite entender quais são os mais relevantes 
problemas e necessidades de uma determinada população. 
 Possibilita analisar esses problemas, assim como procura 
criar propostas com condições de oferecer soluções levando a um 
plano de ação. 
 O sucesso do planejamento está diretamente relacionado ao 
comportamento dos profissionais, lideres e representantes da 
comunidade. 
 Não basta entender o “por que” de planejar, é preciso saber 
“como” planejar. Isso não é possível de se realizar sozinho, de 
forma intuitiva e pouco sistematizada, sem socializar 
institucionalmente os projetos elaborados. 
 O planejamento precisa ser feito em uma linguagem 
compreensível a todos, objetivando a parceria em todos os 
momentos. 
 É necessário ressaltar como é importante a utilização da 
Epidemiologia no planejamento de atividades de Saúde Bucal. Isso 
permite: 
 
 • conhecer como se distribuem as principais doenças bucais; 
 • o monitoramento de riscos; 
 • a avaliação do impacto das medidas adotadas; 
 • estimar necessidades de recursos para os programas. 
 
 É importante que os agentes de saúde analisem as 
necessidades da população para verificar riscos, epidemias e outros 
problemas que precisam de atendimentos imediatos. 
 Porém, esse processo precisa ser acompanhado 
utilizando um sistema de informação que ofereça dados, 
produzindo, informações consistentes, que permitam gerar novas 
ações. 
 Estão incluídos no trabalho usual das Equipes Saúde da 
Família métodos de reconhecimento do território e da população, 
assim como dados a respeito da rotina familiar e social. Essas 
informações servem como dados importantíssimos para o 
planejamento, acompanhamento de ações e à avaliação. 
 
 Compõem estes processos: 
 - analisar o local de atuação, criar mapas da 
topografia, condições sociais e situações de risco. Criar e gerenciar 
banco de dados, com informações acerca dos pacientes, 
identificando potenciais situações de risco ou vulnerabilidade; 
 
 - periodicamente levantar as condições e situações, 
visitando a comunidade local, para um acompanhamento mais 
próximo e eficaz, repassando informações aos órgãos interligados, 
como por exemplo conselhos locais ou municipais, possibilitando a 
interação da comunidade. 
 
 É necessário que o planejamento seja uma atividade 
cotidiana, permanente, capaz de realizar uma releitura da 
realidade, garantindo direcionalidade às ações desenvolvidas, 
corrigindo rumos, enfrentando imprevistos e caminhando em 
direção aos objetivos propostos. 
 Esta abordagem visa evitar que o planejamento se transforme 
em um plano estático, que após ser elaborado não sofre mais 
nenhuma atualização ou reorientação. 
 
 
 Parâmetros 
 
 Para organizar ações e serviços de saúde é preciso 
estabelecer parâmetros que visem promover uma forma de 
gerenciamento que busque na efetividade um melhor planejamento, 
tornando possível acompanhar e avaliar, e dando às equipes de 
saúde uma qualidade distinta em seu processo de trabalho. 
 É preciso que as secretarias municipais de saúde 
estabeleçam parâmetros para acompanhar as ações das equipes 
permitindo a avaliação das equipes de saúde bucal e assim, guiar o 
método de trabalho. 
 A extensão da assistência deve ser considerada quando se 
definem os parâmetros a partir de objetivos previamente definidos, 
tendo como base os recursos disponíveis para o enfrentamento de 
problemas. 
 É importante para facilitar o monitoramento e a avaliação: 
 
• ser estabelecido um número mínimo de procedimentos e 
consultas; 
• a elaboração de parâmetros e o correto uso dos sistemas 
de informação. 
 
 
Monitoramento e Avaliação 
 
 A avaliação tem o objetivo de oferecer suporte ao 
processo de tomada de decisão no âmbito do Sistema de 
Saúde. Para uma melhor avaliação dos problemas, foram 
adotados critérios de averiguação dos serviços a serem 
desenvolvidos. Incluindo, para tanto, novas práticas sanitárias 
nos serviços de saúde. Compondo então, uma maneira de avaliar a 
efetividade das ações de saúde e o nível do serviço de saúde 
prestado. 
 É fundamental utilizar instrumentos de gestão como o 
Pacto de Indicadores, o Sistema de Informação da Atenção 
Básica (SIAB) e, o Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS 
(SIA/SUS) no processo de tomada de decisões. 
 Os períodos de avaliação feitos pela equipe são de grande 
importância para orientar os processos que visam consolidar, 
implementar e reformular as práticas. 
 Sistema de Informação em Saúde é um grupo de métodos de 
coleta, processamento e armazenamento de dados, com o objetivo 
de produzir e transmitir informações para o processo decisório a 
respeito das ações a serem feitas, avaliando seus resultados e as 
consequências provocadas na situação de saúde. 
 
 SIA/SUS (Sistema de Informação Ambulatorial do SUS ) 
 
 É um sistema usado em todas as esferas da gestão, 
compondo-se em um valioso instrumento de informação a respeito 
da rede de serviços e os procedimentos realizados pelas Unidades 
de Saúde. 
 Todos os municípios devem alimentar o SAI/SUS com os 
procedimentos em saúde bucal no nível da atenção básica 
existentes em sua tabela de procedimentos. 
 
 • Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB) 
 É um sistema de informação da Estratégia Saúde da Família 
que permite conhecer as condições da população acompanhada. 
Na esfera da Saúde Bucal, deve ser mantido somente pelas 
Equipes Saúde Bucal da Estratégia Saúde da Família. 
 
 Os lançamentos são os seguintes: 
 
• procedimentos coletivos; 
• atividade educativa em grupo; 
• visitas domiciliares. 
 
 Além destes sistemas de informação, é recomendável 
que os municípios criem, de acordo com suas necessidades, outras 
ferramentas que permitam uma avaliação mais profunda das 
equipes de saúde e que possibilite a discussão dentro dos 
parâmetros pré-estabelecidos. 
 É preciso ter atenção para preencher diariamente de maneira 
precisa todos os procedimentos e atividades que foram feitos. 
 Utilizar diários individuais permite que a equipe de saúde 
tenha uma base de dados para avaliar o desempenho de cada 
um de seus componentes. 
 Os mapas de procedimentos não são de uso exclusivo da 
coordenação de saúde do município, também devendo ser 
utilizados em nível local pelas equipes de saúde na discussão 
de estratégias para a resolução dos problemas de saúde da 
população, que também participa dessas discussões através dos 
conselhos locais de saúde. 
 • Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de 
Saúde (SCNES) 
 
 É um sistema de informação de cadastro de: 
 • estabelecimentos de saúde; 
 • de profissionais; 
 • de equipamentos de saúde; 
 • de Equipes Saúde da Família com ou sem Equipes 
Saúde Bucal. 
 
 É utilizado pelo Ministério da Saúde para o início e 
manutenção do repasse dos incentivos financeiros da Estratégia 
Saúde da Família – Portaria nº 750/GM, de 10 de outubro de 2006. 
 
 Indicadores de Saúde Bucal 
 
 O Ministério da Saúde através do Pacto de Indicadores da 
Atenção Básica definiu para a área de saúde bucal dois indicadores 
básicos: 
 • cobertura de primeira consulta odontológica programática; 
 • cobertura ação coletiva de escovaçãodental 
supervisionada 
 
Também foram definidos dois indicadores complementares: 
 • média de procedimentos odontológicos básicos individuais; 
 • proporção de procedimentos odontológicos especializados 
em relação às ações odontológicas individuais. 
 
 Estes indicadores servem de ferramenta para monitorar e 
avaliar as atuações e serviços de saúde bucal na esfera da atenção 
básica no País. A equipe de saúde deve analisar e entender estes 
indicadores. 
 Conforme for preciso, deve-se buscar outros indicadores 
buscando melhorar a qualidade dos serviços da atenção básica e 
da condição de saúde da população. 
 Um dos indicadores que devem ser buscados é o que diz 
respeito a um determinado número de pessoas que recebem uma 
primeira avaliação odontológica, ou primeiro contato com consulta 
odontológica. 
 Também no grupo dos identificadores temos as consultas em 
ações coletivas, que tem como foco a educação para uma melhor 
saúde bucal. 
 Além dos anteriores, existe também um indicador que avalia a 
média de procedimentos odontológicos realizados por pessoa, 
tendo como base os fatores de localização e os socioeconômicos. 
 Por fim, temos o indicador de procedimentos aplicado às 
diversas especialidades odontológicas realizadas pelo Sistema 
Único de Saúde (SUS). 
 Esses indicadores nos dão uma visão geral, e também 
específica, dos números e necessidades do programa. 
 
