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Obstetrícia AULA 1 - PRÉ NATAL DE BAIXO RISCO . 🔵 INTRODUÇÃO ❖ANAMNESE - Queixa principal: • Pré-natal • Sangramento: cor, cheiro, aspecto • Dor: duração, localização, intensidade • Antecedentes pessoais • Antecedentes familiares: HA; DM; Doenças congênitas, Gemelaridade, CA de mama e/ou colo uterino; Tuberculose; Chagas; Hanseníase; Hiv; Doenças renais, Cardiopata; Cirurgia; Epilepsia; Transfusão de sangue; Malária, Viroses, Alergia ❖GESTAÇÃO ATUAL • DUM (data da última menstruação) conta a partir do 1º dia de menstruação • Peso prévio e altura; • Sinais e sintomas na gestação em curso; • Hábitos alimentares; - vegana etc • Medicamentos usados na gestação; • Internação durante esta gestação; • Hábitos: fumo (número de cigarros/dia), álcool e drogas ilícitas; • Ocupação habitual (esforço físico intenso, exposição a agentes químicos e físicos potencialmente nocivos, estresse); • Aceitação ou não da gravidez pela mulher, parceiro e pela família, principalmente se for adolescente. ❖ANTECEDENTE MENSTRUAL • ciclos menstruais (duração, intervalo e regularidade); • uso de métodos anticoncepcionais prévios (quais, por quanto tempo e motivo do abandono) • colpocitologia oncótica (papanicolau) ❖ ANTECEDENTE SEXUAL • Início da atividade sexual • Dispareunia • Sinusorragia • Número de parceiros sexuais • Uso de preservativos • Infertilidade • DST G - gestação P - partos (ñ importa o tipo) A - aborto C - cesárea ❖ ANTECEDENTE MAMÁRIO/CIRUR- GICO 🔵 DATA PROVÁVEL DO PARTO: Regra de Naegele: DPP= DUM + 7 (dias) – 3 (meses) Data do 1º dia de menstruação; • DUM: 7/03/2020 = DPP: 14 /12 /2020 • DUM: 15/05/2020 = DPP: 22/02/2021 IDADE GESTACIONAL . Pela data da última menstruação – DUM (se confiável). -> P. exemplo: hoje é 09/02 e a data foi 09/12. Dá 62 dias = 7 dias da semana - 62/7 (conta feita “na mão”) = 8,6 = 8 semanas e 6 dias Pela ultrassonografia: - Até 12 sem erro 3 dias - 12-20 sem erro 7 dias - 20-32 sem erro 1,5 semanas - >32 sem erro 2,5 semanas * Us: é a idade pelo tamanho do feto EXAME FÍSICO GERAL . ● IMC ● Estado Nutricional: tecido adiposo e muscular ● Determinação do peso e da altura; ● Medida da pressão arterial; ● Inspeção da pele e das mucosas; ● Palpação da tireóide e de todo o pescoço, região cervical e axilar (pesquisa de nódulos ou outras anormalidades); – Ausculta cardiopulmonar; – Determinação da FC; – Exame do abdômen; – exame dos membros inferiores; – pesquisa de edema (face, tronco, membros). EXAME GENITAL . Inspeção de genitália externa: Pesquisa lesões, secreções, amostragem. ➥ Exame especular: a aparência do colo, secreções, colheita da citologia oncótica, Secreções – pH vaginal, Teste das Aminas, Bacterioscopia: Gram, Exame a fresco – Exame de mamas (realizar orientações para o aleitamento materno. Nos casos em que a amamentação estiver contra-indicada – portadoras de HIV/HTLV – orientar a mulher quanto à inibição da lactação (mecânica e/ou química) e para a aquisição da fórmula infantil); – Palpação obstétrica e identificação da situação e apresentação fetal; – medida da altura uterina; – ausculta dos batimentos cardíacos fetais; – inspeção dos genitais externos; – toque vaginal; Relações Materno Fetais . • Variedade de posição: - Relação do ponto de referência da apresentação e a posição que ocupa na pelve materna - Cabeça - consigo tocar as fontanelas? Suturas? Fontanela pregmática • Toque Vaginal: Determinar características do colo Determinar variedade de posição ● Aferição de Pressão: - Repouso - de 10 minutos (ambos os braços - esquerdo). Tem que ser menor que 140x90 mmHg e se for maior está hipertensa Sem manguito de obeso disponível = Pacientes obesas (olhar tabela): circunferencia braquial 36 + pressão 15x10 - precisa corrigir = 150 - 6 = 142/100 - 4 = 92. • Palpação uterina: - Consistência. - Altura