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Exercícíos de amplítude de movímento artícular ATIVIDADE FÍSICA • Qualquer movimento produzido pelos músculos, gastando energia acima do nível de repouso; • Ex: passear com o cachorro, dançar, entre outros. EXERCÍCIO FÍSICO • Tipo de atividade física organizada, planejada, realizada repetidamente e com objetivo de melhorar o condicionamento físico; EXERCÍCIO TERAPÊUTICO • Treinamento sistemático, individualizado, com diversos objetivos: Promover saúde e funcionalidade– Tratar e prevenir incapacidades– Entre outros– Lembrando • Entender como a intervenção afeta os tecidos alvo; • Mudanças relativas na quantidade de stress físico (força sobre determinada área do tecido) causam uma resposta adaptativa previsível em todos os tecidos biológicos; • Tecidos acomodam ao estresse físico pela alteração de sua estrutura e composição segundo a demanda mecânica de carga a qual é comumente exposto; • Aplicação e modificação do stress físico nos tecidos do corpo humano gera adaptações positivas e evita lesão; • Nível de stress físico depende: – Magnitude – Duração – Repetição – Ritmo – Direção – Ação – Amplitude • Os sistemas corporais responsáveis pela manutenção da função física reagem, adaptam e desenvolvem em resposta às forças que nele incidem. • Os tecidos estão sujeitos ao stress a todo tempo • Stress excessivo causa lesão ADM PASSIVA • Sem ativação muscular; O profissional que realiza o movimento para o paciente. • O movimento na ADM passiva fica dentro da ADM sem restrições para um semento, e é produzido inteiramente por uma força externa, com pouca ou nenhuma contração muscular voluntária; • A força externa pode ser proveniente da gravidade, de um aparelho, de outra pessoa ou ainda outra parte do corpo do próprio indivíduo; INDICAÇÕES • Em uma região onde há tecido com inflamação aguda, a mobilização passiva é benéfica; a movimentação ativa pode ser prejudicial no processo de regeneração. A inflamação após uma lesão ou cirurgia em geral dura dois a seis dias. • Quando um paciente não for capaz ou não puder mover ativamente um segmento ou segmentos do corpo, como quando está em coma, paralisado ou em repouso completo no leito, o movimento será feito por uma fonte externa. OBJETIVOS • O principal objetivo é diminuir as complicações que poderiam ocorrer com a imobilização, como degeneração de cartilagem, aderência e formação de contraturas e estagnação da circulação. • Especificamente, os objetivos são: – Manter a mobilidade da articulação e do tecido conjuntivo; – Minimizar os efeitos da formação e contraturas; – Manter a elasticidade mecânica do músculo; – Auxiliar a circulação e a dinâmica vascular; – Favorecer o movimento sinovial para nutrição cartilagem e difusão de materiais na articulação; – Diminuir ou inibir a dor; – Auxiliar o processo de regeneração após uma lesão ou cirurgia; – Ajudar a manter a percepção de movimento do paciente. OUTROS USOS DA ADMP • Quando um fisioterapeuta está examinando estruturas inertes, a ADMP é usada para determinar as limitações nos movimentos, a estabilidade articular e a elasticidade dos músculos e outros tecidos moles. • Quando um fisioterapeuta está ensinando um programa de exercícios ativos, a ADMP é utilizada para demonstrar o movimento desejado. • Quando um fisioterapeuta está preparando um paciente para o alongamento, a ADMP geralmente é usada antes das técnicas de alongamento passivo. LIMITAÇÕES • Não previne atrofia muscular; • Não aumenta a força e a resistência muscular; • Não auxilia a circulação na mesma extensão que a contração voluntária ativa. ADM ATIVA • O paciente realiza o movimento sozinho; há contração muscular. • É o movimento dentro da ADM sem restrições para um segmento, produzido por uma contração ativa dos músculos que cruzam aquela articulação. ADM ATIVO-ASSISTIDA • Há contração muscular, porém não é suficiente para fazer o movimento, então é necessário ajuda. • É um tipo de ADMA na qual uma força externa fornece assistência, manual ou mecânica, porque os músculos movimentadores primários precisam de ajuda para completar o movimento. INDICAÇÕES PARA ADM ATIVA E ATIVO-ASSISTIDA • Sempre que o paciente for capaz de contrair ativamente os músculos e mover um semento, com ou sem assistência • Quando o paciente tem a musculatura fraca e é incapaz de mover uma articulação por meio da amplitude desejada (em geral contra a gravidade); o objetivo é posicionar assistência suficiente aos músculos de maneira cuidadosamente controlada, de modo que o músculo possa funcionar em seu nível máximo e aos poucos ser fortalecido. • Pode ser usada em programas de condicionamento aeróbico • Quando um segmento do corpo é imobilizado por certo tempo, a ADMA é utilizada nas regiões acima e abaixo desse segmento para manter as áreas em condições o mais próximas possíveis do normal e preparar o paciente para novas atividades, como andar com muletas. • Aliviar o estresse gerado por posturas sustentadas. OBJETIVOS • Se não há inflamação ou contraindicação para o movimento ativo, os mesmos objetivos da ADMP podem ser alcançados com a ADMA. • Além disso, há benefícios fisiológicos que resultam da contração muscular ativa e do aprendizado motor devido ao controle muscular voluntário. • Objetivos específicos incluem: – Manter a elasticidade e a contratilidade fisiológica dos músculos participantes; – Fornecer feedback sensorial proveniente dos músculos em contração; – Proporcionar um estímulo para manutenção da integridade óssea e articular; – Aumentar a circulação e prevenir a formação de trombos; – Desenvolver a coordenação e habilidades motoras para atividades funcionais. LIMITAÇÕES • Para músculos fortes, ela não manterá ou aumentar a força, nem desenvolverá habilidade ou coordenação, exceto nos padrões de movimento usados. PRECAUÇÕES PARA EXERCÍCIOS DE ADM • Após rupturas agudas, fraturas e cirurgias mas há benefícios do – movimento controlado precoce na diminuição da dor e melhora na recuperação; • Fases iniciais da cicatrização: Realizar movimento controlado e dentro da movimentação livre de dor; • Aumento da dor e da resposta inflamatória: Sinais de movimento excessivo ou errado. CONTRAINDICAÇÕES PARA EXERCÍCIOS DE ADM • Não deve ser realizado caso o movimento possa causar a interrupção do processo cicatricial ainda que a imobilização leve a formação de adesão, – contraturas, diminuição da circulação e aumento do tempo de recuperação; • Não deve ser realizado caso a resposta do paciente a intervenção ou a condição do paciente apresente risco de vida; – Ex: condição cardiovascular instável e o exercício ativo pode colocar em risco a vida do paciente. PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO DOS EXERCÍCIOS DE ADM Avaliação e planejamento: • Identificar qualquer precaução / contra-indicação • Determinar se o exercício de ADM é indicado • Se sim, qual tipo exercício de ADM é indicado – ADM Passiva – ADM Ativa – ADM Ativa-assistida • Determinar a ADM segura para a intervenção APLICAÇÃO DOS EXERCÍCIOS DE ADM • Explique ao paciente o que será realizado • Libere a região de qualquer vestimenta restritiva • Posicione o paciente em uma posição que seja confortável, alinhada e que permita executar o exercício planejado • Posicione-se de modo a usar a mecânica corporal adequada • Verificar se há insuficiência passiva • Joelho: flexão, extensão, rotação e movimentação da patela; • Ombros: Não esquecer da movimentação das escápulas. • Segure os membros ao redor das articulações • Apoie as áreas de integridade frágil • Mova o segmento na amplitude livre de dor até o ponto de resistência tecidual não force além da ADM existente.– • Realize movimentos suaves, homogêneos e rítmicos. • O número de repetições varia com o programa (5 a 10 repetições) – Depende do objetivo do tratamento, condição do paciente e resposta ao tratamento • Verificar as condições do paciente: Sinais vitais, mudançade temperatura e ADM, coloração, dor, qualidade do movimento, entre outros. • Demonstrar o movimento desejado com ADM passiva e peça ao paciente para fazer o movimento ativo em toda ADM. • Fique pronto para assisti-lo: Se necessário, auxilie apenas para manter o movimento suave. • No caso de fraqueza muscular, pode ser necessário ajuda principalmente: – No início e fim da ADM – Quando a gravidade gera maior torque sobre o segmento • Modificar ou progredir com o tratamento, se necessário; • Orientar o paciente a fazer o movimento ativo em toda ADM de forma concêntrica; • Quando o paciente não conseguir mais executar o movimento, auxilie