 Processo de Trabalho em Equipe 
 
 A organização dos serviços de saúde abrange o 
atendimento ao usuário nas Unidades Básicas de Saúde e outras 
atividades realizadas para a população. 
 Uma maneira de organizar o trabalho é implantar o 
trabalho em equipe, em que os profissionais, de acordo com seus 
conhecimentos e com os recursos disponíveis, buscam a melhor 
solução que cada problema exige. 
 Embora formem a equipe de trabalho de uma Unidade Básica 
de Saúde, esses profissionais, muitas vezes, não estão prontos e 
ou dispostos para atuar de forma integrada. É um grande 
desafio lidar com esse ambiente, de possíveis conflitos, 
resistências e de disputas. 
 O programa de Saúde da Família é composto por uma 
variedade de profissionais que atendem diversas áreas de 
atuação, bem como, um território em determinada comunidade, 
que por sua vez é composta por vários grupos familiares, sendo os 
últimos o foco do programa. 
 Construir a interdisciplinaridade é um desafio posto às 
Equipes Saúde da Família no processo de trabalho em equipe. 
 No trabalho em equipe, nenhum integrante do grupo deve sair 
da sua área de atuação específica, mas a forma com que se lida 
com os problemas é que assume uma nova dimensão. Passam a 
ser uma responsabilidade de todos da equipe: 
 • conhecer 
 • compreender 
 • tratar 
 • controlar. 
 
 No passado, as práticas da Saúde Bucal no Setor Saúde 
eram realizadas de maneira distante, sendo restringida à 
prática do cirurgião dentista com seu equipamento. 
 Hoje, as ações de Saúde Bucal pelas Equipes da Família 
procuram superar esse modelo antiquado de trabalho. 
 É preciso que exista um grande esforço de todos os 
profissionais para que se construa esse novo modo de 
operação, que deve resultar num movimento contínuo de 
reflexão sobre as práticas de saúde, numa aproximação entre 
os diferentes profissionais da equipe e também dessa equipe com a 
comunidade. 
 Se aproximar do usuário cria a oportunidade de se 
conhecer, de maneira mais profunda, os problemas que eles 
levam consigo. Assim, busca-se estabelecer uma relação de troca, 
permitindo que todos possam ensinar e aprender. 
 As competências do Cirurgião-Dentista trazem muitos 
benefícios aos seus pacientes, algumas dessas competências são: 
 
- Fazer um diagnóstico preciso. 
- Avaliar e planejar procedimentos odontológicos, com o intuito 
de minimizar possíveis epidemias. 
- Receber o paciente, orientar e executar tratamento odontológico. 
- Conferir resultados dos exames e propor soluções e tratamentos. 
- Orientar os pacientes sobre saúde bocal, tais como, higiene 
necessária para a prevenção de cárie dental e doenças 
periodontais. 
- Realizar atendimentos de urgência odontológica, como cirurgias. 
- Desenvolver relatórios e laudos técnicos específicos. 
- Trabalhar seguindo as normas de segurança, qualidade, 
produtividade, higiene e preservação ambiental. 
- Desenvolver tarefas necessárias à área de atuação, utilizando-se 
de equipamentos e programas de informática. 
- Desenvolver tarefas indispensáveis ao exercício da função, tais 
como a divulgação à prevenção. 
- Vistoriar os equipamentos e insumos necessários para o 
atendimento. 
 
 O técnico em higiene dental têm, por sua vez, algumas 
competências, tais como: 
 
• Manter os equipamentos odontológicos em bom estado de 
conservação e realizar manutenções. 
• Promover acompanhamento próximo à população para 
levantar possíveis problemas e muitas vezes evitá-los, e auxiliar nas 
dúvidas. 
• Ajudar os companheiros de consultório e agente de saúde 
nos programas de prevenção a saúde bucal. 
• Verificar a disponibilização de equipamentos e insumos para 
os atendimentos. 
 
 Por sua vez, o auxiliar de consultório dentário possuem 
algumas competências, como podemos verificar a seguir: 
 
• Elaborar campanhas para educação e divulgação de atendimento 
a saúde bucal. 
• Efetuar a limpeza e esterilização dos equipamentos 
utilizados na consulta e cirurgia. 
• Fazer reserva e organização de material a ser usado pelo 
profissional de saúde. 
• Auxiliar o cirurgião com a manipulação dos equipamentos 
necessários para a execução da cirurgia. 
• Analisar os equipamentos e quando necessário enviá-los à 
manutenção dos mesmos, e conservá-lo de forma eficaz para evitar 
o excesso de gastos com a substituição. 
• Fazer o agendamento de consultas clínicas. 
• Interagir com a população de forma a aproximar-se dando auxilio e 
analisando possíveis problemas. 
 
Organização da Demanda 
 
 É um dos grandes problemas que aflige os serviços de saúde 
bucal, principalmente nas atividades assistenciais. 
 Essa questão deve ser bastante discutida entre usuários e 
funcionários, pois todas as pessoas que fazem parte dessa 
rede de atendimento tem direito a ela, que se resume em toda a 
população. 
 É necessária uma organização para evitarmos esses 
tipos de problemas, pois se bem organizado, o atendimento pode 
ser mais eficaz. 
 Todo o tipo de educação é de grande valia a população, ou 
seja, fazendo a educação à saúde, com campanhas preventivas de 
doenças, e atendimento clínico, podemos diminuir o agravamento 
de estado clínico dos pacientes. 
 O planejamento integrado das atividades e sua organização é 
uma forma importante para o fortalecimento da equipe. Estas 
atividades devem estar integradas às demais realizadas na 
unidade de saúde, e os profissionais habilitados para agir de 
maneira multiprofissional e interdisciplinar. 
 Garantir Acesso á Demanda Espontânea. A organização 
dos serviços de saúde bucal deve ser feita de modo a atender 
casos de urgência e responder às necessidades da população. 
 É preciso que a equipe de saúde desenvolva modos 
apropriados de receber as diferentes formas com que a população 
procura os serviços de saúde, respeitando a particularidade do caso 
de cada indivíduo. 
 O acolhimento pode permitir a expansão do acesso aos 
serviços de saúde, e para adequar a forma de se trabalhar em 
direção a sanar as necessidades da população. 
 Isso quer dizer que a unidade de saúde deve ter seu acesso 
mudado, de modo a romper qualquer obstáculo que dificulte o 
acesso dos usuários. Esses obstáculospodem ser o cartaz 
definindo o número de consultas disponíveis, fichas e triagem. 
 Não basta garantir o acesso, é preciso reorganizar e qualificar 
os profissionais na recepção. Eles devem apenas oferecer direções 
ao usuário no serviço, já que a decisão sobre o seu ingresso na 
assistência é da equipe. 
 A ordem de chegada não deve ser o principal critério 
para o atendimento dos casos, mas a sua gravidade ou o 
sofrimento do paciente. O que se prioriza é o atendimento a 
qualquer urgência. 
 O acolhimento compõe-se em uma forma de atendimento 
que deve ser realizado em todos os lugares e momentos, não 
apenas se limitando a identificar a situações de risco ou de 
urgências. 
 Isso é diferente de triagem. Triagem é uma forma de separar 
quem poderá e quem não poderá ser atendido, de acordo com que 
o serviço tem para oferecer, e não considerando as necessidades 
dos usuários. 
 Na triagem podemos avaliar de forma eficiente os casos de 
maior risco, dando prioridade ao seu atendimento. 
 Essa prioridade dá-se a pessoas que necessitem de 
atendimento especial e continuo, para evitar que o caso desses 
usuários se agrave ainda mais. 
 
