Buscar

Relatório - Medição de pH

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

0 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO 
CURSO: Ciências Biológicas - Bacharelado 
DISCIPLINA: Fundamentos de Química 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Determinação de concentração de pH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís, MA 
2019 
1 
 
I – INTRODUÇÃO: 
Utilizados em processos laboratoriais, industriais e biológicos, os ácidos e as 
bases estão presentes em diversas substâncias e misturas do nosso dia a dia, sendo, 
por isso, o comportamento destes compostos de muita importância em diferentes áreas 
da ciência. Seus conceitos são mais complexos oriundos de teorias estudadas ao longo 
do século XX, formuladas pelos cientistas Arrhenius (1884), Bronsted-Lowry (1923) e 
Lewis (1923) ao passo que suas propriedades são mais simples e de fácil 
compreensão. Dessa forma, um ácido pode ser definido como uma substância 
contendo hidrogênio, a qual se dissocia para produzir íons hidrogênio em solução 
aquosa, sendo doador de próton (H+) e receptor de par de elétrons, enquanto uma 
base pode ser definida como uma substância contendo hidroxila, a qual se dissocia 
produzindo íons hidróxido em solução aquosa, sendo receptora de próton (H+) e 
doadora de par de elétrons (HEIN e ARENA, 2000). Juntamente com seus conceitos, 
suas propriedades também atrelam características significativas a estes compostos. 
Um ácido possui um sabor azedo, podendo reagir com metais e carbonatos, bem como 
a base possui sabor amargo ou cáustico com sensação de escorregadio ou ensaboado 
ao tato, capaz de conduzir eletricidade nas soluções dissolvidas em água e de reagir 
aos ácidos produzindo estruturas cristalinas conhecidas como sais, presentes em 
abundância na natureza (CHANG, 2010). 
Além disso, outro fator importante a ser considerado nos estudos destes dois 
compostos é a escala de pH. Este instrumento foi elaborado pelo químico dinamarquês 
Soren Sorensen em 1909, o qual propôs a medida prática de basicidade, neutralidade 
e acidez nas distintas substâncias e misturas existentes na natureza. Nos laboratórios, 
por exemplo, um medidor de pH (pHmetro) é utilizado para medir o logaritmo negativo 
da concentração de íon hidrogênio em mol/L nas soluções aquosas. Estes resultados 
podem variar entre 0 a 14, pressupondo 7 como indicador neutro, acima de 7 indicador 
básico e abaixo de 7 indicador acético (TERCI e ROSSI, 2002). 
Por conseguinte, compreendendo os conteúdos discorridos acima, uma prática 
laboratorial foi feita para determinação de concentração de pH em soluções básicas e 
2 
 
ácidas, ao qual este trabalho propõe identificar, discernindo os tipos de dissoluções e 
demonstrando a importância e o uso destes compostos. 
 
II – OBJETIVO GERAL: 
O vigente relatório tem a finalidade de determinar o pH das soluções 
examinadas no laboratório de química da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) 
e demonstrar a importância juntamente com a função e aplicação das diferentes 
medidas de pH nos materiais e organismos estudados na Biologia e em outras áreas 
da ciência. 
 
III – PARTE EXPERIMENTAL: 
3.1. Materiais 
 Papel de Tornassol (Vermelho e Azul); 
 Papel de Indicador Universal; 
 Papel Toalha; 
 Béquer; 
 Soluções ácidas, básicas e neutras. 
3.2. Procedimentos 
 Determinação de pH 
Nas bancadas do Laboratório de Ensino do curso de Química, foram 
distribuídas soluções de pH não identificado. As soluções foram enumeradas de 1 a 22 
em béqueres de vidro e plástico: 
 
 
 
 
 
Figura. Papel Indicador Universal 
 Fonte: Elaborada pelo autor 
 
3 
 
Parte I - Soluções 1 a 6 e 15 a 18: 
Usou-se o Papel Indicador Universal para identificar a acidez, neutralidade ou 
alcalinidade das soluções. Mergulharam-se as fitas indicadoras nas respectivas 
soluções. Observou-se a mudança na coloração e anotou-se os resultados. 
Parte II – Soluções 7 a 17 e 19 a 22: 
Na realização da segunda etapa do experimento, utilizou-se Papel Tornassol 
Azul e Vermelho em todas as soluções distribuídas nas bancadas. Mergulharam-se 
as fitas indicadoras nas respectivas soluções. O papel tornassol azul, em presença 
de uma solução ácida, muda da cor azul para a vermelha e o Papel tornassol vermelho, 
em solução básica, muda para azul. Observou-se a mudança na coloração e 
anotou-se os resultados. 
 
