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Parasitologia Resumo: malária. PLASMODIUM - MALÁRIA.

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PARASITOLOGIA
– PLASMODIUM - MALÁRIA –
A malária, mundialmente um dos mais sérios problemas de saúde pública, é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Plasmodium e transmitida ao homem por fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles.
Ocorre principalmente nas áreas tropicais e subtropicais do planeta. 
Agente etiológico:
Quatro espécies de plasmódio podem causar a doença: P. falciparum ( Febre terçã maligna) , P. vivax (Febre terçã benigna) , P. ovale ( Febre terçã benigna) (essa, de transmissão natural apenas na África) e P. malariae ( Febre qurtã benigna).
No Brasil, os agentes causais da malária são pelas espécies de P. vivax, P. falciparum e P. malariae (este último com menor frequência).
Vetor:
Fêmea de mosquito do gênero Anopheles. 
Somente as fêmeas são hematófagas e transmitem o agente infeccioso. 
Eficácia na transmissão: 
- Fonte de alimento preferida. 
- Dentro ou fora das casas. 
- Altura em que se alimenta. 
- Condições ambientais.
Morfologia Parasitária:
Varia individualmente, em tamanho, forma e aparência, conforme o seu estágio de desenvolvimento e com suas características específicas.
Formas evolutivas:
-EXTRACELULARES: Esporozoíto, merozoíto e oocineto. 
-INTRACELULARES: Trofozoíto, esquizontes e gametócitos. 
Esporozoíto: é a forma infectante em humanos, presente nas glândulas salivares do mosquito que as inocula no homem. Possui núcleo central e extremidades afiliadas apresentando na extremidade anterior o complexo apical ou aparelho de penetração.
Esquizonte pré-eritrocítico: é a forma presente no hepatócito após a ocorrência da reprodução assexuada tissular (esquizogonia tissular).
Trofozoíto jovem: é uma forma encontrada dentro de hemácias, com aspecto de anel, sendo o aro formado pelo citoplasma e a pedra representada pelo núcleo do parasito (cromatina).
Trofozoíto maduro ou amebóide: é uma forma presente dentro de hemácias, na qual o citoplasma se apresenta irregular e vacuolizado e o núcleo ainda está indiviso.
Esquizonte: também dentro de hemácias, na qual o citoplasma é irregular e vacuolizado, mas o núcleo já se apresenta dividido em alguns fragmentos.
Rosácea ou merócito: ainda dentro da hemácia, cada fragmento do núcleo, acompanhado de uma pequena porção de citoplasma, se individualiza, formando tantos merozoítos quantas forem às divisões nucleares, ao conjunto dos quais se dá o nome de merócito ou rosácea.
Merozoíto: é uma forma ovalada, contendo um núcleo, pequena porção de citoplasma, apresentando em determinado ponto uma estrutura denominada “conóide de penetração”. O merozoíto pode ter duas origens: da esquizogonia tissular ou da esquizogonia sangüínea; assim, no início de sua formação, está dentro do hepatócito (compondo o esquizonte pré-eritrocítico) ou dentro da hemácia (compondo o merócito). Portanto, qualquer que seja sua origem, os merozoítos são células preparadas para penetrar em hemácias.
Macrogametócito: é a célula sexuada feminina, encontrada dentro de hemácias, apresentando-se arredondada ou alongada, conforme a espécie.
Microgametócito: é a célula sexuada masculina, encontrada dentro de hemácias, apresentando-se arredondada ou alongada, conforme a espécie.
Ovo ou zigoto: é uma forma esférica, presente na luz do estômago do mosquito e formada pela fecundação do macrogameta pelo microgameta.
Oocineto: é uma forma alongada, móvel, presente entre a luz e a parede do estômago do mosquito.
Oocisto: é o ovo ou zigoto encistado na parede do estômago do mosquito e que dará origem aos esporozoítos. Possuindo uma forma esférica.
Ciclo biológico:
-Ciclo de vida HETEROXENO 
- Hospedeiro definitivo: mosquito – reprodução sexuada
- Hospedeiro intermediário: homem – reprodução assexuada 
Fase pré ou exoeritrocítica: é a fase do ciclo que se processa nos hepatócitos, antes de se desenvolver nos eritrócitos; é também conhecida como fase tissular primária ou criptozóica (pois se passa escondida, no fígado).
Fase eritrocítica: é a fase do ciclo que se processa nos eritrócitos. Reprodução assexuada ou esquizogonia: ocorre a divisão do núcleo e do citoplasma do parasito, produzindo merozoítos.
Reprodução sexuada ou esporogonia: ocorre no mosquito, com a fecundação do macrogameta pelo microgameta, produzindo esporozoítos.
Ciclo biológico do Plasmodium: Anopheles inoculando esporozoítos durante a hematofagia; esporozoítos da corrente sangüínea dirigindo-se para os hepatócitos; esporozoítos que darão origem aos hipnozoítos; penetração de esporozoítos nos hepatócitos e inicio do ciclo assexuado ou esquizogônico pré-eritrocítico; início do ciclo assexuado ou esquizogônico lento, dando origem aos hipnozoitos; ruptura do hepatócito após final do ciclo exoeritrocitário e liberação de milhares de merozoitos que invadirão as hemácias; meses mais tarde, ruptura de hepatócitos após o final do ciclo exoeritrocitário lento, liberando hipnozoítos que penetrarão em hemácias; hemácias onde terá início o ciclo assexuado ou esquizogônico sangüineo; trofozoito jovem na hemácia; trofozoíto maduro; esquizonte; rosácea; ruptura da rosácea, com liberação de merozoitos; merozoíto penetrando em nova hemácia, reiniciando o ciclo assexuado ou esquizogônico sangüíneo; merozoitos diferenciados, dirigindo-se para hemácias, dando início ao ciclo sexuado ou esporogônico (que se completará no mosquito); merozoíto diferenciado, que irá formar o macrogametócito; merozoito diferenciado que irá formar o microgametócito; macrogametócito já formado e na corrente sangüinea; microgametócito na corrente sangüinea (ingestão das formas sangüíneas pelo Anopheles); o macrogametócito amadurece e dá origem ao macrogameta (feminino); por exflagelação, o microgametócito produz vários microgametas; um macrogameta é fecundado por um microgameta; formação do ovo ou zigoto; oocineto dirigindo-se para a parede do estômago do mosquito; formação do oocisto; produção de esporozoítos no interior do oocisto, com rompimento desse; liberação de esporozoitos, que se dirigirão para a probóscida do Anopheles.
Transmissão:
Inoculação de esporozoítos pela picada do inseto, acidentalmente por transfusão de sangue (sangue contaminado com plasmódio), pelo compartilhamento de seringas (em usuários de drogas ilícitas) ou por acidente com agulhas e/ou lancetas contaminadas. Há, ainda, a possibilidade de transmissão neonatal.
Imunidade:
Não possui vacina, imunidade adquirida por exposição ao parasita.
 