 
 Cabe às equipes, juntamente com a comunidade, 
considerando as condições sociais, definir a estratégia e os grupos 
que tem prioridade para atenção em saúde bucal programada. 
 Para determinar que a pessoa ou família faça parte do grupo 
de prioridade é necessária uma avaliação de um profissional 
de saúde qualificado para analisar os riscos e possíveis agravos. 
 O uso deste critério não quer dizer que as pessoas que 
não se encontram no grupo prioritário não receberão atendimento. 
Os protocolos técnicos podem contribuir para a definição de 
prioridades. 
 A definição deste grupo deve levar em conta as necessidades 
da população a partir de critérios epidemiológicos das áreas de 
atendimento das unidades de saúde, devendo ser debatida com a 
população. 
 Há vários procedimentos a serem realizados para controlar 
patologias e evitar possíveis epidemias, como o acompanhamento 
do paciente. 
 O acompanhamento deve acontecer em pacientes que já 
finalizaram seus tratamentos, com o intuito de manter o serviço 
realizado, e auxiliando-o a criar hábitos saudáveis, evitando novos 
problemas. 
 O atendimento domiciliar do programa Saúde da Família 
que é realizado pelo agente de saúde, tem entre seus 
principais focos o cadastramento de famílias, com visitas 
realizadas mensalmente para a atualização e acompanhamento 
dos indivíduos do grupo familiar. 
 A definição das prioridades e objetivos no que concerne a 
atuação dos agentes de saúde, bem como, as visitas familiares tem 
como objetivo melhor direcionamento e organização das ações de 
assistência social. 
 Os fatores territoriais como, por exemplo, a localização das 
unidades básicas e sua definição permite a realização das visitas 
domiciliares e de um atendimento melhor direcionado à 
comunidade. 
 As ações de atendimento multidisciplinar e domiciliar recebe o 
nome de Atenção Domiciliar e é realizada por uma equipe no 
domicílio a partir de um diagnóstico da situação corrente e de suas 
condições e limitações. 
 As equipes compostas pelos agentes de saúde da família 
tem a atribuição de promover ações de prevenção direcionadas à 
comunidade, identificando e diagnosticando para poder empregar 
efetivamente um melhor diagnóstico e também um melhor 
tratamento. 
 A reabilitação é desenvolvida de maneira a favorecer o 
desenvolvimento e adaptação, buscando sempre melhorar a 
autonomia e independência do cidadão. 
 Ainda no que se refere à atenção domiciliar, podemos elencar 
outras duas modalidades específicas que são respectivamente 
a assistência domiciliar que é uma modalidade de assistência que 
compreende o processo das equipes de atendimento domiciliar 
constantes deste nível de atenção, de outro lado à internação 
domiciliar. 
 O objetivo da atenção domiciliar é responder as necessidades 
da população com perdas funcionais e a elaboração de atividades 
referentes à vida diária das pessoas. 
 A equipe operacional deve executar suas ações sempre 
antecipadas por um planejamento estrategicamente construído 
levando em consideração o usuário-família, além de, considerar as 
atribuições inerentes a cada um dos membros que compõem a 
equipe. 
 Visando o pleno atendimento da assistência domiciliar e 
também, assegurando que as necessidades do usuário-família 
sejam atendidas exige- se que a equipe crie um sistema que 
englobe planejamento de ações que se integre a comunidade e 
seja executado de maneira dinâmica, ou seja, acompanhando 
as mudanças na medida em que elas ocorrem e adaptando as 
ações coordenadas a realidade do usuário. 
 A participação efetiva no processo de atendimento é uma 
recomendação feita às famílias participantes, visando também uma 
melhor distribuição das equipes de trabalho. 
 Para marcar uma visita em domicilio, devemos verificar a 
complexidade da necessidade do usuário, pois esse agendamento 
deve ser realizado pelo agente de saúde e envolve uma equipe de 
atendimento e especialistas. 
 Em casos mais graves a equipe deve direcionar o usuário a 
hospitais e centros odontológicos, pois só neles há equipamentos 
para o atendimento. 
 
Campo da Atenção na Saúde Bucal 
 
 Quando falamos de saúde bucal, estamos nos referindo a 
algo que vai além dos tratamentos dentários, pois a saúde bucal 
interfere diretamente na saúde do indivíduo. 
 As equipes de saúde bucal tem que analisar os problemas 
bucais para evitar um problema que possa agravar e tornar algo 
mais complexo. Pois se deixar, por exemplo, que um problema 
dentário fique muito grave pode se tronar uma infecção. 
 Portanto, é necessário que as equipes de saúde sejam 
devidamente treinadas para avaliar qualquer tipo de risco, de 
preferência na prevenção de problemas. 
 Com a necessidade de um planejamento mais eficaz, busca-
se que as equipes de saúde bucal e as equipes de saúde da 
família façam parcerias, que atuem nos setores que apresentam as 
maiores deficiências e que visem ações coletivas para o 
desenvolvimento de ambientes saudáveis. 
 Com essa união próxima a comunidade as equipes de saúde 
bucal podem criar ambientes de educação a população, 
promovendo palestras que auxiliam na prevenção, com mudanças 
de atitudes culturalmente danosas. 
 O incentivo a sociedade de criar hábitos saudáveis, tais 
como: alimentação balanceada e saneamento básico, auxiliam a 
criação de cidadãos com menos problemas de saúde. 
 Toda campanha que vise o desenvolvimento social ajuda o 
indivíduo a controlar suas vidas de forma autônoma. 
 
 Educação na Saúde Bucal 
 Quando nos referimos à saúde bucal pensamos em 
processos necessários a evitar doenças começando com mudanças 
de hábitos. 
 Maus hábitos são comuns na vida das pessoas, e a equipe de 
saúde bucal visa auxiliá-los com campanhas educativas para 
ensinar os cidadãos a criar um novo modo de vida. 
 Os agentes fazem campanhas com a finalidade de ensinar a 
devida higienização bucal, tais como, devida escovação e também 
o incentivo do uso de fio dental. 
 As pessoas são orientadas sobre a necessidade do 
autocuidado, recebem informações sobre as principais doenças que 
ocorrem na região bucal, e também a forma de evitá-las e tratá-las, 
como segue: 
 • Orientação para uma melhor alimentação e dieta 
saudável; 
 • Cuidados emergenciais após um trauma dentário, 
bem como a prevenção ao álcool, fumo e exposição solar, também 
são fatores que devem ser informados. 
 
 As Ações educativas devem ser sempre planejadas, devem 
levar em conta principalmente informações relevantes aos fatoresde risco comum e do ciclo de vida. 
 As ações educativas são atribuídas aos membros de uma 
equipe de saúde bucal, porém todos os profissionais de saúde, tais 
como os auxiliares, podem e devem contribuir na condução dos 
trabalhos em grupo. De modo a desenvolver ações educativas, 
práticas ou teóricas e melhor difundi-las na comunidade. 
 Os agentes comunitários tem uma função primordial no 
programa, que é a divulgação das informações inerentes à saúde 
bucal, desse modo eles devem atualizar sua equipe com 
informações relevantes, bem como planejamento de boas práticas 
de atuação. Sendo indispensável à presença de um cirurgião 
dentista, principalmente no tocante ao conteúdo técnico específico. 
 Como medida organizacional de extrema importância, 
devem ser revisadas todas as práticas pedagógicas, de modo 
a esclarecer pontos obscuros no decorrer dos trabalhos. As 
revisões ou checklist devem ser constantes nos processos 
educacionais, principalmente quando da abordagem de temas de 
importância elevada, bem como na abordagem para educação de 
adultos e jovens. 
 As ações educacionais precisam levar em conta os fatores 
geográficos, sociais e culturais buscando sempre contextualizar 
com o meio em que é aplicado. Entre vários fatores a serem 
considerados, podemos elencar alguns relevantes: 
 • Respeito à cultura local, lembrando que mesmo 
dentro de um município, podemos ter culturas contrastantes em 
diversos aspectos; 
 • Interação com a linguagem local, mesmo não utilizando a 
mesma e nunca repreender um interlocutor, utilizar de linguagem 
compreensível; 
 • Ética pode ser uma palavra com entendimento amplo, 
porém é necessária na interação como a comunidade; 
 • Além da interação é interessante contextualizar com a 
comunidade, se inteirar acerca de suas necessidades e 
condições de trabalho, bem como buscar sempre melhorar a 
imersão junto à comunidade; 
 • Promover junto à comunidade um censo de auto 
percepção acerca da saúde bucal; 
 • Adequar os processos de aprendizagem aos diversos 
grupos que compõem uma comunidade, como também direcionar 
uma linguagem adequada a cada cidadão em educacionais e 
socioeconômicos; 
 • Reflexão, o agente de saúde deve capacitar e promover a 
reflexão sobre temas relativos à higiene e saúde. 
 Outro ponto relevante são as ações coletivas, pois 
proporcionam a oportunidade de divulgar informações a um maior 
número de pessoas de uma única vez, devendo, porém respeitar os 
enfoques do programa no que diz respeito a alguns temas. São 
eles: 
 • Geografia e população. As atividades educacionais 
podem ser voltadas para a população como um todo ou para 
uma parcela específica. Desse modo, quando direcionada ao todo 
deve conter informações genéricas, inerente a toda a 
população, tais como: tabagismo, alcoolismo, exposição ao 
sol, entre outras. Quando direcionada a uma parcela específica 
deve-se avaliar a população em questão e direcionar temas e 
situações que contextualizem. 
 • A definição de grupos e áreas de atuação também 
devem ser trabalhadas. Deve-se, portanto, estabelecer critérios de 
risco, avaliar as possibilidades de atuação adequando-as aos 
recursos disponíveis. 
 • Concomitantemente devem ser definidos grupos 
operativos distribuídos por unidade de saúde, com a finalidade de 
integração e democratização do conhecimento. Nesses grupos são 
trabalhados, ainda que minimamente, a causalidade dos 
agravos, bem como técnicas de prevenção e educação. 
 • Entre fatores considerados de extrema importância, está 
a inclusão da família nas atividades educacionais, sendo dever 
do agente identificar grupos de risco. 
 • Estabelecer critérios de risco ou identificar fatores 
determinantes do processo saúde doença. 
 • Além do atendimento familiar o agente deve realizar o 
atendimento de forma particularizada para atender as 
necessidades. Quando julgar necessário, preparar o indivíduo para 
uma autonomia no cuidado. 
 As ações educativas coletivas podem e devem preparar 
cada indivíduo para o autocuidado, dando informações relevantes 
como é o caso da explicação correta da assepsia dos dentes como 
segue: 
 
