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18/06/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5951364/01fd1e62-647b-11ea-b5fe-0242ac11003c/ 1/3 Local: Sala 1 - TJ - Prova On-line / Andar / Polo Tijuca / TIJUCA Acadêmico: VIRPTA-001 Aluno: LUANA DOS ANJOS CAMARGO Avaliação: A2- Matrícula: 20201101457 Data: 10 de Novembro de 2020 - 08:00 Finalizado Correto Incorreto Anulada Discursiva Objetiva Total: 10,00/10,00 1 Código: 26308 - Enunciado: A PRODUÇÃO ESCRITA DO ARTIGO DE OPINIÃO A produção escrita na academia se dá em várias direções. Uma dela é o artigo de opinião. A produção de uma opinião sobre determinado tema gera questões controversas que mobilizam e influenciam diversas pessoas. Ao posicionar-se, cada pessoa se coloca em um plano de interpretação e argumentação de seu ponto de vista. Um artigo de opinião propõe-se discutir diversas temáticas, como: questões sociais, políticas, científicas e culturais, de interesse geral e atual, que incidem direta ou indiretamente sobre a sociedade. Expressa-se como um texto argumentativo que difunde opinião sobre um tema polêmico Um texto acadêmico pode dialogar com várias fontes sobre diversas problemáticas que afetam a nossa sociedade. A denúncia e a crítica às vicissitudes sociais podem ser exemplificadas na forma como enfrentamos as novas identidades e alteridades dentro do mundo pós-moderno. O artigo Mídia e política: a construção da agenda nas propostas de redução da maioridade penal na Câmara dos Deputados, de Marcelo da Silveira Campos, discute a questão do poder da mídia no Brasil e seu papel nas decisões políticas, em especial no Congresso Nacional Brasileiro, a partir do qual refletimos sobre os conflitos de interesses envolvidos na criação de leis que afetam toda a sociedade. Veja o resumo e a introdução do artigo: Resumo O artigo relaciona os processos e efeitos entre meios de comunicação de massa e a proposição de políticas públicas sobre o tema da redução da maioridade penal no Brasil. O objetivo é analisar como dois crimes de grande repercussão pública, ocorridos em 2003 e 2007, mobilizaram a tramitação das Propostas de Emenda à Constituição – PECs favoráveis à redução da maioridade penal na Câmara dos Deputados. O artigo analisa as matérias veiculadas pela Revista Veja e o Jornal Folha de S. Paulo, nos períodos dos crimes, com a hipótese de que tiveram impacto na apresentação de propostas favoráveis à redução da maioridade penal. Introdução A relação entre a opinião pública e as políticas públicas é complexa, difusa e não linear em sociedades democráticas. Envolve uma multiplicidade de atores, ideias, interesses, instituições, demandas da sociedade civil de cada país (ou, ainda dentro de cada país, demandas de cada unidade federativa), que passam à margem de fáceis generalizações e simplificações tentadoras. Scheufele & Tewksbury (2007) relembram que nos EUA, em 1997, o republicano Frank Luntz, especialista em sondar a opinião pública, escreveu que o importante não é o que se diz, mas como se diz. Ou seja, os efeitos de determinadas mensagens não estão somente localizados na diferença de conteúdo, mas nas diferenças dos modos de apresentação destes conteúdos. Tais ideias estão presentes nos conceitos de framing (GOFFMAN, 1974) e a de priming. Os dois conceitos visam analisar os efeitos dos veículos de comunicação de massa nos indivíduos. Quanto ao primeiro, a perspectiva enfoca os produtores da notícia, ou seja, quem faz a seleção para que um tema seja tratado sob uma dada perspectiva (um determinado enquadramento). Já o conceito de priming ressalta os efeitos da grande mídia nos indivíduos. Claro, as duas questões não estão separadas, já que os próprios conceitos são bastante próximos. A função crítica do "público" refere-se à "publicidade". Habermas (2003) se refere, por exemplo, ao caráter público de debates judiciais como esse. No domínio das mídias, a "publicidade" mudou de significado, já que, de uma função da opinião pública veio a ser atributo de quem desperta a opinião pública. Da mesma forma, demandas específicas de um governo podem influenciar a opinião pública e moldar determinadas políticas. Entendemos que a relação opinião-políticas é de natureza dialética: "Ou seja, não só a opinião pode influenciar as políticas, mas também o contrário, e uma compreensão de ambas as relações é necessária a fim de