Uterina: borda superior do pube ao fundo uterina - Contrações: frequência, duração e intensidade Curva de Percentil para Altura Uterina Acima de P.90 - ganhando peso demais •Palpação uterina: Manobras de Leopold – Escola Alemã - 1ª Manobra “delimitação do fundo uterino” - 2ª Manobra: “avaliação do dorso fetal” - 3ª Manobra: apresentação que se relaciona com a pelve materna - 4ª Manobra: “insinuação” = palpar o “segmento fetal q está na pelvis menor”. Realiza-se com a mudança da posição do examinador, voltando-se para os pés da paciente. • Situação / Posição: Longitudinal e Transversal (sem parto vaginal) 1. Cefálica 2. Pélvica 3. Córmica ● Auscultação do batimentos cardíacos fetais: Sonar Doppler EXAMES LABORATORIAIS . • Tipagem sanguínea (ABO Rh) • Coombs indireto (se Rh negativo) • Hemograma (Hb/Ht) • Glicemia de jejum • Sorologias • Urina I/urocultura SOROLOGIAS: • HIV • VDRL • Hepatite B - AgHBs • Toxoplasmose • Hepatite B – AntiHBs, antiHBc ➥ Entre 24 e 28 semanas: → TTOG 75g → CI (se Rh negativo) ➥ Após 30 semanas: Hemograma; PAI (se Rh -) Glicemia; Urina I/ Urinocultura VDRL; Anti HIV Hepatite B (se –); Toxo (se susceptível) Pesquisa STREPTOCOCO AGALACTIE Coleta anal e vaginal 35 a 37 semanas 4/5 semanas Sepse neonatal precoce (95%) ULTRASSOM . A ultrassonografia obstétrica realizada entre a 11ª a 14ª semanas de gestação, também conhecida como exame morfológico de primeiro trimestre, tem importância indiscutível no rastreamento de anormalidades cromossômicas (cromossomopatias ou aneuploidias). Dentre estas destacam-se, especificamente, as trissomias dos cromossomos 21 (Síndrome de Down), 18 (Síndrome de Edwards) e 13 (Síndrome de Patau). A medida da espessura da translucência nucal (TN), associada a avaliação de outras características fenotípicas fetais e maternas, permite a detecção de aproximadamente 95% das anormalidades cromossômicas (isto quando 2,5% das gestantes com maior risco calculado são submetidas a procedimentos invasivos diagnósticos, tais como biópsia de vilosidades coriônicas ou amniocentese). A medida da TN, além de permitir calcular o risco de trissomias, também pode contribuir para a detecção de malformações cardíacas, displasias esqueléticas e síndromes genéticas. As características fenotípicas fetais estudadas no exame morfológico incluem, além da TN: o aspecto dos ossos nasais e os padrões de fluxo no ducto venoso e na valva tricúspide. Algumas características maternas também influem no cálculo de risco para aneuploidias, destacando-se: a idade materna, a idade gestacional (IG), a história prévia de cromossomopatias e os níveis séricos da subunidade β da gonadotrofina coriônica humana (β-HCG) e da proteína A associada à gestação (PAPP-A). Benefícios do exame ultrassonográfico de primeiro trimestre, incluindo: a confirmação da vitalidade fetal, a datação da gravidez, o diagnóstico precoce de malformações fetais graves e de gestações múltiplas. Doppler do ducto venoso: O ducto venoso é um pequeno vaso que aparece no embrião humano em torno do 30° dia de vida, ou com 6,5 mm de comprimento crânio-nádega. Trata-se de uma derivação que direciona o sangue bem oxigenado da veia umbilical para a veia cava inferior, chegando à circulação coronária e cerebral por meio de um fluxo preferencial do sangue através do forame oval para o átrio esquerdo. A onda de fluxo sanguíneo no ducto venoso é característica, com alta velocidade durante a sístole ventricular (onda S) e a diástole (onda D), e fluxo anterógrado durante a contração atrial (onda A). Padrões anormais de fluxo no ducto venoso incluem, além do índice de pulsatilidade acima do percentil 95 para a idade gestacional, a própria ausência da onda A ou a presença de onda A reversa. O fluxo anormal no ducto venoso, no período de 11-13+6 semanas, está associado: anomalias cromossômicas, malformações