 O jeito certo de limpar os dentes 
 
l' Passo- Escove o lado dos dentes voltado para a bochecha 
pressionando suavemente a escova da gengiva até a ponta dos 
dentes. Depois escove o lado de dentro dos dentes do mesmo jeito 
faça isso em todos os dentes superiores e inferiores, sem esquecer 
nenhum. Escove também a parte de trás dos últimos dentes. 
2• Passo - Escove a superfície do dente que usamos para mastigar. 
O movimento é suave, de vai e vem e deve alcançar todos os 
dentes, superiores e inferiores. A escova deve ir até os últimos 
entes lá no fundo da boca. 
3• Passo – A inda não acabou. Escovar a língua é muito limpo, 
tente, pois ela acumula restos. alimentares e bactérias que 
provocam mau hálito. Faça movimentos cuidadosos com a escova 
"varrendo" a língua da parte interna até a ponta. 
4• Passo- Passe o fio ou fita dental entre todos os dentes devagar 
para não machucar a gengiva. Depois que o fio passar pelo ponto 
mais apertado entre os dentes, leve-o até o espaço existente entre 
a gengiva e o dente e pressione-o sobre o dente, puxando a sujeira 
até a ponta do dente. Primeiro de um lado, depois do outro. 
 
 Conceitos de promoção à saúde 
 Os conceitos de promoção à saúde englobam o campo 
político e utiliza métodos de analise e atuação, para definir as 
condições sociais inerentes à qualidade de vida e também a saúde 
das pessoas. 
 Esses métodos são pautados pelas resoluções ocorridas na 
primeira conferência da ONU datada do ano de 1986, a partir da 
qual, começaram a se difundir os conceitos básicos acerca de 
saúde coletiva, bem como firmaram compromissos e metas para 
os planos de atendimento a saúde coletiva. 
 Algumas das definições da mencionada convenção 
realizada na cidade de Otawa em 1986 buscam, entre outras 
coisas: 
 
• Desenvolver na população, ambiente salutar, ou seja, que o 
ambiente proporcione saúde ao cidadão, criando métodos de 
identificação das condições elementares de saúde; 
• Avaliar os demais setores de saúde, buscando sempre 
construir políticas de saúde complementar; 
• Promover estratégias de saúde comunitária, utilizando meios 
de comunicação de massa; 
• Estimular no cidadão o desenvolvimento pessoal e social 
permitindo aos próprios indivíduos desenvolverem ações de saúde 
entre seus pares; 
• Reorganizar os serviços de saúde, atribuir metas de atuação e 
acima de tudo buscar igualdade no trabalho clínico curativo. 
 
 Em termos gerais, a saúde de forma individualizada 
ultrapassa as atribuições do setor de saúde. Portanto, o foco das 
ações de saúde é a população de forma ampla e genérica, 
devendo esta, sempre buscar minimizar as desigualdades sociais. 
 De maneira geral, deve-se avaliar os fatores ocasionadores 
de risco comum, e trabalhar na intenção de obter resultados que 
desenvolvam toda a comunidade, identificando e propondo 
soluções para os agravos mais comum à determinada 
comunidade. 
 Desse modo, doenças comuns a toda sociedade como, por 
exemplo, o diabetes, a cárie dentária e a obesidade tem como 
fator comum a alimentação, devendo ser esse o fator de risco a 
ser trabalhado. 
 Existe hoje em dia um novo modelo voltado para as questões 
da saúde familiar que tem por base alguns fatores importantes, tais 
como: 
 
• A assimilação das pessoas, sobre as questões de saúde e 
qualidade de vida; 
• A adequação das questões de saúde a várias realidades 
sociais econômicas e culturais, promovendo uma melhor 
adaptação aos vários grupos queformam a população brasileira; 
• Identificação de territórios, pautado não somente por fatores 
de localização, como também levando em conta a similaridade 
cultural e socioeconômica de uma população alocada em 
determinada região. 
 
 Sendo assim, a política nacional de saúde estabelece 
diretrizes para o planejamento e execução das ações de saúde, 
pautado em alguns princípios, como segue: 
 • Empregar como princípio básico e fundamental a busca da 
igualdade social na melhoria da saúde e qualidade de vida; 
 • Promover a interação dos vários setores sociais e de saúde 
com a finalidade de possibilitar a criação e desenvolvimento pleno 
das ações de saúde; 
 • Criar laços com a comunidade, educando e fortalecendo a 
interação social, visando conscientizar e obter maior propagação 
das informações; 
 • Utilizar novas técnicas de gestão organizacional, adotando 
práticas menos hierárquicas, que possam utilizar como reunião de 
esforços, tanto os profissionais de saúde como criação de redes 
de cooperação com a sociedade; 
 • Promover a pesquisa e o desenvolvimento de novas 
técnicas de promoção á saúde, estabelecendo cenários de 
aplicação mapeamento de risco e eficácia das soluções 
empregadas; 
 • Manter informados os profissionais de saúde e usuários do 
sistema de saúde, acerca das iniciativas e ações existentes, bem 
como exteriorizar essas informações à comunidade. 
 
 Ações efetivas ou assistenciais 
 As ações de assistência à saúde consistem em intervenções, 
que podem ser executadas isoladamente, ou seja, a um indivíduo 
ou em grupo, tendo como característica o fato de confrontarem os 
problemas de saúde que atingem a população de modo geral. 
 As ações assistenciais devem, então, ser organizadas de 
forma abrangente, de modo a atender as necessidades comuns e 
individuais, bem como sua demanda. 
 
 
 
 
Doenças Bucais e seus Fatores 
 
 Nesta unidade iremos abordar os agravos e doenças bucais, 
bem como os fatores que os ocasionam. 
 Entre os temas principais, iremos abordar a cárie, doenças e 
traumas, fatores de risco e também suas consequências à saúde 
bucal. 
 
Doenças e Agravos mais Comuns 
 As doenças mais prevalecentes em determinada comunidade, 
são de modo geral, o foco da assistência prestada pelo serviço de 
atenção Básica. 
 Alguns dos agravos são encontrados na comunidade de um 
modo geral, devendo ser averiguados suas origens e ao mesmo 
tempo traçados planos de ação de combate. 
 Dentre as doenças prevalecentes na sociedade atual, 
podemos citar algumas das quais são mais recorrentes e devem, 
portanto, receber mais atenção do serviço de saúde, são elas: 
 
• Cárie; 
• Doenças do periodonto; 
• Câncer bucal; 
• Traumas 
 
 Por serem fatos mais recorrentes, devem ser melhor 
analisados e seus fatores definidos buscando encontrar soluções 
que possam ser aplicadas em grupo. Proporcionando, desse 
modo, uma maior difusão dos cuidados da saúde bucal. 
 É atribuição das equipes de saúde, executar ações 
preventivas e reparatórias na comunidade local proporcionando 
uma melhora na saúde bucal. 
 Sendo a higiene bucal fator preponderante para a prevenção 
das doenças bucais acima citadas, torna se também atribuição dos 
agentes de saúde à divulgação de informações, bem como 
palestras e demonstrações dos cuidados que devem ser tonados 
com a higiene bucal. 
 
Cáries Dentárias 
 
 O que são Cáries Dentárias? 
 Cáries dentárias são fissuras no dente decorrentes da 
aparição de bactérias, a criação de placas e tártaro que combinados 
com os ácidos da boca deterioram os dentes. 
 Os dentes possuem uma camada dura em seu exterior 
que é chamada de esmalte, essa camada protege o dente evitando 
o contato de alimentos e outros itens em seu interior. 
 Se o esmalte do dente desaparecer, o dente ficará exposto à 
ação das bactérias, causando facilmente a criação das cáries. 
 A parte do dente abaixo do esmalte é macia, onde contém os 
nervos e vasos sanguíneos. Quando a cárie chega a essa 
região, o paciente começa a sentir dor. 
 As cáries acontecem, na maioria das vezes, em crianças e 
adultos devido à falta da higiene bucal. Essa má higienização 
bucal facilita a proliferação de bactérias. 
 Geralmente, a cárie em seu processo inicial, não apresenta 
sintomas para a pessoa afetada, a não ser nos casos mais graves 
quando a região do dente já está mais contaminada pela cárie. 
 Quando a cárie chega ao nervo do dente, ou em sua raiz, ela 
pode ocasionar vários tipos de sintomas, sendo a dor o mais 
comum. 
 Em casos que a pessoa não trata a cárie, o problema pode se 
agravar evoluindo a um abscesso no dente, que é uma 
doença mais grave e dolorosa. 
 Quando não tratada, a cárie deixa um buraco no dente, 
deixando os nervos, vasos sanguíneos e até mesmo a raiz do dente 
expostos a germes e bactérias, podendo assim, infeccionar o dente, 
levando-o a doenças mais graves e até mesmo a perda do dente. 
 Cáries dentárias são comuns a grande parte da população, 
mas não é um problema que necessite de tratamento de 
emergência, a não ser em casos mais graves, que o paciente 
estiver sentindo dor. 
 Normalmente, é possível a prevenção desta doença através 
de bons hábitos de higiene, como é o caso da escovação diária. 
 