entender propriamente os fenômenos" (HOWLETT, 2000, p. 185). É nesse sentido que pretendemos abordar a redução da maioridade penal no Brasil. Através de análise da repercussão de dois crimes ocorridos em 2003 e em 2007, analisamos a mobilização em torno da tramitação de propostas favoráveis a redução da maioridade penal na Câmara dos Deputados. A divulgação desses crimes fez vir à tona, 10,00/ 10,00 18/06/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5951364/01fd1e62-647b-11ea-b5fe-0242ac11003c/ 2/3 novamente, a discussão sobre a diminuição da idade de responsabilidade penal e o suposto caráter excessivamente liberal do Estatuto da Criança e do Adolescente, fazendo com que diferentes setores da sociedade civil se posicionassem sobre a medida. Esses debates influenciaram a Câmara dos Deputados e a apresentação de propostas favoráveis à redução da inimputabilidade penal nos períodos citados. Veículos de comunicação mobilizaram declarações do presidente da República, de atores políticos e grupos da sociedade civil e além disso, foram realizadas pesquisas de opinião sobre o tema, bem como foram veiculadas na grande mídia manifestações de atores políticos favoráveis e contrários à medida. A hipótese deste artigo é que dois crimes de grande repercussão pública (o assassinato do casal Liana Friedenbach e Felipe Ca�é, em 2003, e o assassinato do menino João Hélio, em 2007) mobilizaram a apresentação e tramitação das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) favoráveis à redução da maioridade penal na Câmara dos Deputados. Para isso, analisaremos as matérias veiculadas pela revista Veja e o jornal Folha de S.Paulo nos períodos dos crimes. O material empírico pretende demonstrar como dois veículos de comunicação de massa formaram uma "condição de fundo importante" na apresentação das propostas favoráveis à redução da maioridade penal. Fonte: CAMPOS, M. S. Mídia e política: a construção da agenda nas propostas de redução da maioridade penal na Câmara dos Deputados. Opinião Publica, Campinas, v. 15, n. 2, nov. 2009. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104- 62762009000200008&script=sci_arttext&tlng=ES (http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104- 62762009000200008&script=sci_arttext&tlng=ES)>. Acesso em: 14 nov. 2017. Sabendo que o autor defende seu ponto de vista baseado em outros autores, produza um artigo de opinião sobre o poder da mídia na pauta política da sociedade brasileira. Busque problematizar as mudanças advindas do papel dos diferentes tipos de mídias, como as redes sociais, e outros agentes, como os movimentos sociais. Procedimentos para elaboração da questão: Seu artigo de opinião deve ser produzido com extensão máxima de até uma página. Em seu artigo de opinião, defenda seu ponto de vista diante do problema. Ao construir seu artigo, busque uma estratégia de persuasão do seu leitor. Use exemplos próximos da realidade cotidiana. O artigo de opinião é um texto acadêmico objetivo, simples, que expõe ideias, críticas e reflexões éticas a respeito de certo tema. Escreva um texto próprio, buscando o seu protagonismo como autor. Resposta: Resumo: O presente artigo visa discorrer sobre o poder da mídia na pauta política da sociedade brasileira e como ela influencia diretamente sobre as opiniões do povo e sobre como o aumento da procura de conteúdos informativos rápidos leva a facilitação da manipulação do povo por políticos. É incontrovertível que com a perpetuação do uso das tecnologias no cotidiano e com informações cada vez mais acessíveis a política e a sociedade sofreram inúmeras mudanças, sejam de pensamento, hábitos ou de visão demundo. Com uma sociedade cada vez mais multicultural e que sofre imensa influência do marketing, as propagandas deixaram de ser elaboradas unicamente para influenciar o consumo e passaram a ser utilizadas para causas políticas e para persuadir o pensamento do público, há cada vez mais investimento em grandes campanhas políticas com comerciais elaborados onde o candidato é instruído a dizer aquilo que a população quer ouvir e o levantamento de hashtags em redes sociais para aumentar o alcance de visualizações e assim contemplar um número maior de pessoas. Com o avanço das mídias sociais ainda é possível vislumbrar um novo tipo de marketing crescente que é o uso de influenciadores em suas propagandas, os