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RESUMO - MALÁRIA- PARASITOLOGIA

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Vitória Caroline 
Pereira da Silva 
Estudante de Odontologia - UFPE 
@opsvitoriacaroline 
 Introdução 
 
 É uma doença com alta epidemiologia 
em países tropicais e subtropicais. 
 No Brasil ela está mais presente no 
Norte do país, na região amazônica. E 
um dos motivos para a sua 
epidemiolôgia é o desmatamento e a 
aproximação do homem ao ambiente do 
vetor. 
 As condições socio-econômicas e 
climáticas também são fatores que 
favorecem a suceptibilidade de 
contaminação de indivíduos. 
 
 
 Quem causa ? 
 
Vetor: Mosquito 
Gênero: Anopheles 
Espécies: São muitas, mas no Brasil a 
principal é a Anophelles darlingi. 
Na malária o mosquito Anopheles é o 
hospedeiro definitivo, e o homem o 
hospedeiro intermediário. 
Parasito: 
 Gênero 
- Plasmodium 
 Espécies: 
P. falciparum - É o mais virulento-sequestro de 
hemácias. 
P. ovale - Restrito de continentes africanos 
P. vivax - Espécie que mais acomete no Brasil. 
P. malariae - Possui maior período de incubação 
 
 Como ocorre? 
 Acontece em 3 ciclos. 
Ciclo exoeritocítica 
1° A fêmea do mosquito Anophelles injeta a 
forma esporozoita do plasmodium 
2° Os parasitos que não foram combatidos 
pelo sistema imune do homem, vão em 
direção as células do fígado, os 
hepatócitos. 
3° No hepatócito, o parasito começa a sua 
reprodução assexuada (por estar no 
hospedeiro intermediário) por 
esquizogônia. 
4° A célula esquizonte vai se formando e 
dentro dela se reproduz muitos núcleos. 
Após isso os núcleos começam o processo 
de saída da célula esquizonte e por 
consequência acaba carregando também 
parte do citoplasma da célula esquizonte 
que o formou. 
5° A partir de agora as células delimitadas 
formadas se chamarão merozoitos (tissular) 
com a membrana celular o delimitando 
corretamente. 
6° Na forma de merozoíto, o parasita 
consegue parasitar hemácias. 
(Pode acontecer que nesse momento de 
invasão o esporozoíto no hepatócito pode 
se diferenciar em hipnozoíto, que é uma 
forma latente que fica adormecido no 
hepatócito e por um motivo ainda 
desconhecido, ele volta e dar continuidade 
ao ciclo. Por esse motivo muitas pessoas 
quando fazem o exame, pensam que estão 
curadas, pois no exame não aparece 
nenhum parasito, mas na verdade ele os 
hipnozoítos estão adormecidos por aquele 
momento e em algum momento irão 
continuar o seu ciclo. Apenas as espécies P. 
ovale e P. vivax passam por esse 
mecanismo.) 
 
Ciclo eritrocítico 
 
7° A partir do momento que os merozoitos 
(saguíneos) adentram as hemácias se 
transformam em trofozoítos imaturos. 
8° Após se diferenciam em trofozóítos 
maduros, se reproduzem novamente por 
esquizogônia e causam a lise da hemácia 
no momento da saída. Os parasitas 
instalam-se nos eritrócitos, provocando 
hemólise e utilizando-se de ferro-heme para 
sua nutrição. 
9° Os trofozoítos imaturos também podem 
seguir por outra via e se diferenciarem em 
gametócitos. 
10° Os gametócitos podem se reproduzir de 
forma sexuada, porém só conseque exercer 
tal função no vetor Anophelles. 
 
 
Ciclo de vida no hospedeiro 
definitivo 
 Malária: Plasmodium sp. 
 
11° A fêmea do anophelles pica o indivíduo 
infectado contaminado com o parasito e por 
consequência capta o plasmodium. 
12° Os gametócitos são fundamentais 
nesse ciclo. 
13° Todo o conteúdo que o Anophelles 
ingere fica dentro de uma membrana 
peritrófica para previnir o ambiente que o 
mosquito ingeriu. 
14° Para os gametócitos o Anophelles é um 
ambiente com as melhores condições para 
se desenvolver (PH, Temperatura e etc). 
15° A partir desse momento os gametócitos 
começam a gametogênese se reproduzindo. 
16° O gametócito feminino dá origem ao 
macrogameta, e o gametócito masculino 
origina vários microgametas. 
17° E a partir do momento que se 
encontrarem, começa a reprodução 
sexuada. 
18° Formam o zigoto que é uma forma 
imóvel, precisando se transformar em 
oocineto que é uma forma móvel. 
19° O oocineto se liberta da membrana 
peritrófica e se instala na parede do 
instestino. 
20° Nesse momento no ambiente intestinal, 
ele se transforma em oocisto. 
21° O oocisto se multiplica por esporogônia, 
originando esporozoítos que se deslocarão 
até as glãndulas salivares do Anophelles. 
22° Quando a fêmea for se alimentar, 
deixará o parasito na forma de esporozoíto 
e o ciclo continuará. 
 