 Sintomas 
 Como informamos anteriormente, as cáries dentárias não 
apresentam sintomas em seu início. 
 Os sintomas aparecem quando o grau de prejuízo do dente já 
está bem abalado. Nesses casos, a pessoa afetada pode sentir 
sensibilidades a alguns tipos de alimentos e dores. 
 É comum que pessoas que possuem cáries que já afetaram 
boa parte do dente sintam sensibilidades ao comerem alimentos 
doces, quentes, frios e até ao tomarem líquidos. 
 
 
 
 
 O que causa a Cárie Dentária? 
 Em nossa boca há ácidos e bactérias que auxiliam na 
decomposição dos alimentos que agem junto à mastigação. A 
principal bactéria que cria a cárie é a Streptococus Mutans. 
 A má higienização bucal é a principal causa da aparição de 
cáries dentárias, pois auxilia na proliferação de bactérias 
existentes na boca, possibilitando sua ação. 
 E quando não é realizada a higienização da boca após a 
alimentação, as bactérias, junto com os restos de comida, criam 
uma camada que é chamada de placa. 
 Essas placas bacterianas não removidas devidamente 
através da escovação e do uso do fio dental pode endurecer sobre 
o dente, e passa a ser chamado de Tártaro. 
 O tártaro e a placa bacteriana, junto com as bactérias e ácidos 
que contém na boca desgastam o esmalte do dente, deixando-o 
suscetível a criação de buracos, que são as cáries. 
 Normalmente as cáries começam com pequenos buracos na 
superfície do dente, mais quanto mais tempo esses buracos 
ficarem expostos a germes e bactérias. 
 Sem o tratamento das cáries, elas podem se tornar maiores e 
mais profundos, podendo vir a virar doenças mais graves. 
Quando as cáries atingem muitas partes do dente, ou partes mais 
profundas, podem chegar aos nervos, vasos sanguíneos e até 
mesmo a raiz do dente. 
 
 Tratamento 
 O tratamento da cárie dentária é efetuado por profissionais da 
área de odontologia, chamados de dentistas. 
 O tempo e tipo de tratamento variam de acordo com o 
nível da infecção causada pela cárie. 
 O tratamento da cárie começa com a extração da mesma da 
região do dente, com o uso de brocas dentárias. O dentista lixa a 
região até retirar todo o conteúdo afetado. 
 Muitas vezes, quando detectadas no início as cáries 
podem ser extraídas de forma simples, bastando apenas retirá-las 
com o uso da brocha de lixamento, não necessitando cobri-las com 
outras substâncias. 
 Infelizmente, na maioria doscasos, quando detectadas, as 
cáries já estão mais avançadas no processo de deterioração do 
dente. 
 Quando mais profundas, as cáries necessitam ser retiradas, 
com o lixamento, mais deixam um grande buraco que necessitam 
ser limpos e tampados. 
 Os dentistas preenchem o dente com uma substância que 
impedem a entrada de micro-organismos na polpa do dente (parte 
interna do dente), conhecidas também como restauração. 
 
 Restauração 
O que é restauração? 
 A restauração é o preenchimento do dente com substâncias 
adequadas para a reestruturação do dente, de forma a tampar o 
buraco ocasionado pelas cáries evitando uma infecção. 
 A restauração do dente auxilia na reestruturação do dente, 
fazendo-o a voltar para sua forma e função normal. 
 Quando o dentista faz a restauração ele auxilia também, 
na prevenção do surgimento de futuras cáries no local. Pois a 
substância usada para fazer a restauração é mais densa que o 
dente. 
 
 
 Tipo de restauração 
 Não há apenas um tipo de restauração ideal, pois cada 
pessoa tem um tipo de dente e gengiva. Cada tipo de boca se 
adapta melhor a um tipo de material, pois o organismo da pessoa 
pode reagir de formas diferentes, causando, por exemplo, rejeições 
e alergias. 
 
 A restauração pode ser feita com diferentes tipos de materiais, 
são eles: 
• Ouro – A restauração em ouro é feita sob medida, e é de 
longa duração, podendo durar mais de 20 anos, e tem uma 
grande aceitação pelos tecidos gengival. Mas por ser ouro é uma 
opção cara. 
• Porcelana – A restauração de porcelana são feitas sob medida. 
Essa restauração fica com a cor parecida com o dente, e é 
resistente a manchas. Seu preço é similar ao ouro. 
• Resina composta – A restauração com resina composta também é 
semelhante à cor do dente, dando uma aparência natural. 
Essa restauração pode ser feita mais rapidamente, pois é 
inserida diretamente na cavidade do dente, mas não é considerada 
a melhor restauração, pois seu material desgasta com o tempo 
e pode manchar na presença de corantes, tendo como duração de 
três a dez anos. 
• Amálgama (prata) – A restauração com amálgama é feita 
com a mistura de várias substâncias, tais como, mercúrio, 
prata, cobre, estanho e algumas vezes zinco. Essa restauração 
não agrada todos os tipos de pessoas, pois possui uma cor mais 
escura, o que a torna mais barata. 
 
 Prevenção 
 Para prevenir o aparecimento de cáries dentárias a pessoa 
deve ter bons hábitos de higienização bucal, que são eles: 
 
 • Escovar os dentes após as refeições, ao menos duas vezes 
ao dia, com o uso de creme dental com flúor. 
 • Fazer o uso do fio dental entre todos os dentes, ao menos 
uma vez ao dia. 
 • Lavar a boca com água para retirar resíduos da comida, na 
ausência da disponibilidade de escovar os dentes depois das 
refeições. 
 • Após as refeições, se não tiver disponibilidade de fazer a 
escovação, mastigue chicletes (os famosos sem açúcar) que 
contenham xilitol e sorbitol, que são substâncias que substituem o 
açúcar. 
 • Faça visitas periódicas ao dentista para realização de 
limpezas e acompanhamento profissional para prevenção de 
doenças. 
 • Use produtos de enxague bucal que contenha flúor. 
 
 Ações em Saúde Bucal 
 Na maioria das vezes, a cárie aparece na população mais 
carente que não tem acesso à informação e a itens indispensáveis, 
como é o caso do flúor. 
 Por este motivo, os agentes de saúde devem monitorar as 
necessidades junto à população, conscientizando-os e criando 
facilidade ao acesso a água fluoretada. Esse monitoramento ajuda 
a evitar epidemia de doenças. 
 O agente de saúde, além de orientar, tem como missão 
agendar consultas junto ao dentista sempre que necessário. 
 
 
 
Doenças Periodontais 
 
 Há vários tipos de doenças bucais, as que atingem a dentição, 
e as que podemos encontrar em casos de agravos referentes à 
saúde bucal como, por exemplo, as doenças que atingem a 
gengiva, o ligamento periodontal e o osso. 
 
 Gengivite 
 A gengivite é uma doença inflamatória que acomete a 
gengiva, o principal fator para o desencadeamento da gengivite é 
uma higiene oral deficiente ou inexistente. 
 O acumulo de placa bacteriana decorrente da falte de higiene 
provoca a inflamação da gengiva, cuja coloração é alterada para um 
vermelho mais escuro e aumenta a sensibilidade, bem como o 
sangramento, evidenciam o diagnostico de gengivite. 
 
 
 
 
 
 A gengivite é uma enfermidade muito comum, sendo ela a 
doença periodontal mais recorrente. Porém, há um limite para 
ser considerada gengivite, quando a inflamação atingem um 
tamanho maior que 3 mm ou atinge o osso, esta passa a se chamar 
periodontite como veremos adiante. 
 
 Prevenção 
 A prevenção da gengivite reside primordialmente em 
fatores de higiene bucal, como a correta escovação dos dentes, fio 
dental e também uma redução do consumo de açúcar. 
 
 Tratamento 
 O tratamento da gengivite consiste basicamente em uma 
limpeza mecânica realizada pelo dentista, geralmente a placa 
bacteriana é removida em até duas semanas. 
 
 Periodontite 
 A periodontite ou doença periodontal consiste no processo 
inflamatório iniciado na gengiva, avançando para os tecidos de 
suporte de periodontal. Também conhecida como “piorreia” a 
periodontite é uma doença que acomete a gengiva, osso e também 
os ligamentos que suportam os dentes. 
 Existem vários fatores responsáveis por essa patologia, 
sendo a condição imunológica e a microbiota fatores 
preponderantes para a destruição do periodonto. 
 
