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EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ VARA FAMÍLIA DA COMARCA DE ____/___.
Distribuição por dependência dos autos de nº 123-45.2016.8.19.0000
		VITÓRIO DA SILVA, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), (portador do documento de identidade) de nº: xxxxxxx, (inscrito no CPF) sob nº xxxxxxxxxxxxxxx, (residente e domiciliado no endereço completo), por meio de seu Advogado in fine assinado, procuração em anexo, cujo endereço eletrônico xxxxxxxx e profissional xxxxxxxx, onde recebe as intimações de costume, vêm respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente 
AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS
de sua filha ANA DA SILVA, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), (portadora do documento de identidade) de nº: xxxxxxx, (inscrita no CPF) sob nº xxxxxxxxxxxxxxx, (residente e domiciliada no endereço completo), pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
GRATUIDADE DE JUSTIÇA
		Inicialmente, declara o Requerente não possuir recursos suficientes para arcar com o pagamento das despesas processuais sem prejuízo do seu próprio sustento ou de sua família. 
 Desta feita, requer os benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 98 do Código de Processo Civil, garantindo-lhe, deste modo, o efetivo acesso à justiça.
DOS FATOS
		Aduz a inicial que o Autor da presente ação, na data de 2016, através do processo nº 123-45.2016.8.19.0000, ação de alimentos, que correu perante este I. Juízo estabeleceu-se que o Autor contribuiria para o sustento de sua filha na presente ação, com o valor mensal de xxx% de seus rendimentos líquidos, conforme (doc. Junto).
		Necessário notar que até a presente data, o Autor encontra-se em dia com a sua obrigação de cumprimento da ação alimentícia, mediante pagamento pontual da pensão devida.
		Contudo, há de se verificar que a Requerida já atingiu maioria civil, conforme é demonstrado por cópia de certidão de nascimento (doc. junto), e ademais, não frequenta estabelecimento de ensino superior, além de ter constituído união estável há um ano. Desta feita, não faz jus ao percebimento da pensão alimentícia, não devendo ser mantido na condição de credor de alimentos de seu genitor.
DOS FUNDAMENTOS
DA POSSIBILIDADE DE EXONERAÇÃO DA OBRIGAÇÃO
		Analisamos o disposto nos artigos 1.694 e 1.699, ambos do Código Civil:
		Art. 1.694, CC. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
		Art. 1.699, CC. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.	
		Ocorre que os alimentos se destinam à manutenção da menor, ante a sua necessidade e ausência da possibilidade de prover o seu próprio sustento.
		Entretanto, não é o caso que está ocorrendo em apreço, vez que a Requerida atingiu a maioridade, não ingressou em ensino superior e ainda constituiu união estável.
		Faz-se necessário a imediata exoneração dos alimentos fixados, tenho em vista que a inexistência do dever de alimentar do Requerente é válida, uma vez, que foi demonstrada a desnecessidade da sua continuidade, bem como a insuficiência do Requerente de continuar mantendo este valor.
		Na jurisprudência é pacificado o entendimento acerca do tema explanado.
		Neste sentido, decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:
	APELAÇÃO CÍVEL. FAMÍLIA. AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS DE FILHOS MAIORES. A maioridade não importa automático desaparecimento da necessidade de receber alimentos. Contudo, a partir do momento em que se completa a maioridade, deixa de existir a presunção da necessidade de alimentos e o dever de sustento por parte dos genitores, e passa a ser do filho a incumbência de provar que continua necessitando dos alimentos. No caso, não comprovada a necessidade de manutenção dos alimentos, justificada a exoneração da obrigação alimentar RECURSO DOS FILHOS DESPROVIDO, E PROVIDO O RECURSO DO GENITOR. (Apelação Cível Nº 70079179677, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 31/10/2018).
(TJ-RS - AC: 70079179677 RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Data de Julgamento: 31/10/2018, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 07/11/2018)
		Portanto, não resta outra alternativa senão vir a Juízo pleitear a exoneração da obrigação de alimentos fixada nos autos da ação de alimentos supramencionada, com consequente cessação dos pagamentos.
DOS PEDIDOS 
Ante exposto, requer a V.ª Exª que seja:
1- Seja deferida à gratuidade de justiça;
2- A citação da Requerida para, querendo, apresentar contestação, sob pena de revelia;
3- A intimação do ilustre representante do Ministério Público para que atue no presente feito até sentença final;
4- Requer a EXONERAR O REQUERENTE de pagar em favor da Requerida o percentual correspondente da obrigação alimentícia, conforme as razões acima esposadas, tudo na forma e para os fins de Direito.
DAS PROVAS
		Requer a produção de provas em direito admitido, em especial documental, testemunhal e depoimento pessoal das partes.
DO VALOR DA CAUSA
		Dá-se à causa o valor de R$ (valor da pensão).
		Neste termo,
		Pede deferimento.
		Local, data.
		Advogado, OAB nº:

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