Figura. Solução e Papel Tornassol 
 Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
IV- RESULTADOS E DISCUSSÃO: 
4.1. Determinação de pH através do papel indicador universal: 
As medições de pH das substâncias de 1 a 6 e de 15 a 18 presentes em 
béqueres distintos, tanto de vidro quanto de plástico, foram realizadas através do papel 
indicador universal, que é uma forma prática, rápida e que não necessita de calibração 
4 
 
e/ou manutenção. Tais tiras desse papel apontam a escala de pH, por meio de uma 
variedade de cores, ou seja, existe uma cor para cada número na escala. Dessa 
maneira, é possível classificar as substâncias em análise, já que as tiras, geralmente, 
são acompanhadas de uma cartela de cores para fazer a correspondência de tons e 
obter os valores de pH. Como já foi mencionado, o intervalo da escala vai de 0 a 14, o 
que implica dizer que quanto mais próximo ao 0, mais ácido e quanto mais próximo ao 
14, mais alcalino. Diante disso, os resultados obtidos foram: 
 
Béquer Papel indicador universal / Cor 
1 pH 6 – verde claro 
2 pH 14 – azul escuro 
3 pH 1 – rosa escuro 
4 pH 12 – azul acinzentado 
5 pH 1 – rosa escuro 
6 pH 6 – verde claro 
15 pH 3 – laranja claro 
16 pH 1 – rosa escuro 
17 pH 6 – verde claro 
18 pH 12 – azul acinzentado 
 
O vermelho, variações da cor vinho ou do rosa escuro, representam os ácidos, 
como observou-se nas substâncias contidas nos béqueres de números 3, 5 e 16. Já as 
soluções menos ácidas, compreendem do laranja ao amarelo, correspondendo à 
substância do béquer 15. Ainda nesse contexto, as soluções neutras são 
representadas pela cor verde, como notou-se nas substâncias dos béqueres 1, 6 e 17. 
5 
 
Por fim, as soluções básicas ou alcalinas vão dos tons de azul ao roxo, como verificou-
se nos béqueres 2, 4 e 18. 
 
4.2. Determinação de pH através do papel de Tornassol (vermelho e azul): 
 No segundo momento, mediu-se o pH das substâncias presentes nos béqueres 
de 7 a 14 e de 19 a 22 através do papel de Tornassol vermelho e azul. Obtendo os 
seguintes resultados: 
 
Béquer Papel de Tornassol vermelho Papel de Tornassol azul 
7 Não alterou Tornou-se violeta 
8 Obteve um leve tom de azul Não alterou 
9 Não alterou Tornou-se violeta 
10 Obteve um leve tom de rosa Tornou-se laranja 
11 Não alterou Tornou-se rosa 
12 Não alterou Tornou-se rosa 
13 Não alterou Tornou-se laranja 
14 Tornou-se azul Tornou-se azul escuro 
19 Obteve um leve tom de roxo Não alterou 
20 Não alterou Tornou-se violeta 
21 Não alterou Tornou-se laranja 
22 Não alterou Tornou-se laranja 
 
O papel de Tornassol é um indicador extraído de alguns líquens (como os da 
espécie Parmelia sulcata) e é fixado em papel poroso, que torna-se vermelho, rosa ou 
alaranjado em condições ácidas, azul em condições básicas ou alcalinas e em tons de 
violeta ou roxo em condições neutras. A mudança de cor ocorre ao longo da faixa de 
pH 4,5 a 8,3. Sua capacidade indicadora é proporcionada pelo cromóforo 
7hidroxifenoxazina, regida por um mecanismo denominado equilíbrio ácido-base, onde 
em condições de pH baixo, a forma protonada ácida da 7-hidroxifenoxazina predomina, 
conferindo ao Tornassol uma coloração em tons variados de vermelho. Já em 
6 
 
condições de alto pH, a base conjugada da 7-hidroxifenoxazina predomina e dá ao 
Tornassol tons de azul e em condições de pH neutras, tanto a forma ácida vermelha 
quanto a forma básica azul do cromóforo estão em proporções similares, gerando uma 
cor roxa intermediária (BRÖNSTED; LOWRY, 1923). De acordo com isso, infere-se que 
o Tornassol vermelho é usado para testarbases, tornando-se azul, como foi observado 
nas substâncias dos béqueres 8 e 14 e que, além disso, o Tornassol azul é utilizado 
para testar ácidos, tornando-se vermelho ou em tons de vermelho, laranja ou rosa, 
como notou-se nas substâncias dos béqueres de números 10, 11, 12, 13, 20, 21 e 22. 
Diante dos fatos expostos, conclui-se que as substâncias contidas nos béqueres 
7, 9, 19 e 20 são neutras, as dos béqueres 8 e 14 são básicas ou alcalinas e, por fim, 
as dos béqueres 10, 11, 12, 13, 20, 21 e 22 são ácidas. Ademais, constata-se que o 
papel indicador universal é mais eficiente que o papel de Tornassol, pois demonstra 
uma maior variedade de tons de cores e apresenta os valores de pH, o que o torna 
mais preciso. 
 