 
 
 A periodontite é, hoje em dia, uma das principais causas de 
perda da dentição na população adulta e a maior causadora de 
perda de dentes na população idosa. 
 Essa doença acarreta, gradativamente, a degradação da 
estrutura responsável pela sustentação dos dentes. 
 O quadro de periodontite é iniciado após um processo 
inflamatório que ataca o ligamento do periodonto, ocasionado 
por muitos fatores. A consequência disso é imposta pelo sistema 
imunológico do indivíduo que faz uma reabsorção óssea, sendo 
este um dos maiores problemas da periodontite. 
 Outro dos problemas ocasionados pela periodontite é a 
mudança na posição dos dentes, podendo ocorrer ainda 
sangramentos na gengiva, alteração na coloração dos dentes, 
bem como, dores e sensibilidade nos dentes, diferenças ou até 
mudanças no paladar, sensibilidade e dores na gengiva e mau 
hálito. 
 Há também os problemas secundários, como a 
proliferação de bactérias e até mesmo a destruição óssea, que 
podem ocorrer em função dos quadros de periodontite. 
 Em grande parte dos casos agudos, pode haver projeção dos 
dentes para fora e também o aparecimento de pus. 
 
 
 Projeção dos dentes para fora! 
 
 Estudos recentes estabeleceram uma relação desta 
doença com doenças renais, artrite, diabetes, osteoporose, 
devendo-se então considerar o histórico de doenças pregressas do 
paciente como fatores indicadores de grupo de risco. 
 Entre as doenças associadas à periodontite, podemos 
citar ainda infecções pulmonares e úlceras, muito embora estas 
últimas apresentem menor número de pesquisas que comprovem 
esses fatores relacionais. 
 
 Prevenção 
 Como na maioria das doenças odontológicas, a higiene e 
uma programação de visitas periódicas ao dentista são fatores 
preponderantes. Porém, fatores como alimentação, fumo, 
deficiências nutricionais, fatores emocionais e medicamentos 
podem contribuir para o aparecimento do quadro inflamatório. 
 A correta escovação dos dentes, bem como o uso do fio 
dental, principalmenteapós as refeições e antes de dormir; uma 
dieta equilibrada, e evitar o consumo de açúcar são medidas que 
devem ser adotadas. 
 
 Tratamento 
 O tratamento da periodontite é realizado através da raspagens 
da área doente; técnicas de tratamentos a L.A.S.E.R também 
podem ser realizadas, porém em casos mais graves podem ser 
necessárias cirurgias periodontais ou até mesmo o uso de 
antibióticos. 
 
Câncer Bucal 
 
O que é câncer bucal? 
O câncer de boca ocorre frequentemente na região dos lábios, mas 
não é um câncer exclusivo dos lábios, pois ocorrem também na 
parte interior da boca, na garganta, nas amídalas ou nas glândulas 
salivares. 
O câncer bucal atinge qualquer tipo de pessoas, 
principalmente homens com idade superior a 40 anos. 
Os principais causadores da doença são o excesso do uso de 
cigarros e bebidas alcoólicas. 
Esse tipo de câncer, tão quanto os demais, podem levar a óbito 
caso o paciente não comece o tratamento. Em casos de detecção 
precoce, o tratamento pode ser mais fácil e eficaz. 
 
Sintomas 
O câncer de boca pode aparecer sem que a pessoa perceba, pois 
nem todos os sintomas são de fácil visualização. Mas como já 
aconselhamos anteriormente, é de suma importância o 
acompanhamento médico periódico, pois o profissional poderá 
reconhecer o câncer em seu estágio inicial. 
No caso de perceber algum problema na boca o médico e/ou 
dentista deverá ser informado para o quanto antes começar o 
tratamento. 
Os principais sintomas do câncer bucal são feridas nos lábios, 
interior da boca e nas gengivas. Essas feridas sangram com 
facilidade e não cicatrizam com facilidade. 
 
Outros sintomas que são mais fáceis de ser reconhecidos são: 
• Aparição de caroços ou inchaço na região da bochecha; 
• Perda da sensibilidade da boca ou parte dela; 
• Aparecimento de manchas na região da gengiva, da língua ou 
outra parte interna da boca, com coloração branca ou vermelha; 
• Sensibilidade na boca que dificulta a mastigação e o processo de 
engolir; 
• Dores na região bucal; 
• Inchaço; 
• Mudanças na voz sem motivos aparentes; 
• Sensação de que tenha algo em sua garganta 
 
Prevenção 
 Parar de fumar ou mascar fumo é uma das principais formas 
de evitar o câncer bucal, pois esse mau hábito corresponde a 90% 
das causas de seu aparecimento. 
 O causador de muitas doenças é o fumo, tais como, 
câncer de pulmão, câncer bucal, doenças cardíacas, entre tantas 
outras. 
 O fumo geralmente remete o indivíduo a vários problemas de 
saúde, e os problemas de saúde atrapalham no tratamento de 
infecções de ferimentos e/ou cirurgias. 
 O costume de algumas pessoas em mascar tabaco 
aumenta a possibilidade do aparecimento de câncer bucal em 50%. 
 Eliminando esses maus hábitos as chances da pessoa evitar o 
câncer aumenta significativamente. 
 
 
 
 Tratamento 
 Com os resultados dos exames em mãos e diagnosticado o 
câncer, os especialistas (médicos) irão planejar o tratamento ideal 
para cada caso. 
 Na maioria das vezes, é necessário um tratamento longo e 
bastante cansativo para o paciente. 
 Muitas vezes é preciso a realização de cirurgias para a retirada 
do tumor, e um tratamento baseado em radioterapia e 
quimioterapia. 
 
 Os tratamentos de radioterapia ou quimioterapia deixam o 
paciente bastante debilitado, podendo aparecer machucados na 
região dos lábios. 
 Porém, quando detectados e iniciados o tratamento 
precocemente, as chances de cura são muito maiores, podendo 
em certas ocasiões, não necessitar fazer a cirurgia. 
 
 Efeitos colaterais da radioterapia 
 O tratamento baseado na radioterapia é muito forte ao 
nosso organismo o que ocasiona alguns efeitos colaterais durante 
seu uso. 
 Normalmente, durante o uso da radioterapia, o paciente sente 
a boca ressecada, irritações nas partes sensíveis da boca, perda de 
paladar e até mesmo dificuldade de engolir os alimentos. 
 A radiação recebida durante o tratamento da radioterapia 
pode ocasionar cáries. Logo é indicado que redobre o cuidado com 
a higienização. 
 
 Divulgação de informações à população 
 Em qualquer tipo de doenças é necessário o conhecimento 
prévio da população, para que possam evitar os riscos e prevenir a 
infestação. 
 Os agentes de saúde devem realizar reuniões de 
conscientização sobre o problema, informando a toda a população 
sobre o que é a doença, auxiliá-los a evitar, ajudar a diagnosticar e 
agendar consultas em casos de suspeitas. 
 
 
 
 
Traumatismos Dentários 
 
 Traumatismo dentário pode ocasionar fraturas, mobilidade 
e até mesmo perda dentárias. Também podem ocorrer fraturar 
externas como no caso de fraturas do maxilar. 
 Os traumatismos dentários podem ser simples como nos 
casos de fraturas que não atingem uma grande parte do dente, tais 
como traumas na coroa. 
 Os traumatismos nos dentes podem comprometer a 
vitalidade do dente, chamado de necrose da polpa. 
 Levantamentos realizados por profissionais da área bucal 
informou que o trauma mais frequente é quando o dente sai da 
boca, esse problema é chamado de avulsão dental e o 
traumatismo que também ocorre muito devido a quedas. 
 
 Causas 
 O traumatismo dentário pode ser ocasionado por 
ferimentos mais graves, acidente ou quedas que tenha abalado à 
mandíbula. 
 
 Sintomas 
 O principal sintoma de traumatismo dentário são dores, 
principalmente se o trauma tiver afetado a dentina, gengiva ou 
mesmo o osso. 
 Outro sintoma é a perda de fragmentos dentários, ou até 
mesmo o dente inteiro. Os dentes afetados por traumatismos 
podem perder sua vitalidade (morrer). 
 Outro sintoma é a sensibilidade na região dos dentes e 
gengivas. 
 
 
 Tratamento 
 Em casos simples que o trauma afetou apenas a coroa do 
dente, o tratamento é apenas uma restauração com o uso de 
resinas compostas. 
 O tratamento ideal em casos de traumatismo dentários 
consiste naquele que é efetuado o mais rápido possível, pois o 
profissional poderá receitar antibióticos para eliminar germes e 
bactérias que possam infeccionar a região. 
 Caso um traumatismo ocorra o ideal é não tocar na raiz do 
dente, por ser uma área sensível, mantenha-o limpo. 
 A dica que pode facilitar o reimplante do dente é em casos de 
adultos, colocá-lo na boca entre os dentes e a gengiva que o 
deixará imerso em saliva, quanto em crianças o melhor é colocá-lo 
imerso ao leite. 
 