 
 
 
 
 Transmissão 
 
- Vetor Anophelles 
(apenas nesse, apresenta o ciclo 
exoeritrocítico) 
- Tranfusão sanguínea 
- Acidentes laboratoriais 
- Congênita/placentária 
 (Muitas consequências graves) 
- Compartilhamentos de seringa 
 
 Sintomatologia 
 Sintomas iniciais: Dor no corpo, cançaso, 
cefaléia, mal-estar, mialgia. 
 A partir do momento da lise das 
hemácias, o organismo produzirá 
ocitocinas e o sistema imune entrará em 
ação desencadeando a ação do 
pirogênio. 
 O pirogênio, que é uma molécula 
mensageira encaminhará a mensagem 
para o cérebro elevar a temperatura 
corporal. 
 A temperatura corporal aumentará 
quando houver a lise das hemácias e 
depois voltará ao normal. 
 P. falciparum, P. ovale e o P. vivax o ciclo 
se completa em 48 em 48 horas. No 3° 
dia e no 6° dia terá febre. Caracterizando 
a febre terçã. Já o P. malarie completa 
em 72-72 hrs. A febre quartã. 
 Os momentos de febre se chamam: 
acesso malárico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 lâminas 
(morfologias intracelulares) 
 
 
 
 Esquizonte - P. vivax 
 Trofozoito imaturo, aspecto de anel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Trofozoíto imaturo (1° coluna) x maduro (2° coluna) 
 
 
 Gametócitos, observar o P. falciparum. 
 
 
 
 Tratamento 
 
 
 A dificuldade no acesso ao hospital, 
principalmente na região da Amazônia, 
faz com que haja retardo no tratamento 
da doença o que agrava e é um fator de 
risco para o desenvolvimento da Malária. 
 A malária afeta os públicos-alvo: 
Crianças, adultos, grávidas e idosos. 
Sem predileção. 
 No tratamento pode ser usado: 
Cloroquina, primaquina (que age sobre 
os hipnozoítas) e Quinina + tetraciclina. 
 Não é usado azitromicina no tratamento. 
 Nas fases de Hipnozoíto e trofozoíto 
jovem, a imunidade celular atuará 
significamente. 
 Pessoas de área endêmica se 
reinfectam várias vezes e o seu 
organismo vão construindo uma certa 
imunidade. 
 
 
 Complicações forma grave 
 
 Edema pulmonar agudo 
 Insuficiência renal aguda 
 Icterícia 
 Malária cerebral 
 São quadros que se observam mais em 
crianças, idosos, imunodeprimidos. 
 
 
 Resistência natural 
 
 Existem pessoas que possuem uma 
resistência natural à Malária, mesmo 
sem nunca terem sido expostas ao 
parasita. 
 A suscetibilidade à malária pode ser 
influenciada por fatores 
geneticamente determinados do 
hospedeiro. 
 Pessoas com anemia falciforme, 
impossibilitam a entrada do 
protozoário nas suas hemácias, pois 
são indivíduos heterozigotos HbAS 
que possuem uma imunidade inata 
contra a malária falciparum. 
 Indivíduos com escassex de glicose 
6- fosfato desidrogenase também 
são imunes a malária falciparum. 
 
 Diagnóstico 
Padrão ouro: 
- Gota espessa 
 *Baixo custo 
 *Eficaz 
 *Simples 
 *Fácil realização 
 
 - PCR 
 - Métodos imunocromatográficos 
 
 
 Profilaxia 
Medidas individuais: 
- Mosquiteiro com inseticida 
(O anophelles tem o hábito de picas as 
pessoas no final da tarde, à noite e no 
nascer do sol) 
- Repelentes 
- Telas protetoras 
 
Medidas coletivas: 
- Diagnóstico precoce 
- Tratar doentes 
- Borrifar inseticidas 
- Uso de bioinseticidas e larvicidas 
- Saneamento básico

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