cardíacas e desfecho desfavorável da gestação. A associação entre a TN aumentada e o fluxo anormal no ducto venoso é praticamente inexistente. Deste modo, a avaliação do ducto venoso pode ser combinada à medida da TN para aprimorar a eficácia do rastreio precoce da trissomia do cromossomo 21 por meio daultrassonografia de primeiro trimestre. Doppler da valva tricuspide É reconhecida uma estreita associação entre a regurgitação da valva tricúspide fetal e o aumento na prevalência de defeitos cromossômicos. Diversos estudos demonstraram que a ecografia realizada entre a 11-13+6 semanas de gestação diagnosticou a regurgitação da tricúspide em 2 a 3% dos fetos cromossomicamente normais e em 60 a 70% dos fetos com trissomia do 21. Sabe-se que a prevalência da regurgitação da tricúspide cresce com o aumento da espessura da TN. Para avaliação do fluxo tricúspide, a imagem deve ser magnificada de forma que só o tórax esteja incluído na tela. A presença ou ausência da regurgitação da tricúspide é determinada pelo Doppler pulsado. A amostra de volume é posicionada verticalmente, compreendendo todos os folhetos da válvula tricúspide. O ângulo de direção do fluxo deve ser menor que 30°. O diagnóstico de regurgitação da tricúspide, no primeiro trimestre, dá-se quando estiver presente em pelo menos metade da sístole e com velocidade maior que 80 cm/s. A avaliação rotineira da regurgitação da tricúspide no rastreio de cromossomopatias no primeiro trimestre poderia promover uma oportunidade e otimização para o diagnóstico precoce das malformações cardíacas, é necessária a adequada visualização das quatro câmaras cardíacas para que o exame seja realizado corretamente. O próprio diagnóstico de regurgitação tricúspide serviria como um alerta para a presença de defeito cardíaco subjacente. Durante a gestação: ➔ US obst com Doppler: > 30 sem ➔ Padrão de fluxo Artérias uterinas ➔ Padrão de fluxo Artéria umbilical ➔ Padrão de fluxo Artéria cerebral media DIAGNÓSTICO . • Diagnóstico obstétrico de normalidade (DON). Gestante, parturiente, puérpera. Idade gestacional. Gesta. Para, Feto único ou múltiplos.Vivo Situação; Apresentação. Posição, variedade de posição e altura • Diag. obstétrico patológico pregresso (DOPP) Intercorrências obstétricas em gestações anteriores: Abortamento, gravidez ectópica, pré-eclampsia, prematuridade, ruptura prematura das membranas ovulares, gravidez molar, placenta prévia, descolamento prematuro da placenta, morte neonatal. • Diag. obstétrico patológico atual (DOPA) Intercorrências obstétricas na gestação atual: Diabetes gestacional, hipertensão gestacional, restrição de crescimento fetal, feto PIG, feto GIG, macrossomia, malformação fetal, óbito fetal. • Diagnóstico ginecológico (DG). Intercorrências ginecológicas: Miomatose, corrimento vaginal, câncer de colo, câncer de mama, tumor de ovário, útero didelfo, útero bicorno • Diagnóstico clínico-cirúrgico (DCC). Intercorrências clínico e/ou cirúrgicas: Cesárea, miomectomia, colecistectomia, Pielonefrite, pneumonia, estenose mitral, úlcera duodenal, LES, apendicite, pancreatite, politraumatismo, fratura de membros. ORIENTAÇÕES . Vacinas = Tétano / Coqueluche – dTpa; Hepatite B, Gripe Vacinas permitidas = Hepatite A; Pneumococo Meningococo; Raiva Vacinas contra indicadas = Sarampo; Caxumba Rubéola, Poliomielite, Varicela CONDUTAS . O ácido fólico quando utilizado para prevenção de defeito do tubo neural deve ser iniciado 2m antes da concepção até 3 meses de gestação. Mas atualmente há conduta de manter o uso durante toda a gestação e manter até o período da amamentação. ❖ CALENDÁRIO DE CONSULTAS Mensal → < 28ª semana Quinzenal → 28ª a 36ª semana Semanal → > 36ª semana TOTAL = 6 consultas 1 no primeiro trimestre; 2 no segundo trimestre e 3 no último trimestre
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