Prevenção 
 A prevenção consiste no cuidado para evitar pancadas que 
possam causar traumas. 
 Outra forma são os agentes de saúde fazerem o mapeamento 
das principais causas e locais onde ocorrem com mais frequência. 
 Com as informações em mãos, basta fazer palestras de 
orientação. 
 
 
 
 
 
 
 
Fluorose Dentária 
 
 
 
 A fluorose dentária é uma má formação dos dentes causada 
pela ingestão em excesso de flúor, formando um esmalte 
hipomineralizado. 
 Essa anomalia deforma a estrutura do esmalte do dente, 
causado aumento da porosidade, opacidade, manchas e até 
erosões na superfície do esmalte do dente. 
 As manchas que aparecem no esmalte do dente podem ser 
na cor branca, marrom e até mesmo preta. O dente com fluorose 
dentária pode apresentar estrias horizontais. 
 O esmalte do dente, como já vimos anteriormente, serve de 
proteção para o dente impedindo o contato de germes e bactérias 
com a parte interna do dente. 
 Um dente com sua camada de proteção prejudicada 
podem ser afetados por diversos problemas bucais, causando até 
a perda dos dentes. 
 Um dos principais grupos de pessoas que são afetadas é 
formado por pessoas com baixo peso corporal. 
 Essa doença ocorre com o excessode flúor no dia-a-dia da 
criança que está em fase de formação dos dentes, logo do esmalte. 
 Podemos encontrar flúor em diversos itens do nosso dia-a-dia, 
tais como na água de abastecimento público, no creme dental, 
enxaguante bucal, em alguns alimentos e bebidas, entro outros 
locais de fácil acesso. 
 A ingestão de flúor diária ideal é de aproximadamente 0,7 
ppm, sendo facilmente atingido no consumo de água vindas de 
abastecimentos públicos. 
 
 Prevenção 
 As principais formas de prevenção da fluorose dental é o 
controle da quantidade de flúor ingerida por crianças desde o 
nascimento, até os 6 anos de idade, pois essa a fase do 
desenvolvimento da dentição do indivíduo. 
 É necessário também que o ministério da saúde controle 
melhor a quantidade de flúor disponibilizado no abastecimento de 
água pública, pois sua quantidade muda de acordo com a região e 
clima. 
 Outra forma muito útil de evitar a fluorose dentária é o controle 
por parte dos responsáveis pelas crianças, sobre o que é 
ingerido por ela, controlando então o consumo de alimentos que 
possuem flúor. 
 
 Tratamento 
 O tratamento da fluorose dentária consiste em retirar a parte 
afetada pela doença, por meio de tratamento profissional, através 
do lixamento com o uso de brocas. 
 Nos casos mais graves, é necessário um desgaste mais 
profundo, o que pode prejudicar a estrutura do dente, sendo assim 
é necessário o uso de coroas sobre os dentes. 
Edentulismo 
 
 Edentulismo é a ausência de dentes. Muitas vezes, quando 
pensamos na ausência de dentes, lembramos de idosos, mas 
isso é um mito, o edentulismo pode ocorrer em qualquer idade. 
 O edentulismo é uma doença causada pela má higienização 
bucal, traumas, e outras doenças bucais, que podem agravar-se à 
perda. 
 Há muitos mitos que atrapalham na prevenção; pesquisas 
revelaram que a maioria das pessoas acham que a perda de dente 
é um fator comum com o passar dos anos, assim acham que não 
adiantará tratá-los. 
 A falta dos dentes pode levar o paciente a ter sérios 
problemas, pois atrapalham no processo de mastigação, fazendo 
com que a pessoa engula alimentos mal triturados, ocasionando um 
esforço redobrado do estômago, podendo causar doenças como 
úlcera gástrica. 
 Outros problemas que podem ser causados pelo edentulismo 
é a dificuldade de falar algumas palavras e afeta estética da 
pessoa atrapalhando sua convivência devido a sua baixa 
autoestima. 
 O alinhamento dentário pode sofrer alteração com o passar do 
tempo, pois em casos de perda de dente, os dentes que estiverem 
próximos podem vir a ocupar o lugar deixado pela ausência do 
outro dente. 
 Outro problema que pode acontecer, principalmente com 
idosos, é o escurecimento do esmalte do dente, normalmente 
decorrentes de problemas ocorridos na dentina. 
 Um mau hábito muito conhecido por toda a população pode 
também afetar o estado de conservação do dente, é ele o 
ranger dos dentes, chamado também de Bruxismo. 
 O Bruxismo, por forçar os dentes um contra o outro, pode 
levar a diminuir sua estrutura, podendo chegar a romper 
restaurações, ou mesmo desgastar o esmalte do dente, 
deixando-o exposto a vários tipos de doenças. 
 Os idosos, com o passar dos anos, normalmente apresentam 
outras doenças que podem atrapalhar na higienização bucal, 
muitos possuem artrite, artrose, entre outras, e essas doenças não 
os deixam fazer a devida assepsia da boca. 
 
Má oclusão 
 A má oclusão é a falta de simetria entre a maxila e a 
mandíbula, dificultando o encaixe correto da arcada dentária, 
podendo atrapalhar a evolução da formação óssea da face. 
 Nos casos de má oclusão, 40% dos afetados possuem a 
doenças por causas genéticas. 
 A má oclusão é um problema estético, podendo ser separado 
por tipos, tais como, Classe II, Classe III, Mordida Aberta, Mordida 
Cruzada, Mordida Profunda, e Apinhamento. 
 
 
 
 Nos casos de má oclusão que não são genéticos, são 
causados por maus hábitos, tais como, o uso de chupeta, 
mamadeira, dedo, entre outros. 
 Há casos de má oclusão que são influenciados por outras 
doenças, como são o caso de rinites, sinusites, traumas e tumores, 
etc. 
 Muitas vezes, a má oclusão ocorre por não ter estímulos 
para a formação da árcade dentária, como em casos que a criança 
não recebe estímulos para a mastigação, comendo apenas 
alimentação pastosa e líquida. 
 
 
 
 
 
 
Atenção à Saúde Bucal nas Etapas da Vida 
Do nascimento até 2 anos 
 
 A etapa do nascimento até os 24 meses é a mais importante 
para a formação do bebê. 
 As equipes de saúde, devem então criar ações de educação 
sobre higienização bucal junto aos pais e pessoas que irão 
tomar conta das crianças, para que assim, o processo de 
crescimento da criança ocorra da melhor forma possível, ajudando 
na prevenção de futuros problemas. 
 É de suma importância o acompanhamento médico nesta fase 
da vida do indivíduo. Para isso, os agentes de saúde devem 
acompanhar a criança e auxiliar aos pais, e agendar consultas 
médicas sempre que necessário. 
 Muitas vezes, quando começado o surgimento dos dentes, o 
bebê passa a ter um excesso de salivação, bem como dores na 
gengiva, diarreias, entre outros sintomas que os deixa agitado. 
 Mesmo que, ainda, sem dente é necessário uma devida 
higienização e cuidado, pois nessa fase é que se dá a formação dos 
dentes e uma má formação dentária pode ocasionar problemas 
futuros. 
 A ingestão de flúor em excesso na época da formação dos 
dentes pode causar fluorose dentária no indivíduo. 
 Outra situação importante é a amamentação, pois como 
sabemos, o leite materno é de essencial importância na formação 
óssea da criança, mas não deve ser a única forma de alimentação 
após os 6 meses, pois a criança necessita estimular o maxilar para 
evitar uma má-oclusão dentária. 
 
 
 
 Hábitos de estimulação da mandíbula 
 É de suma importância estimular a mandíbula do bebê, 
normalmente ocorre de maneira espontânea através da sucção do 
peito da mãe para a amamentação. 
 Há casos que as mães não conseguem amamentar seus 
filhos no peito, por vários problemas, nesses casos o ideal é a 
utilização da mamadeira, mas não deve, de maneira alguma, deixar 
o bico grande, pois o bebê deve ter o incentivo de fazer a sucção 
para estimular a formação mandibular. 
 Outro item a ser usado para o estimulo da formação da 
mandíbula do bebê é o uso de chupetas, mas não deve ser 
utilizada como item indispensável, pois o excesso pode ocasionar 
problemas na formação da estrutura da mandíbula. 
 Alimentação Saudável: O item mais importante é o 
aleitamento materno, pois possui as vitaminas e cálcio necessários 
para a formação do bebê. 
 O leite materno pode ajudar na prevenção de doenças. Em 
casos de a mãe possuir o vírus da AIDS, ele precisa ser substituído 
pelo uso da mamadeira; deve ser evitado o uso de adicionais 
ao leite, como por exemplo: açucares, achocolatados, entre 
outros. 
 O uso exclusivo do leite na alimentação do bebê deve 
acontecer até os 6 meses ou sob orientação médica. 
 Os agentes de saúde precisam orientar os pais sobre quais 
alimentos necessitam ser adicionados a essa alimentação e em 
quais períodos devem ocorrer essas mudanças. 
 Higiene bucal: Como já vimos anteriormente, é de suma 
importância à devida limpeza bucal, mesmo que ainda não 
possua dentes, para a realização dessa limpeza deve-se usar um 
pano ou gaze umedecidos em água filtrada. 
 Somente quando o bebê já possuir dentes é que se faz 
necessário o uso de cremes dentais, pois o uso em idade inferior 
pode levar a ingestão do produto. 
 O uso de substâncias que possuem flúor deve ser 
apresentado em pequenas quantidades sobre a supervisão dospais, pois o uso em excesso pode levar ao surgimento de fluorose 
dental. 
 