4. 3. A importância e a aplicação do pH na biologia 
Como já foi discorrido anteriormente, o pH (potencial hidrogeniônico) representa 
a concentração de cátions hidrônio ou hidróxidos que são liberados em meio aquoso. 
Por isso, para se determinar, de uma forma bem resumida, quando se trata de um meio 
ácido ou básico, usa-se o pH, que varia de 0 a 14, menos que 7 para ácidos e maior 
que 7 para meio básico, sendo 7 usado geralmente para representar um meio neutro. 
O pH possui uma importância significativa na biologia, pois ele tem alta 
capacidade de alterar a atividade metabólica no organismo. Um exemplo muito comum 
que pode ser usado é o das enzimas. A maioria das enzimas são proteínas especiais 
que têm funções diversas no corpo, sendo a principal a catalizadora. Elas possuem 
pontos ótimos de pH e temperatura. Caso haja muita variação tanto para mais quanto 
para menos, essas enzimas serão desnaturadas e perderão sua função. Assim, o 
corpo pode não realizar suas atividades metabólicas normalmente. 
No sistema digestório, “a digestão do amido inicia-se na boca, continua a ocorrer 
no estômago, até que o pH estomacal abaixe e inative a amilase salivar”. (LOPES, 
7 
 
2010, p. 455). Para que todo o processo digestório ocorra normalmente, o pH irá variar 
de órgão para órgão, pois as substâncias que vão reagir com o alimento são diferentes 
e necessitam de um pH diferente. Sabe-se também que o pH no estômago é muito 
baixo (em torno de 1,5 a 2,0), devido à liberação do ácido clorídrico. Para que as 
células estomacais não sofram danos, há uma liberação de um muco que vai protegê-
las. Caso esse muco não seja suficiente para desempenhar tal função, as células serão 
lesionadas e o organismo poderá sofrer com as chamadas doenças estomacais, 
gastrites e úlceras. Além do sistema digestório, o sistema respiratório também se utiliza 
do pH para a regulação da atividade metabólica. 
“O controle involuntário é realizado na maior parte do tempo, pois respiramos 
sem tomar consciência disso. Nesse caso, o controle depende de alterações 
químicas no sangue ligadas principalmente ao teor de gás carbônico e ao pH.” 
(LOPES, 2010, p. 462) 
Quando se ingere água, esta também possui um pH, que deve ser em torno de 7 
ou pouco mais. Há variados tipos de água e um deles é a água alcalina ionizada. Ela 
tem o pH em torno de 8,8, ou seja, alcalino (básico). Esse pH lhe proporciona a 
capacidade de neutralizar o excesso de ácidos no sangue. (ROGER, 2016). 
Outro fator de extrema importância para o desenvolvimento da biologia é a 
chamada solução-tampão. “Uma solução-tampão mantém o pH aproximadamente 
constante, quando recebe a adição de uma pequena quantidade de ácido ou base.” 
(PRAZERES, 2014). Elas são muito utilizadas em extração de DNA para análises de 
proximidade entre espécies, evolução, dentre outros tipos de pesquisas. Sem a 
solução-tampão, a alteração do pH seria mais fácil e afetaria toda a estrutura das 
cadeias de DNA, o que inviabilizaria o estudo da filogenia das espécies. 
 
4.4. O que altera nas células 
As células possuem uma membrana que reveste o citoplasma chamada de 
membrana plasmática. Essa membrana é formada por uma camada fosfolipoproteica, 
pois nela está presente várias proteínas que viabilizam a entrada de macromoléculas. 
Quando se altera o pH do meio em que a célula está inserida, as proteínas serão logo 
8 
 
afetadas e, dependendo do seu ponto ótimo, sofrerão desnaturação, assim como foi 
explicado anteriormente sobre as enzimas. Essa desnaturação e, consequente, perda 
da função será prejudicial para toda a célula, pois as macromoléculas que a 
adentravam por aquela proteína não o poderão mais. Logo, a célula terá um déficit 
daquela substância. Como se pode observar, todo o funcionamento do organismo, de 
forma geral, depende do pH e manter o seu equilíbrio em cada particularidade do corpo 
é de suma importância. 
 
V – CONCLUSÃO: 
Diante de tudo o que foi exposto e discutido até o momento, conclui-se que o pH 
tem importância, não só para a realização de reações químicas em laboratórios, mas 
também para a manutenção homeostático de todo ser vivo na terra. Ademais, diante do 
experimento realizado, foi possível também perceber presencialmente que a variação 
de pH, desde ácido a básico, interfere na coloração de algumas outras substancias, 
chamadas de indicadoras. Assim, os objetivos estipuladas a aula pratica em questão 
foram alcançadas de modo satisfatório, pois os alunos souberam reconhecer a 
variação de pH nas soluções apresentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
REFERÊNCIAS: 
CHANG, Raymond. Química geral: conceitos essenciais/ Reymond Chang; tradução: 
Maria José Ferreira Rebelo...[et al.]. – 4. Ed. – Porto Alegre: AMGH, 2010. 
HEIN, Morris e ARENA, Susan. Fundamentos de química geral; tradução: Geraldo 
Gerson Bezerra de Sousa e Roberto de Barros Faria - 9. ed. - Rio de Janeiro: 
Santuário, 2000. 
LOPES, Sônia. Biologia: edição especial - sequência clássica - volume 1/ Sônia 
Lopes; Sérgio Rosso. - 1. ed. - são Paulo: Saraiva, 2010.

Continue navegando