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PPROVA DE DIREITOS REAIS - AV2 - 2021

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PROVA DE DIREITOS REAIS – PROF. RAYMUNDO CANO – AV2
1)Laurentino constituiu servidão de vista no registro competente, em favor de Januário, assumindo o compromisso de não realizar qualquer ato ou construção que embarace a paisagem de que Januário desfruta em sua janela. Após o falecimento de Laurentino, seu filho Lucrécio decide construir mais dois pavimentos na casa para ali passar a habitar com sua esposa.Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.
AJanuário pode ajuizar uma ação possessória, eis que a servidão é aparente.
BO falecimento de Laurentino não tem qualquer implicação em relação a servidão que continua existindo normalmente.
CA servidão de vista pode ser considerada aparente quando houver algum tipo de aviso sobre sua existência.
DJanuário não pode ajuizar uma ação possessória, provando a existência da servidão com base no título.
2)Ronaldo é proprietário de um terreno que se encontra cercado de imóveis edificados e decide vender metade dele para Abílio. Dois anos após o negócio feito com Abílio, Ronaldo, por dificuldades financeiras, descumpre o que havia sido acordado e constrói uma casa na parte da frente do terreno – sem deixar passagem aberta para Abílio – e a vende para José, que imediatamente passa a habitar o imóvel. Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.
AAbílio tem direito real de servidão de passagem pelo imóvel de José, mesmo contra a vontade deste, com base na usucapião.
BA venda realizada por Ronaldo é inválida, tendo em vista que José não foi comunicado do direito real de servidão de passagem existente em favor de Abílio.
CAbílio não tem direito a passagem forçada pelo imóvel de José, independentemente de registro, eis que José não tem qualquer responsabilidade pela atual situação dos imóveis.
DMesmo não tendo participado da avença entre Ronaldo e Abílio, José está obrigado a conceder passagem ao segundo, por se tratar a hipótese de direto de vizinhança.
3)Mateus é proprietário de um terreno situado em área rural do estado de Minas Gerais. Por meio de escritura pública levada ao cartório do registro de imóveis, Mateus concede, pelo prazo de vinte anos, em favor de Francisco, direito real de superfície sobre o aludido terreno. A escritura prevê que Francisco deverá ali construir um edifício que servirá de escola para a população local. A escritura ainda prevê que, em contrapartida à concessão da superfície, Francisco deverá pagar a Mateus a quantia de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). A escritura também prevê que, em caso de alienação do direito de superfície por Francisco, Mateus terá direito a receber quantia equivalente a 3% do valor da transação.
Nesse caso, é incorreto afirmar que
Aé válida a concessão de direito de superfície por prazo determinado.
Bé nula a cláusula que prevê o pagamento de remuneração em contrapartida à concessão do direito de superfície, haja vista ser a concessão ato essencialmente gratuito.
Cé nula a cláusula que estipula em favor de Mateus o pagamento de determinada quantia em caso de alienação do direito de superfície.
Dé válida a cláusula que obriga Francisco a construir um edifício no terreno.
4) Alexandre, pai de Bruno, celebrou contrato com Carlos, o qual lhe concedeu o direito de superfície para realizar construção de um albergue em seu terreno e explorá-lo por 10 anos, mediante o pagamento da quantia de R$100.000,00. Passados quatro anos, Alexandre veio a falecer. Diante do negócio jurídico celebrado, assinale a afirmativa CORRETA.
AO superficiário pode realizar obra no subsolo, de modo a ampliar sua atividade.
BO superficiário não responde pelos encargos e tributos que incidirem sobre o imóvel.
CA morte de Alexandre põe fim ao direito real de superfície.
DO superficiário terá direito de preferência, caso Carlos decida vender o imóvel.
5) De acordo com o Código Civil Brasileiro, analise as afirmativas sobre a usucapião.
I. A posse ad usucapionem é a posse mansa, pacífica e contínua, por certo lapso de tempo.
II. A usucapião urbano não admite a sucessio possessionis.
III. O justo título e a boa-fé são alguns dos requisitos da usucapião ordinária. Diz-se justo o título hábil, em tese, para transferir a propriedade.
IV. Na usucapião extraordinária, o prazo de quinze anos reduzir-se-á a dez anos, se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
Estão corretas as afirmativas
· A I, II e IV apenas.
· B I, III e IV, apenas.
· C III e IV, apenas.
· D II, III e IV, apenas.
6) A respeito da posse, assinale a(s) opção(ões) incorreta(s).