até o final da ADM; • Dê comando verbal durante todo o exercício; • Quando chegar ao final da ADM, avise ao paciente que irá retirar a assistência e que ele deverá frear a volta do movimento (excêntricamente). TÉCNICAS USANDO PLANOS ANATÔMICOS • Para maior eficiência, fazer todos os movimentos possíveis em uma posição, e então modifique o posicionamento do paciente. • Se organize e planeje os movimentos em cada plano, para não ficar movendo o paciente o tempo todo. USANDO MOVIMENTOS COMBINADOS • ADMS efetivas e eficientes podem ser administradas combinando-se vários movimentos articulares, que cruzam vários planos. USANDO AUTO-ASSISTÊNCIA • Quando o paciente apresenta fraqueza ou paralisia unilateral, ele pode usar o membro saudável para obter movimentos amplos no membro acometido. MOVIMENTAÇÃO PASSIVA CONTÍNUA (MPC) • Equipamento que realiza a movimentação passiva de uma articulação; – Velocidade lenta e contínua – ADM controlada • Mobilização passiva contínua (CPM) na ADM não dolorosa, feita precocemente, é benéfica para a cicatrização e serve para acelerar a recuperação de muitas lesões em tecidos moles e articulações. BENEFÍCIOS • Diminui efeitos negativos da imobilização articular • Diminui a frequência de complicações pós-operatórias • Reduz o edema • Melhora a velocidade da recuperação da ADM após procedimentos cirúrgicos • Resultados com CMP não são diferentes de outras formas de exercícios de ADM, em longo prazo. EFEITOS DELETÉRIOS DA IMOBILIZAÇÃO • “Em geral, perda de componentes básicos do tecido decorrem do processo de imobilização e podem repercutir negativamente nas funções teciduais básicas.” (ENGLES, 2001) • “Os tecidos biológicos reagem ao estresse mecânico imposto por forças externas ao corpo, modificando suas propriedades. A ausência de estresse também induz respostas adaptativas nessas estruturas.” (MUELLER; MALUF,2002) EFEITOS DA IMOBILIZAÇÃO Tecido conjuntivo: • Perda dos seus componentes básicos: diminuição do espaço entre as fibras de colágeno + concentração de colágeno inalterada = diminuição da movimentação entre as fibras; • Aumento da taxa metabólica do colágeno (turn over), com maior taxa de degradação; • Diminuição da massa do tecido + aumento do colágeno tipo III = tecido mais enfraquecido; • Imobilização: Ausência de stress – Colágeno imaturo é depositado aleatoriamente – Diminuição da sua extensibilidade e da resistência à tensão Tecido ósseo: • Ausência de força sobre os ossos: Inibe a osteogênese – Osteopenia: É uma condição no qual a densidade mineral do osso seja mais baixa do que o normal; é uma perda de massa óssea leve. – Osteoporose: É uma doença esquelética sistêmica caracterizada por baixa densidade óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, que leva ao aumento do risco de fraturas por fragilidade; é uma perda óssea mais severa. ** Osteoporose regional: Reabsorção óssea é maior que a deposição com enfraquecimento de ligamentos nos seus pontos de inserção devido ao aumento da atividade osteoclástica. Articulação: • Tecidos Periarticulares (estruturas ao redor da articulação): Alterações do comprimento, das estruturas, das propriedades. • Espaço intra-articular: Proliferação de tecido conjuntivo fibroso. Tecido muscular: • Alteração da capacidade contrátil: Perda de sarcômero e de miofibrilas a partir da segunda semana; diminuição do diâmetro as fibras; • Alterações metabólicas: Redução no tamanho e número de mitocôndrias; • Aumento da concentração de colágeno e da relação entre tecido conjuntivo e fibras musculares; • Atrofia: Menor capacidade de absorver anergia; maior risco de lesões. Imobilização na posição encurtada – Diminuição do número de sarcômeros em série – Aumento do comprimento do sarcômero – Aumento do tecido conjuntivo no perimísio – Espessamento do endomísio – Aumento da concentração de colágeno em relação ao tecido muscular – Atrofia Imobilização na posição alongada – As alterações estruturais e funcionais são menores – Aumento do número de sarcômeros em série – Menor grau de atrofia muscular – Acúmulo de colágeno IMOBILIZAÇÃO COMPLICAÇÕES– • Aumento do colágeno desorganizado • Dor • Limitação do movimento • Diminuição da elasticidade tecidual • Alterações circulatórias
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