Dos 2 aos 9 anos 
 Todos os períodos da vida são importantes para a 
formação do indivíduo, cada etapa com suas importâncias. 
 Na etapa dos 2 aos 9 anos é importante criar bons hábitos, 
para isso, os agentes de saúde devem fazer palestras e visitas 
educativas para ajudar na prevenção de doenças bucais. 
 Sabemos que os hábitos saudáveis e caráter de uma criança, 
na maioria das vezes, ocorrem por seguirem os exemplos que veem 
em casa, feitos por seus pais e familiares. 
 Quando o acompanhamento da criança é feito corretamente 
pelos agentes de saúde, são avaliados, constantemente, os 
possíveis problemas bucais e agendadas as consultas necessárias. 
 Todo tratamento deve ser iniciados nos primeiros sintomas, 
pois se deve evitar possíveis agravamentos. 
 Quando ocorrem agravamentos que necessitam da 
extração do dente, isso pode ocasionar problemas de má oclusão 
na criança, comprometendo assim toda a arcada dentária. 
 Por volta dos cinco anos é que começam a nascer os dentes 
incisivos e molares, estes permanentes e que necessitam de 
extremo cuidado com a higienização. 
 Há problemas que são ocasionados por maus hábitos, tal 
como o uso excessivo da chupeta, que pode levar a criança a ter 
problemas de má oclusão. 
 A chupeta tem seu lado bom, pois ajuda a criança a aprender 
a sugar os alimentos, mas deve ser retirada no máximo até 3 anos. 
 
 Há crianças que criam o hábito de projetar a língua entre os 
dentes, empurrando-os para frente, podendo também ocasionar 
uma má oclusão. 
 Existem vários hábitos, nessa época da vida que podem 
prejudicar a formação da mandíbula da criança, todos podem ser 
retirados gradativamente, pelos pais, como o mau hábito de roer 
unha. 
 Os pais que perceberem desde o início o mau hábito poderão, 
de forma mais eficaz, retirá-lo sem que a criança sofra com o 
procedimento. 
 Em casos que não for possível, ou que haja traumas na 
criança, o aconselhável é buscar orientação de um psicólogo, para 
assim não perdurar os problemas e não agravar a situação. 
 É sempre importante frisar que o principal motivo da criação 
dos hábitos de uma criança é pelo exemplo, ou seja, as crianças 
costumam imitar o que os pais e responsáveis fazem. 
 Alimentação Saudável: Cada região possuem cultura e 
hábitos diferentes, sendo que o tipo de alimentação difere de um 
local para outro. 
 O importante, nessa fase da vida é incentivar que as crianças 
comam alimentos mais saudáveis que estimulem a mastigação. 
 Como já sabemos os alimentos com açucares pode 
favorecer o aparecimento de cáries, então é de suma 
importância que os pais e responsáveis controlem sua ingestão, 
dando preferência a açucares naturais como as frutas e o leite. 
 Quando crianças, o principal espelho para bons hábitos 
são os familiares, que deve contribuir para a formação e 
desenvolvimento da criança. 
 A alimentação adequada auxilia na prevenção de doenças 
através dos nutrientes, vitaminas, entre outros fatores que contém a 
comida. 
 É importante que os pais tentem acrescentar bons 
hábitos na alimentação das crianças, principalmente em época pré-
escolar. 
 A má alimentação pode prejudicar o crescimento da criança, e 
seu desenvolvimento mental, atrapalhando o acompanhamento do 
aprendizado na escola. 
 Crianças entre 7 e 10 anos já conseguem fazer suas 
próprias escolhas, mas é função dos pais ou responsáveis que 
continuem incentivando os bons hábitos alimentares para que o 
desenvolvimento 
 Higiene bucal: como em qualquer fase da vida, a 
escovação é fundamental e indispensável, mas para as 
crianças é necessário a supervisão de um adulto que possa 
auxiliá-lo e corrigi-lo quando o não fazimento de forma correta. 
 Com o passar dos anos é interessante que os pais incentivem 
os filhos a fazerem a assepsia sozinho, pois dessa forma contribui 
para que a higienização bucal seja um hábito em suas vidas. 
 Nesta etapa deve-se cuidar para que a escovação remova 
todas as impurezas, mas é necessário cuidado para não exagerar 
na quantidade de creme dental, pois as crianças, muitas vezes, 
engolem uma quantidade do produto, podendo causar fluorose 
dental. É importante ensiná-los quanto ao uso do fio dental. 
 
Dos 10 aos 19 anos 
 A adolescência é a fase da vida que ocorre a menor 
quantidade de procura do sistema de saúde, esse caso só muda 
quando o problema de saúde afeta a estética. 
 Para um contato mais eficaz é necessário que as equipes de 
saúde conheçam a linguagem e situações que vivem os 
adolescentes para assim, conseguirem encaminhá-lo para 
consultas e exames necessários. 
 
 Na adolescência é mais comum acontecerem problemas com 
o uso de drogas e álcool, problemas com seus familiares, gravidez 
e até mesmo o contato com algumas doenças. 
 Pelo desejo das adolescentes em serem magras, uma das 
principais doenças que acontecem nessa fase da vida é a Bulimia, 
essa doença pode ocasionar cáries e outros problemas dentários 
devido ao excesso de ácido na boca da paciente. 
 Outro problema muito comum na adolescência é ocasionado 
pelo uso de piercing, pois muitos inflamam podendo ocasionar 
doenças infecciosas. 
 Na região da boca existem milhões de bactérias que podem 
causar uma infecção. 
 Nos casos em que sejam averiguadas suspeitas de quadros 
infecciosos ou também outros tipos de doenças, tais como, 
doenças respiratórias, obesidade, entre outras, os agentes de 
saúde devem agendar consultas com profissionais adequados à 
situação do paciente. 
 Além disso, cabe também ao agente assegurar que 
informações inerentes aos riscos causados por tais condutas 
sejam devidamente transmitidas, bem como, aquelas referentes 
aos traumas dentários. 
 Os dentes terceiro molares, costumam nascer em pessoas 
entre os 17 e 21 anos, e estes necessitam da mesma higienização 
que todos os outros dentes, mesmo nascendo em um lugar de difícil 
acesso. 
 Como em qualquer fase da vida, os agentes de saúde são de 
extrema importância para auxiliar o indivíduo nas dúvidas e 
ajudando-os a criar bons hábitos. 
 Os dentes na fase adulta são todos permanentes e os 
cuidados dos mesmos são muito importantes, pois a aparição de 
doenças pode ser ainda mais prejudicial, visto que estes serão 
os dentes que acompanhará o indivíduo para o resto de sua vida. 
 
 Nessa fase da vida ocorre a maioria das doenças, pois as 
devidas higienizações não são realizadas corretamente, muitos 
adolescentes não se preocupam com os problemas que isso possa 
causar. 
 Para que todo o devido cuidado seja realizado, é necessário 
que a equipe de saúde faça visitas à comunidade e acompanhe os 
adolescentes, auxiliando-os a procurar ajuda médica sempre que 
necessário. 
 O acompanhamento precoce tem um excelente resultado, 
muitas vezes resolve os problemas e previne a aparição de mais 
doenças. 
 Devemos sempre lembrar que os agentes de saúde, 
quando em contato com adolescentes , devem ter uma 
compreensão de sua realidade, para facilitar o contato com o 
mesmo, pois caso não intervenha de forma correta pode 
simplesmente ser ignorado por eles. 
 Alimentação Saudável: Na adolescência é de suma 
importância uma boa alimentação, pois é nessa fase da vida que o 
caráter e características do indivíduo são formados. 
 A alimentação nesta etapa da vida é a que, em muitos casos, 
será seguida para a vida adulta. 
 Uma alimentação saudável e o incentivo a prática de esporte 
auxilia na formação do corpo e na prevenção de várias doenças. 
 A maioria dos adolescentes preferem uma alimentação 
rica em carboidratos, mas esse tipo de nutrientes junto com a má 
higienização

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