AA posse direta não anula a indireta; portanto, o possuidor direto poderá defender a sua posse, ainda que seja contra o possuidor indireto.
BA posse de boa-fé só perde esse caráter quando do trânsito em julgado da sentença proferida em ação possessória.
CSendo possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade, não é possível adquirir posse mediante representação.
DO possuidor pode intentar ação de esbulho contra quem tenha praticado tal ato, mas não pode intentá-la contra o terceiro que tenha recebido a coisa esbulhada, ainda sabendo que o era, por não ser o terceiro uma parte legítima para figurar no polo passivo da demanda.
7) Dentre os direitos reais de fruição, o usufruto ganha destaque nas relações familiares, de forma a assegurar determinados direitos aos usufrutuários. Com base nisso, é INCORRETO afirmar que:
· A O nu-proprietário pode vender o imóvel sem autorização do usufrutuário.
· B O bem pertence ao usufrutuário até seu falecimento, quando passará à propriedade do nu proprietário.
· C O usufrutuário terá os poderes de usar e gozar da coisa, o que inclui locá-la ou arrendá-la. Mas os poderes de alienação permanecem com o nu-proprietário.
· D Em caso de morte do usufrutuário, o direito real não se transmite aos seus herdeiros.
8) Joel e Simone se casaram em regime de comunhão total de bens em 2010. Em 2015, depois de vários períodos conturbados, Joel abandonou a primeira e única residência de 350m², em área urbana, que o casal havia adquirido mediante pagamento à vista, com recursos próprios de ambos, e não dá qualquer notícia sobre seu paradeiro ou intenções futuras. Em 2018, após Simone ter iniciado um relacionamento com Roberto, Joel reaparece subitamente, notificando sua ex-mulher, que não é proprietária nem possuidora de outro imóvel, de que deseja retomar sua parte no bem, eis que não admitiria que ela passasse a morar com Roberto no apartamento que ele e ela haviam comprado juntos. Sobre a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.
· a) Apesar de ser possuidora de boa-fé, Simone pode se considerar proprietária da totalidade do imóvel, tendo em vista a efetivação da usucapião extraordinária.
· b) Uma vez que a permanência de Simone no imóvel é decorrente de um negócio jurídico realizado entre ela e Joel, é correto indicar um desdobramento da posse no caso narrado.
· c) Como Joel deixou o imóvel há mais de dois anos, Simone pode alegar usucapião da fração do imóvel originalmente pertencente ao ex-cônjuge.
· d) A hipótese de usucapião é impossível, por não se adequar a nenhuma das situações previstas em lei.
8) Mariana é proprietária de um apartamento e resolve vendê-lo para Luciano que por não ter condições financeiras de pagar o valor pedido pela proprietária, celebra promessa de compra e venda, irretratável, se comprometendo a pagar o valor de R$ 200 mil reais em vinte parcelas iguais e sucessivas. No instrumento, ficou consignado que a entrega do bem só aconteceria com o pagamento integral do preço. Luciano, cauteloso, registra a promessa. Após pagar a integralidade do débito, Luciano procura Mariana para obter a escritura definitiva e esta, por mero capricho, se nega a realizar o documento definitivo e, para piorar a situação, Luciano ao se dirigir ao imóvel se depara com ele invadido por uma família sem qualquer vínculo com Mariana. Pergunta-se. Respostas justificadas. Valor 3,0 pontos
a) Qual a medida judicial adequadapara Luciano obter a propriedade do bem?
b) O registro da promessa de compra e venda é imprescindível para o ajuizamento da demanda prevista no item a? Qual a finalidade desse registro? 
c) Qual a medida judicial a ser adotada para Luciano retirar a família do imóvel?
9) Maria é tia de Lúcia, Luciana e Lucineide e ainda madrinha de batismo de Renato, filho de sua vizinha de longa data. Por estar idosa e querendo contemplar a todos, doa a nu propriedade de um de seus imóveis para Renato em usufruto vitalício e conjuntivo em favor de todas as suas sobrinhas. Passado algum período da prática do ato de liberalidade, Lúcia falece e como o imóvel estava alugado, Renato deseja saber se tem direito a parcela desse aluguel em virtude do falecimento de uma das usufrutuárias. Respostas justificadas. Valor 3,0 pontos 
a) Como vc responderia a indagação de Renato?1,5
b) Na constância do usufruto, o pagamento da taxa condominial é de responsabilidade das sobrinhas ou de Renato? 0,5
c) Na hipótese de Renato vir a óbito, na constância do usufruto em favor das três, o usufruto se extingue? 1,0

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