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Nevos Pigmentares

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Nevos Pigmentares 
Nevos pigmentares
Lesões pigmentares decorrentes de melanócitos epidérmicos são as efélides, mancha melânica, lentigo simples, lentiginose e síndromes lentiginosas, melanose de Becker e melanose solar. As originadas pelos melanócitos dérmicos são a mácula mongólica, os nevos de Ota e Ito e o nevo azul. Existem também lesões benignas que são os nevos melanocíticos.
Melanose pilosa de Becker
É unilateral, mais frequente em ombro de homens. Caracteriza-se por Hipertricose e mancha pigmentar. Normalmente, surge na adolescência após exposição solar e aumenta até dois anos. 
Quando em conjunto com outras alterações de desenvolvimento constitui a Síndrome do nevo de Becker que abrange anomalias ipsilaterais, principalmente a hiperplasia de mama. Outros achados são: aplasia do músculo peitoral, redução do membro inferior, disgenesia odontomaxilar segmentar, lipoatrofia, hipoplasia suprarrenal, pectus excavatum, escroto acessório e epinha bífida. 
Mancha mongólica
Ocorre na região lombossacral com tonalidade azul-acizentada surgindo desde o nascimento. Quase sempre desaparece com a idade. Não sofre transformação maligna. Por conta disso, o tratamento é dispensável. 
Nevo de Ota/Ito
Subtipo de mancha mongólica, se associa à pigmentação ocular e de mucosas. Quando ocorre nas regiões do ombro, área supraclavicular e pescoço constitui o nevo de Ito. 
Nevo azul
Ocorre como lesão de cor azul-escura a negra. Tem poucos milímetros e é bem limitada. Comum em face ou dorso das mãos. Surge na infância e pode maglinizar. 
Nevos malanocíticos pigmentares
Dentre os adquiridos, o nevo displástico pode ser precursor de melanoma maligno.
Classificados em: 
1. Comuns ou adquiridos: 
Ocorrem na maioria dos adultos brancos (10-40 lesões por pessoa), são as pintas.Aparecem na infância e aumentam de tamanho (até 4 a 8 mm) até a meia-idade quando tendem a diminuir. São uniformemente pigmentados e, uma vez que atingem sua expansão lateral, aprofundam e se elevam. 
Os nevos pigmentares planos são geralmente de junção; os salientes e verrucosos, compostos ou intradérmicos; e os pedunculados ou em forma de domo, quase sempre intradérmicos.
Só devem ser eleitos para exérese por questões estéticas, caso tenham sido submetidos a irritação traumática crônica ou se localizados em áreas de difícil acompanhamento. Quando um nevo exibe algum sinal de transformação maligna, como alteração de tamanho, bordas, cor, sangramento, ulceração, eritema, dor e prurido, a exérese com margem de segurança e o exame histopatológico são obrigatórios.
2. Congênitos
Ocorre em 1% dos neonatos e são redondas/ovais bem delimitadas. Os nevos maiores que 1,5 cm tem superfície rugosa, são pilosos e sua coloração é marrom/negra. Com o tempo tornam-se mais elevados e papilomatosos. 
Incluem-se nessa classificação os nevos congênitos gigantes. Esses estão associados a melanocitose das leptomeninges (melanose neurocutânea) que podem infiltrar o tecido nervoso, podendo ocasionar hidrocefalia por obstrução e disseminação metastática para o cérebro. Quando sobre a coluna vertebral podem estar associadas a epinha bífida e meningocele. 
Os nevos congênitos gigantes maglinizam de 5 a 20% dos casos e, portanto, sua retirada cirúrgica é indicada. Caso sejam menores que 20 cm podem ser retirados antes dos 12 anos, pois aumentam após esse período. 
3. Nevos displásticos
São nevos com características precursoras de melanoma maligno. Podem ser esporádicos ou familiares (Síndrome do nevo displásico/ Síndrome do nevo B-K), esse último tipo tem 10% de risco de malignizar e aumenta conforme o número de casos na família. 
Normalmente se diferenciam dos demais subtipos por serem mais numerosos, é geralmente maior (6 a 15 mm). Assumem as características clínicas após a puberdade e podem surgir após os 35 anos. Ocorrem também em nadegas, couro cabeludo e mamas. Tem bordas irregulares, pigmentação variável, as lesões podem ser puramente maculosas ou maculopapulosas, de superfície granulosa, eventualmente com escamas. Histologicamente apresentam atipias celulares, hiperplasia, fibroplasia de derme papilar.
Devem ser excisadas de 2 a 3 lesões para confirmação diagnóstica. Quando o número é pequeno deve ser realizada a exérese, quando muito grande o controle periódico pelo médico é indicado. Nevos displásticos em doentes com melanoma na família e em imunodeprimidos, transplantados renais e doentes com linfomas devem ser retirados cirurgicamente. Os indivíduos com nevo displástico devem proteger-se constantemente da luz solar e cuidados especiais de observação devem ser tomados em fases de atividade hormonal maior, como a puberdade e a gravidez. O exame dos familiares é obrigatório nesse caso.
Independentemente do tipo de nevo, sempre que existir suspeita de malignização, deverá ser feita biópsia excisional para diagnose histopatológica definitiva e a consequente conduta terapêutica. São sinais de transformação maligna o crescimento da lesão, aumento ou alterações da pigmentação, aparecimento de outras colorações, tons róseos, avermelhados, azulados, acinzentados e brancos, alterações das bordas que se tornam irregulares nos contornos e na pigmentação, eritema inflamatório, sangramento, ulceração, formação de crosta, aparecimento de lesões-satélite, dor e prurido. 
4. Nevo halo
É um halo despigmentado ao redor do nevo malonocítico que surge, geralmente, em adolescentes. Pode estar associado a vitiligo. Ele resulta de uma reação imunológica que destrói os melanócitos. Não há necessidade de tratamento.
5. Nevus spilus
Sobre uma mancha pigmentar “café com leite” e irregular surgem múltiplas lesões lenticulares. 
6. Nevo de Spitz/ Melanoma benigno juvenil
Ocorre mais frequentemente em crianças como tumor solitário, pequeno, indolor, róseo e localizado em geral na face. É indicada exérese para diagnose. 
7. Nevo de Reed / Nevo pigmentado de células fusiformes
É nevo melanocítico benigno caracterizado por pápula achatada ou ligeiramente elevada, bem delimitada, pigmentada de cor azul-escura ou negra. Surge em qualquer idade e tem predomínio no sexo faminino. 
8. Lentigo maligno/ Melanose Maligna
Ocorrem predominantemente em idosos na face. É causado por exposição a luz solar. Passa pelo aumento da atividade dos melanócitos até atipia celular e invasão dérmica. Tem evolução mais favorável do que as formas de melanoma maligno. 
Manifesta-se como uma mancha castanha a negra que se estende lateralmente atingindo vários centímetros. As bordas costumam ser irregulares e a pigmentação é heterogênea. Após meses ou anos, em um terço dos casos, há aumento da pigmentação e podem aparecer lesões papulonodulares, infiltração, ulceração, sangramento e crostas. Elas indicam a transformação em lentigo maligno melanoma.
A preferência é pela exérese mas pode ser utilizada a criocirurgia com aplicação de nitrogênio líquido em jato.
9. Lentigo maligno melanoma
Surge da evolução da lesão anteriormente citada e o tratamento é com exérese e lifadenectomia caso acometimento regional. O prognóstico é favorável, diferentemente do melanoma maligno.

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