candidatos fazem uso da imagem de personalidades famosas na internet para alavancar sua campanha e assim aumentar suas intenções de votos. Com o avanço dos estudos sobre comportamento humano e publicidade as propagandas se tornam cada vez mais certeiras na hora de sugestionar pensamentos e ideais, que são tão reproduzidos que acabam por serem levados em consideração pela sociedade. O ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels defendia que, uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade, nesse âmbito torna-se claro o perigo de uma fonte de informação acabar se tornando uma fonte de controle e dificultar reais mudanças no cenário político brasileiro que encontra-se estagnado e dividido em extremos de esquerda e direita. Ainda é preciso analisar o poder de indução dos movimentos sociais que levantam pautas importantes e fazem discursos bonitos e http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-62762009000200008&script=sci_arttext&tlng=ES 18/06/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5951364/01fd1e62-647b-11ea-b5fe-0242ac11003c/ 3/3 coesos a fim de instigar os outros a terem o mesmo pensamento. É indubitável a importância desses movimentos não só para convocar pessoas dispostas a lutar para que ocorram mudanças e disseminar informações mas é necessário analisar com cuidado os discursos reproduzidos para ter certeza que estão alinhados com seus princípios e se as questões debatidas trazem benefícios para a sociedade como um todo e não apenas para uma minoria privilegiada. Ademais, as redes sociais e as mídias no geral são fundamentais para o debate e para que informações relevantes alcancem mais pessoas. Antes da facilitação da comunicação era mais árduo estar ciente das pautas relevantes no Brasil e no mundo, já na modernidade essas informações estão mais acessíveis para uma parcela da população que consegue ter todo o conhecimento necessário na palma da mão em seu celular ou televisão. Assim, o poder da mídia sobre as pautas políticas brasileiras é evidente e pode, quando com cautela, ser grande aliada do povo nas lutas por melhorias das condições de vida e não necessariamente influenciar apenas visando seus propósitos e benefício próprio. Para que isso ocorra, é basilar que se instigue a sociedade brasileira a se tornar questionadora e independente e não acabar se tornando alienada. Diante disso, torna-se claro como a influência midiática na hodiernidade é presente no cenário políticos e em todas as esferas da vida mas ela não pode ser inquestionável, é imprescindível que haja sempre a investigação dos fatos e das fontes, além de se ouvir mais de uma opinião sobre o assunto para que assim, não haja um controle da mídia sobre a população e seus ideais. É fato que, a internet facilita o acesso a informação mas sobretudo é preciso que haja uma procura maior por opiniões de autoridades e vontade do público para pesquisar sobre os temas. Com um cotidiano cada vez mais agitado e com cargas exaustivas de trabalho a população acaba por procurar por conteúdos de consumo rápido como artigos pouco aprofundados, matérias rápidas e principalmente postagens em redes sociais que muitas vezes trazem inverdades ou deturpações dos fatos a fim de privilegiar alguém ou persuadir o leitor a um determinado ponto de vista. É necessário sair do senso comum e pesquisar antes de formar concepções concretas acerca de candidatos ou de pautas políticas, é preciso consciência de classe e que a informação chegue de forma clara e acessível à todos para que assim se alcance uma sociedade mais justa e participativa politicamente e não que se vote ou defendam candidatos por afeições pessoais. Comentários: Parabéns pelo desenvolvimento do artigo. Um abraço, Prof. Tatiane Justificativa: Expectativa de resposta: O aluno deve escrever seu artigo de opinião com extensão máxima de até uma página. Nele, ele deve defender seu ponto de vista diante do problema. Ao construir seu artigo, será avaliada a estratégia utilizada de persuasão do seu leitor e será considerado o uso de exemplos próximos da realidade cotidiana. O artigo de opinião é um texto acadêmico objetivo, simples, que expõe ideias, críticas e reflexões éticas a respeito de certo tema. Também será avaliada a escrita de um texto próprio, buscando o seu protagonismo como autor.
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