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Trabalho de antropologia-convertido

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM HISTÓRIA 
 
Mariana da Matta Santagada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aspectos antropológicos do bairro Porto, Muriaé- MG 
Muriaé, 2021 
 
 
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 Entende-se por desigualdade social, chamada também de desigualdade 
econômica, um problema social presente em todos os países do mundo, decorrente, 
principalmente, da má distribuição de renda e da falta de investimento na área social, 
como educação e saúde. Nosso trabalho irá se concentrar na cidade de Muriaé-MG, mas 
especificamente realidade vivenciada pelos habitantes do bairro Porto. 
Fundado há mais de sessenta anos, o bairro Porto possui a maior escola publica 
de nível Fundamental e Médio da cidade e que oferece cursos técnicos também. Apesar 
de a maioria da população não possuir o segundo grau completo. Suas dezenove ruas 
são pavimentadas e bem demarcadas; possui um posto de saúde, creche, uma praça e 
estabelecimentos comerciais como mercados, padarias, lojas de vestuário, lanchonetes e 
bares. 
Como acontece em diversos bairros da cidade, este também é formado 
predominantemente por mulheres (brancas e negras) e por pessoas da população negra. 
Os moradores em idade ativa para o trabalho exercem as mais diversas funções tanto 
forais, quanto informais. Embora o bairro Porto seja vizinho de dois outros bairros com um 
histórico de violência, que vem diminuindo ao longo dos anos, Encorta e Santa Terezinha, 
sobretudo no que diz respeito ao tráfico de drogas e a confrontos policiais, é relativamente 
calmo, com eventos violentos (notificados) apenas eventualmente. 
 Uma parcela da população, masculina principalmente, frequenta os inúmeros 
bares como forma de diversão e de manter uma relação social fora do âmbito doméstico e 
de trabalho. Aqui, também, como acontece em bairros populares, as crianças têm o hábito 
de brincarem nas ruas até tarde da noite. As igrejas também são influentes na formação 
de uma visão de mundo de uma grande parcela dos moradores. Além dessas interações 
já descritas, não acontece no bairro nenhuma movimentação cultural, seja ela organizada 
pela própria comunidade, seja pelo poder municipal e não existe nenhum modelo de 
discussão por parte da comunidade para decidirem propostas para melhorias no bairro. 
 
 
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