Patogenia:
- Destruição dos eritrócitos parasitários. (Ruptura e eritrofagocitose esplênica). 
- Toxicidade resultante da liberação de citocinas. (Febre, mal-estar). 
- Sequestro de eritrócitos parasitados na rede capilar. ( Em órgãos vitais, cérebro, coração, fígado, rins e intestino). 
- Lesão capilar por depósito de Imunocomplexos. (P. malariae. Alteram a permeabilidade dos glomerúlos e ocasionam perda maciça de proteínas). 
Sintomas:
Após a picada do mosquito transmissor, o P. falciparum permanece incubado no corpo do indivíduo infectado por pelo menos uma semana. A seguir, surge um quadro clínico variável, que inclui calafrios, febre alta (no início, contínua, e depois com frequência de três em três dias), sudorese e dor de cabeça. Podem ocorrer também dor muscular, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios.
 No caso de infecção por P. falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Na malária cerebral, além da febre, pode aparecer dor de cabeça, ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos, podendo o paciente chegar ao coma.
Se o agente causador da malária for da espécie P. vivax os sintomas incluem mal-estar, calafrios, febre inicialmente diária (com o tempo, a febre apresenta um padrão de intervalo a cada dois dias), seguida de suor intenso e prostração.
 O quadro clínico da infecção por P. malariae é bem semelhante, mas geralmentecom febre mais baixa que se repete a cada três dias.
Diagnostico:
O diagnóstico da malária pode ser clínico (observando se o paciente tem contato com regiões endêmicas, observar a sintomatologia) e laboratorial (exame parasitológico, e imunológico).
Epidemiologia:
- Distribuição geográfica: América Central e do Sul, Ásia, Oceania e África;
- Fonte de infecção: humanos;
- Forma de transmissão: esporozoíto;
- Via de transmissão: Anopheles darlingi;
- Via de penetração: pele (sangüínea).
Tratamento:
O tratamento adequado e precoce da malária é hoje o principal fundamento para o controle da doença. 
OBJETIVO: Interrupção da esquizogonia sanguínea, reponsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção. 
Profilaxia:
Tratar os doentes, proteger as pessoas sadias e combater o transmissor. 
Devido a o programa profilático ser eficiente em algumas regiões, e completamente ineficiente em outras regiões, assim a OMS recomenda algumas ações de profilaxia:
- Desenvolver os serviços básicos de saúde;
- Estimular a participação comunitária;
- Desenvolver atividades de educação sanitária e ambiental;
- De acordo com as condições ecológicas locais, programar os trabalhos tradicionais de profilaxia individual e coletiva, baseando-se no tratamento dos doentes e no combate ao vetor em sua fase larvária e/ou adulta (alado).

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